
As águas de março fechavam o verão de 2012, quando o então pré-candidato a prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, numa das entrevistas mais significativas que deu, à revista Palumbo, jogou um conceito controverso ao carisma.
“O que é carisma para esse povo? Isso para mim é viadagem. Fui um prefeito muito bem avaliado. Fizemos uma das melhores e mais bem avaliadas gestões. Isso é falta de carisma?”, disse ele ao jornalista Rafael Duarte.
Seis anos depois, a viadagem cobra a fatura, pois se há uma lei inescapável é a de causa e efeito, segundo a qual a semeadura é livre, mas a colheita, obrigatória.
Carlos Eduardo Alves colhe a falta de carisma, de habilidade e de convivência harmoniosa com a classe política.
Tem na sociologia e teologia a fundamentação para o carisma, que seria um atributo extraordinário, concedido por Deus. No cotidiano, o conceito é empregado para explicar quem consegue exercer fascínio.
Que fascínio o pré-candidato do PDT ao Governo do Estado exerce no momento em que construir alianças é tão vital?
O presente potiguar é um museu de grandes novidades. Qualquer circunstância é facilmente explicada ao olhar para trás.
Tendo atravessado sua trajetória política como um dos gestores mais hábeis que Natal viu, Carlos Eduardo renunciou ao carisma para exercer autoridade autoproclamada de figura onipotente.
Agora, em busca de apoio, mesmo passando a exercer a liderança da família Alves, descobre que não pode tudo.
Suas desavenças com aliados têm a marca da não recomposição, a exceção dos primos Henrique e Garibaldi, com quem pactuou a sobrevivência do clã que chega ao palanque eleitoral pelas vias do balão de oxigênio.
Do célebre rompimento com a então vice Micarla de Sousa, em 2005, quando cunhou a frase ‘vice é vice’, e com o rompimento com o atual governador Robinson Faria em 2014, após se comprometer em apoiá-lo para o governo, Carlos Eduardo solidificou um personagem inalcançável pela cordialidade, pois se sua vontade não prevalecer nas relações políticas, restará o descarte.
Daí a fatura que o que ele disse ser ‘viadagem’ se apresentar hoje: a notável dificuldade em fazer aliança reduziu seu palanque ao MDB e ao DEM. Não fosse a notável capacidade do senador José Agripino em negociar, papel também muito bem desempenhado pelo prefeito Álvaro Dias, Carlos Eduardo estaria em situação ainda mais delicada.
A chegada de Antonio Jácome para o Senado ainda deverá mostrar se é capaz de tirar o palanque do balão de oxigênio para respirar com certo alívio.
Na fase final de composição de alianças, as figuras políticas que transitam com agulha e linha nas costuras de bastidores protestam justamente contra essa postura do ex-prefeito de Natal.
Carlos Eduardo vai para a campanha tendo o que apresentar, é preciso reconhecer.
Se houvesse mais ‘viadagem’, é bem verdade, as dificuldades do ex-prefeito seriam outras. Seu palanque já teria recebido alta sem a necessidade de medicar sintomas pela falta de carisma.
Prá derrotar outro acordão, penso seriamente votar no 12. O enigma de governador ir prá segundo turno e ter a cadeia como prêmio, pode não ser o fim, apenas para Fernando Freire.
Pronto!!! Você Carlotta, definiu a sua gestão de maquiagem em apenas uma palavra: " Viadagem"
"Viadagem" no superfaturamento e maquiagem nas obras, Viadagem no superfaturamento dos eventos: Carnaval e cidade luz. Viadagem na briguinha fake com Raniere Barbosa e agora crise gay na dificuldade das alianças. É MUITO É FROUXO!!!
Muito boa avaliação
Blog Vendido!
Tô " bege'." ?
Que texto mais cheio de viadagem, hein?
Pode anotar aí BG. Carlos Eduardo já tem a maioria dos votos da grande Natal, não tem prefeito que manobre esses eleitores, se arrumar mais ums votinhos pelo interior pode sair pro abraço, se a Rosa de Mossoro apoiar, aí não tem nem graça. Tá eleito, essa é a lógica.
Pode anotar aí BG. Carlos Edu
Ele já é governador eleito não tem pra onde correr tem muito dinheiro guardado fora os patrocinadores o cara é um governador só esperando a hora de assumir.
O desespero tá grande.