A Rússia está tentando desenvolver uma arma espacial nuclear que destruiria satélites, criando uma enorme onda de energia quando detonada, potencialmente paralisando uma vasta faixa de satélites comerciais e governamentais dos quais o mundo abaixo depende para falar ao celular, pagar contas e navegar na internet, de acordo com três fontes familiarizadas com a inteligência dos EUA sobre a arma.
Estas fontes deram à CNN uma compreensão mais detalhada daquilo em que a Rússia está a trabalhar – e da ameaça que poderia representar – do que o governo dos EUA divulgou anteriormente.
O deputado republicano Mike Turner, de Ohio, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, desencadeou um frenesi em Washington na quarta-feira (14), quando emitiu uma declaração dizendo que seu painel “tinha informações sobre uma séria ameaça à segurança nacional”.
Na sexta-feira (16), o presidente Joe Biden tinha confirmado publicamente que Turner se referia a uma nova capacidade nuclear anti-satélite russa – mas as autoridades se recusaram firmemente a discutir mais o assunto, citando a natureza altamente confidencial da inteligência.
A arma ainda está em desenvolvimento e ainda não está em órbita, enfatizaram publicamente funcionários do governo Biden. Mas se for utilizada, dizem as autoridades, cruzaria um ponto de equilíbrio perigoso na história das armas nucleares e poderia causar perturbações extremas na vida cotidiana de formas difíceis de prever.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) mostra que, para 66% dos entrevistados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026.
O número contrasta com os 32% que pensam que o petista deveria tentar um quarto mandato à frente do Palácio do Planalto no próximo ano. Na outra ponta, 2% disseram não saber ou não responderam.
Foto: Divulgação/Genial
Os eleitores contrários à tentativa de reeleição de Lula aumentaram. Em março de 2025, a mesma pesquisa mostrou que 62% compartilhavam a opinião, o que remonta a uma alta de quatro pontos percentuais.
Quando comparado ao mesmo período, os números de cidadãos favoráveis ao presidente disputando o cenário eleitoral de 2026 diminuiu, saindo de 35% para 32%.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 29 de maio e 1º de junho de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
As altas na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central estão levando meses a mais do que o normal para desacelerar a atividade e reduzir as expectativas de inflação, por causa dos estímulos fiscais que, na direção contrária, empurram a economia brasileira neste momento.
Mesmo quando o BC sobe a Selic em situações em que esses incentivos não são tão pesados, o impacto não é imediato. Os efeitos na ponta —como a reação de empresas e consumidores ao novo patamar de juros e os efeitos sobre preços— vão sendo lentamente percebidos até atingirem seu potencial máximo entre seis a nove meses depois da mudança na taxa.
Esse tempo está maior, segundo economistas. A estimativa de Gabriel Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, é que a defasagem da política monetária (nome técnico do fenômeno) varia hoje entre 12 e 16 meses. Em 2022, antes do salto no valor do programa Auxílio Brasil (que depois voltou a se chamar Bolsa Família), o especialista calculava a demora em nove meses.
“A defasagem ficou maior porque o fiscal está entupindo os canais de transmissão da política monetária”, afirma Barros. “Tem muito estímulo fiscal acontecendo, e isso está tirando a potência da política monetária. É como se o BC tivesse uma bola de ferro no pé, que atrapalha de progredir na direção da meta de inflação.”
O especialista afirma esse cenário foi visto no segundo mandato do governo de Dilma Rousseff, quando os estímulos fiscais e subsídios alcançaram patamar elevado. “É um momento parecido com o que vivemos hoje, com programas como o Vale-Gás, o Pé-de-Meia, a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida e o consignado privado, entre outros.”
No ano passado, o governo gastou R$ 278,9 bilhões com o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), mas os estímulos vão bem além disso, já que os subsídios medidos pelos gastos tributários (isenções fiscais), por exemplo, foram de R$ 544,5 bilhões em 2024.
“O gasto tem apresentado uma tendência de crescimento quase independente dos governos de plantão”, afirma o economista-chefe da Warren e especialista em contas públicas Felipe Salto.
Hoje em 14,75% ao ano, a Selic vem subindo desde setembro de 2024, quando estava estava estacionada em 10,50%, mas a taxa básica está acima de 10% desde o início de 2022. Apesar disso, a economia vem se mostrando resiliente, com o PIB surpreendendo para cima nos últimos anos.
“Quando a política fiscal é mais expansionista, diminui a potência da política monetária, que passa a ter menos efeito para desacelerar a atividade econômica. Isso gera uma convergência mais gradual, com uma defasagem mais longa”, afirma Fernando Machado, superintendente de pesquisa econômica do Itaú Unibanco.
Os dados de emprego divulgados na semana passada pelo IBGE são o sinal mais recente desse movimento. A taxa de desemprego ficou em 6,6% em abril, o menor patamar para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
“Estamos convivendo há três anos e meio com juros acima de 10%. A economia já deveria mostrar algum sinal de desaceleração. Isso significa que os juros não estão funcionando? Eles provavelmente estão impactando a atividade, mas há outros fatores compensando, como a política fiscal”, aponta Ivo Chermont, economista-chefe da gestora Quantitas.
Apesar da forte injeção de juros na economia, as expectativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2026 e 2027 estão em 4,50% e 4%, respectivamente, acima do centro da meta perseguida pelo BC, de 3%.
“Estamos no maior nível de juros em quase 19 anos, e poderíamos ter uma queda mais rápida da inflação. Mas a política fiscal expansionista tira a eficácia da política monetária”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
É a mesma avaliação de Emerson Marçal, coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP), que lembra que isso acontece apesar da política monetária ter ganhado força com a explosão do crédito à pessoa física observada nos últimos anos.
“É uma força contrária, um volume grande de benefícios, muitos subsídios”, diz. “E isso deve se manter, porque o ciclo político vai falar mais alto neste ano e no ano que vem. Só haverá correção de rumo a partir de 2027, se é que isso vai acontecer”, afirma Marçal.
Para Fernanda Guardado, economista-chefe do BNP Paribas para América Latina e ex-diretora do Banco Central, não houve mudanças substanciais nos canais de transmissão da política monetária.
“Quando se observa as taxas de juros no crédito para pessoas físicas e jurídicas, a conclusão é que elas vêm subindo da forma esperada”, afirma. “Outro canal que reage rápido à política monetária é o câmbio, e o real de fato vem se apreciando”.
Ela acredita que a economia perderá força no segundo semestre deste ano em consequência dos juros mais altos. “O mercado de trabalho é o último indicador que reflete o esforço monetário, porque depende da desaceleração da demanda, redução dos planos de investimentos e eventuais decisões de desligamentos”, afirma.
Na avaliação da economista, o Banco Central ainda subirá os juros uma última vez na próxima reunião, a 15% ao ano, e os deixará nesse patamar por bastante tempo. “Acredito que os juros só voltam a cair em maio de 2026”, diz.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Fazenda afirmou que não tinha porta-vozes com disponibilidade de agenda para conceder entrevista.
Em meio à urgência para a regulamentação das redes sociais no Brasil, o STF (Supremo Tribunal Federal) retomou na quarta-feira (4) o julgamento sobre a responsabilização das plataformas digitais por conteúdos publicados por usuários. Apesar disso, a discussão do tema pela corte é criticada por alguns parlamentares, que entendem que o assunto é de competência do Poder Legislativo.
Atualmente, sem uma regulamentação definida, as big techs seguem as regras do Marco Civil da Internet. A norma, criada em 2014, cita que a responsabilização por parte das empresas só pode ocorrer caso o usuário responsável pelo conteúdo ofensivo descumpra uma ordem judicial de remoção, com exceção de conteúdo sexual não autorizado ou casos que violam direitos autorais.
Para o doutor em direito civil Luiz Fernando Plastino, embora a discussão sobre a constitucionalidade da lei e a responsabilidade das big techs seja necessária, o avanço do debate tem sido prejudicado pela crescente politização e polarização, que acabam distorcendo seu real propósito.
“Hoje, a direita e as big techs têm se aproximado, mas, na época da aprovação do Marco Civil, entidades de esquerda estiveram alinhadas à questão de liberdade de informação implicada. Do mesmo modo, responsabilidade das empresas é algo que sempre foi visto como necessário ao livre mercado, mas, hoje, é algo visto com desconfiança por algumas alas da direita. Falamos da forma de se manter valores democráticos que ultrapassam alinhamento político, mas não conseguimos discutir de forma isenta nesse aspecto”, comentou Plastino.
O especialista avalia que não há motivo para tensão entre os Poderes, já que o debate gira em torno da possível inconstitucionalidade de uma lei. Nesse cenário, cabe ao STF, caso entenda pela inconstitucionalidade, determinar sua retirada do ordenamento jurídico.
“O ideal é que o Congresso, eleito para isso, trate de atualizar a legislação. Independentemente de ser declarada ou não inconstitucional, ela não parece mais refletir o nosso tempo. Mas é dever do STF julgar se há compatibilidade com a Constituição em primeiro lugar”, completou.
Congresso x STF
Ao rebater as críticas sobre o STF invadir capacidades do Congresso, o presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, negou que o tribunal esteja regulando ou legislando ao decidir sobre a responsabilização das redes sociais.
“Estamos decidindo casos concretos em que surgiram litígios, pessoas se sentiram lesadas em seus direitos e procuraram o Judiciário. O Judiciário não está legislando e muito menos regulando em caráter geral, abstrato e definitivo as plataformas digitais”, afirmou Barroso ao retomar o julgamento do tema nessa quarta.
“Deixando claro, os critérios adotados pelo tribunal só prevalecerão até que Congresso legisle, se e quando entender que deve legislar. Quando o Congresso legislar a respeito, é a vontade do Congresso que prevalecerá, desde que compatível com a Constituição”, completou o presidente do STF.
A expectativa é que a corte amplie as hipóteses em que redes sociais e big techs podem ser responsabilizadas por publicações ofensivas, ilegais ou que incitem ódio.
Das ações analisadas, um recurso do Facebook questiona decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou a exclusão de um perfil falso da rede social. No outro tema, o Google contesta decisão que a responsabilizou por não excluir do Orkut uma comunidade criada para ofender uma pessoa e determinou o pagamento de danos morais.
As ações discutidas no STF debatem a possibilidade de remoção do conteúdo ilegal, sem a necessidade de uma ordem judicial. Para o ministro Dias Toffoli, relator de uma das ações, a exigência dá imunidade às plataformas. Assim, ele propõe que a responsabilização se baseie em um dispositivo que preveja a retirada do conteúdo mediante simples notificação.
Barroso, que já apresentou o voto dele no julgamento, entende que a regra do Marco Civil não dá proteção suficiente a direitos fundamentais, como a dignidade da pessoa humana, e a valores importantes para a democracia. Ele defende que, se a plataforma for notificada de algo que representa crime, como a criação de um perfil falso, a retirada do conteúdo seja imediata.
No Congresso, o principal projeto que discute a regulamentação das plataformas, conhecido como PL das Fake News, foi aprovado pelo Senado, mas segue parado na Câmara dos Deputados.
Lula defende regulamentação
Na terça-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a regulamentação das redes sociais e afirmou que o governo quer acelerar o processo de maneira democrática. Ele também disse que os trâmites podem ser feitos pelo Congresso ou pelo STF.
“Temos que fazer uma regulamentação pelo Congresso Nacional ou pela Suprema Corte. Nós queremos apressar a regulamentação da forma mais democrática possível, ouvindo a sociedade brasileira”, disse em coletiva a jornalistas.
Ao pedir pela regulação das plataformas digitais, Lula defendeu a medida como estratégia de preservação da democracia e criticou opositores políticos que interpretam a legislação como retirada da liberdade de expressão. Sem citar nomes, contextualizou a fala com a atuação de envolvidos nos atos do 8 de Janeiro e afirmou que a todos foi concedido o direito de defesa.
“Não é possível que um cara tente dar um golpe de Estado neste país e diz que isso é liberdade de expressão. Depois de se estar fazendo justiça no país dando a eles o direito de defesa como pouca gente teve, eles acham que estamos tirando a liberdade de expressão”, comentou.
O governo federal vai desembolsar R$ 168 mil em cachê artístico para a cantora Roberta Sá se apresentar em um jantar nesta quinta-feira, 5. O evento em Paris atende a um convite do líder francês, Emmanuel Macron, ao presidente Lula da Silva. O Diário Oficial da União divulgou os termos do contrato para o show nesta quarta-feira, 4.
A apresentação da cantora integra um roteiro diplomático. A programação inclui tradicionais discussões sobre acordos bilaterais, espaço para cerimônias, protocolos e ações culturais — tudo financiado com dinheiro público.
Governo convive com impasse comercial
O jantar vai ocorrer em meio às negociações do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. A pauta enfrenta forte resistência do governo francês, principalmente por questões ambientais, bem como proteção ao setor agrícola local.
Lula vai permanecer na França até o próximo domingo, 9. A agenda prevê encontros sobre temas como a mudança climática e a guerra na Faixa de Gaza. Busca, do mesmo modo, destravar o impasse do acordo entre os blocos econômicos. O presidente brasileiro, que não tem curso superior, também receberá um título de doutor honoris causa e participará de debates na Universidade de Sorbonne.
Artistas, homenagens e cheques públicos
A expectativa é que Lula e Macron assinem cerca de 20 atos bilaterais que envolvem acordos nas áreas de vacinas, segurança pública, educação e ciência. Esta é a primeira visita de Estado de um presidente brasileiro à França em 13 anos. A última ocorreu em 2012, durante o governo Dilma Rousseff.
Roberta Sá, de 44 anos, é considerada um dos nomes de destaque da música popular brasileira contemporânea. Ela tem passagens por gêneros como MPB, samba e bossa nova. A cantora, aliás, já foi indicada ao Grammy Latino e, assim, mantém parcerias com nomes como Chico Buarque e Gilberto Gil.
Em maio, ela recebeu a Ordem do Mérito Cultural, maior honraria da cultura brasileira. O símbolo foi entregue pessoalmente pelo presidente Lula, assim como pela primeira-dama Janja da Silva. O evento marcou um novo gesto que reforça a percepção de que cultura, política e viagens oficiais caminham juntos neste governo à base de dinheiro do pagador de impostos.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um novo inquérito para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão, proferida nesta quarta-feira (4), estabelece que a Polícia Federal ouça a parlamentar no prazo de até 10 dias.
O objetivo é apurar indícios de suposta prática de dois crimes: coação no curso do processo e obstrução de investigação que envolva organização criminosa.
Na decisão, Moraes também determinou que a Polícia Federal realize o monitoramento e a preservação de postagens feitas por Zambelli ou por pessoas próximas a ela nas redes sociais, desde que tenham relação com a investigação.
Além disso, o ministro ordenou que o Banco Central informe, de forma detalhada, os valores e os remetentes de transferências via Pix recebidas por Zambelli nos últimos 30 dias. Segundo a parlamentar, ela arrecadou mais de R$ 166 mil com doações via transação eletrônica.
O inquérito foi aberto após a deputada dar uma entrevista ao canal AuriVerde, no YouTube, na qual afirmou estar fora do país. A fala gerou reação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a prisão preventiva de Zambelli. Em seguida, Moraes determinou sua detenção e a inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha de procurados da Interpol.
Resposta por escrito
Como Zambelli está fora do país e sem previsão de retorno, o que inviabilizaria o interrogatório presencial dentro do prazo estipulado, Moraes permitiu na decisão desta quarta que ela envie por escrito os esclarecimentos necessários à investigação.
Além disso, diante do desconhecimento do paradeiro exato da parlamentar, o ministro do STF determinou que ela seja notificada pelos endereços eletrônicos.
É recorrente ouvir nos corredores do Congresso que, hoje, poucos deputados e senadores têm coragem de postar uma foto com o presidente Lula (PT) em suas redes sociais, dada a impopularidade atual do petista, reforçada por pesquisas de opinião em série.
Desta vez, foi o levantamento da Quaest a apontar que a percepção negativa sobre a gestão permanece elevada, num momento em que o governo se vê às voltas com as crises do IOF e, principalmente, do INSS.
O medo de perder eleitores faz com que até parlamentares de partidos de esquerda hesitem em divulgar a aliança com o petista.
Há três dias, Lula participou da cerimônia que deu posse a João Campos na presidência do PSB e afirmou que, se continuar “bonitão”, a “extrema direita não volta a governar esse país”. Era natural que, após comparecer ao evento, Lula tivesse fotos e vídeos publicados pelos parlamentares da sigla nas redes, mas eles pareceram não concordar com o autoelogio.
Dos 15 deputados federais do PSB, só 4 postaram retratos ou falas do petista nas últimas semanas em seus feeds. Dos 4 senadores, 2 não publicam imagens do presidente há meses.
Se a vinculação ao governo afeta até os congressistas de esquerda, é no centrão que a impopularidade de Lula bate mais forte: a fatura para aprovar no Congresso as propostas de interesse do Planalto será cada vez mais alta, e as chances de apoio à reeleição parecem praticamente nulas.
MDB e PSD já não escondem que estão distantes da “frente ampla” pela reeleição. Seus líderes argumentam que apenas os políticos da região Nordeste topam essa foto. Nos demais estados, a percepção é que estar ao lado de Lula na reeleição tirará votos e que não há motivo para impor esse desgaste quando a prioridade é fortalecer as bancadas na Câmara e no Senado.
Nos demais partidos de centro-direita e direita, a hesitação é maior e provoca momentos inusitados. Em abril, quando Lula jantou com líderes partidários, alguns políticos fugiram discretamente da lente do fotógrafo para não aparecer no registro do encontro. Nem o protagonista do livro “Onde Está Wally?” se escondeu tão bem.
A pesquisa Quaest desta quarta (4) acaba reforçando a falta de boa vontade dos políticos do centrão com o petista dentro do Congresso. Os dados mostram dificuldade de recuperação de Lula em seu pior momento, com 43% de avaliação negativa e apenas 26% de positiva. Em março, eram 41% a 27%. A margem de erro é de dois pontos.
No começo do ano, os motivos que levaram Lula a atingir o que os petistas esperavam ser o fundo do poço eram a inflação alta e a crise do Pix. Agora, a impressão sobre a alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis caiu, o que pode até ser comemorado por eles, mas a fraude contra aposentados e os protestos de empresários contra a nova alta de impostos mantiveram o desgaste em patamar elevado.
No caso do INSS, o governo Lula foi incapaz de fazer a população acreditar na sua estratégia de jogar a culpa no governo Bolsonaro e assumir o papel de algoz dos malfeitores, responsável por devolver o dinheiro pilhado dos velhinhos. Para 31% dos eleitores, a culpa é, sim, da atual gestão. Apenas 8% atribuem a paternidade da fraude nos descontos à administração anterior.
Na crise do IOF, a população se mostra mais inclinada a apoiar os atores que defendem derrubar a alta do imposto do que enxergar mérito nos argumentos do governo, de que é necessário elevar novamente a arrecadação para o poder público não travar.
A pesquisa mostra que 50% dos entrevistados consideram o aumento do tributo um erro, embora só 39% tivessem conhecimento de que isso havia ocorrido quando foram questionados pelos entrevistadores.
A falta de apoio popular à iniciativa deixa o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda em situação delicada para negociar as medidas compensatórias que permitam a Lula recuar da alta do imposto e, ao mesmo tempo, manter o patamar de despesas nos níveis pretendidos.
A primeira-dama Janja Lula da Silva deve visitar na quinta-feira (5) uma escola de ensino integral na França para falar do combate ao bullying. Acompanhará a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, que também faz campanha contra importunação infantil.
A ida, no entanto, ainda está condicionada à agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no país, pois ela acompanhará o marido em todos os compromissos oficiais.
Em maio, a mulher do presidente francês Emmanuel Macron (Renascimento, centro), gravou um vídeo se dirigindo à Janja em apoio aos episódios de violência envolvendo crianças. Citou o caso da menina de 8 anos que morreu em Ceilândia (DF) depois de inalar desodorante em spray, por causa de um desafio no TikTok.
“Querida Janja, há alguns dias você me ligou e contou uma história comovente daquela menina de 8 anos que faleceu após inalar desodorante spray, durante um desafio lançado em uma rede social. Infelizmente, essa tragédia não é um caso isolado. Estamos enfrentando um flagelo mundial e todos precisamos agir ativamente para proteger nossas crianças e adolescentes no mundo digital”, disse Brigitte.
Janja cobra constantemente responsabilização das plataformas digitais. Em viagem à China, a socióloga falou diretamente com o presidente Xi Jinping sobre a rede social chinesa.
A fala foi vazada para a imprensa como uma gafe, que teria criado um constrangimento na reunião. Durante sua fala na abertura da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual, no entanto, ela rebateu as criticas e disse que não há protocolo que a faça calar.
JANJA E BRIGITTE
Janja e Brigitte são amigas. Participaram, nesta 4ª feira (4.jun), de um evento em Paris ao lado de estilistas brasileiras e da ministra da Cultura, Margareth Menezes. Organizado e promovido pela ApexBrasil, o evento com o nome “O Brasil, criativo por natureza” foi realizado no restaurante Café de l’Homme, com vista para a Torre Eiffel.
A iniciativa tem a curadoria de Olivia Merquior e Bruno Simões e faz parte das comemorações do Ano do Brasil na França e da França no Brasil, que será celebrado a partir desta 4ª feira na França com várias agendas envolvendo Lula e Macron.
Além do desfile, o evento também teve uma “experiência sensorial” gastronômica inspirada nas tradições do Brasil. Quem ficou responsável por essa parte do encontro foi a chef Morena Leite, amiga de Janja que já participou de diversas ativações diplomáticas no país e internacionalmente para representar a culinária brasileira.
O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, pediu para a Polícia Federal (PF) investigar a mulher que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ladrão com um megafone, no dia 8 de abril, em frente a casa do petista em Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Mulher chamou Lula de ladrão
Na ocasião, a mulher passou de carro nos arredores da casa do presidente Lula, no bairro Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, com um megafone, e utilizou o aparelho para gritar “Lula ladrão!”, o que teria sido ouvido por todos ao redor. Os agentes da PF fizeram registros do carro e, após saída do comboio presidencial, foram até a casa da suspeita para colher um depoimento. Ela teria testemunhado espontaneamente, apresentando-se como dona de casa e dizendo que não achou que sua atitude “fosse dar problema”. No dia 3/6, Ricardo Lewandowski enviou um ofício à PF requisitando a abertura de um inquérito contra ela.
Procurada, a PF afirmou que não dá detalhes sobre eventuais investigações em andamento.
Crimes contra a honra
Caso a PF confirme a conduta da investigada, ela pode ser enquadrada em crimes contra a honra, como calúnia, difamação e injúria. Previstos no Código Penal, os delitos visam proteger a dignidade e a reputação de uma pessoa.
As penas variam de detenção de três meses a um ano, além de multa. Quando direcionados a autoridades, como Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal (STF), a pena aumenta para de um a quatro anos de reclusão, conforme determina a Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983.
Essa é a democracia que a cartinha da USP defendeu. Que o consórcio de imprensa defendeu. Um pode ser chamado de genocida, sem ser (o próprio ministérioda saúde petista reconheceu a correção procedimentos adotados na pandemia pelo governo anterior). O outro não pode ser chamado de ladrão, sendo. Parabéns a todos os envolvidos.
O município de Lajes será homenageado com o Selo Cidade Limpa 2025, concedido pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), como reconhecimento pelo compromisso com a destinação adequada dos resíduos sólidos e a promoção de práticas sustentáveis. A premiação será entregue em solenidade oficial nesta sexta-feira (06), às 9h, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Natal.
A concessão do selo simboliza o êxito das ações implementadas pela gestão municipal na área ambiental, com destaque para o encaminhamento dos resíduos sólidos urbanos de Lajes para um aterro sanitário licenciado, em conformidade com as normas legais e ambientais. O reconhecimento evidencia não apenas o cumprimento das obrigações legais, mas também o compromisso da gestão do prefeito Felipe Menezes com a saúde da população e com a qualidade de vida dos lajenses.
Criado em 2022, o Selo Cidade Limpa reconhece os municípios potiguares que adotam boas práticas na gestão dos resíduos sólidos, especialmente aqueles que realizam a destinação final em locais ambientalmente adequados. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o MPRN, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RN) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), e busca estimular o avanço das políticas públicas de sustentabilidade em todo o estado.
A conquista do selo é motivo de orgulho para Lajes e fortalece a imagem da cidade como referência em responsabilidade socioambiental.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o fim deste mês de junho o julgamento dos militares que integravam as cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) à época dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. O julgamento será realizado de forma virtual, entre os dias 13 e 24 de junho.
Ao aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro de 2024, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, disse que a “omissão imprópria” pela qual os oficiais são acusados possibilitou a execução dos atentados contra as sedes dos prédios dos Três Poderes. Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux acompanharam o voto de Moraes.
Veja quem são os réus:
-coronel Fábio Augusto Vieira: era comandante-geral da PMDF no dia 8 de janeiro;
-coronel Klepter Rosa Gonçalves: era subcomandante da PMDF no dia 8 de janeiro e foi nomeado para o cargo de comandante-geral em 15 de fevereiro;
-coronel Jorge Eduardo Naime Barreto: era comandante do Departamento de Operações em 8 de janeiro, mas tirou licença do cargo em 3 de janeiro;
-coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra: estava no comando do Departamento de Operações no lugar de Naime em 8 de janeiro;
-coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues: era chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro;
-major Flávio Silvestre de Alencar: atuou no dia 8 de janeiro; e
tenente Rafael Pereira Martins: atuou no dia 8 de janeiro.
A PGR afirmou, na denúncia, que havia “uma profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da PMDF denunciados, que se mostraram adeptos de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.
Os oficiais da PMDF respondem pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça com emprego de substancia inflamável contra patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado; e violação de dever contratual de garante e por ingerência da norma.
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