Está na Tribuna do Norte de hoje que quinze unidades da rede pública de saúde de Natal podem fechar as portas, a exemplo do que aconteceu com a maternidade Leide Morais, caso obras de reparo não sejam efetuadas urgentemente nesses locais. O alerta foi dado ontem pelo titular da secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cipriano Vasconcelos Maia, durante uma reunião da Comissão de Saúde, Assistência Social e Defesa do Consumidor na Câmara dos Vereadores. “São 37 unidades em estado de precariedade, destas, cerca de 15 precisam de reparos urgentes, senão, podem fechar as portas”, avisou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (24) que pretende discutir abertamente o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros durante a reunião que terá com o presidente americano, Donald Trump. “Eu espero que role o encontro. Vim com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução”, declarou Lula a jornalistas na Malásia, onde recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Nacional.
Lula negou que Trump tenha feito exigências prévias para o encontro e disse que o diálogo será direto: “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar tudo na mesa e buscar uma solução.” A reunião deve ocorrer no domingo (26), segundo o Itamaraty.
O governo americano anunciou em julho tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando práticas comerciais injustas e citando supostos ataques à liberdade de expressão no país. O comunicado da Casa Branca mencionou nominalmente o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado no inquérito do “Plano de Golpe”.
Apesar do tom duro, os EUA divulgaram uma lista de exceções que inclui centenas de produtos — entre eles suco de laranja e aviões da Embraer. A expectativa de Brasília é ampliar esse grupo ou conseguir uma suspensão temporária das tarifas enquanto durarem as negociações.
De acordo com fontes do governo ouvidas pela CNN Brasil, a diplomacia brasileira ainda não recebeu sinalizações da Casa Branca sobre novas condições para a reunião, mas o Planalto acredita que o diálogo direto entre Lula e Trump poderá abrir espaço para um acordo comercial mais equilibrado entre os dois países.
Economistas têm alertado para o aumento dos gastos públicos que ficam fora da meta fiscal, o que, segundo eles, compromete a credibilidade das contas públicas e passa ao mercado a impressão de que o governo não está totalmente comprometido com o equilíbrio fiscal.
De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, quase R$ 158 bilhões em despesas devem ficar fora das metas oficiais em três anos — valor suficiente para bancar um ano inteiro do Bolsa Família. Só em 2024, o governo gastou R$ 43 bilhões a mais do que arrecadou, mas registrou oficialmente um rombo de apenas R$ 11 bilhões, já que retirou da conta gastos com a reconstrução do Rio Grande do Sul e outras despesas emergenciais.
Para 2025, a IFI calcula R$ 47 bilhões fora da meta, incluindo o pagamento de precatórios e o ressarcimento a aposentados do INSS vítimas de descontos ilegais. Em 2026, esse número pode chegar a R$ 58 bilhões, com recursos para empresas afetadas por medidas comerciais dos EUA e gastos extras com as Forças Armadas.
O Ministério da Fazenda argumenta que a maior parte desses valores cobre dívidas herdadas de gestões anteriores, e que o governo Lula deve encerrar o mandato com indicadores fiscais melhores do que os dos últimos governos.
Mesmo assim, especialistas afirmam que o uso recorrente de exceções fragiliza a regra do arcabouço fiscal, criada em 2023. Para o diretor da IFI, Alexandre Andrade, a prática “pode refletir falta de compromisso com a sustentabilidade das contas públicas e ferir a credibilidade da política fiscal”.
A crise interna no PT ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24). O presidente do partido no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, acusou a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de utilizar a estrutura do governo federal para favorecer aliados e fazer “política particular”. A crítica foi feita em uma mensagem enviada a um grupo de contatos e obtida por jornalistas. A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do Metrópoles.
“Ministra Gleisi, pare de usar a máquina do governo federal para fazer política particular! Não vamos tolerar isso!”, afirmou Quaquá, em tom de desabafo. Ele também direcionou críticas ao deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) — namorado de Gleisi — e ao secretário especial de Assuntos Parlamentares, André Ceciliano (PT). Segundo o dirigente, ambos estariam usando cargos e influência política para fortalecer seus próprios projetos no estado.
“Aqui no Rio, o uso da máquina federal por Lindbergh e Ceciliano serve só a eles! Não falam sequer do Lula! Não organizam nada para fazer campanha para o presidente Lula e Eduardo Paes!”, escreveu Quaquá. O petista cobra mais articulação em torno do presidente e do prefeito carioca, que deve disputar o governo do estado em 2026.
As declarações de Quaquá escancaram o clima de tensão dentro do PT fluminense, que há meses enfrenta divergências sobre alianças e estratégias para as próximas eleições. Enquanto Gleisi e seu grupo defendem uma linha mais centralizada de atuação política, lideranças locais, como Quaquá, pedem maior autonomia e criticam o que chamam de “personalização do poder” dentro da sigla.
A doença renal crônica (DRC) segue crescendo de forma alarmante no Brasil e no mundo. Caracterizada pela perda lenta e progressiva da função dos rins, a condição costuma evoluir de forma silenciosa, dificultando o diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado. Estima-se que mais de 10% da população global tenha algum grau de DRC — o que representa cerca de 850 milhões de pessoas —, e no Brasil o problema já atinge mais de 170 mil pacientes em diálise, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
Os principais fatores que explicam esse avanço são o aumento dos casos de diabetes, hipertensão arterial e obesidade, somados a hábitos de vida pouco saudáveis, como má alimentação e sedentarismo. Muitos pacientes só descobrem a doença em fases avançadas, quando já surgem sintomas como inchaço, cansaço extremo e alterações urinárias. Nesse estágio, o tratamento se torna mais complexo e caro, exigindo sessões regulares de hemodiálise, diálise peritoneal ou até transplante. O impacto financeiro também é expressivo: o tratamento de pacientes renais consome bilhões de reais por ano do sistema público de saúde.
Apesar da gravidade, a DRC pode ser detectada e controlada precocemente com exames simples de sangue e urina, que medem a função renal e a presença de proteínas. Campanhas de rastreamento entre diabéticos e hipertensos têm se mostrado eficazes para identificar a doença antes que ela atinja estágios irreversíveis. Novos medicamentos, como os inibidores de SGLT2, inicialmente usados no tratamento do diabetes, também vêm mostrando resultados positivos na preservação da função renal e na redução de riscos cardiovasculares.
A prevenção, no entanto, continua sendo a principal ferramenta de combate. Evitar automedicação, reduzir o consumo de sal e ultraprocessados e adotar um estilo de vida ativo são atitudes que ajudam a proteger os rins. Com o número de pacientes em diálise crescendo ano após ano, especialistas alertam: se nada for feito, a doença renal crônica pode se tornar uma das cinco principais causas de morte no mundo nas próximas décadas.
A disputa pela sucessão de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) movimenta bastidores em Brasília e tem um protagonista inesperado: o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tenha anunciado oficialmente sua escolha, o petista sinalizou preferência pelo advogado-geral da União, Jorge Messias — movimento que encontra resistência dentro do Senado, inclusive entre aliados.
Diferente das indicações anteriores de Lula, quando o debate se limitou a aprovar ou não nomes como Cristiano Zanin e Flávio Dino, agora há uma articulação ativa pela indicação de um senador. Parlamentares do centrão e de partidos como PP, PSD e União Brasil defendem Pacheco como “ponte” entre os Poderes e figura capaz de reduzir tensões institucionais. Eles destacam seu papel durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e sua postura equilibrada na pandemia, em contraste com o negacionismo do então presidente Jair Bolsonaro.
Já entre a oposição, a rejeição a Messias é mais direta. Senadores de partidos como PL e Novo comparam o advogado-geral ao ministro Flávio Dino, chamando-o de “novo Dino” por considerarem sua atuação “ativista” e próxima ao governo. “Ele tem uma pegada de censura muito similar à do Dino”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que adiantou voto contrário à indicação. Há também o temor de que o Senado, pela primeira vez, rejeite um nome enviado pelo presidente da República.
Mesmo com o favoritismo interno de Pacheco, há quem defenda Messias como nome técnico e preparado. O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que Lula tem “convicção formada” e lembrou que a escolha é prerrogativa presidencial. Já aliados de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) afirmam que ele alertou o Planalto sobre o risco de derrota no Senado, caso o presidente insista em Messias. Ainda assim, Lula vê em Pacheco um nome estratégico para outro desafio político: disputar o governo de Minas Gerais em 2026.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou forte irritação com o anúncio de que a Caixa Econômica Federal pretende lançar sua própria plataforma de apostas esportivas, apelidada de “Bet da Caixa”. Surpreso com a notícia, Lula decidiu convocar o presidente do banco, Carlos Vieira, para uma reunião assim que retornar da viagem à Ásia, buscando explicações sobre a iniciativa.
O projeto foi revelado por Vieira na última segunda-feira (20), em entrevista ao site Money Times. Segundo ele, a plataforma deve ser lançada até o fim de novembro e tem projeção de arrecadar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões até 2026. O empreendimento já recebeu aval técnico da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, responsável por analisar se as empresas cumprem os requisitos formais para operar no setor.
A decisão, no entanto, desagradou Lula e parte do governo, que enxergam contradição entre o discurso crítico do Planalto em relação às apostas esportivas e a criação de uma casa de apostas por um banco público federal. Fontes próximas ao presidente afirmam que a medida pegou o Palácio do Planalto de surpresa e provocou desconforto político.
Desde o anúncio, a iniciativa tem sido alvo de críticas tanto da oposição quanto de vozes ligadas à esquerda, como a influenciadora e economista Nath Finanças. Paralelamente, o governo se prepara para reenviar ao Congresso um projeto que amplia a taxação sobre bets e fintechs, reforçando a posição de Lula de que o setor deve contribuir mais para a arrecadação pública.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (25) que o governo brasileiro ainda não recebeu nenhuma exigência formal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à redução ou retirada do tarifaço imposto contra o Brasil. Segundo Lula, o diálogo entre os dois países será o caminho para encontrar uma solução equilibrada. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, disse o petista, em Kuala Lumpur, na Malásia.
As declarações de Lula ocorreram após Trump afirmar que está “aberto a rever as tarifas” sobre produtos brasileiros, desde que certas condições sejam atendidas. O americano falou com jornalistas ainda a bordo do Air Force One, pouco depois de deixar Washington rumo à Malásia. “Sim, sob as circunstâncias certas, seguramente”, declarou, ao ser questionado sobre a possibilidade de flexibilizar o tarifaço.
O encontro entre Lula e Trump está previsto para este domingo (26), no Centro de Convenções de Kuala Lumpur, em um campo neutro escolhido para o diálogo entre os dois líderes. O presidente brasileiro ponderou que o acordo pode não sair de imediato, mas demonstrou otimismo com o avanço das negociações. “Espero que role. Vim aqui com disposição para que a gente possa encontrar uma solução”, afirmou.
As equipes diplomáticas dos dois governos ainda discutem detalhes sobre o formato da reunião e se haverá uma sessão aberta à imprensa. O entorno de Lula busca evitar situações de constrangimento público, mas auxiliares do Planalto afirmam esperar uma conversa cordial, como nas últimas interações entre os dois chefes de Estado.
O ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira (24) que uma eventual “intervenção externa” na Venezuela, em referência à ofensiva militar liderada por Donald Trump, pode gerar um grave desequilíbrio político no continente. Segundo ele, qualquer ação nesse sentido “criará um ressentimento imenso” e pode “incendiar a América do Sul”, agravando tensões regionais e ampliando crises como a dos refugiados.
Amorim destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende manter uma postura diplomática no encontro previsto com Trump, no domingo (26), na Malásia. O assessor ressaltou que Lula “não vai dar lições” ao líder americano e espera o mesmo em contrapartida. “É preciso haver diálogo e buscar pontos de convergência”, afirmou, defendendo uma solução negociada para a crise venezuelana e a manutenção da estabilidade política na região.
Durante passagem pela Indonésia, Lula também criticou a postura dos Estados Unidos e condenou as recentes operações militares no Caribe. “Você não pode simplesmente dizer que vai invadir outro país sob o pretexto de combater o narcotráfico. É preciso respeitar a Constituição das outras nações”, declarou o presidente, reforçando que espera discutir o tema diretamente com Trump.
As declarações coincidem com a escalada das ações militares americanas, que já resultaram em dez bombardeios e 43 mortes em supostas embarcações ligadas ao tráfico de drogas em águas internacionais. Nesta sexta, o Pentágono confirmou um novo ataque que matou seis pessoas e anunciou exercícios conjuntos com Trinidad e Tobago próximos à costa da Venezuela — movimento que aumenta a tensão política e militar no entorno do país governado por Nicolás Maduro.
Lula falou e se enrolou. Na Indonésia, disse que “traficantes de drogas são vítimas dos usuários também”. A frase viralizou — e não foi por bom motivo. A oposição não perdoou, e críticos viram mais uma prova do discurso frouxo do governo.
O governo correu para apagar o incêndio. Nesta sexta-feira (24), a Secretaria de Comunicação Social divulgou nota reforçando que o Brasil não tolera o tráfico. Em 2024, a Polícia Federal apreendeu R$ 7 bilhões em bens de criminosos, e a Polícia Rodoviária Federal confiscou 850 toneladas de drogas — recordes históricos.
As operações contra o crime organizado quase dobraram em dois anos: de 1.875, em 2022, para 3.393, em 2024. A nota cita ainda a PEC da Segurança Pública e outros projetos enviados ao Congresso, que, segundo o governo, visam “desmantelar as estruturas que alimentam o crime”. A prática, pelo menos, mostra resultado — ao contrário das palavras de Lula.
O presidente tentou se retratar nas redes sociais, chamando a frase de “mal colocada” e reforçando que mais importante que palavras são as ações. Citou os recordes em apreensão de drogas e as operações históricas. Mas o estrago já estava feito.
O ditador venezuelano Nicolás Maduro voltou a atacar os Estados Unidos nesta sexta-feira (24), acusando Washington de “inventar uma guerra eterna” enquanto aumenta sua presença militar no Caribe. Segundo ele, os americanos estariam rompendo promessas de paz e preparando confrontos na região.
Para se contrapor, Maduro anunciou a criação das Brigadas Internacionalistas Simón Bolívar, uma força de voluntários de todo o mundo para “defender a Venezuela pela independência, soberania e paz”. O chavista compartilhou vídeos nas redes sociais de apoiadores se preparando para a brigada, mas não deu detalhes de como será a operação ou quem vai comandá-la.
O alerta americano vem junto com a movimentação de um grupo de ataque de porta-aviões para o Caribe, incluindo o USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do mundo, movido a reator nuclear. A frota partiu da Europa por ordem do Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, mas ainda não se sabe onde exatamente será posicionada.
Analistas observam que Maduro usa a retórica de guerra para mobilizar apoio interno e regional, enquanto mantém o controle sobre o país. Até agora, Caracas não detalhou como funcionará sua brigada internacional, e o Departamento de Estado americano não comentou as declarações do ditador, aumentando a tensão militar no Caribe.
a quem interessa o fechamento das unidades de saude da prefeitura?
será que é para prejudicar mais ainda o gev. do estado?