A operação policial no bairro Portal do Sol, em Extremoz, entrou no segundo dia com clima de tensão e nova troca de tiros na manhã deste domingo (27). Desde às 11h de sábado (26), as forças de segurança cercam o imóvel onde está escondido Marcelo “Pica-Pau”, apontado como integrante de uma facção criminosa.
Apesar das tentativas de negociação durante a madrugada, o criminoso continua se recusando a se entregar. Durante a manhã, o Via Certa Natal registrou em vídeo uma nova sequência de disparos vindos da casa onde Marcelo segue abrigado.
O cerco permanece intenso na área, com o policiamento mobilizado em mais um dia de operação. As autoridades seguem tentando evitar um desfecho violento, mantendo o trabalho de contenção e diálogo com o suspeito.
Os fãs de Claudia Leitte têm até 23h59 desta quarta-feira (13) para garantir ingressos do lote atual para a turnê “Intemporal”, que chega a Natal no dia 30 de outubro, no Teatro Riachuelo. A mudança de preço acontece a partir da próxima quinta-feira (14), e os bilhetes estão disponíveis a partir de R$ 90,00 no site oficial www.claudialeitte.com.br.
Após emocionar o público com o álbum “Intemporal”, lançado ao vivo em 2024, Claudia Leitte apresenta um espetáculo intimista que propõe uma conexão profunda entre artista e plateia. A turnê, que estreia em setembro em São Paulo, também passará por Recife, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte antes de desembarcar na capital potiguar.
O repertório traz releituras de grandes sucessos da música brasileira e hits da carreira de Claudia, como “Bola de Sabão”, “Eu Fico”, “Pensando em Você” e “Pássaros”, em versões acústicas e emocionantes. Entre os clássicos revisitados estão “Sozinho”, de Caetano Veloso, “Prefixo de Verão”, da Banda Mel, e “Deslizes”, de Fagner.
Em Natal, o público será recebido pela cantora potiguar Vivi Nascimento, que fará o show de abertura celebrando a força da música local. A apresentação integra o Projeto Toca Brasil, iniciativa que valoriza a diversidade da música brasileira ao promover encontros especiais entre grandes artistas nacionais e talentos locais.
O projeto “Intemporal” nasceu de um momento de reflexão pessoal de Claudia Leitte sobre a vida e a saúde mental. “Quero convidar o público a olhar para si com mais carinho e gentileza”, afirma a artista.
O álbum que inspirou o espetáculo conta com participações especiais de Manu Bahtidão, Léo Santana, Marcus & Belutti e Tom Kray, e está disponível no Globoplay.
Com realização da Ciel Produções e Global Music, produção local da Art Rec Produções e FF Entretenimento, e aceleração cultural da Viva Promoções, a turnê reforça a versatilidade da cantora, agora em uma fase mais introspectiva e conectada com a essência da música.
O Projeto Toca Brasil é viabilizado por meio dos incentivos da Lei Djalma Maranhão, com patrocínio da Unimed Natal, Hotel Villa Park e Espacial Veículos, e da Lei Câmara Cascudo, por meio da Secretaria de Cultura do RN e Fundação José Augusto, com apoio da CDA Distribuidora e Supermercados Nordestão.
SERVIÇO
CLAUDIA LEITTE – TURNÊ INTEMPORAL EM NATAL
Data: 30 de outubro (quinta-feira)
Local: Teatro Riachuelo – Natal/RN
Ingressos: a partir de R$ 90,00
Vendas: www.claudialeitte.com.br
Abertura: Vivi Nascimento
Virada de lote: até 23h59 do dia 13/08
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte instaurou uma sindicância para investigar supostas transgressões disciplinares cometidas por policiais militares durante atendimento a uma ocorrência registrada em 30 de abril deste ano, no município de Parnamirim.
A medida foi adotada após denúncia formalizada por uma mulher que afirmou ter ligado para o telefone de emergência 190 relatando que estava sendo agredida fisicamente dentro de um condomínio no bairro de Passagem de Areia. Apesar de falar com vários atendentes, segundo o documento, nenhuma viatura foi enviada para prestar socorro.
Ainda conforme o registro, um dos atendentes do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) teria chamado a denunciante de “louca” e dito que iria bloquear o número dela no sistema do 190.
De acordo com a PM, o procedimento investigativo deverá ser concluído no prazo de 40 dias, podendo ser prorrogado caso necessário. Durante a apuração, a PM afirmou que serão observados os princípios previstos na Constituição Federal e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018), garantindo a confidencialidade e o tratamento adequado das informações.
A portaria com a abertura de sindicância foi assinada pelo subcomandante e chefe do Estado-Maior Geral da PMRN, coronel Zacarias Figueiredo de Mendonça Neto, e encaminhada para publicação no Diário Oficial do Estado.
A companhia aérea Azul informou nesta segunda-feira (11) o encerramento das operações em 14 cidades. Em nota, a companhia disse que está racionalizando, desde julho, rotas operadas atualmente.
“Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”.
As cidades que não terão mais voos da companhia são: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); Barreirinha (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR).
A empresa irá concentrar as operações nos aeroportos de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, conhecidos como hubs, reduzindo as rotas com conexões.
Recuperação judicial
A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio deste ano.
A companhia firmou acordos de reorganização financeira com alguns parceiros considerados “chave” pela companhia aérea. A medida visa obter US$ 950 milhões em investimentos. A reestruturação da empresa, que inclui parceria com as companhias aéreas norte-americanas United e American Airlines, está estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão.
Os acordos de reorganização incluem também credores, um arrendador de aeronaves, entre outros parceiros considerados estratégicos. A Azul informa que suas operações e vendas seguem normalmente, e que todos bilhetes, benefícios e pontos do Azul Fidelidade serão mantidos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12). No acumulado de 2025, a inflação soma 3,26% e, em 12 meses, 5,23%.
Os números vieram abaixo das projeções do mercado. A mediana das estimativas de economistas consultados pela Reuters apontava taxa mensal de 0,37% em julho, e 5,33% para o acumulado de 12 meses.
A inflação, no entanto, permanece acima da meta do Banco Central que é de até 4,5% em 12 meses, já considerando a tolerância máxima.
A energia elétrica residencial voltou a ser o principal impacto individual no índice, com contribuição de 0,12 ponto percentual. No ano, o item acumula alta de 10,18%, maior variação para o período janeiro a julho desde 2018, segundo o IBGE. Em julho, o custo foi pressionado pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 e por reajustes em concessionárias de São Paulo (10,56%), Curitiba (2,47%) e Porto Alegre (1,48%). Sem a influência da energia, o IPCA teria ficado em 0,15%.
O grupo Habitação subiu 0,91% no mês, com impacto de 0,14 p.p., também refletindo reajustes na taxa de água e esgoto em Salvador, Brasília e Rio Branco.
As passagens aéreas tiveram alta de 19,92% e foram o segundo maior impacto individual do mês (0,10 p.p.), ajudando a elevar a inflação do grupo Transportes de 0,27% em junho para 0,35% em julho. O segmento também foi influenciado por mudanças tarifárias no transporte público de Brasília, Belém e Curitiba. Combustíveis caíram 0,64%, registrando recuos em etanol, óleo diesel, gasolina e gás veicular.
O grupo Despesas pessoais subiu 0,76%, impulsionado pela alta de 11,17% nos jogos de azar, terceiro maior impacto individual (0,05 p.p.) no índice geral.
Pelo lado das quedas, o grupo Alimentação e Bebidas recuou 0,27%, segunda queda seguida, puxada por itens como batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,46% para 0,87%, influenciada pelo período de férias. Vestuário também registrou queda (-0,54%), com recuos na roupa feminina e masculina.
No recorte regional, São Paulo apresentou a maior variação (0,46%) devido à energia elétrica e às passagens aéreas, enquanto Campo Grande teve deflação de 0,19%, influenciada por quedas na batata-inglesa e na energia elétrica.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) avançou 0,21% em julho, acumulando alta de 3,30% no ano e 5,13% em 12 meses.
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, afirmou na segunda-feira (11) que, embora a China seja o maior destino das exportações brasileiras, os Estados Unidos representam o “melhor mercado” para o país. A declaração foi feita durante a abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado em São Paulo e promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, segundo informações do Valor Econômico.
Viana explicou que o diferencial norte-americano está na pauta de exportação mais diversificada, o que amplia as oportunidades para empresas brasileiras. “Nossa pauta é muito diversificada. Essa diversidade é grande e significa que a gente tem uma presença forte de empresas do nosso país que exportam para os Estados Unidos”, afirmou.
Questões econômicas e políticas no comércio com os EUA
O dirigente da Apex observou que, se as negociações sobre o tarifaço imposto pelos EUA às exportações brasileiras se limitassem à esfera econômica, o diálogo seria mais simples. “Mas as discussões carregam questões políticas difíceis de enfrentar”, disse, sem fazer referência direta ao contexto envolvendo o presidente norte-americano Donald Trump, que já citou a situação de Jair Bolsonaro (PL) como justificativa para sanções econômicas contra o Brasil.
Viana defendeu uma estratégia conjunta para proteger os produtos brasileiros e sugeriu que itens como alimentos — especialmente aqueles que os americanos não produzem, como o café — sejam excluídos das tarifas. Ele lembrou que o café brasileiro não foi contemplado nas exceções apresentadas pelo governo Trump. “Dá para ter aliados lá [nos EUA], dá para reunir setores empresariais lá, e, de acordo com o interesse deles, eles vão nos livrar de algumas dessas situações que afetam nosso comércio”, destacou.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) determinou a abertura de processos para apurar responsabilidades por irregularidades no contrato de fornecimento de refeições ao sistema prisional do Rio Grande do Norte.
O contrato em questão foi feito entre a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e a empresa Refine Refeições Industriais Especiais Ltda., no valor de R$ 31,9 milhões.
A decisão foi relatada pelo conselheiro George Montenegro Soares. Em nota, a Seap informou que a gestão não foi notificada da apuração e que aguarda acesso à peça do TCE para fazer os esclarecimentos.
A medida atende a representação do Ministério Público de Contas, que apontou falhas na execução contratual e possíveis danos ao patrimônio público decorrentes de atos criminosos registrados em março de 2023 (entenda mais abaixo).
Inspeções realizadas pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, em novembro de 2022, identificaram alimentos impróprios para consumo, valor nutricional insuficiente, armazenamento inadequado e descumprimento das especificações contratuais.
Segundo o TCE, também foi constatada a inclusão, via aditivo, de itens não previstos originalmente, como frutas, sobremesas e ceia extra, o que é considerado uma prática incompatível com a legislação de licitações.
Na decisão, o TCE apontou que a Seap justificou o aditivo contratual “alegando a necessidade de suprir deficiências nutricionais da população carcerária e evitar tensões no ambiente prisional”.
O contrato inicial foi assinado em agosto de 2021 com prazo de 12 meses, tendo sido prorrogado por 2 vezes, segundo o TCE.
Ataques de março de 2023
Segundo as investigações, há indícios de que a insatisfação dentro das unidades prisionais – alimentada pelas más condições das refeições – pode ter contribuído para a eclosão dos atos de violência.
Em março de 2023, o Rio Grande do Norte sofreu com uma onda de ataques a ônibus, prédios públicos, veículos e residências, que, segundo as autoridades locais, havia sido ordenada e realizada por uma facção que atua dentro dos presídios do estado.
“A medida apresentada se justifica diante dos atos criminosos de depredação de bens públicos, ocorridos em março de 2023, motivados possivelmente pela situação precária do sistema prisional do Estado do Rio Grande do Norte, havendo, inclusive, provável correlação dos ilícitos com o tema das contratações públicas, diante de indícios de que os alimentos destinados aos apenados são entregues em condições impróprias para o consumo”, citou a decisão.
Neste ano, o Ministério Público do Rio Grande do Norte pediu o afastamento do secretário Helton Edi Xavier das funções na Seap pelas condições de higiene, de alimentação e sanitárias nos presídios do estado.
Apuração
O TCE explicou que serão apurados os atos de três fiscais do contrato, do então secretário da Seap, Pedro Florêncio Filho, e de oito prefeitos que não responderam às diligências do Tribunal. O processo será encaminhado ao Ministério Público Estadual para as providências cabíveis.
Durante o levantamento, o TCE notificou diversos municípios para informar prejuízos e medidas adotadas. Os que não responderam foram: São Miguel do Gostoso, Boa Saúde, Campo Redondo, Lajes Pintadas, Macau, Montanhas, Macaíba e Nísia Floresta.
A mãe de Juliana Soares, a jovem de 35 anos que foi brutalmente espancada pelo ex-namorado Igor Cabral dentro de um elevador em Natal, quebrou o silêncio e revelou que nunca teve uma boa impressão do acusado. E pela primeira vez, Débora Garcia concedeu entrevista.
Com exclusividade para a jornalista Anna Ruth Dantas, da Band RN, Débora, a mãe de Juliana, contou que só encontrou o agressor uma única vez, em 2024, e que, mesmo nesse breve contato, algo a incomodou profundamente.
“Eu vi ele uma vez, ano passado, nas férias. Eu vi uma vez só. Ela me apresentou, eu falei ‘oi, tudo bem?’. Foi a única palavra que eu falei com ele. Eu não tinha convivência nenhuma com ele. Eu nunca gostei dele, nem por foto, nem nesse ‘oi, tudo bem’. Mas era uma coisa minha, não sei se intuição de mãe”, relatou.
O crime ocorreu no dia 26 de julho e foi registrado pelas câmeras de segurança do prédio onde Juliana mora. As imagens mostram Igor Cabral desferindo 61 socos na vítima em apenas 38 segundos, dentro do elevador. O ataque, que paralisou o país pelo grau de violência, teve uma repercussão imediata nas redes sociais e na imprensa nacional.
O acusado está preso preventivamente e já responde como réu na Justiça. Para Débora, a filha sempre evitou compartilhar problemas para poupá-la: “Ela me poupa o máximo que pode. Eu não sabia”, desabafou.
Débora estava em Curitiba (PR) quando recebeu a ligação que mudaria sua vida. Segundo ela, a informação chegou por meio de uma amiga, madrinha de Juliana, que foi avisada pela síndica do prédio.
“Ela me disse que não tinha uma notícia boa para me dar. Eu não lembro exatamente as palavras porque entrei em pânico. Entreguei o celular para o meu marido, que conduziu a ligação”, contou. Mesmo em meio ao terror, Juliana tentou proteger a mãe: “No meio de todo esse terror, ela ainda quis me proteger. Falou que só ia me contar quando tivesse melhor”, disse.
Sem condições financeiras para viajar imediatamente, Débora contou com a ajuda de uma amiga para conseguir ir a Natal. Quando chegou, já havia assistido ao vídeo da agressão. “Ver aquilo ali foi o pior pesadelo que uma pessoa pode ter na vida”, relatou.
Juliana passou por uma cirurgia complexa devido à gravidade das fraturas. Agora, segue em recuperação, já em dieta pastosa, recebendo fisioterapia e outros tratamentos complementares. Ao lado da mãe e cercada por uma rede de apoio de amigas, encontra forças para seguir.
Débora faz questão de reconhecer o papel fundamental das amigas da filha no processo de recuperação: “As meninas cercam ela de carinho, até de brincadeiras, para ela rir. Eu sou muito agradecida a essas meninas”, disse.
Dormindo ao lado de Juliana, a mãe confessa que ainda revive a cena do vídeo, mas se apega à gratidão por tê-la viva: “Eu fico olhando para ela e pensando lá naquela imagem, naqueles vídeos, e agradecendo porque Deus salvou ela”.
Uma das maiores preocupações de Juliana é que o crime não caia no esquecimento. “Ela fala sobre o não deixar apagar. Porque uma tragédia acontece direto e daqui a pouco some. O que ela quer lutar no momento é que isso não suma. Ela quer dar voz para outras mulheres, para que não passem por isso”, contou a mãe.
Débora acredita que as imagens do elevador foram decisivas para a repercussão: “Se não fosse a câmera, seria mais um caso. Tomou a proporção graças à inteligência dela no momento de ficar dentro do elevador. Você imagina se ela tivesse ido para dentro do apartamento?”.
O exemplo de Juliana já começa a impactar outras vítimas de violência doméstica. “Essa semana teve uma mulher que sofria violência há 15 anos. Depois do caso de Juliana, ela finalmente denunciou e ele foi preso. A gente quer lutar por isso”, disse Débora. O apelo para que a Justiça seja rigorosa é enfático: “Eu imploro que a justiça seja feita. Nem minha filha, nem nenhuma mulher, nenhum ser humano merece passar por isso. A condenação seja feita de acordo com o que a lei manda”.
Pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta terça-feira (12) mostra que três em cada quatro brasileiros consideram o tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump às exportações do Brasil uma questão política, ante 12% que veem motivação comercial e 5% que apontam os dois fatores.
De acordo com o levantamento – realizado entre os dias 1º e 5 de agosto, ou seja, após a confirmação de sobretaxa de 50% de produtos como café e carne, mas exceções como o suco de laranja –, a percepção de que Trump age por motivação estritamente política supera os 70% em praticamente todos os segmentos sociais.
Mesmo em grupos ideológicos distintos prevalece essa imagem, ainda que seja mais acentuada entre eleitores de Lula (PT), com 79%, do que entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, com 73%.
A pesquisa Ipsos-Ipec também aferiu maior percepção positiva da imagem dos EUA antes da imposição das tarifas, com 48% de resposta ótima/boa, ante 28% regular e 15%, ruim/péssima.
A Suprema Corte dos Estados Unidos deve avaliar se aceita ou não analisar um caso que pede para que o tribunal anule uma decisão que estendeu o direito do casamento para casais do mesmo sexo, segundo a ABC News e a Newsweek.
O recurso é de Kim Davis, ex-escrivã do condado de Kentucky que foi presa por seis dias em 2015 após se recusar a emitir licenças de casamento para um casal gay por motivos religiosos.
Ela recorre de um veredicto de US$ 100 mil (equivalente a R$ 544 mil) por danos morais, além de US$ 260 mil (equivalente a R$ 1,4 milhão) em honorários advocatícios.
Em uma petição apresentada no mês passado, Davis argumenta que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege o livre exercício da religião, a isenta de responsabilidade pessoal por negar licenças de casamento, de acordo com a ABC.
O jornal ressalta que, mais fundamentalmente, ela alega que a decisão da Suprema Corte no caso Obergefell v. Hodges — que estendeu os direitos de casamento para casais do mesmo sexo — foi “extremamente equivocada”.
Ainda assim, Daniel Urman, professor de Direito na Northeastern University, disse à Newsweek que é improvável que a Suprema Corte concorde em anular o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Além disso, a ABC relatou que tribunais inferiores rejeitaram as alegações de Davis e que especialistas jurídicos consideram a anulação improvável.
Durante os 505 dias em que ficou como refém do Hamas na Faixa de Gaza, no Oriente Médio, o jovem israelense Omer Shemtov, de 22 anos, enfrentou condições severas, como fome e tortura psicológica, que o fizeram lidar com a proximidade da morte.
“Eu sempre acreditava que eu deveria voltar para casa, não pensava que eu ia morrer, mas estava pronto para morrer”, afirma. “Então, eu aceitei a morte”, completa Omer, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, durante visita a São Paulo, na semana passada.
Sequestro na rave
Omer tinha apenas 20 anos ao ser sequestrado, em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu uma rave em área rural na fronteira do estado. “Estava com meus amigos, como qualquer outra pessoa no mundo, só para me divertir e dançar”, relembra.
Havia mais de 4 mil pessoas na festa de música eletrônica. De acordo com autoridades de Israel, cerca de 1,2 mil foram mortas. Ele foi libertado apenas em fevereiro deste ano.
Do festival, aproximadamente 250 frequentadores foram levados como reféns para Gaza, a cinco quilômetros de distância. “Ouvimos tiros de todos os lugares, nós gritávamos muito. Eu me lembro de ver as pessoas caindo no chão e os corpos delas”, recorda Omer.
O cativeiro e a fé
Quando perceberam o ataque no festival de música, Omer e os amigos tentaram fugir de carro, mas foram cercados. Em meio ao som de disparos, ele também ouviu uma amiga ligar para um familiar. “Disse: ‘pai, eu levei um tiro. Eu te amo. Vou morrer’”, recorda.
Durante os 505 dias em que ficou no cativeiro, Omer enfrentou condições severas. “Eu estava em uma pequena jaula. Não conseguia me levantar, não conseguia esticar meus braços. Na maioria do tempo, estava completamente escuro. Houve momentos em que eu pensei que estava cego.”
Além da escuridão total, que durou quase dois meses, a fome era constante. Omer recebia apenas pão, fracionado para dias, e água salgada. “Eu não tomei banho por 90 dias direto. Estava imundo, e eu podia sentir a sujeira na minha pele”, conta.
Uma das partes mais difíceis, segundo o israelense, era a frequente tortura psicológica à qual era submetido. “Os terroristas dizem que todo mundo se esqueceu de você (…) sua família, que não se importam com você. Então, é algo que é muito difícil de acreditar, mas, ao mesmo tempo, isso te afeta de qualquer jeito”, lamenta.
Apesar de não ser religioso antes do sequestro, o jovem encontrou amparo espiritual ao ser privado de liberdade. No cárcere, ele desenvolveu o hábito de orar. “Mesmo na época dos 50 dias, quando eu estava completamente no escuro, eu conseguia ver a luz. Conseguia ouvir as orações. Acredito que as orações, a energia que me enviaram, eu recebi. E isso me ajudou”, diz Omer. “Comecei a conversar com Deus.”
Brasil: “a camisa da sorte”
No momento em que foi capturado pelo Hamas, na rave, Omer usava uma camisa da Seleção Brasileira, em homenagem ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno. “Costumava vestir essa camiseta para as festas. É a minha camiseta da sorte”, revela.
Mesmo depois do trauma, o significado da camisa permanece. “Eu adoro as cores, adoro a vibe, adoro a energia, tudo.”
O amor pelo Brasil também continua. “Adoro as pessoas. É caloroso, feliz e é sobre família”, celebra. “As pessoas são maravilhosas, e o ambiente é incrível. Só estive em São Paulo, mas estou animado para voltar, para os lugares onde tem a praia, o mar, e o futebol também”, completa.
Pais que é governado por um descondenado sem provar inocência, não tem moral para prender outros bandidos..