A sextortion, extorsão sexual on-line, tornou-se um dos crimes cibernéticos de maior crescimento no mundo, atingindo principalmente adolescentes.
Neste tipo de crime cibernético, os criminosos chantageiam vítimas com imagens ou vídeos íntimos — reais ou manipulados — ameaçando divulgá-los a familiares, amigos ou em redes sociais, geralmente em troca de dinheiro.
Casos recentes mostram o impacto devastador: adolescentes como Evan Boettler (16 anos, EUA) e Gavin Guffey (17 anos, EUA) tiraram a própria vida após serem chantageados.
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Casos nos EUA: denúncias ao FBI mais do que dobraram em três anos, chegando a 55 mil registros em 2024.
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Reino Unido: a Agência Nacional do Crime recebe cerca de 110 denúncias por mês.
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Meta (Facebook/Instagram): afirmou ter derrubado 63 mil contas de sextortion ligadas à Nigéria em 2024, incluindo 2,5 mil em rede coordenada. A empresa diz investir US$ 30 bilhões (R$ 160 bi) em segurança e ter 40 mil pessoas dedicadas à área.
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Internet Watch Foundation (IWF): só nos oito primeiros meses de 2025, foram 723 denúncias recebidas pelo serviço Report Remove, das quais 224 ligadas à sextortion.
As investigações revelam que parte desses crimes se origina de redes de golpistas na Nigéria, conhecidos como Yahoo Boys. Em alguns locais, grupos inteiros operam como “call centers” de fraude digital, com líderes e aprendizes, além de práticas como rituais de “Yahoo Plus” para atrair sorte nos golpes.
Apesar da mobilização de plataformas e autoridades, especialistas e famílias de vítimas apontam lentidão e falhas graves na proteção dos jovens.
Com informações de g1 e BBC
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