Passado o primeiro turno da eleição presidencial, restam dois candidatos na disputa pelo cargo máximo do Executivo nacional. Além de manter o compromisso dos seus eleitores do dia 2 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) buscam convencer os votantes dos demais candidatos. Nas eleições de 2018, no Rio Grande do Norte, a quantidade de abstenções cresceu em 24.323 eleitores do 1º para o 2º turno.
No último pleito para presidente da República, 406.222 eleitores potiguares se abstiveram no primeiro turno da eleição, o que representava 17,11% do eleitorado à época. No segundo turno, esse número saltou para 430.545, ou 18,14%.
A quantidade de eleitores que não foram votar aumentou de 2018 para 2022, no Rio Grande do Norte. Neste ano, 464.112 potiguares aptos a votar, ou 18,17% do total, não foram à sua seção eleitoral no primeiro turno.
A menos de quatro meses do prazo para desincompatibilização, o governo Lula tenta administrar uma debandada anunciada: quase metade dos 38 ministros planeja deixar seus cargos para disputar as eleições de 2026. Em meio ao risco de esvaziamento de áreas estratégicas — como articulação política, Fazenda, Planejamento e Casa Civil — o presidente começou a convocar auxiliares para reorganizar o tabuleiro e convencer parte deles a permanecer no primeiro escalão.
A sucessão de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais é o ponto mais sensível. Responsável pela ponte com o Congresso, ela deve sair no início de abril para tentar novo mandato na Câmara, deixando um vácuo que o Planalto ainda não sabe como preencher. Enquanto isso, a possibilidade de Fernando Haddad se candidatar ao Senado ou ao governo de São Paulo também levanta dúvidas sobre a liderança da equipe econômica, hoje sustentada pelo secretário-executivo Dario Durigan.
Além das trocas naturais provocadas pelo calendário eleitoral, Lula tenta administrar pressões internas e disputas dentro do próprio PT. Parte dos ministros, como Luiz Marinho e Margareth Menezes, foi acionada pelo presidente e pela primeira-dama a reavaliar seus planos eleitorais. Outros, como Rui Costa e Simone Tebet, já têm substitutos engatilhados, mas suas saídas abrem novas batalhas por espaço e influência no governo.
No horizonte de 2026, o cenário é ainda mais incerto. A entrada de Flávio Bolsonaro no jogo, vista pelo governo como movimento estratégico da direita para testar ambiente, e a possível candidatura de Tarcísio de Freitas ao Planalto embaralham cálculos no núcleo lulista. Lula trabalha com a hipótese de deslocar Geraldo Alckmin para a disputa em São Paulo, mas nada está fechado — e, até lá, a missão imediata do presidente é evitar que uma dança das cadeiras precoce comprometa a governabilidade no ano eleitoral.
Afundados em uma crise sem precedentes, os Correios decidiram cortar o vale-Natal de R$ 2,5 mil que havia sido pago aos funcionários em 2024 por meio do Acordo Coletivo de Trabalho. O comunicado interno foi enviado na noite de quarta-feira (3), confirmando que o benefício não será renovado neste fim de ano por falta de recursos e necessidade urgente de enxugar gastos.
A medida ocorre enquanto a estatal tenta destravar negociações para um empréstimo de cerca de R$ 20 bilhões. O Tesouro Nacional já sinalizou que não dará aval caso os bancos mantenham juros acima de 120% do CDI — a proposta apresentada, de 136%, foi rejeitada, empurrando as conversas para a próxima semana. A equipe econômica busca uma solução temporária que alivie a pressão sobre a empresa, mas ainda sem definição clara.
O rombo financeiro é grave: de janeiro a setembro, os Correios acumularam prejuízo de R$ 6,05 bilhões. A direção pretende usar o empréstimo para quitar dívidas, bancar um programa de desligamento voluntário e investir em melhorias logísticas para tentar recuperar mercado e reconquistar clientes. Fornecedores também aguardam regularização de pagamentos atrasados, considerada essencial para restabelecer a operação.
O ministro Fernando Haddad afirmou que qualquer ajuda do Tesouro seguirá as regras fiscais, mas a indefinição aumenta a tensão interna. Sem o benefício natalino e diante de cortes sucessivos, funcionários veem o fim de ano marcado pela crise que ameaça a sobrevivência da estatal.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou nessa sexta-feira (5) que o deputado Paulo Bilynskyj — ou outro integrante indicado por ele da Comissão de Segurança Pública da Câmara — realize uma inspeção na cela onde Jair Bolsonaro está preso, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A autorização é individual e ocorre após pedido formal do parlamentar, que preside a comissão.
A visita foi agendada para a próxima quinta-feira (11), entre 9h e 11h, seguindo as normas da PF. Moraes determinou que é proibido portar celular, tirar fotos ou gravar vídeos durante a inspeção. Esta será a primeira entrada permitida pelo ministro a alguém de fora do círculo familiar desde a prisão do ex-presidente, que até agora só recebeu Michelle Bolsonaro e os filhos.
As visitações seguem a Portaria SR/PF/DF nº 1104, de março de 2024, que estabelece que Bolsonaro só pode receber visitas às terças e quintas-feiras, sempre das 9h às 11h. Cada encontro tem duração máxima de 30 minutos, com limite de dois visitantes por dia, que devem entrar separadamente.
Médicos e advogados cadastrados no processo seguem com acesso liberado, sem necessidade de autorização prévia do Supremo, desde que cumpram as regras internas da Superintendência da PF.
Foto: Michel Melo/Metrópoles e Breno Esaki/Metrópoles
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, reagiu com ironia ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026. Nas redes sociais, Boulos afirmou que Lula derrotou Jair Bolsonaro em 2022 e que o governo espera repetir o resultado contra o filho em 2026. Em tom provocativo, relembrou o episódio em que o senador passou mal durante um debate eleitoral no Rio, em 2016: “Só não vai desmaiar no debate, @FlavioBolsonaro”.
O caso citado por Boulos ocorreu em um debate da TV Band, quando Flávio, então candidato à prefeitura, desmaiou enquanto respondia a uma pergunta. Ele foi inicialmente amparado por Jandira Feghali (PCdoB), que depois se afastou após declarações de Jair Bolsonaro de que “comunista não tocaria” em seu filho. À época, a equipe do senador atribuiu o mal-estar a uma intoxicação alimentar.
Flávio confirmou nesta sexta-feira que foi escolhido pelo pai para representar o bolsonarismo na disputa pelo Planalto. Em publicação, disse assumir a missão com “grande responsabilidade” e afirmou que pretende dar continuidade ao “projeto de nação” de Jair Bolsonaro, preso desde setembro na sede da Polícia Federal em Brasília.
A decisão marca a primeira vez em que o ex-presidente declara abertamente um nome de sua família para a sucessão. A expectativa no PL é que Flávio atue nacionalmente para unificar aliados e manter mobilizada a base bolsonarista. Entre os apoios já consolidados estão os governadores Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e Cláudio Castro, no Rio de Janeiro.
A menos de um ano das urnas, partidos já aceleram movimentos para ganhar musculatura na disputa federal e estadual. Nessa quarta (4), União Brasil e PP solicitaram ao TSE o registro de uma federação que, se aprovada até seis meses antes do pleito, formará o maior bloco do Congresso: 109 deputados e 15 senadores. No dia seguinte, a Corte autorizou a formação da federação Renovação Solidária, unindo Solidariedade e PRD.
Para especialistas, o avanço dessas uniões altera o tabuleiro político e fortalece o centrão, que passa a ter ainda mais capacidade de pressionar o governo. O cientista político Leandro Consentino afirma que federações robustas tornam as negociações mais caras para o Executivo, que deixa de lidar com acordos individualizados e passa a enfrentar blocos organizados. Leonardo Paz Neves reforça que uma superfederação com mais de cem deputados se torna “uma potência partidária” com grande poder de barganha na Câmara.
O impacto eleitoral, porém, ainda é incerto. Paz Neves aponta que o desempenho da direita dependerá da consolidação de um nome competitivo após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e, agora, com o lançamento de Flávio Bolsonaro ao Planalto. A avaliação é que a federação União–PP pode ou não emplacar uma chapa própria, dependendo de como se reorganizará o campo conservador. Já a federação Renovação Solidária seria fruto de uma “estratégia de sobrevivência”, diante do risco de baixa representação no próximo ciclo.
Com as formações recentes, o Brasil passa a contar com quatro federações registradas pelo TSE: Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), PSDB–Cidadania, PSOL–Rede e Renovação Solidária (Solidariedade e PRD). O cenário, entretanto, segue aberto, e novas articulações devem avançar à medida que outubro de 2026 se aproxima.
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SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30
DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h
A notícia de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi o escolhido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como candidato ao Planalto em 2026 repercutiu no meio político nesta 6ª feira (5.dez.2025). Logo após o anúncio, líderes do Partido Liberal se manifestaram endossando a escolha.
Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, disse que “Bolsonaro falou, está falado”. Ao Poder360, Valdemar afirmou: “Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Estamos juntos”.
REACÕES
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que vai seguir a decisão do ex-presidente para “livrar o Brasil do PT”.
O deputado federal Mario Frias (PL-SP) disse que vai seguir a escolha sem “hesitação ou meia-palavra”.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que aguardava apenas a sinalização do ex-presidente para apoiar a candidatura.
O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) disse que considera o senador capacitado para assumir a Presidência.
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, nesta sexta-feira (5/12), acórdão de decisão que, por unanimidade, fixou competência exclusiva da Corte para autorizar buscas e apreensões nas dependências do Congresso Nacional e em imóveis funcionais ocupados por parlamentares.
A decisão foi tomada no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 424, em outubro deste ano.
O acórdão, porém, foi publicado dois dias depois de o ministro Gilmar Mendes determinar que só a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode pedir impeachment de ministros do STF. Em um sinal de que medidas precisam ser tomadas tanto na proteção dos parlamentares quanto dos Poderes e da democracia quanto um todo.
O acórdão, que é uma formalização da decisão, está publicado dentro do prazo estabelecido pelo STF, que, geralmente, ocorre em até 60 dias da decisão.
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) divulgou uma nota pública em resposta a uma matéria veiculada no BLOGDOBG, na qual foram feitas insinuações sobre possível incompatibilidade entre seu patrimônio e sua remuneração parlamentar.
No texto, o parlamentar afirma que as informações divulgadas são “imprecisas e descontextualizadas” e que sua vida pública e privada sempre foi pautada pela transparência.
Weverton explica que sua trajetória financeira não se restringe ao mandato no Senado. Segundo ele, a DJ Agropecuária Ltda. — empresa fundada por seu pai na década de 1980 e atualmente administrada por ele — foi responsável pela aquisição da fazenda citada na reportagem. A compra, diz o senador, ocorre por meio de contrato parcelado e com recursos gerados pela própria atividade da empresa, que também utiliza financiamentos regulares de um banco oficial, com garantias reais.
O senador nega qualquer irregularidade e afirma que o escritório de contabilidade mencionado na matéria atende a mais de 900 clientes em seis estados, prestando serviços a ele desde 2015. Qualquer tentativa de vincular essa relação profissional a ilícitos, segundo o parlamentar, seria “descabida e sem materialidade”.
“Coloco-me à inteira disposição para quaisquer esclarecimentos complementares que se façam necessários, a fim de dissipar qualquer dúvida e reafirmar a lisura de minhas ações”, finaliza a nota.
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