Diversos

A origem dos 50 sobrenomes mais comuns do Brasil

A origem do sobrenome Monteiro. Super Interessante

Saiba de onde vieram os 50 sobrenomes mais comuns do país. Será que o seu está nesta lista?

ALMEIDA
1.312.266 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Sobrenome português, vem dos termos árabes “a” (al) “mesa” (meida). No sentido geográfico, significa algo como “planalto”, ou “solo plano”. Um dos registros mais antigos é de João Fernandes de Almeida, que em 1258 fundou uma aldeia com esse nome, na região de Azurara da Beira (que hoje é a cidade portuguesa de Mangualde). Além do Brasil e Portugal, há muitos Almeidas em Angola.

ALVES
2.264.282 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse é um sobrenome patronímico, ou seja, formado a partir do “nome do pai” – na origem, Alves é uma abreviação de Álvares, ou “filho de Álvaro”. Duas interpretações são consideradas na origem latina do termo álvaro: Al wais, “o que tudo vigia, cuida, protege, defende”, ou “totalmente sábio, precavido”; Alt-war, “casa velha”, ou Alti-hari, “guerreiro, defensor dos elfos”.

ANDRADE
920.582 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A origem do sobrenome Andrade

Na origem dos Andrades, a variante Andrada também é considerada, mesmo que seja menos usual no Brasil. A base desse sobrenome vem de uma antiga família originária da Galícia, na Espanha, cujas terras ficavam na Vila de Andrada, entre Ferrol e Villalba. Diversas vezes, os Andrades estiveram ligados aos Freires, fazendo com que esses sobrenomes fossem quase indissociáveis – algo como Andrade Freire ou Freire de Andrade.

BARBOSA
1.061.913 brasileiros(as) têm esse sobrenome
De uma ilustre e antiquíssima linhagem portuguesa, esse sobrenome faz referência a um lugar com muitas barbas de bode ou barbas de velho, uma espécie de planta. O nome deriva da Quinta e Honra de Barbosa, na freguesia portuguesa de São Miguel das Rãs. Dom Sancho Nunes de Barbosa foi uma das primeiras pessoas com esse sobrenome, registrado no ano de 1130.

BARROS
563.558 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O 49º sobrenome mais comum do Brasil é inspirado nas características da região onde foi criado – provavelmente um local com bastante lama, dado o significado dessa palavra espanhola. Pesquisas mostram que o primeiro a adotar o sobrenome teria sido um membro da família de Haro, um dos Senhores da Biscaia, organização política espanhola que existiu até o século 17.

BATISTA
631.433 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Sobrenome de natureza religiosa que deriva do termo grego “baptisté”, “o que batiza”, depois convertido para o latim “Baptista”. São João Batista, que batizou Jesus Cristo, é uma das referências mais antigas ao termo, que se tornou um nome composto muito utilizado nas sociedades cristãs. Depois disso, o nome tornou-se um sobrenome de diversas famílias, sem que exista relação de parentesco entre elas.

BORGES
637.698 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A origem do sobrenome Borges

O escritor argentino Jorge Luis Borges dizia que seu sobrenome tinha origem portuguesa. Certamente é muito usado em Portugal, mas não há confirmação de que ele tenha raízes lusitanas. Na verdade, sua origem é incerta, ainda que diversos genealogistas o relacionem com a cidade de Bourges, na França, onde há registros do sobrenome desde o século 14.

CAMPOS
602.019 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O sangue latino fala bem alto entre os Campos. Essa família tem origem em uma comarca da Antiguidade conhecida como Campi Gotorum, que compreendia o que depois se chamou de “Terra de Campos”, pertencente às províncias de Palencia, Leão e Valladolid (e que hoje é parte da Espanha). No Brasil, o registro mais antigo desse sobrenome é bizarro: em março de 1669, o fazendeiro Manoel de Abreu Campos foi condenado à morte pelo “crime” de ser judeu.

CARDOSO
764.528 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse sobrenome é derivado de uma planta chamada cardo, pois remete ao local onde ela era encontrada em Portugal. Cardo, por sua vez, deriva do latim “cardùus” e significa “fazer sinal com a cabeça”, em alusão à flor de forma oval que surge no caule da planta. A cardo cresce em locais rochosos, de maneira selvagem ou cultivada. Em Portugal, faz parte da flora da Serra da Estrela e é muito usada ainda hoje na fabricação de queijos, por causa da sua ação coagulante.

CARVALHO
1.372.398 brasileiros(as) têm esse sobrenome
De origem portuguesa, esse sobrenome surgiu na vila homônima localizada na diocese de Coimbra, adotado por Gomes de Carvalho, que viveu em meados do século 13. Carvalho é uma palavra de origem controversa, possivelmente pré-romana, usada para nomear diversas árvores e arbustos do gênero Quercus. Nomes de plantas e animais são geralmente associados a imigrantes judeus, mas, segundo alertam alguns estudiosos, é equivocado cravar uma origem só pelo sobrenome.

CASTRO
568.392 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A palavra castro tem origem pré-romana e significa “castelo”. Como sobrenome, porém, traz uma raiz espanhola, originária de uma das famílias mais nobres da Península Ibérica – e talvez uma das mais bem documentadas. Desde o século 13, vários membros da família Castro foram casados com princesas de linhagens reais hispânicas, o que fez com que seu poder sóciopolítico fosse equiparado ao dessas famílias, principalmente depois do século 14.

COSTA
1.690.898 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Não é possível afirmar que todos os brasileiros com esse sobrenome sejam parentes, pois várias famílias adotaram o termo devido à origem geográfica: o sobrenome remete às pessoas que nasciam em locais próximos ao mar, na “costa”. Registros mostram que esse sobrenome também foi usado por uma família da nobreza medieval portuguesa, possivelmente por causa de Nicolau Kosta, oficial de origem grega que viveu no início do século 13. Outros autores vão mais longe e apontam a herança da região Quinta da Costa, na comarca de Guimarães, no tempo de dom Afonso Henriques, primeiro rei português.

DIAS
1.014.659 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Sobrenome de origem lusoespanhola, é patronímico de Diogo ou Diego, ou seja, faz referência aos filhos de pessoas com esses nomes. Diogo, curiosamente, é uma abreviação de Santiago, que teve alterações para Sant-Yago e Tiago até, finalmente, chegar a Diogo (em espanhol, Diego). Mais tarde, diversas famílias adotaram Dias sem seguir essa lógica e, portanto, sem relação alguma de parentesco.

DUARTE
498.879 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O significado desse sobrenome (que inclui a variante Eduarte) seria algo como “filho de Duarte”, já que ele também é um nome próprio. O termo, por sua vez, chegou ao Brasil como Eduardo. Dom Duarte, conhecido por “o Eloquente”, além de fazer uso desse nome ajudou a torná-lo famoso, após chegar ao trono de Portugal, em 1433.

FREITAS
777.947 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse sobrenome surgiu do termo latim “fractus”, que significa “pedras quebradas”, e tem natureza geográfica, por conter características do local onde foi criado, lá em Portugal. Autores questionam que fracta pode não significar exatamente “rachada”, mas algo no sentido metafórico. Há quem admita o significado de brecha, ou abertura, interpretado como sinônimo de desfiladeiro. Registros ainda de 1059 mostram que o sobrenome originou as versões Frectas e Fleitas.

FERNANDES
1.228.428 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Somos “filhos de Fernando” é o significado desse sobrenome, que ao longo dos anos assumiu as formas Fernandici, Fernandiz, Fernandez e, a mais usual no Brasil, com “s” no final. Dos primeiros anos de colonização até hoje, esse sobrenome ganhou boa parte do território brasileiro, com famílias de origem portuguesa, espanhola, argentina, uruguaia, paraguaia, entre outras. Além disso, índios, africanos e cristãos-novos também adotaram o sobrenome Fernandes.

FERREIRA
2.365.562 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Sobrenome de origem geográfica com raiz no termo em latim ferraria, que significa “jazida de ferro”, em referência aos locais em que os romanos encontravam o minério. A palavra latina ainda pode trazer o sentido de “oficina” e gerou variantes como o sobrenome Ferrara, na Itália. No Brasil, Ferreira é o 6º sobrenome mais comum hoje em dia, e o 3º em Portugal.

GARCIA
516.591 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Provavelmente tem origem na palavra basca “gartzia”, que significa “jovem”. Garcia foge à regra do sufixo “es”, no idioma português, ou “ez”, em espanhol, para designar “filho de” (como ocorre com o termo Garcez). Na Espanha, Garcia é o sobrenome mais comum do país, e o 2º da Guatemala e do México.

GOMES
1.697.130 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse é outro exemplo de patronímico, uma forma frequente na formação de sobrenomes na Idade Média, indicando a origem paterna da pessoa. Hoje, Gomes é considerado até um nome próprio, mas em desuso. Com raízes portuguesas e espanholas, já foi registrado como Gomizi, Gomiz, Gomez e Güemes. Genealogistas colocam como provável origem uma abreviação do visigodo Gomoarius, que significa “homem de guerra”. Há muita gente com esse sobrenome em Bangladesh.

GONÇALVES
733.079 brasileiros(as) têm esse sobrenome
De uma maneira simples e direta, esse sobrenome significa “filho de Gonçalo”. Já o nome próprio Gonçalo, por sua vez, tem origem germânica, e pode ter sido formado pelas locuções gundi, “luta”, e salo, “escuro”, gerando o significado de “cego pela luta”, ou “salvo da luta”. É o 36º sobrenome mais comum no Brasil, com famílias vindas de Portugal, Colômbia, Espanha, Paraguai e Argentina, entre outros países.

LIMA
2.020.288 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A origem dos Limas está muito distante do nome da capital do Peru. Antes de se estabelecer como sobrenome, o termo era voltado aos originários da região do rio Lima, que nasce no sul da Espanha e deságua no Atlântico ao Norte de Portugal. De origem pré-romana, a raiz desse termo está ligada às regiões de Lemos (Monforte de Lemos, na Galícia) e Lamego (Portugal). É o 9º sobrenome mais frequente no Brasil.

LOPES
1.247.269 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Derivado do nome próprio Lopo, Lopes significa “lobo” (o animal), termo extraído do latim “lupu”. Com origem luso-espanhola, é o sobrenome mais comum em Cabo Verde – a versão Lopez é o 3º sobrenome mais popular do México e da Colômbia, e o 5º da Espanha. Foi um sobrenome adotado também por judeus ibéricos convertidos, desde o batismo forçado à religião cristã, a partir de 1497. No Brasil, famílias indígenas também passaram a usar esse sobrenome, o 16º mais comum por aqui.

MACHADO
805.215 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse sobrenome de origem portuguesa faz referência à ferramenta de corte homônima. Segundo historiadores, dom Mendo Moniz foi quem deu início à linhagem, ao destruir com um machado as portas do Castelo de Santarém, em 1147, para combater os mouros. No Brasil, Machado é o 31º sobrenome mais comum – o primeiro registro é de 1888, quando o escravo Vicente Pereira Machado tornou-se um homem livre e recebeu o sobrenome do dono da propriedade em que vivia, no Espírito Santo.

MARQUES
805.215 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O sufixo “es” entrega a origem patronímica desse sobrenome – aquela que tem relação com a filiação da pessoa. Marques, portanto, significa o “filho de Marco” (ou Marcos, a forma mais frequente por aqui). Em Portugal, onde surgiu, Marques é o 12º sobrenome mais comum do país. No Brasil, está na 27ª posição. Entre as famílias brasileiras mais antigas está a de Pedro Marques Rebelo, registrado por volta de 1695.

MARTINS
1.499.595 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Outro sobrenome que deriva de nomes próprios, com origem nos nomes Martinho, ou Martim. Com essa forma de nomeação, muitas famílias adotaram Martins como sobrenome, sem qualquer laço de consanguinidade. Martim, por sua vez, vem do latim martinus, “homem marcial, belicoso, guerreiro”, além de ser gentílico de Marte, o deus da guerra. No Brasil, Martins é o 13º sobrenome mais comum. Em Portugal, é o 7º.

MEDEIROS
489.800 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Trata-se de mais um sobrenome português, com prováveis raízes toponímicas, isto é, extraídas do local onde foi criado. Uma das origens do termo leva a uma localidade homônima: os naturais da região portuguesa receberiam o sobrenome “de Medeiros”. Outra origem pode resgatar o termo “meda”, que significa um agrupamento de feixes de trigo ou palha – medeiro seria, portanto, um local com muitas medas, uma espécie de estábulo.

MELO
667.955 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O 41º sobrenome mais comum do Brasil tem origem portuguesa. Ele faz referência ao latim “merulu”, que no idioma português evoluiu para “melro”, nome de uma das espécies de aves mais comum em Portugal. O melro-preto (Turdus merula), por exemplo, está se tornando muito abundante em Lisboa e em outras cidades, tomando conta de jardins, telhados e antenas de casas. Além de Brasil e Portugal, o sobrenome Melo também é comum na Colômbia e em Angola.

MENDES
784.721 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse sobrenome de origem luso-espanhola surgiu do nome próprio Mendo, para indicar a linhagem dos filhos de pessoas com esse nome. Porém, muitas famílias adotaram o sobrenome por outras razões, gerando variantes como Menendici, Menendizi, Menendiz e Mendez. Mendes é o 32º sobrenome mais comum no Brasil e o 3º mais popular nesse mesmo ranking em Guiné Bissau.

MIRANDA
529.486 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O sobrenome Miranda, considerado muito antigo e de natureza espanhola, é um derivado da palavra “mirar”, aplicada a um lugar com bela vista. É equivalente a Mirandes, Miralta e Miralda, pois todos esses sobrenomes compartilham linhagem, história e brasão. Foi também usado por judeus na Espanha e em Portugal. No Brasil, é o 50º sobrenome mais comum.

MONTEIRO
583.465 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A origem do sobrenome Monteiro

Uma lenda intrigante envolve a origem do sobrenome Monteiro. Ela conta que no século 14, o rei espanhol Alfonso XI correu grande perigo ao ser atacado por um urso, em sua própria casa. Mas o monarca teria sido salvo graças à intervenção de um dos cavaleiros que faziam sua guarda. Agradecido, o rei deu ao seu salvador o título de “Montero”, que também é um tipo de chapéu usado por caçadores, termo que depois se tornou o sobrenome dos descendentes do cavaleiro. Hoje em dia, Monteiro é um sobrenome comum em Angola, Portugal e Cabo Verde. No Brasil, é o 47º sobrenome mais frequente.

MORAES
615.295 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A origem mais provável desse sobrenome são as palavras em espanhol antigo “morales”, ou moral, sinônimos de amoreiral, “lugar onde há amoreiras”. Também é possível uma aproximação com o termo murales, que significa “muros”, indicando a origem geográfica dos Moraes. O Brasil tem registros de famílias indígenas, africanas e de origem judaica que adotaram esse sobrenome, que hoje é o 45º mais comum do país.

MOREIRA
846.713 brasileiros(as) têm esse sobrenome
De origem portuguesa, é derivado da amoreira, árvore da família das moráceas (Morus nigra), que produz a amora. É um exemplo de sobrenome com raízes toponímicas, ou seja, que herda características do local de onde surgiu – foi inspirado na freguesia de Santa Maria de Moreira, em Portugal. Registros do século 18 relatam que cristãos-novos adotaram esse sobrenome para não serem condenados na Inquisição. Hoje, Moreira é o 28º sobrenome mais comum do Brasil, e o 27º de Portugal.

MOURA
544.924 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Sobrenome de origem portuguesa que faz referência à cidade de Moura, pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo. A palavra em si traz origens relacionadas aos mouros, antigos habitantes árabes do norte da África. De fato, não é possível remontar a genealogia dessa família em bases documentais anteriores ao século 15, mas registros orais contam que o sobrenome foi adotado por cristãos-novos perseguidos e condenados pela Inquisição.

NASCIMENTO
1.005.088 brasileiros(as) têm esse sobrenome
De origem portuguesa e natureza essencialmente religiosa, esse sobrenome era inicialmente usado pelos cristãos que nasciam no dia 25 de dezembro, em homenagem ao nascimento de Jesus Cristo. Alguns pesquisadores acreditam que o termo também possa ter relação com Nassau, sobrenome bastante comum na Holanda. Curiosamente, no Brasil, maior país católico do mundo, hoje em dia, Nascimento é o 25º sobremome mais comum.

NUNES
807.934 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse sobrenome de origem luso-espanhola pode ser entendido como “descendentes de Nuno”, já que faz referência ao nome próprio do fundador desse tronco familiar. Nuno talvez seja uma derivação do latim “nonnus”, palavra carinhosa usada pelas crianças para dizer “pai”. No Brasil e em Portugal, Nunes é atualmente o 30º sobrenome mais comum.

OLIVEIRA
3.738.469 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Há várias origens prováveis desse sobrenome português, mas todas remetem, de fato, ao que você está imaginando. Oliveira tem uma raiz geográfica, que faz referência à árvore da azeitona, registrada no português arcaico como “olveira”. Esse é o 3º sobrenome mais comum do Brasil (e o 6º de Portugal), sem contar a variante “de Oliveira”, que soma mais 500 mil brasileiros.

PEREIRA
2.251.864 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Pereira é o 8º sobrenome mais comum no Brasil. Os estudos desse sobrenome remontam ao português Rodrigo Gonçalves de Pereira, que após prestar serviços a dom Henrique de Borgonha (conde de Portucale entre 1096 e 1112), recebeu como pagamento as propriedades de Palmeira e Pereira – nome com possível referência a uma plantação de peras.

RAMOS
736.466 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Duas origens levam à explicação do sobrenome Ramos: a de maior consenso é de ordem religiosa, como referência ao Domingo de Ramos, data que celebra o dia em que Jesus entrou em Jerusalém, narrado nos quatro Evagelhos da Bíblia. Outra possível origem é de natureza geográfica, já que muitos locais em Portugal recebiam o nome de ramos. Além do Brasil e de Portugal, Ramos também é adotado por muitas famílias do México, Peru, Espanha, Cuba e Venezuela.

REIS
672.438 brasileiros(as) têm esse sobrenome
De origem portuguesa, esse sobrenome expressa a devoção religiosa do povo cristão. Tanto em Portugal quanto no Brasil existem várias famílias “dos Santos Reis”, bem como sobrenomes formados pelo nome de um dos Reis Magos, seguido por Reis, como “Belchior dos Reis” ou “Baltasar dos Reis”. Grafado sozinho, Reis é o 40º sobrenome mais comum do Brasil, muito frequente em famílias estabelecidas no Rio de Janeiro.

RIBEIRO
1.594.896 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O próprio significado de ribeiro explica a origem latina desse sobrenome. A palavra vem do latim “ripariu”, que significa “rio pequeno”, mostrando uma origem geográfica para esse topônimo. Dom Ramiro, último regente do reino de Leão, foi um dos primeiros membros da família Ribeiro em Portugal. No Brasil, o sobrenome foi adotado também por indígenas e africanos. Atualmente, é o 12º sobrenome mais comum no Brasil, e o 13º em Portugal.

ROCHA
1.034.057 brasileiros(as) têm esse sobrenome
A origem do sobrenome Rocha

Junto ao sinônimo “da Rocha”, esse sobrenome ocupa a 22ª posição no ranking dos mais comuns do Brasil. Sem uma origem documentada, é possível que ele tenha surgido de Monseur de la Roche, um francês que teria migrado para Portugal durante o reinado de dom Afonso III, por volta de 1248. Outra origem possível é de pessoas que nasceram em locais rochosos, com uma explicação de natureza geográfica.

RODRIGUES
2.399.459 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Com registros originários de Portugal, Rodrigues é o 5º sobrenome mais comum do Brasil e significa literalmente o “filho de Rodrigo”, devido ao sufixo “es”. Mas a origem do termo, na verdade, é espanhola: a forma Rodríguez (com “ez” no final) é o sobrenome mais frequente em diversos países de colonização espanhola, como Colômbia, Venezuela, Cuba, República Dominicana, Uruguai e Costa Rica. No censo norte-americano de 2000, Rodríguez aparece em 9º lugar, confirmando a crescente influência da comunidade hispânica nos EUA.

SANTANA
721.615 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Com forte influência religiosa, Santana deriva de Santa Ana (ou Sant’Ana), com referência à avó de Jesus Cristo, mãe da Virgem Maria. O sobrenome foi trazido ao Brasil por uma família de origem espanhola, que chegou em 1882 a bordo do vapor África, procedente das Ilhas Canárias. Hoje em dia, é o 37º sobrenome mais comum por aqui.

SANTOS
3.981.191 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Esse é o 2º sobrenome mais comum no Brasil e em Portugal (sem contar o pessoal que assina “dos Santos”, que somam 706 mil brasileiros). De origem religiosa, deriva da palavra latina “sanctus”, que significa “santo” ou “consagrado”. Um dos ramos dessa família pode ter se originado da Sierra de los Santos, localizado na Andaluzia, sul da Espanha. Durante a era medieval, Santos também era o nome dado às pessoas que nasciam no dia 1º de novembro, ou seja, no Dia de Todos os Santos.

SILVA
5.073.774 brasileiros(as) têm esse sobrenome
É o sobrenome mais comum no Brasil e em Portugal, onde teve origem. A variação “da Silva” ocupa a 22ª colocação, com pouco mais de 1 milhão no Brasil. Mas a origem de ambos é a mesma: como um sobrenome toponímico (de origem geográfica), deriva do termo latino silva, que significa “selva” ou “floresta”. Com a presença dos romanos na Península Ibérica, muitos lusitanos incorporaram Silva ao nome próprio. Séculos depois, grande parte carregava o termo quando chegou ao Brasil, engrossando os números com a abolição da escravatura.

SOARES
1.233.230 brasileiros(as) têm esse sobrenome
O “es” no final de Soares dá uma dica de sufixo patronímico, ou seja, indicando que ele é “filho de” – neste caso, do nome próprio Soeiro. Há quem aponte uma possível ligação com o nome Soariu, de origem incerta. Curiosamente, esse sobrenome é o mais popular no Timor-Leste, com 35 mil pessoas registradas. No Brasil, é o 17º mais frequente.

SOUZA
2.630.114 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Escrito com “z”, “s” ou com “de” no início? Essa deve ser uma pergunta comum a quem assina esse sobrenome. A versão Souza é a mais comum no Brasil – é o 4º sobrenome mais frequente no país. Já os Sousas reúnem quase 830 mil pessoas (é o 29º sobrenome mais frequente aqui), enquanto quem assina “de Souza” são mais de 450 mil. Mas a origem de todos é a mesma: vêm do latim “saxa”, que significa algo como “seixo” ou “rocha”. A palavra latina sofreu uma mudança no português arcaico para “sausa” e depois evoluiu para “sousa”. Mais tarde, no Brasil, passou a ser registrada com “z”.

TEIXEIRA
676.397 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Os Teixeiras buscaram inspiração no teixo, árvore da família das taxáceas (Taxus baccata). Essa árvore de folhas e sementes venenosas é cultivada como planta ornamental e frequentemente usada como cerca viva. O registro mais antigo que se tem notícia é de origem portuguesa, adotado no século 12 por dom Hermígio Mendes de Teixeira. Hoje em dia, é o 39º sobrenome mais comum no Brasil, e o 20º em Portugal.

VIEIRA
1.095.381 brasileiros(as) têm esse sobrenome
Do latim “veneria”, vieira é um molusco de carne branca com duas conchas em forma de leque. Uma lenda conta que Caio Carpo, durante a Roma antiga, levou para a Galícia o corpo do apóstolo Santiago, que após ser morto apareceu coberto de vieiras. Hoje, Vieira é o 20º sobrenome mais frequente no Brasil.

FONTES Livros Os Sobrenomes Mais Comuns do Brasil, de Claudio Campacci, O Livro dos Nomes, de Regina Obata, e Ensaios Sobre a Intolerância: Inquisição, Marranismo e Antissemitismo, de Lina Gorenstein e Maria Luiza Tucci Carneiro (org.); sites Forebears, Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, Dicionário Aulete Digital, BBC Brasil, Revista de História, Name Your Roots, Heráldica Portuguesa, Instituto Politécnico de Coimbra e Diário de Notícias (Portugal); jornais El País e O Globo; e revista Diadorim (UFRJ)

Super Interessante

 

Opinião dos leitores

  1. Excelente trabalho. Se possível, gostaria de saber algo sobre as primeiras famílias Carvalho no Brasil.

  2. Esqueceram o CAVALCANTI ou CAVALCANTE que segundo uma reportagem do Fantástico da Rede Globo é o sobrenome mais usado no Brasil .

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Brasil

HILÁRIO: Contra tarifaço de Trump, Erika Hilton sugere quebra de patente de Monjauro

Foto: reprodução

Em uma publicação afiada e nada sutil nas redes sociais, a vereadora Erika Hilton (PSOL-SP) questionou, “e se o Brasil resolvesse quebrar a patente de um dos medicamentos mais valiosos do momento, o Monjauro, da gigante farmacêutica norte-americana Eli Lilly?”

Hilton explicou que, legalmente, o Brasil tem esse direito, devido à chamada Lei de Reciprocidade. Segundo ela, basta um “querer” nacional para que laboratórios brasileiros passem a fabricar o medicamento em versão genérica, mais barata, e o ofereçam ao mundo inteiro. Resultado? Um efeito dominó.

“Se quisermos, quebramos a patente do Monjauro, por exemplo”, escreveu, mexendo com uma empresa avaliada em nada menos que 700 bilhões de dólares.

Na teoria de Erika, esse simples movimento faria as ações da Eli Lilly despencarem, causaria pânico nos fundos de investimento, aumentaria o desemprego nos EUA e até chacoalharia o sistema previdenciário americano.

A fala da vereadora ocorre em meio a debates acalorados sobre soberania nacional, patentes farmacêuticas e as pressões de países ricos sobre o Brasil em temas comerciais. 

Blog do BG 

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Geral

TARIFAÇO: Dona de Boate de entretenimento masculino vai cobrar 50% a mais de Americanos

Foto: reprodução

Uma das cortesãs mais famosas do país, a gaúcha Soraia Maria Saloum Rosso, carinhosamente conhecida como Tia Carmen, passará a cobrar uma taxa adicional de 50% exclusivamente para cidadãos norte-americanos que frequentarem o estabelecimento especializado em entretenimento adulto, em Porto Alegre (RS).

Segundo a empresária, a medida é uma resposta direta ao que chamou de “desaforo” por parte do governo norte-americano. “Aqui é o Brasil, não iremos aceitar esse tipo de provocação”, disparou. A cafetina deu resposta à tarifa adicional de 50% que o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, impôs a produtos brasileiros.

A boate Carmen´s Club faz muito sucesso na capital gaúcha. Entre os trunfos e as inovações da cortesã de luxo, está a famosa festa da “churrasceta”. Como o nome diz, o evento une duas das maiores paixões em estabelecimentos de tal porte.

Estourada nas redes sociais e fazendo a alegria de 544 mil seguidores no Instagram, Tia Carmen ampliou os negócios e também a sua clientela. De portas abertas desde 1998 em um tradicional ponto na rua Olavo Bilac, no bairro Azenha, próximo ao centro de Porto Alegre, a boate Carmen’s ferve nas noites frias da capital gaúcha.

Com muito bom humor e criatividade, a loira de olhos castanhos rechaça o rótulo de cafetina e se refere às garotas de programa que trabalham na lida como “sobrinhas” ou “frequentadoras”. A casa arrasta a “macharada”, principalmente após Grêmio ou Internacional entrarem em campo. Quando a vitória é colorada ou gremista, a boate fervilha.

Metrópoles

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Economia

Trump já arrecadou quase US$ 50 bilhões com tarifaço, diz Financial Times

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As tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já resultaram em quase US$ 50 bilhões em arrecadação extra para o governo norte-americano. Quatro meses após o início de sua mais recente ofensiva tarifária, apenas China e Canadá adotaram medidas retaliatórias.

A maioria dos outros parceiros comerciais evitou confrontos diretos, optando por negociações em vez de uma escalada comercial. É o que revela uma reportagem do Financial Times.

De acordo com dados do Tesouro dos EUA divulgados na última sexta-feira (11/7), as receitas aduaneiras atingiram US$ 64 bilhões no segundo trimestre de 2025, um aumento de US$ 47 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

As tarifas determinadas por Trump incluem um imposto mínimo de 10% sobre produtos importados de todo o mundo, além de taxas de 50% sobre aço e alumínio, e 25% sobre veículos automotores. A resposta internacional, no entanto, tem sido tímida.

A China foi o país que apresentou a retaliação mais ampla, mas com efeito limitado. A receita chinesa com tarifas subiu apenas 1,9% em maio, em comparação com o ano anterior.

Já o Canadá, embora tenha imposto cerca de C$ 155 bilhões em tarifas retaliatórias entre fevereiro e março, tem recuado diante da pressão americana, inclusive abandonando planos de tributar serviços digitais.

A União Europeia (UE), apesar de ter cogitado responder com tarifas sobre produtos americanos avaliados em 72 bilhões de euros, adiou sucessivamente sua decisão. Autoridades europeias condicionam qualquer ação ao resultado das negociações com os EUA, cujo prazo final é 1º de agosto.

Metrópoles

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Brasil

Volta do IOF desmoraliza maioria na Câmara e Senado

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A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes desta 4ª feira (16.jul.2025) de restabelecer a vigência do decreto do governo Lula que aumentou o IOF (Imposto de Operações Financeiras) representa uma vitória para o Planalto e uma derrota relevante para o Congresso.

Deputados e senadores da oposição classificaram a retomada da cobrança de alíquotas mais altas do imposto como uma afronta à decisão do Legislativo, que havia revogado o aumento do tributo. Em 25 de junho, Câmara e Senado aprovaram um PDL (projeto de Decreto Legislativo) para sustar os efeitos de decretos presidenciais com mudanças no IOF.

Na Câmara, foram 383 votos a favor e 98 contra. O placar foi descrito por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “acachapante” na época. Foi a pior derrota de Lula em seu 3º mandato no Legislativo. O Senado aprovou o projeto no mesmo dia, com votação simbólica.

Poder360

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Geral

Philco demite 800 funcionários em fábrica de Manaus após queda nas vendas

Foto: reprodução

A fabricante de eletrônicos e eletrodomésticos Philco anunciou nesta terça-feira (15) a demissão de cerca de 800 funcionários em sua fábrica em Manaus, em uma medida que chamou de “ajuste pontual” diante da readequação do planejamento das vendas de produtos sazonais ao volume de produção projetado para este ano.

A marca, que no Brasil é controlada pela Britânia, acrescentou em nota que a decisão não envolve outras unidades do grupo e reflete exclusivamente o cenário da planta de Manaus.

“A Philco segue atenta às dinâmicas do mercado e empenhada em manter a sustentabilidade de suas operações”, afirmou a empresa em comunicado.

A companhia acrescentou que as recentes movimentações fazem parte de um processo de reestruturação “compatível com a produção na região”.

CNN

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Geral

Câmara acelera PL que facilita retirada de invasores de propriedade privada

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (16), a urgência de projeto de lei para permitir que proprietários possam solicitar força policial para a retirada de invasores de propriedade privada, independentemente de ordem judicial.

A matéria busca alterar o Código Civil para “permitir expressamente” que proprietários possam solicitar o apoio da polícia para expulsar os invasores.

A aprovação da urgência, que acelera a tramitação, contou com 347 votos “sim” e 107 votos “não”.

A matéria, na forma de relatório apresentado pelo deputado Zucco (PL-RS) foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) em dezembro do ano passado. Na ocasião, o texto contou com 39 votos “sim” e 15 votos “não”.

“Infelizmente, no contexto atual, é preciso dizer o obvio: a polícia pode interromper o ilícito. O proprietário pode ter o auxílio da polícia para retirar os invasores. Essa medida é basilar a um estado que busca segurança e progresso, mas tem sido desvirtuada por entendimentos equivocados de gestores e até mesmo de magistrados”, defendeu o relator na ocasião.

CNN

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Brasil

Após IOF, Lula decide vetar projeto que aumenta número de deputados

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

O presidente Lula decidiu, nesta quarta-feira (16/7), vetar o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que aumentava o número de deputados federais dos atuais 513 para 531.

A decisão foi tomada pelo petista durante uma reunião com auxiliares no Palácio da Alvorada, na tarde da quarta-feira, último dia do prazo para o presidente sancionar ou vetar a proposta.

Participaram do encontro com Lula no Alvorada, segundo apurou a coluna, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secom) e Jorge Messias (AGU).

Inicialmente, Lula foi aconselhado por auxiliares a não sancionar nem vetar o projeto no prazo, o que transferiria a decisão para o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP).

No entanto, após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), patrocinar a derrubada do decreto do governo do IOF, ministros aconselharam Lula a vetar a proposta.

Além do recado ao Legislativo, pesou uma preocupação no governo de que uma eventual omissão do presidente pudesse ser mal interpretada pela opinião pública, majoritariamente contrária à proposta.

Em entrevista à coluna antes da decisão de Lula, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que Lula levaria em conta o “sentimento do povo”.

“Essa é uma decisão que cabe ao presidente Lula. Eu tenho uma reunião com o presidente Lula hoje sobre esse tema. Nós vamos conversar e, a partir da nossa conversa, ele vai tomar uma decisão. Ele vai ouvir os outros ministros, como sempre faz no processo de sanção ou veto. O presidente Lula, obviamente, tem muita preocupação com o sentimento do povo em relação ao tema”, disse o ministro.

Gleisi foi voto vencido

À frente da articulação política do governo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi uma das poucas vozes no Palácio do Planalto a defender que Lula não vetasse a matéria.

Ao decidir vetar o projeto, Lula azedou ainda mais a relação do governo com Motta e outros líderes da Câmara, principais interessados no aumento do número de deputados federais.

A Câmara votou o aumento de seus integrantes após o STF fixar um prazo até 30 de junho de 2025 para a Casa redistribuir suas cadeiras entre as bancadas estaduais.

Sem consenso para uma redistribuição, sobretudo diante da resistência dos estados que perderiam deputados, Motta articulou uma saída prevendo aumentar o número de deputados.

Metrópoles

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Política

Crusoé: Não parece, mas Genial/Quaest é desastrosa para Lula

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta, 16, apontou um ligeiro aumento da aprovação do governo Lula, de 40% em março para 43% em julho. A desaprovação caiu de 57% para 53% no mesmo período.

A melhora no cenário pode ser explicada pela reação presidencial ao tarifaço de Donald Trump.

Mas outros dados da mesma pesquisa mostram que a situação não está nada fácil para o governo.

“Essa pesquisa é muito ruim para o governo“, diz o cientista político Leonardo Barreto, colunista de Crusoé e sócio da ThinkPolicy.

Quase 80% dos que responderam acham que as tarifas aos produtos brasileiros prejudicariam sua vida.

Além disso, pela primeira vez, os brasileiros estão mais pessimistas que otimistas em relação ao futuro da economia.

Em julho, 43% disseram que a economia tende a piorar nos próximos doze meses. Outros 35% afirmaram que irá melhorar.

Em maio, o dado era invertido: 45% estavam otimistas e 30%, pessimistas.

O desânimo é geral: 56% acham que está mais difícil conseguir emprego hoje que há um ano; 80% pensam que o poder de compra do brasileiro piorou em um ano.

Lula e os bolsonaristas estão disputando entre si quem deve ser responsabilizado se as tarifas vierem mesmo a ser implementadas. Mas os eleitores tendem a culpar o governo federal quando percebem uma piora na condição de vida.

Segundo a Genial/Quaest, cerca de 26% dos entrevistados atribuem o anúncio de tarifas por parte de Trump às falas de Lula durante encontro dos Brics. “Esse dado é horroroso para o governo. Lula é visto como a pessoa que provocou uma crise, a qual 80% dos brasileiros acham que será ruim“, diz Barreto.

O Antagonista

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Brasil

Moraes determina manutenção do aumento do IOF

Foto: Ton Molina/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (16) restabelecer os efeitos do decreto presidencial que aumentou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida havia sido questionada judicialmente, mas volta a valer após a nova decisão do magistrado.

No entanto, Moraes manteve suspensa a cobrança de IOF sobre operações de “risco sacado”, que consiste em uma forma de antecipação de recebíveis e vinha sendo alvo de críticas por parte do setor produtivo. A exclusão dessa modalidade da tributação foi confirmada pelo ministro, que considerou a medida desproporcional.

A decisão tem impacto direto sobre operações de crédito, câmbio, seguros e títulos, e deve repercutir tanto entre instituições financeiras quanto em setores empresariais que utilizam esses mecanismos como parte da sua rotina de financiamento.

Com isso, a alíquota majorada do IOF volta a ser aplicada conforme previsto pelo governo federal, enquanto a cobrança sobre risco sacado segue suspensa, até eventual nova deliberação da Corte.

Blog do BG e CNN

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Brasil

VÍDEO: CGU identifica rombo de R$ 4,3 bilhões no Ministério da Educação

Irregularidades no balanço do Ministério da Educação (MEC) vieram à tona depois que a Controladoria-Geral da União (CGU)identificou inconsistências que totalizam um rombo de R$ 4,3 bilhões no exercício de 2024.

O relatório, divulgado recentemente, apontou como principal fator a disparidade de R$ 3,3 bilhões entre os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os controles internos de 53 universidades e institutos federais, demonstrando ativos superavaliados.

Além da diferença nos registros de bens móveis, a CGU também encontrou problemas no cálculo da depreciação desses ativos, somando mais R$ 1 bilhão em distorções. De acordo com o relatório, essas falhas impactam diretamente a transparência e dificultam o uso adequado das demonstrações contábeis para avaliar o patrimônio público.

O documento destacou ainda o aumento expressivo das provisões de longo prazo, que passaram de R$ 1,2 bilhão para R$ 109 bilhões em apenas um ano. A auditoria criticou a Nota Explicativa, ao afirmar que ela não detalha valores usados, reversões ou prazos para saídas de recursos, contrariando normas legais.

Pendências na gestão dos Termos de Execução Descentralizada (TEDs) também foram evidenciadas. Até janeiro de 2025, havia 2.190 TEDs sem prestação de contas, somando R$ 3,8 bilhões. O relatório recomenda priorizar a análise dessas prestações e aprimorar controles sobre recursos transferidos por meio dos TEDs.

Recomendações da CGU e alerta sobre o Fies

Entre as recomendações, a CGU sugere ajustes nos lançamentos contábeis, avanços na administração patrimonial e correções nas informações sobre provisões. O documento já foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para análise das responsabilidades dos gestores.

Outro ponto de alerta envolve o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo a CGU, a forma atual de gestão do Fundo Garantidor pode colocar em risco a concessão de novas garantias, especialmente pela ausência de mecanismos de pagamento vinculados à renda.

O relatório também observou que o FG-Fies atingiu seu limite de alavancagem, e a inadimplência elevada ameaça a sustentabilidade do programa.

Revista Oeste e Jovem Pan 

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