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Trump sobre Zelensky: “Não quer paz enquanto tiver apoio dos EUA”

Foto: Reuters

Após uma matéria da agência Associated Press (AP) destacando uma fala do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de que o fim da guerra com a Rússia estaria “muito, muito distante”, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu nas redes sociais.

“Esta é a pior declaração que Zelensky poderia ter feito, e os Estados Unidos não a tolerarão por muito mais tempo! É o que eu disse, ele não quer que haja paz enquanto tiver o apoio dos EUA”, escreveu na Truth Social.

“E a Europa, na reunião que teve com Zelensky, afirmou categoricamente que não consegue fazer o trabalho sem os EUA – provavelmente não uma grande declaração feita em termos de demonstração de força contra a Rússia. O que eles estão pensando?”, continuou Trump, se referindo a reunião de líderes europeus em uma cúpula para discutir a guerra no leste europeu que aconteceu no último final de semana em Londres, no Reino Unido.

Zelensky chegou a criticar governos dos EUA e Trump alegou que o líder ucraniano “está apostando em uma Terceira Guerra Mundial” em conflito com a Rússia no leste europeu.

J.D. Vance, vice-presidente dos EUA, também participou da discussão e enfatizou que Zelensky deveria ser grato ao governo americano.

O presidente ucraniano reforçou, depois do bate-boca, que espera continuar recebendo apoio dos EUA e que o relacionamento entre os dois países continuará.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Perfeito! O presidente da Ucrânia tá lucrando com a guerra e engolindo corda da extrema esquerda europeia.

    1. Se Trump disser que é de esquerda, você vai arranjar umas desculpa pra dizer que ele está certo. Se liga, tem muita coisa em jogo que tu nem sonha, com esse seu pensamento rasteiro.

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Área VIP para ministros constrange convidados em posse no TST

Foto: Assessoria TST

Convidados para a posse do novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vieira de Mello Filho, ficaram constrangidos com a instalação de uma área VIP destinada a ministros e autoridades.

Para ter acesso à posse formal e ao coquetel realizados na sede do TST, em Brasília, os convidados pagaram R$ 450. No entanto, seguranças impediram a aproximação dos presentes à área reservada.

As medidas de segurança levaram alguns dos convidados a reclamar por não terem conseguido sequer cumprimentar o novo presidente do TST.

Vieira de Mello Filho é ministro do TST há 19 anos e já exerceu as funções de vice-presidente do órgão e de corregedor-geral da Justiça do Trabalho. Ele também comandará o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) no biênio 2025-2027.

Metrópoles – Paulo Cappelli

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Fachin assume STF com defesa de autocontenção e tenta baixar tensão política

Foto: Luiz Silveira/STF

Edson Fachin assume a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (29) indicando como uma das prioridades para a gestão distensionar as relações políticas em torno da corte e arrefecer os questionamentos sobre a atuação do tribunal.

A ideia da autocontenção do Judiciário tem sido um mantra repetido pelo ministro nos últimos meses, quando a corte esteve em embates com o Congresso Nacional, setores da advocacia e aliados de Jair Bolsonaro (PL) em meio ao julgamento da suposta trama golpista.

Ao completar dez anos no cargo, em junho, Fachin usou uma frase já conhecida dele: “Ao direito o que é do direito, à política o que é da política”. “Nós, juízas e juízes, servidoras e servidores, não podemos agir fora da razão jurídica objetiva nem sermos vistos como satélite da polarização que hoje assola o mundo.”

Antes disso, ele usou a mesma expressão ao representar o atual presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, em solenidade no Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2025.

Na ocasião, também ressaltou a importância da corte para a defesa da democracia, que ele já disse ter ficado sob ataque e ameaça no governo Bolsonaro, mas acrescentou que o tribunal deve se manter fiel à proteção da legalidade e consciente “de que o nosso papel não é o de protagonista”.

O estilo discreto de Fachin é semelhante ao de Rosa Weber, que presidiu o tribunal por pouco mais de um ano, entre 2022 e 2023. O ministro não tem o hábito de conversar com jornalistas, concede poucas entrevistas à imprensa e costuma preferir manifestações nos autos processuais.

Um exemplo da discrição de Fachin é a recusa das ofertas de associações do meio jurídico para bancar uma festa em homenagem à posse dele, na noite de segunda. Avesso a extravagâncias, ele decidiu servir apenas água e café na solenidade.

Em agosto, na Fundação Fernando Henrique Cardoso, Fachin fez um discurso dizendo que “cabe à política lidar com valores e ideologias em disputa” e que “o direito deve resistir à tentação de preferir uma delas”.

Segundo ele, os plenários da corte são apenas uma parte da esfera pública, mas o jogo da democracia se canaliza para o Congresso.

Embora receba ataques bolsonaristas e tenha sido um dos alvos de suspensões de vistos impostas por Donald Trump, Fachin tem insistido na defesa de um Supremo que não substitua a arena política para não corroer a legitimidade do sistema.

Na conferência, ele ressaltou a preocupação com grupos minoritários, ainda subrepresentados. Neste ponto, Fachin disse ser papel do tribunal abrir caminhos para a inclusão e evitar a cristalização de privilégios.

Por fim, o ministro também afirmou entender que há um quarto ramo informal na divisão de Poderes, que inclui Ministério Público, Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Conselho Nacional de Justiça e mesmo agências reguladoras.

“A complexidade da sociedade brasileira –marcada por desigualdade, diversidade regional e pluralismo social– exige uma democracia em rede, na qual o STF não decide sozinho, mas se ancora em uma malha de instituições fiscalizadoras e deliberativas.”

Nos bastidores, assessores e advogados que frequentam o tribunal têm percebido sinalizações inclusive para os anseios da oposição. Um dos exemplos foi o voto do ministro no caso que fixou a responsabilidade de plataformas digitais por conteúdos de terceiros, no processo do Marco Civil da Internet.

Folha de S.Paulo

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Influencer suspeito de desviar R$ 146 milhões via PIX é preso na Argentina

Foto: Reprodução/Redes sociais

O influenciador e empresário Gabriel Spalone, alvo de mandado de prisão temporária por suspeita de participar de um esquema de desvio de R$ 146 milhões via PIX, foi preso na noite deste sábado (27) ao pousar no Aeroporto Internacional da Argentina, em Buenos Aires, depois de ser incluído na Difusão Vermelha de procurados da Interpol.

Difusão Vermelha, também conhecida como “lista vermelha” é um mecanismo internacional para o compartilhamento de informações de foragidos internacionais. Atualmente, a organização possui 19 bancos de dados à disposição das polícias do mundo, entre eles, de impressões digitais, perfis de DNA, documentos falsificados e obras de arte, por exemplo.

De acordo com a Polícia Federal, a prisão foi feita com apoio da Polícia Civil de São Paulo e das autoridades da Argentina, Panamá, Paraguai e Estados Unidos. A nota diz ainda que Gabriel deve ser extraditado para o Brasil.

De acordo com o advogado Eduardo Maurício, que representa o empresário, foi requerido um pedido de revogação da prisão e para a exclusão do influenciador da lista da Interpol. Também foi feita uma denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos, para que Gabriel possa responder o processo em liberdade.

Na sexta-feira (26), Gabriel chegou a ser detido no Aeroporto Internacional do Panamá, mas foi liberado em menos de 24 horas após as autoridades locais serem informadas de que ele não possuía ordem de prisão internacional e que nem estava na lista da Interpol naquele momento.

Maurício disse que as autoridades do Panamá o liberaram para seguir viagem a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Sua defesa também afirmou que a prisão no Panamá havia sido “ilegal e abusiva”.

Contudo, horas depois, Gabriel foi incluído no alerta vermelho da Interpol. Segundo Paulo Barbosa, delegado chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos, “a inclusão do nome do Gabriel Spalone na Difusão Vermelha foi resultado de uma ação conjunta da Polícia Civil de São Paulo com a Polícia Federal”.

Ao pousar em Buenos Aires, Argentina, depois de sair do Panamá, Gabriel foi preso pela Interpol dentro do avião. Ele será transferido para o Brasil para ficar à disposição da Justiça.

G1

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Governo Lula quer medir impacto político de Blindagem e anistia

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

Integrantes do Palácio do Planalto encomendaram pesquisas para avaliar o impacto das manifestações contrárias à chamada PEC da Blindagem e ao PL da Dosimetria.

Segundo apurou a coluna, a intenção do governo é analisar especialmente os desdobramentos políticos do episódio, com foco na repercussão sobre a imagem do presidente Lula, do Centrão e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Como a coluna já mostrou, aliados de Lula não comemoraram apenas a derrubada da PEC da Blindagem no Senado, em votação na quarta-feira (24/9). Nos bastidores, lideranças petistas também avaliam possíveis ganhos eleitorais com o tema.

Na visão de alguns dos interlocutores do presidente Lula, o tema da Blindagem pode ser usado como munição no pleito de 2026, especialmente contra candidatos da oposição que planejam deixar a Câmara dos Deputados.

A interpretação dos petistas é que, mesmo com o tema saindo de pauta após a derrocada da PEC, candidatos governistas poderão “lembrar” o eleitorado de que deputados bolsonaristas, por exemplo, foram a favor da proposta.

Metrópoles – Igor Gadelha

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‘Sair do Supremo é possibilidade, mas não é uma certeza’, diz ministro Luís Roberto Barroso

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, se emocionou diversas vezes na semana passada, a última em que ocupou o comando da Corte. Nesta segunda (29), Edson Fachin assume seu lugar.

Em seus últimos momentos em uma das cadeiras mais poderosas do país, o ministro recebeu a coluna para um balanço que não se resumiu à sua gestão de dois anos.

Ele voltou atrás no tempo e falou sobre a Lava Jato e o que pensa hoje da operação. Explicou o voto que deu em 2018 e que contribuiu para que Lula fosse levado à prisão —do qual diz não se arrepender.

Revelou como se reaproximou do agora presidente, e de como o petista acabou conquistando até a sua sogra. E disse que os dois nunca conversaram sobre aquele momento do passado, hoje tão distante. “O presidente é um homem que já esteve tempo suficiente no sereno para entender qual é o papel de um juiz que cumpriu o seu dever de aplicar também a ele o que havia aplicado a outras pessoas”, afirma.

Contou como se relacionou cordialmente com Jair Bolsonaro (PL) nos primeiros anos do governo dele e revela que chegou até a indicar um ministro para o mandatário —mas o então presidente optou por outro nome.

Disse que acha inadmissível a discussão de uma anistia antes, durante e logo após o julgamento do ex-presidente. Mas vê com simpatia a ideia de uma redução de penas que beneficie os condenados.

Admitiu que já chegou a conversar com Lula sobre sua saída do STF. E afirmou que a hipótese de ser sancionado pela Lei Magnitsky, que visa sufocar financeiramente os atingidos e já foi imposta ao ministro Alexandre de Moraes, não entra em seus cálculos sobre ficar ou não no tribunal.

“Não tenho muitos medos nessa vida” nem “aflições excessivas”, diz Barroso. “O que não quer dizer que as coisas me são indiferentes.”

Folha de S.Paulo – Mônica Bergamo

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Prestes a deixar governo, União Brasil e PP ainda têm 140 filiados em órgãos de orçamento bilionário

Foto: Brenno Carvalho

O anúncio da saída do ministro Celso Sabino (Turismo) do governo Lula após o ultimato do União Brasil foi o primeiro passo de um movimento que pode se expandir pela máquina pública e movimentar cargos em órgãos de orçamento bilionário. Levantamento do GLOBO identificou 140 filiados ao partido e ao PP, que integra a mesma federação, em postos de confiança no Executivo. A pressão das cúpulas das siglas pelo desembarque já despertou o interesse de outras legendas e abriu a disputa por espaço.

No primeiro escalão, além de Sabino, o deputado federal licenciado André Fufuca (PP-MA) está à frente do Ministério do Esporte. As situações estão em patamares diferentes no momento. Sabino entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira uma carta de demissão, uma semana após o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, exigir a saída imediata em meio a uma disputa particular com o governo.

Lula pediu ao auxiliar que fique até o fim desta semana, em uma tentativa de ganhar tempo e tentar manter a sigla ao seu lado. Fufuca também joga com o calendário e segue com as atividades enquanto não recebe uma ordem partidária.

Indicações

Além da presença na Esplanada, os partidos se espalharam pela administração federal, seja com nomes diretamente filiados ou indicados por parlamentares e dirigentes. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), por exemplo, tem Narcélio Moreira Albuquerque como diretor administrativo — ele foi secretário parlamentar da deputada federal Fernanda Pessoa (União-CE). O diretor-geral do órgão, com orçamento de R$ 1,3 bilhão, é uma indicação do PP desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

— Ele (Moreira) tem atributos que transcendem qualquer vinculação partidária e nunca almejou disputar mandatos — afirma a deputada, defendendo a permanência do aliado.

Procurado, Moreira não se manifestou. Na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), por sua vez, o diretor de gestão de fundos é Heitor Freire, ex-deputado federal do União Brasil pelo Ceará. Apesar da posição do partido, ele tenta se manter no posto e diz que vai se afastar da sigla caso não tenha aval:

— Já pedi agenda com o presidente Rueda. Vou buscar um diálogo, e se existir um desconforto, quiserem realmente que eu saia, pedirei minha carta de anuência e saio do partido.

O diretor de administração do órgão também é filiado ao União: José Lindoso de Albuquerque Filho foi secretário parlamentar do deputado Luciano Bivar, ex-presidente da legenda. A Sudene faz parte do Ministério da Integração Nacional, que é chefiado por Waldez Góes, apadrinhado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Lindoso não comentou.

Outro alvo de interesse pela capacidade financeira e de execução de obras é a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), presidida por Lucas Felipe de Oliveira. O comando da Companhia também foi uma indicação chancelada por Alcolumbre. Neste ano, a Codevasf tem, sozinha, um orçamento de R$ 2,1 bilhões. Oliveira, Elmar e Alcolumbre não comentaram. Segundo o levantamento feito pelo GLOBO, o órgão ainda abriga três filiados do PP em cargos comissionados e dois do União Brasil.

Para fazer o levantamento, foram usados a lista de filiados mais recente disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante as eleições de 2024, e o cadastro de servidores DAS, CCX e NES disponibilizado pelo Portal da Transparência — as três nomenclaturas são relacionadas aos cargos de confiança. Ao todo, o União soma hoje 97 filiados, e o PP, 43.

No caso dos dois partidos, o movimento durante o governo Lula foi similar: eles tinham mais filiados em cargos comissionados ao fim da gestão de Jair Bolsonaro. O total caiu no início do mandato de Lula, em meio às dificuldades para a formação da base aliada no Congresso, e passou a crescer conforme o governo foi abrindo espaços a congressistas das duas siglas. Nos últimos dois anos, o PP somou mais 12 filiados na lista, e o União, outros 19.

O União Brasil ainda tem cinco representantes na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em cargos de diretoria, chefe de divisão e assessores. Em 2025, o orçamento do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, gerido pelo Sudam, é de R$ 830,5 milhões. Há ainda integrantes das legendas em cargos no Palácio do Planalto, em órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e também em superintendências estaduais do Ministério da Saúde.

Enquanto a decisão do União Brasil para o desembarque do governo já está valendo, a do PP só deve começar a ser aplicada no fim do mês. Em nota, o União reiterou “que todos os seus filiados devem cumprir integralmente” a resolução que trata da saída das funções e que “o texto aprovado determina que filiados que ocupem cargos públicos de livre nomeação e exoneração na administração pública federal, direta ou indireta, devem requerer sua imediata exoneração”.

A legenda declarou ainda que “acompanhará cada situação individualmente, adotando as medidas cabíveis sempre que houver confirmação de descumprimento, conforme previsto no Estatuto do partido” e que “o objetivo é garantir segurança jurídica, respeito às normas internas e a unidade partidária”. Uma normativa do União Brasil prevê sanção aos quadros que não pedirem exoneração de seus cargos: haverá abertura de processos disciplinares, que podem resultar em expulsão da sigla. Já o PP não respondeu ao ser questionado sobre o tema.

O Globo

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PT gasta mais de R$ 8 milhões com empresas de dirigente que sigla esqueceu de destituir

Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

Quase quatro anos depois de um dirigente partidário pedir para deixar o cargo, o PT o removeu da função. Desde agosto de 2021, quando ele solicitou sua substituição no diretório estadual do Distrito Federal, até abril de 2025, o PT nacional pagou uma quantia correspondente atualmente a R$ 8,2 milhões às empresas dele por serviços de audiovisual, tecnologia da informação e comunicação.

Do total gasto com as empresas Log Produções & Filmes e Dindue, ambas de propriedade de George Barcelos, R$ 7,6 milhões foram pagos enquanto ele ainda constava como dirigente do PT-DF —após a saída dele do posto, o PT continuou contratando suas empresas.

Os valores levantados pela Folha —e corrigidos pela inflação, assim como os demais citados na reportagem— se referem apenas a contratações diretas feitas entre o PT e as duas empresas. Durante o período, a Log Produções também recebeu R$ 194 mil da Urissanê, do marqueteiro Otávio Antunes, para prestar serviços ao partido.

Barcelos e o PT negaram à reportagem conflito de interesses nas contratações. O PT-DF afirmou que desligou o dirigente do cargo em agosto de 2021, mas que demorou quatro anos para informar o TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) por causa de “desorganização burocrática”. A Urissanê não respondeu aos questionamentos da Folha.

Desde 2021, o PT firmou mais de 200 contratos com a Log por serviços de direção, produção, captação e transmissão ao vivo de eventos do partido, incluindo serviços de intérpretes de libras e legendas para os vídeos, assim como aluguel de equipamentos. Isso incluiu a contratação da empresa, por R$ 51 mil, para a transmissão da posse de Lula em janeiro de 2023 nos canais do PT.

Somente em 2025, entre janeiro e setembro, a Log recebeu R$ 1,4 milhão do partido, dividido em 29 contratos, sendo os mais altos no valor de R$ 120 mil por serviços técnicos prestados em maio, junho e julho.

Já a Dindue, em 2024 e 2025, fechou 15 contratos com o partido para serviços de tecnologia, incluindo, no ano passado, um no valor de R$ 37 mil para criar o site da federação Brasil Esperança, formada por PT, PC do B e PV. A empresa também foi responsável por criar aplicativos, uma rádio online e uma loja virtual do partido.

Barcelos é membro do diretório do PT-DF desde abril de 2015 e já ocupou cargos como secretário de finanças e secretário de comunicação.

Filiado desde a adolescência, contou à reportagem ter sido criado entre o Rio Grande do Sul e Brasília. Ele relatou ter se aproximado das cabeças do partido quando atuou no movimento estudantil, período no qual conheceu o hoje deputado federal Paulo Pimenta (RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, e quando foi secretário adjunto da Secretaria da Criança e do Adolescente na gestão de Agnelo Queiroz (2011-2014), no DF, após ter sido conselheiro tutelar.

O primeiro contrato firmado pela Log com o PT foi por meio da Urissanê, em maio de 2021, durante a pandemia, para ajudar a colocar de pé o projeto Elas por Elas, voltado para a participação feminina no partido, por meio de palestras em vídeo, criação de site e produção de conteúdo. A partir do mês seguinte, ele começou a ser contratado diretamente pelo partido para serviços semelhantes em outras áreas.

“Como empresa, a Urissanê pagava um imposto e eu, outro [nas contratações pelo PT], para fazer um serviço que eu estava pensando que, na verdade, era para o PT. Aí, em um determinado momento, eu sugeri: por que o PT não me contrata diretamente ao invés dessa dupla tributação?”, afirmou.

Segundo Barcelos, como ele tinha expertise em informática, foi chamado primeiro para auxiliar na área técnica em um período no qual o partido passou a realizar muitos eventos em vídeo por causa da pandemia de Covid-19.

Em fevereiro de 2022, por exemplo, a Log foi contratada pelo PT para auxiliar na transmissão do evento de aniversário de 42 anos do partido. Feita durante a pandemia, a cerimônia, ao vivo, exigiu a participação, de casa, de diversos dirigentes partidários por meio de suas próprias câmeras.

Ali, contou, ele achava que já não integrava mais o quadro de dirigentes do PT-DF. Embora não tenha enxergado nenhum impedimento à própria contratação, especialmente porque não era remunerado por sua atuação no diretório, relatou que, para evitar constrangimentos, pediu para deixar a direção regional poucos meses após iniciar os serviços para o partido.

Em trocas de mensagens por WhatsApp e emails, aos quais a Folha teve acesso, Barcelos pediu a um dirigente que o removesse de sua função em agosto de 2021.

“Dos grupos de WhatsApp, já que agora tudo se resolve pelo WhatsApp, eles me removeram. Eu não ia mais às reuniões, não participava mais dos grupos, não participava de mais nada.”

A mudança, no entanto, não foi formalizada no TRE-DF. Barcelos alegou ter percebido que seguia como dirigente, ao menos no papel, quando foi verificar a regularização de sua filiação ao PT para poder votar na eleição do partido em 2025. Ele disse ter reiterado o pedido para deixar o posto e que, quando questionou sobre a demora, ouviu que o processo era burocrático e que o grupo acabou se esquecendo de fazer a troca.

Folha de S.Paulo

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VÍDEO: Luta entre Popó e Wanderlei Silva termina em confusão generalizada

Vídeo: Reprodução/@hugogloss

A luta entre Popó Freitas e Wanderlei Silva terminou com confusão entre as equipes na noite deste sábado (28). O confronto inédito entre os dois ex-atletas do boxe teve o fim decretado pelo árbitro depois que Wanderlei foi advertido.

Antes do anúncio oficial de Popó como vencedor da luta, as equipes dos dois atletas invadiram o ringue e iniciaram uma briga generalizada. A confusão foi contida em poucos instantes pela equipe de seguranças.

Durante a briga, Wanderlei Silva recebeu socos, caiu no chão e precisou de ajuda para sair do ringue. Marcas de sangue e machas roxas ficaram visíveis no rosto do atleta.

A luta

Três pontos foram descontados de Wanderlei ao longo da luta devido à prática de movimentos proibidos no boxe, como a imobilização do adversário e agressão com a cabeça. A tensão cresceu durante a disputa principalmente nos momentos em que Wanderlei descumpriu parte das regras.

Assim que foi feito o anúncio do terceiro ponto descontado pelo árbitro, que foi seguida pela desclassificação de Wanderlei, o atleta Popó comemorou a vitória e, em seguida, as equipes invadiram o ringue iniciando a confusão.

Inicialmente a luta estava prevista para acontecer entre Wanderlei Silva e Vitor Belfort. No entanto, Belfort sofreu uma lesão, segundo ele, “séria e que precisa ser tratada com muita atenção.”

Diante deste cenário, Popó foi anunciado como o substituto para o confronto.

CNN

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VÍDEO: “Não quero ser presidente, quero ser primeira-dama”, diz Michelle Bolsonaro

Imagens: Terra

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que não pretende ser presidente do Brasil, mas sim primeira-dama novamente, ao lado de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Michelle fez as declarações durante um discurso em um evento do PL Mulher em Rondônia, neste sábado (27/9).

“Vamos trabalhar para reeleger o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, porque eu não quero ser presidente, não. Eu quero ser primeira-dama”. A esposa do ex-chefe do Planalto chegou a afirmar que só toparia assumir uma possível candidatura, caso o marido pedisse: “Meu marido está em casa, mas, se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos desta nação e até fora se precisar. Eu não vou abaixar a minha cabeça”.

Na última semana, Michelle deu uma entrevista ao jornal britânico The Telegraph na qual afirmou que estaria pronta para disputar as eleições em 2026, caso seja da vontade de Deus, mas sem deixar claro qual cargo disputaria.

Em julho, Bolsonaro chegou a confirmar a esposa como pré-candidata ao Senado Federal pelo Distrito Federal, no próximo ano, pelo Partido Liberal.

A candidatura de Michelle também é defendida pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Ele já disse publicamente acreditar no potencial de Michelle para a política e que ela está pronta para concorrer a uma vaga ao Senado nas eleições do próximo ano.

Com Bolsonaro inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome de Michelle ganhou força no último ano. Ela chegou a aparecer em segundo lugar em pesquisas eleitorais contra Lula (PT).

Metrópoles

Opinião dos leitores

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16 mil servidores públicos do RN devem se aposentar nos próximos 10 anos

Foto: reprodução/SINSP

O quadro de servidores públicos do Rio Grande do Norte enfrenta um processo de envelhecimento e redução, provocado pelo crescimento das aposentadorias e pela limitação do Estado em contratar novos profissionais.

A situação acende um alerta em setores estratégicos como segurança, saúde e educação, onde o déficit funcional já compromete o atendimento à população.

Para a Secretaria Estadual de Administração (SEAD), o problema é, antes de tudo, demográfico e se reflete em graves dificuldades financeiras. A expectativa é de que, nos próximos dez anos, 16 mil servidores se aposentem.

Mas, para a SEAD, o vácuo deixado por eles poderá ser preenchido se as próximas gestões equilibrarem a reposição de quadros com responsabilidade fiscal e estímulo para que os servidores permaneçam em atividade.

“Em um modelo ideal, deveríamos ter quatro servidores ativos para cada aposentado. Hoje, trabalhamos praticamente na proporção de um para um, o que é matematicamente insustentável”, explicou o titular da pasta, Pedro Lopes.

Os números mostram o crescimento acelerado da folha previdenciária. Em 2010, o Estado tinha 24.204 aposentados e 9.099 pensionistas, totalizando 33.303 beneficiários. Até agosto de 2025, já eram 47.637 aposentados e 12.977 pensionistas, num universo de 114.640 servidores.

“Em 15 anos, quase dobramos esse contingente, com aumento de quase 24 mil aposentados e cerca de 4 mil pensionistas. Esse crescimento explica o aumento dos gastos, que não decorrem só de reajustes ou benefícios, mas principalmente do número de pessoas que passaram à inatividade”, observou.

Apesar do aumento, o secretário aponta que há sinais de estabilização, uma vez que o ritmo anual de novas aposentadorias caiu e hoje está na faixa de 1.800, quando já chegou a 2.500 entre 2010 e 2020. Além disso, em algumas categorias, o número de falecimentos já supera o de novas aposentadorias, o que pode indicar uma tendência de queda natural no total de beneficiários no decorrer dos próximos dez anos.

enquanto um grande contingente de servidores deixa o serviço para se aposentar, o governo tem dificuldade de preencher a lacuna deixada por eles para manter os serviços. É aí que entra o comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com pessoal, que está em 55%, acima do limite legal de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impede o governo de realizar novas contratações.

O secretário, no entanto, acredita que até 2030 será possível reduzir esse índice para dentro do limite, conforme previsto na Lei Complementar nº 173/2021. “Nosso governo recebeu o comprometimento de 63% e já baixou para 55%. A projeção é encerrar a gestão em 2026 entre 54% e 55%. Se essa política for mantida, em 2030 o RN pode chegar ao nível ideal”, afirmou.

Reportagem completa na Tribuna do Norte.

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