Judiciário

Supremo tem dez liminares que aguardam decisão do plenário há mais de 5 anos

Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Bandeira de alguns ministros do Tribunal, a gradual substituição das decisões individuais de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) por julgamentos em conjunto requer um esforço concentrado para acabar com uma pilha de liminares pendentes de julgamento. O Estadão identificou dez decisões tomadas por relatores há mais de cinco anos. São atos para suspender resoluções, leis estaduais e federais e até Emenda à Constituição da República e à do Estado do Rio. Todas estão em pleno vigor, por decisão de um único ministro, mas sequer começaram a ser julgadas até hoje pela Corte.

O carro-chefe dentre as decisões individuais (monocráticas) que aguardam julgamento no plenário é a que suspendeu as regras de distribuição dos royalties do petróleo aprovadas pelo Congresso. Em 2013, a ministra Cármen Lúcia decidiu atender a um pedido do governo do Rio, que estimou prejuízo ao Estado e aos seus municípios de até R$ 4 bilhões só naquele ano.

Na prática, a relatora protegeu as receitas dos Estados produtores, até que o plenário da Corte adotasse um posicionamento sobre o tema. O caso, que envolve interesses bilionários, entrou no calendário de julgamentos de novembro de 2019 e de abril de 2020, mas foi retirado duas vezes. Se nenhum imprevisto surgir, será finalmente julgado em 3 de dezembro, ou seja, sete anos depois.

Outra liminar de 2013 com grande relevância para o País e que ficou para as calendas é aquela que permitiu ao então presidente do STF, Joaquim Barbosa, suspender a criação de quatro Tribunais Regionais Federais, aprovada em Emenda à Constituição. A decisão levou cinco anos para ser liberada para julgamento no plenário, mas até hoje sua votação não foi iniciada.

O relator atual é o presidente Luiz Fux, que, apesar de controlar a pauta de julgamentos, não marcou ainda o dia desta ação. Em agosto, a Câmara dos Deputados aprovou a criação de um novo TRF, sediado em Minas.

O atual presidente do Supremo, que tem se mostrado um entusiasta do fim das decisões individuais – a chamada “desmonocratização” –, liberou para julgamento, no mês passado, ação em que concedeu liminar, em 2011, para suspender uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa resolução previa horário de atendimento ao público uniforme para o Judiciário em todo o Brasil.

Em abril de 2015, Fux também suspendeu uma mudança na Constituição do Estado do Rio que aumentava de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória de servidores públicos estaduais. Os dois casos aguardam julgamento.

Essas são algumas das 65 liminares concedidas por relatores que estão pendentes de julgamento pelo plenário, em ações que discutem a constitucionalidade de leis e de normas do País.

A possibilidade de ministros, individualmente, suspenderem atos do Legislativo e do Executivo é tema de forte crítica entre políticos no Brasil, que denunciam, em alguns casos, um certo “ativismo judiciário”. Segundo pesquisadores que têm como objeto de análise o Supremo, os 11 ministros do tribunal se comportam como “ilhas”, que decidem sozinhas a maioria dos processos. Nesse sentido, a “desmonocratização” é bem-vista e aguardada, inclusive por ministros da Corte.

Há propostas em discussão para criar uma forma de impedir que as ações fiquem penduradas nos gabinetes. Uma delas prevê que todas as liminares sejam levadas a referendo do plenário virtual imediatamente após tomadas. Dependeria disso a validade da decisão do relator. O tema já vinha sendo discutido na gestão de Dias Toffoli na presidência, por proposta de Luís Roberto Barroso, e foi abraçado por Luiz Fux.

Nesta semana, Gilmar Mendes aderiu ao movimento e propôs que, não apenas daqui para frente, mas também sobre liminares antigas, que todas sejam colocadas para votação, necessariamente, em um prazo de 180 dias. O gabinete do ministro pesquisou ações nessa situação. Foi com base nesse levantamento que o Estadão fez a análise de cada uma das 65 identificadas.

Apesar de seu movimento, Gilmar Mendes afirmou, na semana passada, que havia certa demagogia em torno do discurso de desmonocratização. Em uma indireta ao presidente Luiz Fux, disse, em uma live, que a liminar mais antiga que ele conhecia de grande repercussão era a que garantiu o pagamento de auxílio moradia a membros do Judiciário. O autor da decisão, de 2014, foi Luiz Fux, que a reviu no fim de 2018, sem a ter levado a julgamento no plenário.

Além das ações antigas, há algumas recentes com grande apelo que aguardam apreciação no plenário. Algumas estão ligadas às crises sanitária e política deste ano. Quando houve um apagão de dados da covid-19 no site do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre de Moraes determinou, em junho, que fosse restaurada a divulgação diária dos dados relativos à pandemia, a pedido da Rede Sustentabilidade.

Em junho, em meio à crescente tensão política com apoiadores do presidente fazendo manifestações por intervenção militar, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) entrou com uma ação no Supremo. Luiz Fux atendeu a um pedido de liminar para estabelecer que as Forças Armadas não representam um “poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. Era uma resposta à narrativa golpista que vinha sendo defendida por parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Em uma liminar que mexe com o Legislativo, o então presidente Dias Toffoli decidiu que, em casos de eventual vacância no Senado Federal, por cassação pela Justiça Eleitoral da chapa eleita, o candidato imediatamente mais bem votado na eleição assume o cargo interinamente, até que seja empossado o senador eleito em pleito suplementar. A decisão foi de 31 de janeiro deste ano, em ações apresentadas ao Supremo, diante da cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) pela Justiça Eleitoral.

A advogada Bianca de Oliveira Farias, professora de Direito Processual da Universidade Candido Mendes (Ucam), diz que ainda se verifica uma “indesejável morosidade” em ações no Supremo, o que levaria ao “perecimento de direitos ou significativos impactos financeiros a Estados da Federação”.

Ela cita, como exemplo, a ação sobre a distribuição dos royalties do petróleo. “O STF é um órgão colegiado e, por definição, órgãos dessa natureza devem privilegiar decisões conjuntas. Assim agindo, diminuímos o risco de inseguranças jurídicas derivadas de entendimentos diversos que diminuem a credibilidade do próprio Poder Judiciário junto à população”, disse a advogada.

O Estadão questionou os ministros sobre as liminares de cada integrante do tribunal que ainda não foram julgadas no plenário. O presidente Luiz Fux disse, por meio da assessoria, que todos os processos de seu gabinete serão liberados até a próxima quarta-feira. O gabinete do ministro Edson Fachin disse que, das três ações de sua relatoria, duas estão no calendário para votação até o fim do ano e uma começou a ser julgada, mas foi suspensa por um pedido de vista.

A reportagem perguntou também se os ministros concordam com a proposta de Gilmar Mendes, de fazer uma varredura dessas decisões em 180 dias. O gabinete de Barroso disse que o ministro só se manifestará quando a proposta entrar na pauta da sessão administrativa e que o ministro cumprirá o que for decidido pelo Tribunal.

A resposta do gabinete do ministro Marco Aurélio foi que “a proposta ainda pende de deliberação e consiste em norma de caráter transitório, dependente, inclusive, da aprovação de outras modificações.” O gabinete de Rosa Weber disse que “as propostas de alteração do Regimento Interno ainda serão objeto de deliberação”.

Confira abaixo o número de liminares pendentes de julgamento no acervo de cada ministro:

Luiz Fux – 13

Gilmar Mendes – 13

Luís Roberto Barroso – 11

Alexandre de Moraes – 8

Ricardo Lewandowski – 6

Rosa Weber – 3

Edson Fachin – 3

Celso de Mello – 3

Marco Aurélio – 2

Dias Toffoli – 2

Cármen Lúcia – 1

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. BG.
    Uma corte inerte que só atrapalha o Pais. Isto não se justifica. Muitas mordomias, ferias longas,recessos a todo momento, licenças médicas , PEC da bengala, não dá mais pra continuar assim. Ferias de 30 dias iguais a de todos os Cidadaos trabalhadores, fim desses recessos sem fim. Nao dá mais para se tolerar essas bizarrices.

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Economia

Bancos fecham empréstimo de R$ 12 bilhões para salvar contas falidas dos Correios

Foto: Divulgação

Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam uma nova proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões para tentar equilibrar as contas dos Correios, que acumulam prejuízo de mais de R$ 6 bilhões só em 2025. Documentos formais ainda não chegaram à estatal.

A tentativa vem depois que o Tesouro recusou o primeiro pedido de R$ 20 bilhões. Na ocasião, os juros cobrados pelos bancos chegavam a 136% do CDI, acima do limite de 120% aceito pelo governo, considerado “altíssimo risco”. A estatal ainda busca aportes da União e melhores condições com novos bancos.

Para tentar sair do sufoco, os Correios planejam demissão voluntária de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, fechamento de agências e venda de imóveis, que devem render cerca de R$ 1,5 bilhão. O aporte emergencial da União, estimado em R$ 5,8 bilhões, também é praticamente certo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O empréstimo e o plano de reestruturação são vistos como medidas de emergência para manter salários e evitar um colapso ainda maior na estatal, que desde 2022 acumula déficits superiores a R$ 10 bilhões.

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Geral

O Natal tá batendo na porta e o Papo de Fogão vem todo doce! Panetone trufado e rabanadas recheadas

O Natal tá batendo na porta e o Papo de Fogão vem todo doce!  A Chef Jullyane Britto, do Maníacos por Cacau, ensina um panetone recheado de chocolate e morangos. E Fernando Amaral prepara rabanadas com Nutella e doce de leite.

SÁBADO

BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO

RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Judiciário

Enquanto Master afunda em 77 mil ações, esposa de Moraes fatura R$ 129 milhões em apenas 1 caso

Foto: Reprodução

Viviane Barci, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, aparece como advogada do Banco Master em apenas uma das cerca de 77 mil ações em que a instituição é envolvida. O processo, que corre sob segredo de Justiça, trata de calúnia, injúria e difamação contra o gestor Vladimir Joelsas Timerman, da Esh Capital.

Apesar de figurar oficialmente em apenas esse caso do Master, Viviane tem cerca de 1,6 mil processos em seu nome, sendo o parque Hopi Hari seu principal cliente, com 600 ações. Já o Banco Master enfrenta investigações da Polícia Federal por fraudes que podem chegar a R$ 12 bilhões.

Documentos apreendidos na Operação Compliance Zero mostram que o escritório de Viviane recebeu um contrato milionário do banco: R$ 3,6 milhões por mês durante três anos, totalizando até R$ 129 milhões. Mensagens indicam que o pagamento era prioridade para o controlador do Master, Daniel Vorcaro, mesmo com a instituição sob investigação.

Procurado, o escritório de Viviane não comentou o caso, e o Banco Master também não respondeu. A revelação levanta dúvidas sobre o vínculo da advogada com uma instituição investigada e sobre o contrato milionário enquanto milhares de processos seguem ativos.

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Judiciário

MAGNITSKY SUSPENSA: Moraes dribla EUA e escapa das sanções com manobra do STF e recuo do governo

Foto: Reprodução

As sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, foram suspensas nesta sexta-feira (12/12). A decisão é resultado direto de uma estratégia bem-sucedida do STF, que combinou articulação política e recuo estratégico do governo brasileiro, segundo informações do Metrópoles.

Fontes do Itamaraty apontam que o avanço do PL da Dosimetria, comandado por Moraes, e a desistência do Brasil em pressionar por regras internacionais para big techs pesaram na decisão da Casa Branca. O movimento encerra cinco meses de tensão diplomática entre Brasília e Washington.

A sanção havia sido vista como uma ameaça às relações bilaterais, com risco de atrapalhar a cooperação em segurança e combate à desinformação. Agora, a reversão é interpretada como um alívio para o governo, que deve negociar novas concessões até janeiro, incluindo suspensão de restrições de vistos e tarifas comerciais.

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Política

VÍDEO: Carro locado ao Governo do Estado precisar ser empurrado porque foi bloqueado por falta de pagamento

Imagens: Cedidas

Um vídeo que circula nas redes mostra o descaso da gestão Fátima: um carro do governo do RN precisou ser empurrado porque estava bloqueado por falta de pagamento. A cena evidencia o caos administrativo que trava serviços e prejudica o cidadão.

Não foi falta de gasolina ou manutenção: o veículo ficou parado por pendências financeiras. Em plena era digital, rastreadores desligados e burocracia emperram até o transporte mais básico da frota estadual.

Os carros locados pela Secretaria Estadual de Saúde do RN foram temporariamente bloqueados porque a empresa locadora desligou os rastreadores. Segundo o Governo do RN, o pagamento havia sido feito na quinta-feira (11), mas a empresa não registrou o repasse e travou os veículos.

A Sesap garante que a situação foi resolvida e que, nesta sexta-feira (12), os carros já circulam normalmente. Mas o episódio expõe falha na gestão de Fátima Bezerra, que continua transformando tarefas simples em problemas e deixando o potiguar pagar a conta da incompetência.

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Judiciário

Alexandre de Moraes agradece Lula por suspensão de sanções dos EUA

Foto: Reprodução

O ministro do STF Alexandre de Moraes agradeceu publicamente o presidente Lula pela revogação das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra ele e sua esposa, Viviane. Em evento de lançamento do SBT News em Osasco, Moraes chamou a decisão de “vitória tripla”: do Judiciário, da soberania nacional e da democracia.

As sanções da chamada Lei Magnitsky atingem alvos por meios econômicos, como o congelamento de bens e contas em instituições norte-americanas. Criada em 2012 nos EUA após a morte do advogado russo Sergei Magnitsky, a lei visa punir autoridades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

Moraes estava na mira da lei por supostas ordens de censura que afetaram empresas e cidadãos nos EUA. Plataformas como Rumble e Trump Media contestaram judicialmente bloqueios determinados pelo ministro. Em maio, políticos americanos, incluindo Marco Rubio, chegaram a alertar que Moraes poderia ser alvo das sanções.

A lei Magnitsky ganhou alcance global e já foi aplicada fora da Rússia, incluindo casos na América Latina por corrupção e violações de direitos humanos. Alvos entram na lista SDN da OFAC, que restringe negócios internacionais e congelamento de ativos. Para Moraes, a suspensão das sanções mostra que “a verdade prevaleceu” com o apoio do presidente Lula.

Opinião dos leitores

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Geral

Governo do Estado diz que pagou, mas a empresa “não viu” e bloqueou carros da Saúde no RN; veículos já estão desbloqueados

Foto: Reprodução

Os carros locados pela Secretaria Estadual de Saúde do RN ficaram temporariamente bloqueados porque a locadora desligou os rastreadores. Segundo o Governo do Estado, o pagamento à empresa havia sido feito na quinta-feira (11), mas a empresa não tomou conhecimento do repasse e travou os veículos.

A Sesap afirma que a situação foi resolvida e, nesta sexta-feira (12), os carros administrativos já circulam normalmente. O episódio expõe, porém, falhas na comunicação e na gestão do governo Fátima Bezerra, que mais uma vez mostra dificuldade em manter serviços básicos funcionando sem sobressaltos.

Enquanto isso, servidores e serviços essenciais ficaram reféns de uma situação que poderia ter sido evitada com simples conferência do pagamento antes do bloqueio. O caso reforça o histórico de problemas da gestão estadual na área da saúde, que continua colecionando percalços mesmo em tarefas consideradas básicas.

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Política

Flávio reage à decisão de Trump: “Gesto gigante que acelera anistia no Brasil”

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro classificou como “gesto gigante” do presidente dos EUA, Donald Trump, a retirada de Alexandre de Moraes, da esposa dele e da empresa Lex da lista de sanções conhecida como Magnitsky, nesta sexta-feira (12). Para Flávio, a decisão marca o início do “retorno à normalidade democrática” nas relações entre Brasil e Estados Unidos — algo que, segundo ele, pode impulsionar a votação da anistia no Congresso.

A queda das sanções foi confirmada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), permitindo que contas e eventuais bens ligados ao casal sejam desbloqueados e que empresas americanas voltem a fazer negócios com eles.

Moraes havia sido incluído na lista em julho, acusado pelo governo Trump de promover censura, prisões arbitrárias e perseguição política — especialmente no caso que resultou na condenação de Jair Bolsonaro.

Flávio acredita que o gesto de Trump deverá influenciar diretamente na votação do PL da Dosimetria, prevista para a próxima semana no Senado. Para ele, a aprovação da proposta pode abrir espaço para que os EUA removam sobretaxas que atingem produtos brasileiros, prejudicando setores inteiros da economia.

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Saúde

Carros da Saúde locados têm rastreadores bloqueados após calote do Governo do Estado

Foto: Secom RN

Os carros alugados pela Secretaria Estadual de Saúde do RN simplesmente pararam de rodar. A locadora desligou os rastreadores por falta de pagamento — e, sem o sistema ativo, os veículos ficam automaticamente bloqueados, impedidos de circular. Ou seja: ambulâncias, carros de apoio e serviços essenciais estão parados por puro calote administrativo.

A empresa afirma que o Governo do Estado não cumpriu nada do que foi acertado, acumulando atrasos e ignorando tentativas de solução. Sem pagamento, a regra é clara: rastreador desativado e frota imobilizada. A situação escancara mais um capítulo do caos na gestão Fátima Bezerra, que segue colecionando problemas na saúde pública.

Enquanto isso, servidores e pacientes ficam reféns de uma estrutura que não funciona, travada por falta de planejamento básico — pagar o que deve. É mais um exemplo da incapacidade do Governo do RN de manter o mínimo em dia, mesmo em áreas que deveriam ser prioridade absoluta.

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Política

CPMI estoura sigilo de Vorcaro e acha contatos da família Moraes

Foto: Reprodução

A CPMI do INSS começou a receber os dados sigilosos do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master e alvo da Operação Compliance Zero da Polícia Federal. E a primeira bomba já apareceu: entre os contatos do empresário estão números atribuídos ao ministro do STF Alexandre de Moraes e à esposa dele, a advogada Viviane Barci de Moraes.

Viviane, inclusive, já tinha sido revelada pela imprensa como contratada pelo Banco Master por um valor milionário: R$ 3,6 milhões por mês, totalizando R$ 129 milhões.

O contrato previa atuação em defesa dos interesses do banco junto a órgãos federais como Banco Central, Receita Federal e Congresso — algo que agora ganha novo peso com a descoberta dos contatos diretos.

A lista de números fornecida à CPMI inclui tanto o ministro quanto Viviane, reforçando o alcance político e institucional da rede de relacionamentos de Vorcaro. A comissão deve avançar nos próximos dias para entender o motivo dessas ligações e se houve interferência no escândalo investigado.

Opinião dos leitores

  1. Sim!
    E aí?!
    Vai dar o quê?!
    Amigos, nessa republiqueta em que “sobrevivemos”, nada abalará a supremacia de Alexandre. “o grande!”

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