Segurança

Argentina: ladrões rendem seguranças de banco e roubam 77 cofres

Pelo menos 77 cofres foram roubados no Banco Macro, na cidade argentina de Rosario, 400 km ao norte de Buenos Aires, informaram neste domingo fontes policiais. Segundo investigadores, participaram do assalto pelo menos oito pessoas. No sábado à noite, elas entraram no banco por uma claraboia no pátio traseiro, algemaram dois seguranças e dois funcionários da logística que estavam no local e arrombaram os cofres.

Os ladrões desligaram os sistemas de alarmes e permaneceram no banco de sete a 10 horas. O grupo também tentou, sem sucesso, ter acesso ao tesouro do banco.

Em comunicado, o banco afirmou que “os sistemas de segurança estavam ativos” no momento do roubo e especificou que os dispositivos são “detectores volumétricos, sísmicos, vigilância 24 horas e outros sistemas alternativos da mais moderna tecnologia”. O valor roubado não foi divulgado.

Fonte: Terra

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Esporte

Paulo Soares, icônico narrador e apresentador da ESPN, morre aos 63 anos

Foto: Reprodução/ESPN

Icônico narrador e apresentado da ESPN, Paulo Soares, mais conhecido como Amigão, morreu nesta segunda-feira, 29, aos 63 anos. A causa da morte não foi divulgada. O corpo do jornalista será velado em uma cerimônia reservada, às 13h, no bairro Bela Vista, na capital paulista.

Paulo Soares dedicou mais de 30 anos de carreira à ESPN e se destacou apresentando o programa SportsCenter ao lado de Antero Greco, morto em 2024 vítima de câncer.

Paulo Soares era conhecido pelo carisma, bom humor e pela forma leve com que conduzia as notícias esportivas. Ao lado de Antero Greco, formou uma das duplas mais queridas da televisão esportiva brasileira, criando bordões e momentos que marcaram gerações de fãs do esporte.

Natural de Goiânia, Amigão começou sua carreira no rádio antes de migrar para a televisão. Chegou à ESPN em 1994, pouco depois da criação do canal no Brasil, e se tornou uma das principais referências da emissora.

Estadão

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Mundo

Sob cerco do Ocidente, Putin expande diplomacia nuclear da Rússia

Foto: Mikhail Metzel/Sputnik/Reuters

Em sua busca pela manutenção da capilaridade global da Rússia em meio ao cerco do Ocidente, uma cortesia da invasão da Ucrânia em 2022, o presidente Vladimir Putin resolveu flexionar uma parte bastante intacta de sua musculatura econômica: a nuclear.

Desta vez não houve ameaças veladas ou abertas do recurso ao maior arsenal atômico do mundo como em diversos momentos do embate contra os aliados de Kiev, mas sim um grande evento centrado na gigante estatal russa do setor, a Rosatom.

Realizada em Moscou de quinta-feira (25) a este domingo (28), a Semana Atômica Mundial nominalmente celebrou os 80 anos da indústria nuclear do país de Putin, pioneiro em diversas tecnologias do setor quando ainda atendia pelo nome de União Soviética.

Mas o que ocorreu foi uma demonstração daquilo que já havia sido visto quando as sanções de Donald Trump empurraram o indiano Narendra Modi para sua primeira visita à China em sete anos, no mês passado, quando o premiê posou para felizes fotografias com Putin e o líder Xi Jinping.

Aqui, contudo, o show é do russo. Ao longo dos dois primeiros dias do evento em Moscou, foram assinados memorandos para a construção de quatro pequenas usinas no Irã, por US$ 25 bilhões (R$ 133 bilhões). O país persa, que vive sua briga particular com os EUA e Israel acerca de seu programa nuclear, já é cliente atômico da Rosatom.

Outro aliado próximo, Belarus, afirmou querer uma segunda planta nuclear russa no país e prometeu vender parte da produção energética para as regiões ocupadas por Putin no leste e sul da Ucrânia.

Continuando sua investida sobre a África, os russos também começaram negociações para construir uma usina na Etiópia e duas no Níger. Outro regime totalitário isolado pelo Ocidente, Mianmar, quer uma unidade também.

Não menos importante, um passo importante na construção da primeira usina nuclear da Turquia, membro da mesma Otan que apoia a Ucrânia e é cliente da Rosatom, foi transmitido ao vivo na abertura da festa russa.

Putin falou, na abertura da Semana, em combater o que chamou de “colonialismo tecnológico”, mas a realidade tem matizes.

“Hoje a Rosatom é a número um do mundo”, afirmou o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi. Voz independente em meio a simpatizantes claros das ofertas nucleares de Putin, o argentino buscou moderar um pouco o entusiasmo generalizado.

“Não basta ter dinheiro [para receber instalações atômicas], é preciso haver instituições prontas para lidar com isso, regulação e padrões de segurança”, disse, puxando a sardinha do papel da AIEA à brasa. “Todo mundo quer um SMR [sigla inglesa para Reator Modular Pequeno, usinas em miniatura]. Só que há 80 modelos, e talvez só 8 chegarão ao mercado.”

Mesmo o diretor-geral da Rosatom, Alexei Likhatchev, afirmou que o compartilhamento de tecnologia nuclear sempre gera questões acerca do risco de proliferação indevida de materiais do setor. Ao mesmo tempo, ele vê a ampliação do mercado como inevitável.

Os motivos são a qualidade verde da matriz, que na produção elétrica que lhe é central não emite carbono, apesar de outras etapas emitirem, e a demanda mundial por energia para aplicações de inteligência artificial.

A Rosatom é um colosso de mais de 400 mil funcionários em cerca de 400 subsidiárias. Responde por 20% da eletricidade consumida pela Rússia e pretende dobrar isso. Tem reatores em sete países e pedidos que somam R$ 1,1 trilhão em 11 nações.

Também lidera o estratégico mercado de urânio enriquecido, com 36% do setor, e é o terceiro maior fornecedor de combustível nuclear do mundo —sendo o principal ator nos EUA, que querem descontinuar a dependência até o fim da década.

Ainda assim, tudo isso manteve a Rosatom basicamente isenta das sanções ocidentais decorrentes da guerra com o vizinho —afinal, 20% de sua receita de R$ 222 bilhões em 2024 veio dos chamados “países não amistosos”, no léxico do Kremlin.

Isso não a isenta de críticas no Ocidente, claro. A empresa é parte central do esforço de Putin para manter sua economia viva na guerra, e é responsável justamente pela fabricação e manutenção de ogivas nucleares da Rússia. Ela inclusive testa armas novas, como o míssil de cruzeiro atômico Burevestnik, de complexo desenvolvimento.

A movimentação ajuda a manter Putin em uma posição de força, apesar de ele ser tachado de isolado pelo Ocidente, restando sempre saber qual será o comportamento da semana de Trump.

Folha de S.Paulo

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Educação

Sem direitos trabalhistas, professores temporários já são metade dos docentes nas redes estaduais

Foto: Divulgação/AEN

Um levantamento do Movimento Pessoas à Frente mostra que professores temporários trabalham, em sua maioria, sem garantia de licença-maternidade, estabilidade para gestantes, auxílio-alimentação nem licença para tratamento por acidente de trabalho ou por saúde. Em alguns casos, não recebem sequer 13º salário ou férias remuneradas.

Categoria formada por profissionais que não são concursados, os temporários costumam ser usados em funções específicas, como substituir professores efetivos que precisaram sair de licença ou para atender turmas recém-criadas, segundo o estudo.

O número de temporários, contudo, aumentou 37,7% entre 2014 e 2024 nas redes estaduais. Isso se deu, segundo especialistas, pelo menor custo de contratação, justamente pela ausência de uma série de direitos trabalhistas.

Atualmente, esse grupo já corresponde à metade dos docentes em sala de aula nas redes estaduais. Um panorama que levou a categoria a ganhar cada vez mais atenção de especialistas e gestores educacionais.

— Trabalhador temporário é necessário para a manutenção e qualidade da educação. Isso não significa que o estado ou município possa contratar apenas dessa forma. O atual número é excessivo — defende Israel Batista, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e consultor do Movimento Pessoas à Frente. — Além disso, é injusto pagar diferente a profissionais que fazem o mesmo trabalho. Não pode ter um professor “classe a” e outro que é “classe b”.

Recontratação sucessiva

O estudo “Dados e evidências para uma regulamentação nacional da contratação por tempo determinado”, elaborado pelos pesquisadores Felipe Drumond, Myrelle Jacob e Laís Montgomery, todos do Movimento Pessoas à Frente, mostra que professores contratados de forma temporária não estão incluídos no piso nacional do magistério, que é de R$ 4,8 mil por 40 horas semanais, em nenhuma unidade federativa no Brasil (26 estados e Distrito Federal). Em 17 delas, não há qualquer prazo de impedimento para a recontratação sucessiva de professores substitutos. Dessa forma, segundo um estudo do Todos pela Educação de 2024, 43,6% dos docentes ficam mais de 11 anos trabalhando nessas condições.

Além disso, apenas dez estados garantem licença-maternidade; e outros nove, a licença-paternidade. Somente dois asseguram estabilidade à gestante, enquanto três permitem licenças para tratamento por acidente de trabalho e nove para tratamento de saúde. São quatro os que oferecem auxílio-alimentação, e também quatro permitem repouso semanal remunerado. O levantamento mostrou ainda que 21 estados garantem férias remuneradas, e 20 asseguram o 13º salário.

— Esse professor chega na escola já em fevereiro, então não participa da formulação pedagógica do ano escolar, o que é muito ruim para o trabalho. E é difícil trabalhar bem, gerar no aluno a admiração pelo professor, quando este está preocupado com as contas no fim do mês — afirma Israel Batista.

Já Jessika Moreira, diretora-executiva do Movimento Pessoas à Frente, diz que o Brasil precisa de um marco legal que regulamente a contratação, pelo poder público, de profissionais temporários, com atenção especial ao caso dos professores:

— Entendemos que é urgente a criação de uma regulação nacional para os trabalhadores temporários, independentemente do setor em que ele atua. Trabalhador temporário não deve ser a regra, e nas ocasiões necessárias, não deve ser precarizado. Na educação, especificamente, há uma normalização da excepcionalidade, com o uso rotineiro e pouco controlado de vínculos temporários. O temporário deveria ser utilizado de forma planejada, para oferecer cobertura para ausências e atender necessidades específicas e transitórias. Porém, infelizmente não é isso o que acontece.

Na avaliação da pesquisadora, esse marco legal precisa estabelecer critérios claros do uso da contratação temporária e, sobretudo, garantir direitos mínimos aos trabalhadores. O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) já indicou que o tema deve constar em sua propsota de reforma administrativa, que está em tramitação na Câmara.

O Movimento Pessoas à Frente, no entanto, já havia construído um anteprojeto específico sobre o tema. A proposta não estabelece uma quantidade máxima de contratações temporárias, mas sugere a criação de regras mínimas obrigatórias para União, estados e municípios, estabelecendo critérios para contratação temporária como prazo, excepcionalidade e necessidade transitória.

— Além disso, a lei garantiria direitos mínimos, como licença-maternidade, adicional de férias e transparência na seleção dos profissionais. O texto propõe, ainda, a criação do Portal Nacional de Contratações Temporárias, com o objetivo de promover transparência, controle e acesso público aos dados — defende Jessika Moreira.

O Globo

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Geral

“Recolhido”, Tarcísio visita Bolsonaro pela 1ª vez após condenação

Foto: Pablo Jacob/Governo de São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visita nesta segunda-feira (29/9) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na prisão domiciliar em Brasília. Será o primeiro encontro entre os dois desde a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão por uma suposta tentativa de golpe de Estado, Supremo Tribunal Federal (STF).

A ida de Tarcísio até seu padrinho político na capital federal ocorre em meio a um recolhimento do governador nas últimas duas semanas, em que passou a focar agendas e discursos em questões locais de São Paulo, recuando do perfil presidenciável que vinha apresentando desde junho deste ano.

Após fazer diversos acenos ao bolsonarismo ao assumir o protagonismo das articulações pelo projeto de anistia que poderia beneficiar o ex-presidente e subir o tom nas críticas ao STF, acusando o ministro Alexandre de Moraes de “tirania”, Tarcísio optou por submergir e esfriar as especulações de que será candidato à Presidência da República em 2026.

Os movimentos do governador fizeram com que ele passasse a ser alvo de opositores e até mesmo da opinião pública, que enxergaram nas articulações um descolamento de Tarcísio da imagem de moderado. Ministros do STF também ficaram incomodados com a guinada radical do chefe do Palácio dos Bandeirantes.

Questionado sobre o encontro com Bolsonaro na última quinta-feira (25/9), Tarcísio negou que a reunião será para tratar sobre candidatura à Presidência da República ou anistia aos envolvidos em supostos atos golpistas.

“Eu vou visitar um amigo e prestar solidariedade a ele. É uma coisa que eu vou fazer sempre porque tenho preocupação e consideração com uma pessoa que sempre foi muito importante para mim”, desconversou Tarcísio.

Perguntado se Bolsonaro teria, enfim, dado o sinal de que o apoiaria como candidato para a disputa do Palácio do Planalto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarcísio refutou a ideia. “Não deu aval nenhum e eu sou candidato à reeleição. Não tem nada disso”, disse.

Metrópoles

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Geral

VÍDEO: Polícia prende dois e apreende carga de meia tonelada de drogas na Redinha

Vídeo: Via Certa Natal

Uma das maiores apreensões de drogas do ano foi registrada na noite deste domingo (28), na Redinha, zona Norte de Natal. Policiais da Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC) interceptaram uma Fiat Fiorino carregada com aproximadamente meia tonelada de entorpecentes.

A ação contou com o apoio de várias viaturas e mobilizou grande efetivo policial. Moradores relataram ter ouvido disparos de arma de fogo durante a operação. Dois homens foram presos em flagrante.

De acordo com as investigações, a droga seria transportada por meio de um barco que aguardava a chegada da carga na região. O destino final do material ainda não foi confirmado pela polícia.

O caso será investigado pela DENARC, que deve aprofundar as apurações para identificar outros envolvidos no esquema criminoso.

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Geral

Lula imita ditadura quando alega ‘defesa da soberania’ contra denúncia dos EUA

Foto: REUTERS/Adriano Machado

A lorota da “defesa da soberania”, usada por Lula (PT) no palanque contra o tarifaço e as sanções do presidente Donald Trump, é uma cópia tosca de caso semelhante ocorrido na ditadura militar.

Em 1977, o governo do general Ernesto Geisel chamou de volta a Brasília para “consultas” o embaixador em Washington, João Augusto de Araújo Castro, em reação – inútil, registre-se – a denúncias do Departamento de Estado dos EUA sobre graves violações de direitos humanos no Brasil.

Na época, o Departamento de Estado do governo Jimmy Carter (partido Democrata), denunciou perseguições, prisões ilegais, tortura etc.

O regime tachou o relatório americano de “interferência indevida na soberania nacional”. Exatamente como Lula contra o governo Trump.

Em razão dessas tensões, o governo Geisel abandonou em março de 1977 o Acordo de Cooperação Militar Brasil-EUA assinado em 1952.

Assim como Lula usa “soberania” de olho nas pesquisas, a ditadura fez a mesma alegação para não admitir que de fato violava direitos humanos.

Diário do Poder

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Geral

Fachin toma posse hoje como presidente e Moraes como vice no STF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Antônio Augusto/Secom/TSE

O ministro Edson Fachin toma posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (29). O ministro Alexandre de Moraes será empossado como vice-presidente.

A cerimônia de solenidade está prevista para começar às 16h e terá a presença de autoridades, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice, Geraldo Alckmin (PSB).

A solenidade terá um rito marcado por discursos, assinatura de posse e troca de cadeiras. Fachin e Moraes estarão no comando do STF durante o biênio 2025-2027.

Além de assumir o comando do Supremo, Fachin presidirá o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no mesmo período.

Rito de cerimônia

A solenidade de posse está prevista para começar às 16h. A sessão será aberta pelo atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e em seguida será executado o hino nacional. Depois será lido o termo de compromisso e o termo de posse para o cargo de presidente da Corte.

Na sequência, haverá a assinatura do termo de posse do novo presidente e a declaração de empossado ao cargo. A solenidade ainda prevê um cumprimento entre Barroso e Fachin e depois há a troca de lugares das cadeiras que compõem a Corte. O lugar do presidente fica no centro do plenário.

Sequencialmente, o novo presidente conduzirá a sessão e dará posse ao vice-presidente, Alexandre de Moraes, e deve se repetir os procedimentos de leituras, assinaturas e cumprimentos.

Já nas etapas finais, serão feitos pronunciamentos de Barroso, o PGR (Procurador-Geral da República) Paulo Gonet, o representante da OAB e novo presidente Edson Fachin, que encerrará a sessão solene.

Perfil discreto e institucional

Conhecido pelo perfil técnico e discreto, Fachin terá como missão conduzir o Supremo em meio a um cenário de forte tensão entre a política e o Judiciário.

Existe a expectativa de que o novo presidente imprima um estilo mais discreto e evite os holofotes midiáticos, diferente da gestão do ministro Luís Roberto Barroso. Fachin evita entrevistas, declarações à imprensa e participações em eventos de caráter político.

Pessoas próximas ao ministro acreditam que Fachin tende a seguir os passos da ex-presidente Rosa Weber, adotando uma conduta pautada pela discrição, pelo espírito colegiado e pelo respeito às normas institucionais.

No entanto, o ministro deve ser firme em pautar temas sociais e que avalia relevantes para o país. Em agosto, durante um seminário, Fachin afirmou que assumirá uma “responsabilidade institucional imensa” e disse que buscará o “equilíbrio” em sua gestão.

Já para esta semana, o ministro pautou para julgamento um recurso da Uber em que o Supremo vai analisar a relação de trabalho entre motoristas e a plataforma digital. O caso tem repercussão geral.

Fachin também marcou o caso do processo envolvendo o projeto da Ferrogrão, ferrovia que ligará o Pará ao Mato Grosso. Na ação, o PSOL questiona a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA), com a destinação da área suprimida pelo projeto ferroviário para escoar produtos agrícolas.

CNN

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Geral

Lula e PT viram obstáculos para Motta, Lira e Ciro Nogueira se posicionarem em 2026

Foto: Divulgação/Progressistas//AFP//Câmara dos Deputados

Acordos construídos pelo PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaçam o futuro eleitoral dos principais líderes do Congresso. Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), enfrentam dificuldades para fechar acordos políticos em seus estados.

Hoje, o cenário mais difícil se desenha nos casos de Lira e Ciro, que veem seus planos de candidaturas ao Senado esbarrarem na rivalidade com líderes regionais que são aliados de Lula. Em 2026, serão duas vagas por estado em disputa para a Casa.

Já Motta, com uma relação mais próxima do PT na Paraíba, está mais bem colocado para receber a bênção para emplacar o seu pai, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), como candidato a senador na chapa governista estadual.

Há, porém, forte concorrência de siglas aliadas, em processo no qual o partido de Lula pode favorecer outros nomes.

Lira quer neutralidade

Distante do presidente da República, Lira busca um acordo com o Palácio do Planalto e também com o bolsonarismo para que sua candidatura a senador não seja inviabilizada.

O MDB, forte no estado, tenta emplacar dois candidatos a senador, o que pode deixar Lira de fora e, além disso, há a possível entrada do deputado bolsonarista Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI do INSS, na corrida pela vaga, nome considerado forte para a disputa.

Diante disso, o governo Lula não fez nenhuma sinalização a Lira ainda e tem deixado o MDB, de quem é aliado, tomar as rédeas dos acordos.

Em pesquisas locais, a disputa ao Senado é liderada por Renan Calheiros (MDB), seguido por Davi Davino (Republicanos) e Gaspar. Lira só aparece em quarto.

O ex-presidente da Câmara é relator da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, pauta cara ao governo, e o seu partido, o PP, já indicou trabalhar para fazer mudanças no texto na direção contrária do que o Planalto desejaria, como mexer nos critérios de compensações fiscais.

Além disso, ele construiu acordo com bolsonaristas para destravar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que acabou arquivada no Senado.

Diante das dificuldades para concorrer a senador, é apontada a possibilidade de Lira tentar se reeleger deputado para depois articular a volta à presidência da Câmara em 2027. O deputado do PP descarta esse cenário.

— Não serei candidato a deputado federal e não tenho nenhum plano de voltar para a presidência da Câmara. Eu sou amigo do Hugo Motta, fui eleitor e principal articulador da eleição dele. Sou pré-candidato ao Senado. Davi Davino e Alfredo são aliados e não tem a possibilidade de sair Arthur, Davino e Alfredo (ao mesmo tempo para o Senado), nem tem espaço para isso — disse ao GLOBO.

Lira também apontou que é cedo e que até uma aliança entre o MDB e o PT pode mudar, a depender do cenário nacional. De acordo com ele, se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), for o candidato da oposição à Presidência, haveria um afastamento entre as duas siglas também em Alagoas:

— Essa contextualização do MDB com o PT vai muito além disso. Se Tarcísio sair candidato dificilmente o MDB fica com o PT.

O presidente do PT, Edinho Silva, diz que é cedo para avaliar as alianças nos estados e que isso não afeta a relação do partido do presidente Lula com as outras legendas no Congresso.

— Muita coisa ainda vai acontecer para já falar em alianças e consequências. Nenhuma aliança ainda foi formalizada. Só conversas. E muita conversa está por vir.

Por sua vez, um dos principais aliados de Motta e presidente do partido de Lira, Ciro Nogueira, é o único dos três que se classifica abertamente como oposição a Lula e ao PT. O senador se elegeu com o apoio do PT em 2018, mas migrou para o bolsonarismo e, sem estar na chapa governista, agora tem o futuro mais ameaçado.

Um acordo no Piauí fechado entre PT, PSD e MDB para as duas vagas para o Senado e para a vaga para governador dificulta os planos do presidente do PP.

Ciro é também quem mais tem articulado contra o governo. Ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele procurou influenciar na aprovação de pautas como a PEC da Blindagem e da anistia e também pressiona para que outros partidos do Centrão se unam em torno de um mesmo candidato contra Lula em 2026.

Com as dificuldades no estado, o senador tenta se projetar nacionalmente e se viabilizar como candidato a vice-presidente. Procurado, o presidente do PP disse que seu plano A é concorrer à reeleição a senador.

Algumas pesquisas locais mostram o senador Marcelo Castro (MDB) e o deputado Júlio César (PSD) à frente. Mas Ciro cita seus próprios levantamentos:

— Estou disparado nas pesquisas no Piauí para o Senado.

No caso de Hugo Motta, apesar da boa relação com o PT, a construção de um acordo ainda precisa passar por acertos. A montagem da chapa para senador tem provocado divergências.

Já há acordo adiantados, por exemplo, para o PP indicar o candidato a governador do grupo governista, que deve ser o atual vice-governador Lucas Ribeiro, e o PSB indicar uma das vagas ao Senado, com o governador João Azevedo.

Nabor Wanderley, pai de Motta, tenta ser candidato a senador na outra vaga, mas o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que vai tentar a reeleição, tem buscado Lula para um acordo, o que inviabilizaria o projeto da família de Motta.

Ter uma vaga no Senado é uma das metas do presidente da Câmara desde que ele foi reeleito deputado em 2022. Inicialmente o próprio Motta seria candidato a senador, mas o plano foi alterado depois que ele foi eleito presidente da Câmara. Agora, o pai assumiu essa missão.

A mais de um ano do pleito, Nabor já tenta arregimentar uma base de prefeitos para construir sua candidatura a senador.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Si o povo usa-se a consciência nem um dos três sem futuro desse eram pra si reeleger mas

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Geral

Entidade investigada em fraude do INSS continua a captar associados

Foto: Reprodução

A Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), segunda maior investigada na fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), continua a captar associados enquanto é investigada pela PF (Polícia Federal).

A entidade realizou um treinamento online no fim de agosto para novos vendedores. O objetivo é buscar associados que topem pagar R$ 37 mensais. Quem conseguir um novo cliente fica com 10% da mensalidade como comissão, o equivalente a R$ 3,70.

A Conafer apresenta seu público-alvo como pessoas “de baixa renda e baixa consciência de mercado”. São elas: agricultores familiares, ribeirinhos, quilombolas, povos originários. Trabalhadores informais, autônomos, idosos, mães, jovens, famílias de baixa renda e sem plano de saúde.

No seu site, a entidade lista diversos benefícios para seus clientes, como R$ 200 para a compra de remédios, R$ 1.000 em caso de morte acidental e sorteios de R$ 10 mil mensais, entre outros.

Na página, há depoimentos de supostos clientes. Uma pessoa identificada como Julio Cesar Pataxó diz que, como liderança indígena, se sente respeitado e valorizado na Conafer. “Eles nos apoiam com seriedade, fortalecem nossa cultura e garantem espaço de fala nos debates nacionais”, escreveu.

Uma foto acompanha o depoimento. Em uma busca pela imagem na internet, é possível encontrar o mesmo retrato nos perfis de redes sociais de pessoas identificadas como Pedro Augusto Francisco Neto, Jorge Andrade e Luiz Gustavo Ribeiro, entre outros.

O mesmo acontece com as fotos do agricultor familiar Ricardo R. Ramos e da empreendedora Anne Roberta.

Apesar das fotos falsas, a entidade afirma em seu site que tem mais de 70 mil afiliados ativos em todo o Brasil. Em carta publicada em suas redes sociais em junho deste ano, ela afirmou ter 597,2 mil associados com vínculo válido e vigente.

Procurada, a Conafer não respondeu.

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura o caso deve ouvir o presidente da entidade, Carlos Lopes, nesta segunda (29).

A Conafer é a segunda entidade com mais descontos associativos registrados no INSS, com R$ 484 milhões descontados entre 2019 e 2024, ficando atrás só da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que recebeu R$ 2,1 bilhões no período.

Após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, o INSS bloqueou todos os descontos automáticos nos benefícios previdenciários, o que gerou problemas de caixa para a Conafer. A solução foi buscar novos clientes.

Antes dos problemas financeiros, a entidade mantinha a Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural no Congresso. Ela pagava o aluguel da sede da frente, uma mansão no Lago Sul, e bancou gastos com café da manhã no lançamento do grupo de parlamentares, segundo informações obtidas pela Folha.

A vistoria do imóvel para a locação foi realizada em 28 de março do ano passado, e o lançamento da frente ocorreu menos de um mês depois, em 18 de abril.

A atuação da Conafer no Congresso ajudou a entidade a conseguir emendas parlamentares, que eram direcionadas ao Instituto Terra e Trabalho. Ao todo, foram R$ 14,5 milhões em empenhos em 2023 e 2024 a partir de emendas de seis parlamentares e duas bancadas. Desse total, R$ 9,3 milhões foram pagos.

Além disso, a instituição mantém uma segunda entidade que realizava descontos nas aposentadorias do INSS, a AAB (Associação de Aposentados do Brasil), que não está na lista de investigadas da PF.

Ela recebeu R$ 28 milhões em descontos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS entre agosto de 2024 e abril de 2025. Isso representa uma média mensal de R$ 3 milhões nesse período de nove meses.

Folha de S.Paulo

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Geral

Com indefinição de Barroso, Lula já avalia cenários para o STF

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Com a indefinição do ministro Luís Roberto Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já avalia cenários de indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) ainda no atual mandato.

Em entrevista à CNN, Barroso, que deixa nesta segunda-feira (29) a presidência da Suprema Corte, disse que fará um retiro espiritual em outubro para decidir se pedirá aposentadoria antecipada do posto de ministro.

A possibilidade de Barroso deixar o STF já havia sido informada ao presidente, que, para evitar ser surpreendido, dizem auxiliares presidenciais, começou a analisar alternativas caso tenha de indicar um nome.

O petista, segundo assessores do governo, tem deixado claro que não vai se antecipar, até por respeito ao magistrado, e que, portanto, só se debruçará sobre uma escolha caso se confirme a decisão de Barroso de se aposentar neste ano.

No Palácio do Planalto, porém, dois nomes são classificados como os favoritos do presidente para uma futura vaga à Suprema Corte: o do advogado-geral da União, Jorge Messias, e da ministra do STM (Superior Tribunal Militar) Maria Elizabeth Rocha.

Messias era a segunda opção de Lula para a vaga da ministra Rosa Weber. Para o posto, foi indicado o ex-ministro da Justiça Flávio Dino. Com 45 anos, Messias teria a vantagem de permanecer na Suprema Corte por trinta anos.

Além disso, é considerado um nome de confiança de Lula, com boa interlocução junto ao Senado Federal e com possibilidade de ganhar apoios até mesmo na oposição por ser evangélico.

Já Maria Elizabeth caiu nas graças do presidente por sua postura à frente do STM. Ela disse identificar crimes militares cometidos por Jair Bolsonaro e iniciou debate sobre a perda de patente do ex-presidente.

O nome da ministra tem a simpatia da primeira-dama Rosângela Silva, que defende um maior número de mulheres na Suprema Corte. Ela, no entanto, tem 65 anos. Ou seja, se indicada, ficaria apenas dez anos no posto.

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também é cotado pra uma vaga na Suprema Corte. O presidente, porém, prefere que o senador dispute o governo de Minas Gerais em 2026, com a possibilidade de ele ser indicado para o STF em futuras vagas.

Nesta segunda-feira (29), o ministro Edson Fachin assumirá o comando da Suprema Corte. Com perfil mais moderado e comedido, Fachin pode representar um contraponto a Barroso, mais afeito a declarações públicas.

CNN

Opinião dos leitores

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