Foto: Reprodução/Leafly
A onda de insegurança que grita no estado do Rio Grande do Norte pode ser discutida, infelizmente, em diversos roteiros: do usuário do transporte público aflito com cada suspeito que chega ao ponto de ônibus; o motorista que não sabe mais em qual semáforo corre menos risco de ser abordado; o estudante ou cidadão que anda a pé rumo ao seu destino; o banhista que começa a deixar de freqüentar praias menos movimentadas; o veranista que dorme com medo de sua casa ser invadida por uma quadrilha violenta durante a madrugada; o comerciante ou empresário que vive a tensão de um assalto iminente durante 24 horas, e , por fim, “a paranoia do embarque e desembarque em residências em Natal”, objeto de atenção neste artigo.
Pois bem. Registrada quase que diariamente na imprensa potiguar, cujas vítimas são parentes, amigos, eu, ou você, as abordagens criminosas na chegada e saída de casa, especialmente na capital potiguar, tornaram-se freqüentes em todos os bairros, não importa o dia semana, muito menos a hora. Virou um tormento. Um estado de paranoia.
Mais do que todas as orientações de medidas preventivas contra essas ações criminosas, o cidadão em Natal se encontra em um estágio muito além da atenção redobrada: o estado da famigerada paranoia, testemunhado desde rodas de amigos, reuniões familiares, na fila do supermercado ou da padaria e, se o bandido “deixar”, na breve conversa com o vizinho. Virou triste realidade.
O momento da saída ou da chegada de casa virou tormento. Sem o poder da vidência, grande parte dos moradores – aqueles que moram especialmente em casas, e que ainda não conseguem mudar para condomínios fechados, ou mesmo, resistem às velhas tradições e preferem preservar suas intimidades e individualidades, vivem segundos ou, no mínimo, um minuto de tensão, a partir desse momento.
Na saída de casa, nada assegura que a famosa espiada na rua signifique estar livre de uma abordagem criminosa. Na chegada de casa, a pé ou de carro, abrir rapidamente o portão manual, ou até mesmo o elétrico, também não garante estar salvo.
Os motociclistas, injustiçados, em sua grande parte pessoas de bem, acabaram marcados por ações de bandidos, e hoje são olhados com desconfiança, sozinhos ou com garupa. Os condutores de veículos, também, aos poucos, não inspiram mais confiança. E aquele que passa a pé na rua. Nem se fala.
“É um frio na espinha quando surgem nestes momentos. Só rezo em silêncio pedindo proteção a Deus”, assim comentam os natalenses.
Até o ateu, nestas horas de incerteza, pasme, já apelou para “as forças do bem”.
A paranoia se estabeleceu na capital potiguar. Até mesmo as pessoas que criticavam os mais assustados ou paranoicos, hoje se calam e vivem a mesma a sensação.
Infelizmente, mais do que atenção, a paranóia ajuda de alguma forma. Triste e inquietante forma de ser precavido.
Por Rodrigo Matoso – cidadão em paranoia e jornalista.
Está horrível estou até pensando em mudar de cidade JOÃO Pessoa por exemplo cidade no quesito violência Natal e campeã nacional ??????????????parabéns ao governo do Eatado do RN
É o retrato da falência do poder público. Emergentes? Estamos submergindo rumo a um obscuro submundo.
O próprio Estado criou essa violência, do final dos anos 90 para cá, só tem crescido!!!!
Enquanto a turma do ar-condicionado estiver ganhando SÓ PARA moradia quase 5 sálarios, a coisa vai é piorar.
Afinal, com polpudos vencimentos, pode-se dar ao luxo de mandar a família para a Suiça.
Pense num raciocínio medíocre. Esse tipo de pensamento, sim, leva ao caos. Santa estupidez.
A Polícia prende, a justiça solta. A polícia prende, a justiça solta. E assim vai se enxugando gelo… Viva os direitos dos “manos”, abaixo os direitos dos humanos. O bandido mata, esfola, estupra, pinta e borda e está tudo certo por eles serem vítimas da sociedade. A polícia quando reage e neutraliza um bandido não pode e terá todo o rigor da lei para condena-la. E assim os valores se invertem e assim a criminalidade aumenta e assim todos os cidadãos de bem perdem seus direitos… Até quando? A quem interessa esse nível de criminalidade? Devemos dizer vangloriar os babdidos? Eles agora se tornaram os heróis dos nossos filhos? Vergonha de ser brasileiro, infelizmente, pois aqui cada dia fede mais e mais…
Esse país não tem jeito… Esqueçam
Parabéns ao Ministério Público , aos direitos humanos , querem uma polícia de primeiro mundo para um subúrbio, uma bandidagem de terceiro mundo , hipocritas
Descreveu no texto a minha realidade.
PARANÓIA
A onda de insegurança
No Rio Grande do Norte
Deixa cada cidadão
À mercê de sua sorte
Com a omissão do Estado
O cidadão fica acuado
Sempre com medo da morte
Vive numa PARANÓIA
Em cada ato que faz
Seja no transporte urbano
Ou ao olhar para trás
Motoqueiro ou motorista
Pedestre ou o ciclista
Clamam sempre pela paz
Se você está no ônibus
Fica prestando atenção
Em cada pessoa que sobe
Para pegar o busão
Se é um cidadão de bem
Ou se o cidadão tem
Uma arma na sua mão
Se você está na parada
E alguém se aproximar
Fica logo com aflição
Se ele vai lhe assaltar
Você fica ansioso
Fica aflito e medroso
Começa a se aperriar
Se você está de carro
No seu trajeto normal
Os vidros ficam fechados
Quando chega num sinal
Medo de ser abordado
Ou até mesmo assaltado
É assim que está Natal
Se você quer ir à praia
Em um lugar mais deserto
Já fica observando
Quando alguém está por perto
Nunca fica à vontade
Vem logo a ansiedade
Não tem como ficar quieto
Pra quem tem casa de praia
O medo vai existir
Não pode ir com a família
Pensando em se divertir
Quando pensa em passear
Começa a se aperriar
Pensa logo em desistir
Para quem tem um comércio
Quase sempre é uma aflição
Vinte e quatro horas por dia
Numa constante tensão
Com medo de ser assaltado
Vive aflito e angustiado
Em tudo presta atenção
Se você passar no banco
Para sacar uma quantia
Não importa o horário
Seja de noite ou de dia
O cuidado é redobrado
Para não ser assaltado
Faz tudo numa correria
Se vai sair de sua casa
Tem que a rua observar
Se aparece um estranho
Pensa logo em voltar
A pé, de moto ou de carro
Rua calçada ou de barro
O medo vem visitar
Se você tiver chegando
Do trabalho no seu lar
Roda o quarteirão inteiro
Depois de observar
Até ter a sensação
De que a sua aflição
Permite você entrar
Vivemos uma PARANÓIA
Em toda a população
O Estado abandonado
Governo lava a mão
Não temos mais segurança
Resta só nossa esperança
De ter paz no coração
Temos que pedir a Deus
Que nos dê tranquilidade
Para vivermos em paz
Com muita serenidade
Pois só ele é A Vida
A estrada percorrida
E a mais pura verdade
Ao jornalista Rodrigo
Que veio a escrever
Esse belíssimo texto
Para a população ler
Escrito e publicado
No maior blog do estado
Lá no BLOG DO BG
Vivaldo Araújo da Costa
Fantástica reportagen e nossos Excelentíssimos Poderes não fazem Nada.
Não existe degurança pública. A polícia nao investiga por não possuir meios. Uma vergonha!
Uma das coisas que está ao nosso alcance se chama o voto, apesar de muitos teimarem que não. Vamos renovar o Congresso Nacional de cabo a rabo, colocando lá pessoas comprometidas em mudar o nosso caduco Código Penal . Os que lá estão já provaram que não estão muito preocupados com isso, pelo contrário, muitos são tão bandidos quanto os que nos assaltam.
BG, na sua opinião, quem é o principal culpado pelo estado de violência sem precedentes que vive o RN?
Pergunta bosta q não acrescenta em nada
Pedro Álvares Cabral