Foto: Getty Images
A Amazônia está ficando cada vez mais quente, principalmente na região centro-norte. Um estudo internacional mostrou que a temperatura média da floresta subiu cerca de 0,77 °C por década. Desde 1981, isso dá mais de 3 °C a mais no calor da região.
Esse aumento é muito mais rápido do que a média do mundo, que sobe cerca de 0,21 °C por década. Os cientistas estão preocupados porque o calor pode causar incêndios, secas fortes e problemas nos rios, prejudicando animais e pessoas que vivem na floresta.
O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Lancaster, com mais de 50 cientistas de outros países e a WWF. Eles dividiram a Amazônia em áreas pequenas e usaram informações de satélites e estações meteorológicas para saber quando o solo e o ar estavam secos e quanto de água a floresta perdia com o calor.
Os cientistas olharam para os dados de duas maneiras: pela média de temperatura e seca ao longo dos anos e também pelos anos mais quentes e secos, quando os danos são maiores. “Estamos mais atentos aos períodos quentes e secos, porque é quando os problemas acontecem de verdade”, disse o professor Jos Barlow, principal autor do estudo.
Centro-Norte da floresta é a mais afetada
A pesquisa mostra que a Amazônia Sul, que teve muito desmatamento, é a região que mais aquece em média. Mas o centro-norte é onde os extremos, como calor intenso e secas fortes, estão aumentando mais rápido.
Os efeitos já aparecem. Incêndios florestais estão mais comuns, rios têm níveis de água muito baixos ou muito altos e o ar em cidades como Manaus fica muito poluído. A seca também prejudica a saúde das pessoas que moram na floresta e ameaça os animais e plantas da região.
Comente aqui