Judiciário

Após Fachin votar contra bloqueio de WhatsApp por juízes, Moraes pede vista e julgamento é suspenso


Foto: Divulgação/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu vista e com isso suspendeu o julgamento desta quinta-feira que busca definir se decisões judiciais podem determinar o bloqueio de serviços de mensagens pela internt, como o WhatsApp. Antes dele, o ministro Edson Fachin acompanhou o votou da ministra Rosa Weber, desta quarta-feira, de que uma decisão judicial não pode suspender o funcionamento do serviço.

Para Weber e Fachin, o bloqueio só poderia ocorrer caso a empresa violasse a privacidade dos usuários. O ministro, assim como Rosa Weber, defendeu a proteção dos dados trocados por usuários pelas redes sociais como dentro da garantia à privacidade. Os dois trataram da criptografia dos aplicativos e defenderam como um instrumento de segurança ao usuário. Segundo os ministros, já que as empresas não têm acesso aos conteúdos das mensagens, não podem ser punidas por não forneceram os dados.

Além do bloqueio do WhatsApp, as ações discutem também a possibilidade técnica ou não de interceptação de conversas no aplicativo e da colaboração do WhatsApp com os pedidos judiciais.

Estão em julgamento duas ações. Uma delas questiona a Lei 12.965, de 2014, conhecida como Marco Civil da Internet. O partido argumenta que a lei autoriza que ordens judiciais obriguem os provedores a disponibilizar o conteúdo de comunicações privadas. A outra ação discute se decisões judiciais podem interromper serviços de mensagens do aplicativo WhatsApp.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. É lamentável e ainda mais imoral um supremo tribunal federal contar com a presença de um elemento com um histórico pessoal de um Alexandre de Morais , ex advogado do PC C defensor ferrenho de criminosos e por longos anos sobreviveu ganhando dinheiro do crime organizado, agora pergunto! Qual a moral um Elemento desse tem para atuar como ministro do Supremo tribunal Federal,? Vergonha..

    1. Amigo Cézar Augusto, não se lamente e muito menos ache imoral, assim igual ao ministro Alexandre de Moraes, tem Gilmar Mendes e ainda vai vim mais decepções com esses que estão aí e com outros que ainda virão, nesse 1° mandato Bolsonaro vai indicar 02 ministro, a culpa disso tudo tem nome e sobrenome chamasse POLÍTICA enquanto eles forem indicados pelo o presidente da república e aprovado pela maioria dos senadores da república, pode ter certeza nada vai mudar. essa é a minha opinião. Um abraço a todos.

    2. O que é mais lamentavel e que esses ministros dão só sentença favoravel a quem lhe interessa e rasgam a constituição toda hora e ninguem faz nada

    3. Concordo com a leitora : enquanto o acesso aos Tribunais Superiores não for EXCLUSIVAMENTE POR CONCURSO PÚBLICO ( meritocracia, pura e simples), os Presidentes que virão continuarão a nomear ao seu bel-prazer e buscando apenas e tão somente os seus próprios interesses.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Bancada do PL critica relator do texto da anistia: “Rabo preso com Moraes”

Foto: Andressa Anholete

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi alvo de críticas por parte da bancada do PL (Partido Liberal), que se manifestou contrária a qualquer proposta que não contemple uma anistia aos condenados pelos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, episódio em que manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes ao pedirem por uma intervenção federal.

Paulinho, relator do projeto de lei da anistia, e a bancada do partido se reuniram na tarde de terça-feira (23). Foi o primeiro encontro do relator com os congressistas para tratar do tema e, conforme a CNN adiantou, o clima foi de tensão.

As críticas se deram porque Paulinho defende um “PL da Dosimetria”, em vez de um “PL da Anistia”. Na prática, o que o deputado propõe é que se reduza as penas dos condenados pelo 8 de Janeiro, e não uma anistia ampla e irrestrita – como é defendido por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para definir o projeto, Paulinho se reuniu na noite de quinta-feira (18) com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e com o ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG), que também foram alvos de ataques por parte da bancada do PL.

Em vídeos feitos durante a reunião e divulgados nas redes sociais, deputados bolsonaristas criticavam justamente o fato de Paulinho ter se reunido com Temer e Aécio para debater o projeto.

“O senhor, deputado Paulinho da Força, sindicalista, entregue esse relatório para uma pessoa que não tenha rabo preso e não esteja sendo ameaçada por Alexandre de Moraes”, declarou o deputado federal Delegado Caveira (PL-PA). O congressista ainda chamou Temer de “vampiro” e disse que, quanto a Aécio, “todo mundo conhece a sua fama”.

Caveira afirmou que o relatório de Paulinho será uma “colcha de retalhos” construída pela esquerda e criticou o fato de o colega ter sido escolhido como relator. Ele ainda acrescentou que o ex-presidente Bolsonaro, condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado, de nada participou e que não deveria estar na “trama golpista”.

Julia Zanatta (PL-SC) também mencionou Temer e Aécio em sua fala. Segundo ela, Paulinho, como relator do texto, não deveria fazer o relatório sem visitar os presos. “O senhor foi lá jantar com Michel Temer e com Aécio Neves, com vinho caro. Eu quero convidar o senhor para ir ao presídio”, declarou.

Para Bia Kicis (PL-DF), foi “pavoroso” assistir o vídeo dos três se reunindo: “Foi a coisa mais patética que eu vi. Não é uma crítica a você, Paulinho: é dizer que nós não aceitamos que Aécio Neves e Michel Temer venham agora querer dar uma solução que pertence a nós que estamos aqui lutando junto com os presos”.

Kicis disse ainda que a discussão não se trata de uma dosimetria e que o que ela quer, na realidade, é que os presos tenham apagado de suas vidas “essa história de golpe e de derrubar o Estado democrático”. Acrescentou que o texto deve ser elaborado por congressistas que queiram a anistia, e que quem não quiser deverá votar contra.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

VÍDEO: Obra símbolo da gestão Allyson, Anel Viário de Mossoró tem DNA de Rogério e Bolsonaro


Vídeo: Reprodução 

A maior obra da gestão do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) em Mossoró, o Anel Viário que interligará as BRs 110 e 304, não nasceu do Palácio da Resistência. Trata-se, na verdade, de um investimento de R$ 40 milhões viabilizado pelo então ministro do Desenvolvimento Regional do governo Jair Bolsonaro, Rogério Marinho (PL), atual senador e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte.

Durante o primeiro mandato de Allyson – que coincidiu com a segunda metade do governo Bolsonaro – era Rogério Marinho quem abria as portas dos ministérios em Brasília para o prefeito. De cada ida à capital federal, Allyson voltava anunciando grandes novidades para Mossoró. Dessa parceria vieram frutos concretos: o próprio Anel Viário, centenas de unidades habitacionais, pavimentação em larga escala de bairros periféricos com piso intertravado, maquinário para o setor agrícola e outros investimentos que alavancaram a popularidade do prefeito, garantiram sua reeleição histórica e o projetaram como líder das pesquisas ao governo do RN.

Findado o governo Bolsonaro, no entanto, Allyson e Rogério seguiram caminhos diferentes. Recentemente, durante agenda de Bolsonaro em Mossoró, Rogério Marinho esteve com o ex-presidente visitando as obras do Anel Viário, resgatando assim a importância do trabalho de ambos para a viabilidade do projeto. Rogério e Bolsonaro foram os responsáveis diretos por viabilizar a obra que hoje é tratado como o carro-chefe da administração Allyson.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

TUDO IGUAL: CASO COLDPLAY: Marido da executiva estava no show com outra mulher

Foto: Reprodução 

O episódio polêmico durante o show do Coldplay, que resultou na saída de dois executivos da empresa de tecnologia Astronomer, teve novos detalhes revelados nesta quarta-feira (24/9). Kristin Cabot, chefe de RH de 52 anos, foi flagrada nos telões do estádio abraçada ao CEO casado Andy Byron, enquanto seu ex-marido, Andrew Cabot, assistia ao show acompanhado de outra mulher, que hoje é sua namorada.

O incidente ocorreu em julho, quando Kristin e Byron apareceram na famosa “kiss cam”, viralizando nas redes sociais e gerando repercussão negativa para a empresa. Amigos próximos asseguram que Kristin e Byron mantêm apenas amizade, e que o abraço foi inapropriado, mas não representou um caso extraconjugal.

Fontes ouvidas pelo The Times explicam que Kristin e Andrew já viviam separados em residências distintas há algumas semanas, embora o divórcio ainda não fosse público.

“Kristin estava no camarote com colegas de trabalho, e Andrew também estava lá com um encontro, que hoje é sua namorada”, contou uma fonte ao jornal britânico.

No vídeo, que viralizou e mostra Kristin e Andy Byron juntos, Chris Martin, vocalista do Coldplay, comentou a cena com bom humor: “Ou eles estão tendo um caso ou são muito tímidos”.

O caso provocou a renúncia de Byron e Kristin, que foram suspensos pela Astronomer nos dias seguintes. A empresa divulgou um comunicado para minimizar os danos e assegurar clientes, mas reconheceu o impacto negativo na imagem da marca.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

HUOL investiga erro em transplante renal após paciente receber rim errado em Natal

Foto: Reprodução/LAIS

O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL-UFRN/Ebserh) confirmou que apura um erro ocorrido durante um procedimento de transplante renal em Natal. Em nota divulgada nesta quarta-feira (24), a instituição informou que todas as providências cabíveis foram adotadas, incluindo a notificação dos órgãos competentes, acompanhamento integral do paciente, suporte psicológico à família e a abertura de um processo interno para apurar a cadeia de eventos. O prazo para conclusão da investigação é de 60 dias.

Segundo informações preliminares, o caso envolveu dois pacientes que estavam na fila de transplante renal. A confusão teria ocorrido porque ambos tinham nomes semelhantes. O paciente convocado de forma equivocada acabou recebendo o rim destinado a outra pessoa, mesmo sem compatibilidade de tipo sanguíneo.

Após a cirurgia, o receptor apresentou complicações, precisou ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e teve o órgão removido. O rim não pôde mais ser aproveitado para o paciente originalmente indicado.

O HUOL ressaltou que desde 1998 é referência em transplantes de rim e córnea no Rio Grande do Norte e no Brasil, acumulando 854 procedimentos realizados ao longo da trajetória. A instituição destacou ainda a atuação de uma equipe qualificada em tratamentos de alta complexidade.

Portal da Tropical 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Tarcísio diz que Lula e Trump têm que “sentar e conversar mesmo”

Foto: Pablo Jacob

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quarta-feira (23) que os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos Estados Unidos, Donald Trump, têm que “sentar e conversar mesmo” sobre a tarifa imposta pelo líder americano às exportações brasileiras.

Trump disse em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) que encontrou com Lula rapidamente nos bastidores e que eles combinaram um encontro na semana que vem. Segundo o governo brasileiro, a conversa deve acontecer por telefone ou videochamada.

“Não vou comentar porque eu não ouvi o discurso. Eu acho que os dois têm que sentar e conversar mesmo. É o caminho da negociação que vai resolver esse problema de tarifa, que é o que a gente tem defendido há muito tempo”, disse Tarcísio após uma cerimônia de entrega de máquinas agrícolas em Campinas (SP).

O governador paulista é crítico da postura do governo petista no tarifaço e passou os últimos meses cobrando que Lula ligasse para Trump na tentativa de emplacar uma negociação. Tarcísio chegou a dizer que a postura do governo brasileiro era “cômoda demais” e que não seria “vergonha ou humilhação” para nenhum chefe de Estado negociar com Trump a reversão da medida.

Cotado para se candidatar a presidente na eleição de 2026, Tarcísio foi alvo de críticas por suas manifestações logo após o anúncio das tarifas em julho — na ocasião, disse que a medida foi resultado da postura de Lula, que teria colocado a “ideologia acima da economia”.

As tarifas foram anunciadas após a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e do influenciador Paulo Figueiredo junto ao governo americano.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

Empresa vai banir usuários por mau uso de patinetes elétricos em Natal

Foto: Magnus Nascimento

A JET, empresa responsável pelos patinetes elétricos em Natal, disse que banirá usuários que deixarem os veículos em locais indevidos. Casos como patinetes abandonados em cima de paradas de ônibus, obstruindo calçadas e até sendo levados para dentro de residências têm gerado prejuízo à mobilidade urbana e desrespeitam as normas de uso da plataforma.

Nesta terça-feira (23), um patinete foi flagrado em cima de uma parada de ônibus no bairro Nova Descoberta, em Natal. A cena gerou preocupação, pois o veículo, ao ser abandonado neste local, representava um risco de acidentes para pedestres e motoristas que circulam pela região.

Além desse incidente, nas redes sociais, um influenciador divulgou imagens de dois patinetes que estavam dentro de sua residência. Na publicação, é possível identificar um homem apoiando os pés sobre os patinetes elétricos na sala de casa.

Em resposta à Tribuna do Norte, a JET anunciou que tomará medidas contra os usuários que não respeitarem as regras de uso em relação ao abandono dos veículos em locais inadequados. “Tais casos de vandalismo serão apurados, tanto para reaver os veículos como para banir os usuários”, disse a instituição.

A plataforma também informa que, caso o usuário deixe o patinete fora dos locais autorizados e indicados pelo aplicativo, o tempo de uso continuará contando, e a pessoa continuará sendo cobrada. A empresa esclareceu que os patinetes estão equipados com rastreamento por GPS, o que facilita a localização dos veículos, além de contar com outros recursos de segurança, como limite de velocidade de 20 km/h, freios, campainha e faróis de LED.

Em nota, a JET destacou que está investindo em ações de educação no trânsito, com instrutores e parcerias com as autoridades locais, para promover o uso seguro e responsável dos patinetes. Em outras cidades, a empresa já implementa a Escola de Direção Segura, oferecendo aulas gratuitas sobre como manusear o patinete, utilizar o sistema de freios e conduzir de acordo com as normas de trânsito.

Em Natal, a Secretária de Mobilidade Urbana (STTU), Jódia Melo, informou que a Prefeitura está planejando ações para reduzir os acidentes. “A gente ainda está em fase de teste. Vamos monitorar para, depois, fazer a regulamentação oficial”, afirmou Melo. Apesar da falta de regulamentação, a STTU afirmou em nota que “está fiscalizando o uso dos patinetes”.

Tribuna do Norte 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

A um mês da COP, Lula deve inaugurar obra criticada por ambientalistas

Foto: Taylor Hill/Getty Images

O presidente Lula deverá viajar para o Amazonas em outubro, cerca de um mês antes do início da COP30 em Belém, para inaugurar as obras de um dos maiores embates entre o governo federal e ambientalistas: a BR-319.

A obra, no caso, é a pavimentação da rodovia que liga Manaus a Porto Velho, capital de Rondônia. Segundo lideranças petistas, já há preparativos para receber Lula no próximo mês para o início dos trabalhos.

A pavimentação é criticada por ambientalistas, que argumentam que a obra pode aumentar o desmatamento no trecho. Foi também motivo de críticas de parlamentares à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

Em maio, a ministra chegou a abandonar uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado após ser ofendida pelo senador Plínio Valério, justamente por causa dos entraves ambientais da obra.

Em julho, o governo ainda anunciou a criação de uma comissão interministerial para fazer uma avaliação ambiental da obra, envolvendo o Ministério dos Transportes, a Casa Civil e o Ministério do Meio Ambiente.

Metrópoles – Igor Gadelha

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Negociação do Brasil com os EUA pode incluir minerais críticos e regulação de big techs

Foto: Montagem editoria de arte/O Globo

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que, do ponto de vista comercial, tudo está sobre a mesa com a possibilidade real de diálogo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, incluindo o acesso dos americanos a minerais críticos e a regulação das grandes plataformas digitais. A parte política das reivindicações americanas, que pede uma interferência no Judiciário para favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro, está totalmente fora de questão.

Trump e Lula conversaram pela primeira vez, por menos de um minuto, nesta terça-feira, em uma sala reservada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Uma reunião entre os dois líderes deve acontecer, provavelmente de forma remota, nos próximos dias.

Segundo interlocutores do governo Lula, por enquanto, o que existe são suposições sobre as prioridades dos americanos. Desde o anúncio do tarifaço de Trump, nenhuma autoridade dos Estados Unidos formalizou nenhum pleito econômico por parte dos americanos.

Na noite de terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que Lula e Trump devem começar a discutir sobre “coisas que realmente importam”, como integração econômica e investimentos mútuos.

— Nós temos muitos termos de acordo que já estavam em processo e podem ser retomados se as coisas voltarem à normalidade. As tratativas até o governo anterior eram no campo basicamente de transformação produtivas, envolvia energia limpa, minerais raros, biocombustíveis — disse Haddad.

No Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que está a cargo das negociações, trabalha-se com a hipótese de que o governo Trump paute o tema da regulação das plataformas digitais. A gestão de Trump está alinhada ao interesse das big techs em resistir a qualquer moderação de conteúdo, que é vista pelo republicano como possível censura.

Após Lula ter dito publicamente que o governo trabalhava num projeto para regular as big techs, o governo recuou na última semana e desistiu de enviar o texto que estava sendo produzido ao Congresso.

Em vez disso, decidiu enviar um projeto com regras econômicas para as plataformas. O movimento pesou, entre outros fatores, o ambiente político considerado hostil à proposta da regulação no Congresso. O entorno de Lula considera a sanção da lei que busca coibir casos de violações graves contra menores de 18 anos em plataformas digitais e o entendimento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de que as plataformas são responsáveis legalmente por conteúdos ilícitos publicados pelos usuários, avanços que podem coibir crimes e desinformação no ambiente digital.

Ao anunciar que os produtores brasileiros seriam sobretaxados em 50%, Trump citou como principal motivo o processo contra Bolsonaro no STF e mencionou tarifas supostamente abusivas cobradas pelo Brasil a produtos americanos, apesar de a tarifa de oito dos dez principais produtos de pauta de exportações dos EUA ao Brasil já terem tarifa zero na entrada ao país.

Reservadamente, uma pessoa familiarizada com as missões que o setor privado tem realizado aos Estados Unidos disse que a indústria vê com bons olhos a sinalização do começo de uma negociação comercial de fato entre os dois países. Disse, no entanto, que há o temor de que o lado americano tenha pleitos que sejam absurdos ou francamente desvantajosos para o Brasil.

Como O GLOBO publicou, o governo dos Estados Unidos está interessado em realizar acordos com o Brasil para a aquisição dos chamados minerais críticos e estratégicos, a exemplo de lítio e nióbio, bem como acordos envolvendo as chamadas terras raras, um conjunto de minerais importantes para a transição energética e usados, por exemplo na fabricação de baterias, turbinas eólicas e telas de LED.

Em julho, o encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, transmitiu a mensagem a representantes do setor de mineração brasileiro, entre eles o ex-ministro da Justiça e presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Raul Jungmann. Escobar é o principal representante dos EUA em Brasília, uma vez que a representação americana no país está sem embaixador. À época, Jungmann relatou a demanda ao vice-presidente Geraldo Alckmin.

No mês passado, Lula admitiu, em uma entrevista à agência de notícias Reuters, a possibilidade de negociar minerais críticos.

— Nós vamos começar a fazer, estou criando um conselho que será ligado à presidência e será tratado como questão de soberania nacional. Isso não significa que a gente não pode negociar com outros países do mundo, que a gente possa fazer parceria de empresas estrangeiras virem para o Brasil explorar minerais críticos — disse Lula à época. A declaração ocorreu dias após o presidente brasileiro ter dito, em um discurso, que “ninguém põe a mão” nos minerais brasileiros.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Lula e demais quadrilheiros estão pensando que irão conseguir dar um totó no galeguinho dos olhos azuis. 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula deve incluir Alckmin em conversa telefônica com Trump

Foto: RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve convidar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para acompanhar a sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo o chanceler Mauro Vieira, o encontro deve ser realizado por vídeo ou por telefone na próxima semana.

A ideia é de que, além de Mauro Vieira e do assessor especial da presidência, Celso Amorim, o vice-presidente também acompanhe a conversa, uma vez que ele tem capitaneado as negociações com os Estados Unidos relacionadas ao tarifaço.

Alckmin já se dispôs a viajar aos Estados Unidos para discutir o tema, caso o governo americano se dispusesse a negociar.

O governo brasileiro não espera que a reunião tenha potencial para derrubar o tarifaço americano. A expectativa é de que Lula, na reunião, reafirme a Trump que o Palácio do Planalto não tem poder de interferir no julgamento de Jair Bolsonaro.

A ideia é deixar claro aos americanos que o sistema judicial do Brasil é independente e destacar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve garantido o devido processo legal.

O governo brasileiro também deve reafirmar o pleito do setor produtivo de isentar a tarifa, por exemplo, sobre café e carne bovina. E acredita que os Estados Unidos devem reafirmar a defesa de que a tarifa sobre o etanol americano seja reduzida.

CNN – Gustavo Uribe

Opinião dos leitores

  1. Essa conversa tem que ser de presidente pra presidente, não se pode terceirizar esse tipo de contato entre dois presidentes.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Hospital federal faz transplante de rim em paciente errado em Natal

Foto: Divulgação

Um rim destinado a transplante foi implantado no paciente errado em uma cirurgia feita no HUOL (Hospital Universitário Onofre Lopes), em Natal. Em vez da pessoa que teria compatibilidade com o órgão e estava na fila de espera, outro paciente foi convocado e recebeu o órgão; por não ser compatível, houve rejeição.

O hospital faz parte da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e é administrado pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Em nota, o HUOL confirmou o caso e informou que está “apurando com rigor a ocorrência”. A data do procedimento não foi informada.

“Todas as providências cabíveis foram imediatamente adotadas, incluindo a notificação junto aos órgãos competentes, o acompanhamento clínico integral do paciente, suporte psicológico aos familiares e a abertura de processo interno para apurar responsavelmente toda cadeia de eventos que envolveram este transplante renal, com previsão de conclusão em 60 dias”, diz.

Segundo o Blog da Dina, que revelou o caso, o erro teria ocorrido porque os dois pacientes têm nomes semelhantes, e a pessoa chamada para receber o órgão acabou sendo trocada.

Após a cirurgia malsucedida, o órgão foi retirado e descartado, e o paciente que havia recebido precisou ser levado para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde segue internado.

A coluna questionou o hospital sobre o estado de saúde do paciente, sem retorno; a matéria será atualizada em caso de resposta.

Ainda de acordo com a nota, o hospital realiza transplantes desde 1998, com 854 procedimentos ao longo de sua trajetória e uma “equipe qualificada em tratamentos de alta complexidade”.

Como funciona a fila do transplante

A lista de espera por um órgão é única no país e gerida pelo Sistema Nacional de Transplantes. Ela não leva em conta apenas a ordem de chegada: a escolha de um paciente para receber um rim, por exemplo, é baseada em critérios técnicos de compatibilidade entre o doador e o receptor e parâmetros como urgência, gravidade do caso e tempo de espera.

A convocação de um paciente ocorre quando um rim compatível é captado com um doador. Nesse caso, a lista de potenciais receptores é avaliada, e a central de transplantes escolhe o paciente com maior pontuação para receber o órgão.

Outro critério levado em conta para um transplante é a proximidade do paciente do corpo do doador. Nesse caso, se avalia a distância e o tempo que o órgão pode ficar fora do corpo, além da logística de transporte, para garantir assim a maior chance de sucesso do procedimento.

Com informações do Blog do Dina e UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *