Educação

15 estados e o DF aderem a escola cívico-militar; no nordeste, apenas o Ceará

Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

O Ministério da Educação ( MEC ) divulgou nesta terça balanço que aponta que 15 estados e o Distrito Federal aderiram ao modelo de escolas cívico-militares . O número está acima das expectativas, segundo o ministro, Abraham Weintraub.

— Muito bom. Estamos animados e vamos começar o projeto. A demanda foi gigantesca. Está dentro do esperado. Tive até uma surpresa positiva, em dois estados que imaginei que não viriam, mas vieram — afirmou Weintraub.

Todos os estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Sul aderiram ao projeto. O MEC confirmou que o Ceará é um dos estados que não estava entre os esperados, mas aderiu.

É a única unidade do nordeste. No Sudeste, a adesão também foi de apenas um ente: Minas Gerais. Rio de Janeiro e São Paulo não quiseram fazer parte neste primeiro momento.

Os municípios dos 11 estados que não manifestaram interesse podem encaminhar novo pedido, mas será mais difícil, segundo a pasta. O prazo para as prefeituras começa na próxima sexta-feira e vai até 11 de outubro.

— Fica um pouco mais difícil, do ponto de vista técnico você reduz, porque precisa do apoio dos estados —, disse o ministro.

Nesta primeira etapa, ainda não se sabe quais escolas passarão pela transformação, prevista para 2020. As prefeituras de cada estado que aderiu ao modelo devem manifestar o desejo de fazer parte da iniciativa. Só então, as unidades escolares serão conhecidas.

O objetivo do MEC é implementar a gestão compartilhada entre civis e militares em 54 escolas no próximo ano, duas por cada unidade da federação. Até 2023, a pasta quer instalar 216, com um orçamento de R$ 1 milhão por escola.

Confira os estados que aderiram ao modelo, por região:

Centro-Oeste

Distrito Federal
Goiás
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul

Norte

Acre
Amapá
Amazonas
Pará
Rondônia
Roraima
Tocantins

Sul

Paraná
Rio Grande do Sul
Santa Catarina

Sudeste

Minas Gerais

Nordeste

Ceará

Planos até 2023

Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro lançou um projeto para incentivar a implantação de escolas cívico-militares em todo o país. O objetivo do governo é que 216 escolas tenham esse modelo até 2023. A adesão é voluntária e precisa ser requisitada pelo estado ou município. Os militares atuarão na gestão das escolas, sem interferir na área pedagógica.

Em 5 de setembro, um decreto presidencial foi publicado no Diário Oficial da União instituindo o “Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares”, com a finalidade de “promover a melhoria na qualidade da educação básica no ensino fundamental e no ensino médio”.

O objetivo do governo é que 54 escolas entrem no programa a cada ano. Serão enviados R$ 54 milhões por ano, sendo R$ 1 milhão por escola. Os militares que atuarão nas escola poderão ser tanto das Forças Armadas quanto policiais. Na primeira fase, 540 da reserva serão convocados para trabalhar em 30 escolas, atundo na monitoração, ensino e aprendizado.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Cadê os prefeitos pra precionar o governo?
    O de Parnamirim tá com uma ideia de transforma o Augusto Severo em museu, porque não a escola militar também, não tem lugar mais apropriado. Bora Caveira! (T)
    mache!!
    Cadê os deputados?
    Quer dizer que em todo território brasileiro, vai ter escolas MILITARES e aqui no Nordeste por cabricho desses bichos vermelhos não vai ter??
    O povo sendo prejudicado lor conta desses papa angu.
    Dá pra entender claramente o que querem esses atrazos de vida.
    Agora, quando a vagabundagem toca fogo aqui, de repente sabem irem atras dos MILITARES né??
    Vergonha!!
    Vergonha!!

  2. APRENDER A MARCHAR E DAR CONTINÊNCIA OBEDECENDO CEGAMENTE SEM REFLETIR É O LEMA DAS ESCOLAS MILITARES, QUE APENAS MINISTRAM INSTRUÇÃO, ADESTRANDO AS TROPAS PARA MISSÕES DE COMBATE EM SITUAÇÕES EM QUE FOREM EXIGIDAS NA DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL.
    EDUCAR, ENSINANDO AOS SERES HUMANOS A PENSAREM POR SI MESMOS, DESENVOLVENDO HABILIDADES E COMPETÊNCIAS AO MESMO TEMPO QUE DESPERTA A AUTO CONSCIÊNCIA LIBERTANDO AS PESSOAS PARA BUSCAREM A SUA LIBERDADE E INDEPENDÊNCIA, É A MÁXIMA DA EDUCAÇÃO.
    IMPARCIALIDADE E NEUTRALIDADE NÃO EXISTEM. AS IDEOLOGIAS SÃO PARTE DE NOSSAS VIDAS COTIDIANAS E BASICAMENTE SE DIVIDEM EM DOIS TIPOS: AS INCLUSIVAS E A EXCLUDENTES.
    QUAL A IDEOLOGIA QUE VCS ACREDITAM QUE JESUS ENSINOU?
    A QUE INCLUI OS DIFERENTES, NECESSITADOS E DISCRIMINADOS; OU OS QUE SÃO "APARENTEMENTE" BONS, SADIOS E SEM PROBLEMAS?

  3. Nem o MP, muito menos a alrn vão apurar se a governadora negligênciou na atração de uma escola pública de excelente qualidade? Será se realmente esse órgãos que objetivam fiscalizar os exercícios do governo vão ficar omissos e não instaurarão um processo de apuração, e a conseqüênte condenação desses gestores irresponsáveis? Queremos ver

  4. Seria uma grande oportunidade para muitos, eu teria grande satisfação de colocar um filho oi um neto em uma escola destas, espero que quem votou nesta governadora, lembren-se dessa oportunidade que ela está tirando esta oportunidade do pobre ter escola de qualidade.

  5. Os estudantes alienados não vão protestar por perderem importantes e especiais vagas de um ensino de qualidade?

  6. Que triste para o NE. As escolas são referência. O PT não está nem aí para o futuro e para educação. Basta ver o que fizeram e fazem. Ficamos de fora. PT é maldade pura.

  7. Então sua explicação do governo Fátima tá errada o RN que ser o estado mais importante que ser mais do os outros que coisa feia

  8. Como sempre o PT atrasando o Nordeste, e continuarão enquanto continuar os idiotas que adoram o atraso votando nesses ladrões.

  9. Governo teve medo da escola fazer sucesso e dar crédito ao governo federal quem perdeu foi os alunos do RN

  10. São escolas de excelência e referência!!! Ficamos de fora??? Nossos educadores estão com mêdo de quê?????

  11. Oportunidade de ouro e essa comunista sem futuro daqui não se habilita. Petralha sem noção. Quem perde somos nós. Governo safado comunista.

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DNA Fértil celebra Dia dos Pais reforçando avanços que ajudam homens a realizar o sonho da paternidade

No Dia dos Pais, milhares de famílias celebram não apenas o amor e a presença paterna, mas também a superação de desafios que pareciam impedir a chegada de um filho. Em Natal, o DNA Fértil, laboratório pioneiro no Rio Grande do Norte e referência em medicina reprodutiva, reúne histórias de homens que conseguiram realizar o sonho de ser pai com o apoio da reprodução assistida.

Há quase três décadas em atuação, a clínica recebe pacientes de todo o estado, de outras regiões do Brasil e até de outros países, oferecendo procedimentos como fertilização in vitro (FIV), inseminação intrauterina e criopreservação de gametas. A combinação entre tecnologia de ponta e acolhimento individualizado é um dos diferenciais que garante ao DNA Fértil a confiança de quem busca a paternidade, mesmo em casos complexos.

Segundo os especialistas da equipe, formada por Dra. Kyvia Mota, Dra. Elle Rejane, Dr. Haroldo Macedo, Dra. Anna Beatriz Bezerra, Dra. Adriana Leão e Dra. Mychelle Garcia, a participação do pai nesse processo vai muito além da contribuição biológica: envolve apoio emocional, comprometimento e presença em todas as etapas.

Muitos pais descrevem a experiência de iniciar o tratamento como a melhor decisão que já tomaram na vida, afirmam os profissionais da clínica.

Para quem sonha com a paternidade, os avanços da medicina reprodutiva representam novas possibilidades e esperança. Com os recursos atuais, é possível transformar em realidade histórias que antes pareciam impossíveis, reforça a equipe médica do DNA Fértil.

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Número de foragidos no RN equivale a 65% dos presos em regime fechado

Foto:  Fernando Lemos/Agência O Globo

Dados do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostram que o Rio Grande do Norte possui 4.881 criminosos procurados com mandados de prisão. Eles respondem a 6.451 mandados no Estado, o que indica que parte desses procurados acumula dois ou mais mandados de prisão expedidos pela Justiça.

O número de procurados corresponde a 65% do número de presos no regime fechado no RN, que é de 7.420, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A situação dos mandados pendentes de cumprimento gerou a abertura de um Processo Administrativo por parte do Ministério Público (MPRN) junto à Polícia Civil para o início de uma correição da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (Decap).

Os crimes com mais mandados pendentes de cumprimento são:

  • roubo (1.709),
  • tráfico de drogas (861),
  • homicídio (553),
  • furto (532) e
  • posse, porte, disparo e comércio de arma de fogo (439).

Em nota, a Polícia Civil do RN disse que “está empenhada em otimizar o cumprimento dos mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário, em especial aqueles na Delegacia Especializada em Capturas e Polícia Interestadual”. Sobre a inspeção da Corregedoria da PCRN feita na unidade, a corporação disse que está sendo elaborado um Procedimento Operacional Padrão (POP) para aprimorar a tramitação e o cumprimento dos mandados, além de padronizar fluxos e intensificar o monitoramento.

Reportagem completa na Tribuna do Norte

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Câmara dos Deputados publica novo regimento que reduz mecanismos de obstrução da pauta

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

A Câmara dos Deputados resolveu fazer mudanças no Regimento Interno da Casa e publicou uma nova edição do documento com alterações que limitam as possibilidades de obstrução de pauta por parte dos parlamentares e dificultam o uso do chamado “kit de obstrução” –  instrumentos regimentais utilizados para atrasar ou impedir a votação de projetos e matérias no plenário.

O “kit de obstrução” é um mecanismo utilizado principalmente por grupos que querem ganhar tempo para negociar, evitar votações desfavoráveis ou pressionar pela inclusão de pautas específicas.

O texto reúne outras medidas aprovadas desde a última edição de março e também traz medidas em vigor que dificultam o adiamento de votações.

Como era antes:

  • Deputados podiam solicitar diversos tipos de adiamentos, como requerimentos para postergar votações por até 10 sessões.;
  • Existia um prazo mínimo de 24 horas entre sessões para que um mesmo tema pudesse ser votado novamente;
  • Havia vários instrumentos disponíveis que, usados em conjunto, permitiam atrasar significativamente a tramitação de projetos;
  • Permitia votação automática de emenda aglutinativa – quando várias emendas são unidas em um texto único e aprovadas rapidamente pelo Plenário para agilizar a votação;
  • As sessões deliberativas ordinárias no plenário da Câmara eram limitadas a 5 horas;
  • Deputados podiam usar de 15 a 20 instrumentos para adiar votações, como pedidos de vista e retirada de pauta. Também eram comuns manobras regimentais, como discursos longos, inclusão de novas matérias e questionamentos à Mesa Diretora para atrasar o andamento das sessões;

Como ficou agora:

  • Os adiamentos só podem ocorrer se alguma comissão responsável pelo tema não apresentar parecer;
  • A possibilidade de adiamento foi restringida para impedir a “bancalização da obstrução”;
  • O prazo entre sessões foi reduzido de 24 horas para 5 horas, permitindo a continuidade rápida das votações sem necessidade de convocar novas sessões;
  • O número mínimo de projetos de mérito para criação de comissões especiais aumentou de 4 para 5;
  • Com a eliminação da votação automática de emenda aglutinativa, passa a exigir o apoiamento da maioria dos deputados para votação;
  • Agora não há limites de tempo para duração das sessões do plenário e amplia a possibilidade de prorrogação de sessões extraordinárias;
  • Aumenta de 4 para 5 o número mínimo de comissões necessárias para justificar a criação de uma comissão especial (artigo 34, inciso II);
  • Elimina o 1º parágrafo do artigo 34, que estabelecia que pelo menos 50% dos membros titulares da comissão especial deveriam ser provenientes das comissões permanentes relacionadas ao tema;
  • Revoga o 2º parágrafo do artigo 46, o que permite que reuniões de comissões temporárias e permanentes ocorram simultaneamente, algo que não era permitido anteriormente.

Por fim, houve também o incremento da resolução 16 de 2025, que inseriu 3 novas secretarias na nova edição do Regimento Interno da Câmara. Eis as secretarias:

  • Secretaria do Empreendedorismo Legislativo;
  • Secretaria da Inovação Legislativa;
  • Secretaria de Defesa das Prerrogativas Parlamentares.

Com informações de Poder 360

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Aliados de Motta já preveem próxima crise com Lula

Foto: Canal Gov/Reprodução

Após a briga envolvendo o decreto do IOF, aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já preveem uma nova crise entre a Casa e o governo Lula.

A futura briga, dizem, envolverá a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Mais especificamente a aprovação de um calendário para o pagamento das emendas parlamentares.

Nos bastidores, deputados veem como “inevitável” a aprovação de um calendário estabelecendo datas para obrigar o governo federal a quitar as emendas parlamentares.

O possível calendário diminuirá o poder de Lula e do governo de utilizar os pagamentos das emendas como moeda de troca antes de votações-chave para o Planalto.

O pagamento das emendas tem sido o principal foco de insatisfação na Câmara. Deputados alegam que o governo não cumpre os acordos sobre os repasses.

Além disso, caciques da Câmara atribuem a Lula as decisões do ministro do STF Flávio Dino sobre as emendas. O entendimento é que o ministro atenderia interesses do Planalto ao impor restrições aos pagamentos.

Metrópoles – Igor Gadelha

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Lula diz ter feito mais obras que Dom Pedro 2º no Acre e comete gafe histórica

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Durante evento em Rio Branco na última sexta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que ele e a ex-presidente Dilma Rousseff foram responsáveis por mais obras no Acre do que todos os presidentes brasileiros desde 1988, chegando a dizer que superaram até Dom Pedro II nesse aspecto.

Lula criticou os últimos dez mandatários do país, alegando que eles realizaram menos de 10% das ações feitas por sua gestão e a de Dilma no estado, embora tenha reconhecido a importância histórica de Plácido de Castro na criação do Acre.

Porém, a declaração contém um equívoco histórico: o Acre só passou a fazer parte do Brasil em 1903, após o Tratado de Petrópolis, cerca de 14 anos depois da Proclamação da República e do fim do reinado de Dom Pedro II.

No mesmo discurso, Lula criticou duramente o governo anterior de Jair Bolsonaro, questionando a eficácia de programas sociais e de geração de emprego. Ele destacou as obras de sua gestão, como as pontes que ligam o Acre à Bolívia e ao Peru, além do aeroporto de Cruzeiro do Sul, ressaltando que essas iniciativas aproximam a região do restante do país e do mundo.

Lula também anunciou obras na rodovia BR-364, essencial para o transporte da produção local.

Canal do Paulo Mathias

Opinião dos leitores

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PGR recusa ação de Erika Hilton contra feminista que a chamou de homem

Foto: Câmara dos Deputados / Isabella Cêpa – acervo pessoal

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se pelo arquivamento de um processo movido pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) contra uma influenciadora digital que a chamou de homem. A manifestação ocorreu no processo movido por Hilton contra a influenciadora feminista e ativista Isabella Cêpa.

O caso tramita no STF sob a relatoria do ministro decano (isto é, o mais antigo) da Corte, Gilmar Mendes.

Desde 2020, Hilton processa Isabella Cêpa por causa de uma publicação nas redes sociais. Comentando o resultado das eleições daquele ano, quando Hilton foi eleita vereadora pelo PSOL em São Paulo, Cêpa escreveu: “Decepcionada. Com as eleições dos vereadores, óbvio. Quer dizer, candidatas verdadeiramente feministas não foram eleitas. A mulher mais votada é homem”, em referência a Erika.

“Essa foi a minha fala. Eu não sabia nem de quem estava falando. Nunca tinha ouvido falar de Erika Hilton na vida”, disse Isabella ao Metrópoles.

Atualmente, Cêpa vive em um país não identificado do Leste Europeu, que lhe concedeu o status de asilada política. Segundo ela, o sigilo sobre a localização é necessário devido a ameaças de morte que estaria sofrendo.

Fora do Brasil, o caso tem sido citado por ativistas feministas críticas ao que consideram abusos do movimento trans. Nesta quinta-feira, a escritora britânica J.K. Rowling, criadora do universo Harry Potter, compartilhou uma postagem no X (antigo Twitter) sobre o caso da brasileira.

A publicação de Isabella Cêpa sobre a eleição de 2020 resultou em denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Posteriormente, o caso foi enviado à Justiça Federal.

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu pelo arquivamento da investigação. Para o procurador da República responsável, a postagem não constitui crime. Hilton recorreu contra a decisão do MPF, mas foi derrotada — a Justiça Federal concordou com o arquivamento.

Após isso, a deputada recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), utilizando o instrumento da Reclamação — recurso cabível sempre que a jurisprudência do tribunal é contrariada. Segundo seus advogados, o arquivamento afronta a decisão do STF que, em 2019, equiparou a transfobia ao crime de racismo.

Na manifestação, Paulo Gonet afirma que a Reclamação não cabe nesse caso, pois a decisão da Justiça Federal pelo arquivamento não contrariou o entendimento do STF.

“A conclusão (da Justiça Federal) foi pela atipicidade da conduta, não pela ausência de lei formal tipificando o crime específico de transfobia, mas pelo entendimento de que as declarações da investigada (Isabella) não ultrapassaram os limites legítimos da manifestação de pensamento e opinião”, escreveu o PGR.

“Além disso, a Reclamação foi manejada como sucedâneo da via ordinária de impugnação (do arquivamento), uma vez que a vítima poderia ter provocado a revisão do arquivamento pelo órgão competente do próprio MPF”, acrescentou Gonet. A manifestação dele é de 1º de agosto deste ano.

Metrópoles – Andreza Matais

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Brasil envia pela primeira vez generais como adidos militares na China

Foto: CMN e 22ª Brigada de Infantaria de Selva/divulgação

Pela primeira vez na história o Brasil vai enviar oficiais-generais brasileiros para atuar como adidos militares na embaixada brasileira na China. Os Estados Unidos eram o único país a receber alto escalão militar brasileiro para tratar das relações militares.

Embora o governo brasileiro não tenha citado a crise no relacionamento com os Estados Unidos como motivo para a aproximação com a China. A mudança ocorre no momento em que produtos brasileiros foram sobretaxados em 50%.

Decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fixou a lotação dos seguintes adidos na China:

  • um oficial-general do Exército como Adido de Defesa e do Exército;
  • um contra-almirante da Marinha como Adido Naval;
  • um coronel da Aeronáutica como Adido Aeronáutico;

Todos os designados também serão responsáveis pelas relações militares junto à Tailândi, ampliando o alcance diplomático militar brasileiro no sudeste asiático.

Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que a atitude representa um passo do governo brasileiro para diversificar fornecedores de equipamentos militares e reduzir dependência dos EUA.

“A ação indica maior profundidade na relação estratégica entre esses dois países, acho que esse é o primeiro ponto. Reflete o interesse mútuo em ampliar um diálogo que historicamente era mais de cooperação técnica”, afirma o professor de relações internacionais Rodrigo Amaral, da PUC-SP.

A prioridade dada aos Estados Unidos até este ano é reflexo da histórica relação e dependência estratégica, doutrinária e tecnológica do Brasil em relação ao aparato militar norte-americano.

G1

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Geral

Tarifas de Trump sobre o Brasil são ‘mais um latido que uma mordida’, diz The Economist

Foto: AFP

Com uma economia relativamente fechada, a tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros provavelmente já teria efeito limitado. Com a isenção de 700 itens anunciada pelo governo americano, o golpe será ainda mais leve, avalia a revista britânica The Economist, que classifica que as tarifas de Trump sobre o Brasil são mais um ‘latido do que uma mordida’.

A revista lembra que a maior economia da América Latina é relativamente fechada e que suas exportações representaram menos de um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. No México, as exportações representam um terço do PIB e em alguns países asiáticos, como Vietnã e Tailândia, equivalem a 70%. Hoje, diz a revista, o Brasil é menos dependente dos EUA em relação às exportações, enquanto crescem os laços comerciais com a China.

Com as isenções anunciadas, diz a Economist, quase metade das exportações brasileiras para os Estados Unidos serão poupadas, estima a TS Lombard, empresa de pesquisa de investimentos. Como resultado, o Itaú Unibanco espera que a alíquota tarifária efetiva fique em torno de 30%, enquanto o Goldman Sachs manteve sua previsão de crescimento do PIB para este ano inalterada em 2,3%, citando as isenções, aponta a revista.

Setores como café, carne e frutas, que ficaram fora da lista de isenções, sentirão de forma mais intensa os efeitos do tarifaço — e as exportações desses itens já apontam queda em meio à incerteza dos clientes para fechar novos pedidos.

Mas o país diversificou seus mercados, diz a Economist, e mesmo os setores mais afetados podem se mostrar resilientes. A União Europeia, por exemplo, continua sendo a maior compradora de café brasileiro.

As vendas para o Leste Asiático, Oriente Médio e Norte da África aumentaram 25% e 61%, respectivamente, no ano passado. O comércio com a China continua crescendo. O país já compra a maior parte da carne bovina brasileira e, em 2 de agosto, aprovou importações de 183 novas empresas brasileiras de café.

Além disso, observa a revista, o pacote de ajuda que o governo brasileiro promete a empresas exportadoras trará ainda mais alívio. E ainda há esperança de que as tarifas possam ser amenizadas. A alta dos preços nos Estados Unidos pode pressionar a Casa Branca a mudar de rumo, avalia a Economist.

Indignação política de Trump

A revista cita o fato de Trump ‘estar indignado’ com o fato de seu aliado, Jair Bolsonaro, ex-presidente de extrema direita do Brasil, estar sendo julgado, acusado de planejar um suposto golpe. As tarifas, alegou ele, foram uma resposta a essa “caça às bruxas”. E aponta que o motivo da tarifa excessiva sobre o Brasil não foi econômico, já que os Estados Unidos têm superávit no comércio com o Brasil.

O governo brasileiro, lembra a revista, não chegou a retaliar os Estados Unidos, e as palavras do presidente Lula defendendo a soberania do país trouxeram melhora em sua popularidade. Lula desafiou Trump e afirmou que o Brasil não será “tutelado” por potências estrangeiras, nem se “humilhará” diante de um “imperador” indesejado, observa o texto da Economist.

O Globo

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Economia

Governo e setor imobiliário discutem nova solução para financiar moradias

Foto: Ilustração gerada por inteligência artificial

Enquanto o governo federal estuda a possibilidade de acabar com o direcionamento da poupança ao financiamento imobiliário como uma solução para aumentar a disponibilidade de crédito para moradias no Brasil, o setor privado tem ressalva à proposta e sugere alternativa a este modelo.

Segundo apuração da CNN, há uma reunião marcada para segunda-feira (11) entre membros do Ministério da Fazenda e representantes do setor imobiliário para debater o tema.

Hoje, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário; 15% estão livres para operações mais rentáveis; e 20% ficam com o BC (Banco Central) na forma de compulsório.

A proposta estudada pelo governo é permitir a livre utilização dos recursos pelos bancos em operações rentáveis, com a contrapartida de as instituições concederem crédito imobiliário em montante equivalente ao captado. A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pela CNN.

O setor privado vê a mudança como abrupta e teme danos ao sistema.

A proposta alternativa do segmento prevê manter o percentual do direcionamento da poupança em 65% e liberar gradualmente três quartos do que hoje é compulsório — equivalente a 15% do total da poupança.

Para garantir a segurança do sistema após a liberação do compulsório, a pedida é uma linha de redesconto.

Basicamente, caso um banco tenha escassez de capital, poderia recorrer a esta fonte, que teria juro equivalente ao da poupança, utilizando títulos públicos como garantia.

Atualmente o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) acumula em torno de R$ 750 bilhões. Com a liberação de três quartos do compulsório, o crédito imobiliário ganharia um impulso em torno de R$ 115 bilhões.

O restante do valor do compulsório seria utilizado, na proposta do setor privado, para testar gradualmente o modelo em estudo pelo governo federal, em que há liberação do valor para captação com a contrapartida de concessão de crédito em igual montante.

CNN

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Geral

Centrão acelera pauta própria após prisão de Bolsonaro e preocupa governo Lula

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que completa uma semana nesta segunda-feira (11), gerou um motim de aliados no Congresso Nacional e consequências políticas para governo, oposição e centrão.

A avaliação de integrantes do Executivo é a de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), saiu fragilizado no processo de debelar o protesto bolsonarista, o que gera um temor de instabilidade no Congresso Nacional, cenário nunca desejado por nenhum governo.

O centrão aproveitou a turbulência e conseguiu colocar na ordem do dia mais uma proposta de blindar congressistas contra ações do STF (Supremo Tribunal Federal).

Já a oposição se reagrupou na unificação de um discurso contra o ministro Alexandre de Moraes, o autor da ordem de prisão, e conseguiu acenos de que algum projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro será discutido.

Após cerca de 30 horas sem conseguir abrir uma sessão devido à ocupação da Mesa da Câmara, Motta só conseguiu voltar à cadeira de presidente no final da noite de quarta (6), por meio de um acordo costurado pelo antecessor, padrinho de sua candidatura e líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL).

A volta à ribalta do ex, e o desfecho atabalhoado da retomada física do plenário, em que quase se perdeu em meio ao empurra-empurra de deputados, sendo jogado de lá para cá por aliados e bolsonaristas, acabou gerando em integrantes do governo Lula a impressão de que Motta pode não consegui controlar o plenário daqui para frente.

Isso liga o alerta em relação ao avanço da pauta prioritária do Palácio do Planalto no Legislativo, que é centrada em medidas com vistas a melhorar a avaliação da gestão petista às vésperas do ano eleitoral.

O governo tem como carro-chefe de suas medidas atuais a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda.

Num primeiro momento, integrantes do governo elogiaram a postura de Motta, assim como a do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de convocar reunião de líderes partidários e indicar que seriam punidos os parlamentares que não desocupassem o plenário da Casa.

Isso chegou a ser discutido em reunião no Palácio do Planalto entre todos os ministros do PT e lideranças da legenda, na quarta-feira (6), um encontro que já estava marcado para a discussão de conjuntura política.

Um dos petistas presentes, inclusive, afirmou que o governo deveria aproveitar aquele momento para “se aproximar de vez” dos dois parlamentares, isolando o bolsonarismo. Segundo relatos de participantes, foi feito o diagnóstico de que o governo deveria se afastar dessa crise e direcionar o foco à sua agenda.

A avaliação positiva sobre o presidente da Câmara, no entanto, foi mudando ao longo da noite de quarta diante do recuo de Motta em punir de imediato os bolsonaristas e da dificuldade em retomar o plenário da Casa, passando a impressão de que o deputado não tem força política suficiente e depende de Lira para manter controle do plenário.

No final desta sexta-feira (8), a Mesa da Câmara decidiu enviar para a Corregedoria da Casa todos os casos de parlamentares representados por partidos políticos. Só após um parecer do órgão, a Casa irá decidir se sugere ou não o afastamento do mandato de amotinados ao Conselho de Ética.

Um aliado do petista diz ainda que Motta sofre muita pressão do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, e que o deputado precisa se descolar de seu padrinho político para conseguir exercer a presidência da Câmara.

Nesta sexta (8), Lula se queixou da postura dos bolsonaristas dizendo que eles são traidores da pátria e deveriam “ter impeachment”.

Do lado da oposição, também houve um reagrupamento no discurso. Aliados de Lula vinham desde julho tocando nas redes sociais uma ofensiva classificando o Congresso e o bolsonarismo como defensores de ricos e de privilégios, campanha à qual, após o tarifaço anunciado por Donald Trump, foi acrescentada a defesa da soberania nacional.

Isso vinha gerando bate-cabeças entre oposicionistas, que foram forçados a atuarem na defensiva.

As sucessivas ordens de Moraes contra Bolsonaro —primeiro, a tornozeleira eletrônica e, depois, a prisão domiciliar—, porém, voltaram a inflamar e unificar o bolsonarismo, ao menos no discurso, o que possibilitou o motim que paralisou os plenários de Câmara e Senado por cerca de dois dias.

Se a bandeira do impeachment de Moraes não emplacou na cúpula do Congresso, a discussão de alguma anistia voltou a ser considerada possível, embora as versões variem a depender dos grupos políticos ouvidos.

Folha de S.Paulo

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