A Apple foi vítima de um esquema de fraude nos EUA envolvendo a troca de iPhones falsificados por originais, resultando em um prejuízo de mais de US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 13,6 milhões). Dois homens, Haotian Sun e Pengfei Xue, ambos cidadãos chineses residentes em Maryland, EUA, foram condenados à prisão por seu envolvimento no esquema.
Entre 2017 e 2019, Sun e Xue, juntamente com outras duas pessoas, não identificadas, receberam milhares de iPhones falsificados de Hong Kong. Eles então falsificaram os números de série e IMEI desses aparelhos e os enviaram para lojas da Apple, provedores de serviços autorizados ou pelo correio, alegando que os dispositivos estavam com defeito e sob garantia.
A empresa, acreditando que as solicitações de reparo eram legítimas, substituiu os iPhones falsos por originais. Os golpistas então vendiam os iPhones genuínos obtidos de forma fraudulenta, lucrando com a diferença de preço.
Investigação e condenação
A fraude foi descoberta por um investigador da Apple que identificou que os números de série e IMEI dos iPhones falsos pertenciam a clientes reais. A análise de alguns aparelhos interceptados confirmou que eles continham componentes falsificados.
Sun e Xue foram presos e, após um julgamento de cinco dias, foram considerados culpados de conspiração por cometer fraude postal. Sun foi condenado a cinquenta e sete meses de prisão por fraude postal e Xue a cinquenta quatro meses por seis acusações de fraude postal. Ambos também foram condenados a três anos de liberdade condicional e devem pagar restituição à Apple. Sun deverá pagar mais de US$ 1 milhão e Xue cerca de US$ 400 mil.
Casos anteriores de fraude envolvendo a Apple
Este não é o primeiro caso de fraude envolvendo a Apple. Em 2023, dois irmãos foram condenados a quarenta e um meses de prisão por tráfico de milhares de iPhones e iPads obtidos ilegalmente. Eles e outros membros da família foram acusados de usar produtos falsificados da Apple para trocá-los por genuínos, causando um prejuízo de US$ 6,1 milhões à empresa (R$ 33,2 milhões).
Fonte: Estadão
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