Uma mulher negra foi obrigada a se retirar de um avião da Gol, que partia de Salvador, com destino ao Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, na noite de sexta-feira, 28, após ter dificuldade para guardar sua mochila no compartimento de bagagens dentro da aeronave e reclamar da situação.
Em vídeo publicado nas redes sociais Samantha, como a mulher foi identificada nas postagens, narra o problema. Enquanto isso, mostra a gravação, agentes se aproximaram dela e outros passageiros condenaram a atitude, a qual julgaram como desproporcional e racista.
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Em nota, a Gol afirma que havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. “Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”, disse.
Em razão da falta de espaço no compartimento de malas, a tripulação do voo G3 1575 (Salvador – Congonhas) da companhia aérea Gol teria pedido que a passageira despachasse a sua mochila. Segundo a passageira relata no vídeo, ela inicialmente não queria fazer isso porque havia risco de danos ao notebook no compartimento de carga.
Com o apoio de outros dois passageiros, citados por Samantha no vídeo, ela conseguiu acomodar sua mochila. Mesmo assim, a decolagem atrasou e três agentes da Polícia Federal entraram no avião, posteriormente, para retirar a passageira da aeronave.
“Se eu despachasse meu laptop, ele iria ficar em pedaços. Os comissários não moveram um dedo para me ajudar. Quem me ajudou foi esse senhor e esta senhora (apontando para eles no vídeo), que em três minutos, a gente conseguiu dar um jeito e colocar minha mochila. Pelo contrário, os comissários falaram que se a gente pousasse em Guarulhos (o voo tinha como destino Congonhas) a culpa seria minha, porque eu não queria despachar a mochila. Ele teve a coragem de falar isso para mim”, disse a mulher, em pé entre os agentes federais, no corredor dentro do avião.
“A culpa não é porque o voo está mais de duas horas atrasado, a culpa seria minha. Sendo que faz mais de uma hora que eu coloquei a mochila aqui e mesmo assim o voo não decolou”, afirmou ainda Samantha no vídeo feito por outra passageira.
“Agora, tem três homens para me tirar do voo sem me falar o motivo”, disse ela se referindo aos três policiais federais que estavam ao seu lado.
Neste momento do vídeo registrado dentro do avião, o primeiro agente se aproximou e disse que ela estava faltando com a verdade. “Eu lhe disse que estou lhe tirando da aeronave por determinação do comandante”, afirmou ele. Ao questionar novamente sobre qual o motivo, o agente se aproximou de Samantha na tentativa de pressioná-la a sair do avião.
Ela questionou se ele iria agir com violência contra ela. Neste momento, o terceiro policial federal se aproximou e disse que o comandante ordenou que ela fosse retirada. “É questão de segurança de voo”, afirmou o policial federal, que tinha em mãos um documento. Ao fundo do vídeo, é possível ouvir críticas de outros passageiros.
O Estadão tentou contato com a passageira expulsa do voo, que não se manifestou. Também procurada, a Polícia Federal ainda não se pronunciou.
Veja posicionamento na íntegra da Gol:
“A Gol informa que, durante o embarque do voo G3 1575 (Salvador – Congonhas), havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo.
Lamentamos os transtornos causados aos clientes, mas reforçamos que, por medidas de segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções. A companhia ressalta ainda que busca continuamente formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência a quem escolhe voar com a Gol e segue apurando cuidadosamente os detalhes do caso.”
Estadão Conteúdo
Se fosse uma mulher de pele branca,a matéria falaria que uma mulher branca foi retirada do vôo?
A mídia da muita ênfase quando se é alguém de pele negra,já dizem que é racismo.
Mas todos riem quando contam piada da “loira burra”,
E se falassem da piada da ” negra burra”?
Qual seria a repercussão?
Antes que não gostem do meu comentário,
SOU NEGRO,NAO ME VITIMIZO
Eu sou negro, mais pense num povinho que gosta de chamar atenção, se tivesse botado a bolsa onde todo mundo botou não acontecido nada, agora gente, é prá fazer barraco ou não é?
O comandante é responsável pelo voo, se por azar acontecer algo errado ele vai responder. Essa passageira está fazendo firula e os passageiros tem que pensar mais um pouco pois pode não ter tempo para se arrepender.
FAZ O L.
Essa barraqueira só pode ser do PT, se fosse presa passasse trinta dias no isolamento, queria ver fazer mais palhaçada.
Ela descumpriu uma determinação.
Trata-se de uma barraqueira, a lei é para todos não tem cor. Todo mundo sabe que existe um padrão de bagagem de mão e que existe um plano de voo pra garantir a segurança da aeronave.O resto é bobagem de quem quer uns minutos de “fama”!
As empresas aéreas mandando e desmandando em nosso país, onde os políticos sempre ficam do lado dos empresários em represália ao povo, eles cancelam, trocam seus voos na hora que querem, enquanto que o passageiro só pode fazer pagando muito caro. Tudo fizeram para a não gratuidade da bagagem e hoje lhe obriga a despachar a bagagem de bordo.
Existem normas e regras, se não cumpriu tem que cumprir o que diz a lei, o resto é mi mi mi de lacrador.
Pois é. A Gol mudou, sem mais nem menos, um voo meu de Salvador para Natal que seria no domingo para a segunda-feira com conexão em Brasília. Chegar em Natal segunda meio-dia.