“É uma estupidez”, afirmou o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, sobre a ideia ventilada por Celso Amorim para uma nova eleição na Venezuela como maneira de atenuar a crise que atravessa o país após a contestada reeleição de Nicolás Maduro. 📲Leia mais em… pic.twitter.com/mzNwPjhqYh
— Folha de S.Paulo (@folha) August 15, 2024
“É uma estupidez”, afirmou o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, sobre a ideia ventilada por Celso Amorim para uma nova eleição na Venezuela como maneira de atenuar a crise que atravessa o país após a contestada reeleição de Nicolás Maduro.
“Não vamos repetir eleições coisa nenhuma”, disse o vice-presidente do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), a legenda que controla o Estado venezuelano e tem Maduro na liderança. “Um segundo turno? Na Venezuela não há segundo turno. Senhores… Não se metam nos assuntos internos da Venezuela que vamos respondê-los.”
Cabello falava no final desta quarta-feira (14) durante seu programa em rede nacional, o El Mazo Dando (batendo com o porrete). A referência ao Brasil veio após ele ler uma publicação na rede social X (a mesma que Maduro quer bloquear no país) crítica às falas de Amorim.
Deputado, ele é um dos nomes mais poderosos do chavismo e o número 2 do regime, ainda que a vice de Maduro seja Delcy Rodríguez. Representou o ditador em diversos atos da campanha eleitoral e atua como uma máquina de propaganda na TV e nas redes sociais.
“Diante das direitas que não são democráticas, é preciso evitar de alimentá-las. Está escutando, Celso Amorim?”, seguiu o chavista, peça fundamental da campanha de Maduro e um dos mais radicais das fileiras. “Para nós isso é uma estupidez. Aqui não se vão repetir as eleições porque quem ganhou foi Nicolás Maduro.”
Assessor do presidente Lula (PT) para temas de política externa, o ex-chanceler Celso Amorim tem ventilado a ideia de uma nova eleição na Venezuela como uma proposta embrionária, em suas palavras, a ser levada para a mesa de negociação que Brasil e Colômbia tentam, sem nenhum horizonte, formar entre o regime e a oposição.
O próprio Lula tem ecoado a mensagem, como o fez nesta quinta-feira (15) ao dizer que um governo de coalizão ou novas eleições poderiam ser saídas possíveis para a Venezuela, mergulhada em mais uma crise que preocupa a comunidade global.
Também nesta quinta-feira, Amorim voltou a falar do tema e, em depoimento no Senado, questionou a resistência à realização de novas eleições para resolver a crise na Venezuela, argumentando que os atores que se declararam vencedores certamente “ganhariam de novo”. Disse que a proposta não é de sua autoria, mas é uma das ventiladas, e que novas eleições exigiriam, claro, “um novo sistema de vigilância”.
As falas do ex-embaixador têm caído mal para regime e oposição. Entre muitos na Venezuela, Amorim é visto como um dos interlocutores do Brasil com maior entrada para dialogar com o chavismo. Já no primeiro ano de governo Lula 3 ele era o enviado para se reunir com Maduro e entender os planos que, àquela época, havia para eleições.
Folhapress
Tenho de concordar, são estúpidos mesmo, sempre são!
Vixe, os colegas estão chutando para todo lado, esse chute pegou na boca de Celso Amorim.