Geral

“Às vezes, o cara não vê o vídeo pela música, mas pela menina rebolando. É difícil competir com a bunda”, diz Kiko Zambianchi, que celebra 35 anos de carreira

Kiko Zambianchi celebra 35 anos de carreira com show nesta terça (31), às 21h, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo – Foto: Bob Sousa – Blog do Arcanjo – UOL

Por Miguel Arcanjo Prado

Fotos Bob Sousa

Compositor de sucessos como “Rolam as Pedras”, “Eu te Amo Você” e “Primeiros Erros”, Kiko Zambianchi é um dos grandes ídolos da geração Rock Brasil dos anos 1980. Ele celebra em São Paulo seus 35 anos de carreira com o show especial “Bem Bacana Demais” nesta terça (31), às 21h, no Teatro Porto Seguro (al. Barão de Piracicaba, 740) com ingressos entre R$ 20 (meia balcão) e R$ 60 (inteira plateia).

O músico de 57 anos nascido em Ribeirão Preto conversou com exclusividade com o Blog do Arcanjo no UOL. Falou sobre sua chegada na efervescente capital paulista em 1983, de como foi se tornar uma estrela do rock e dá sua opinião sobre a música que faz sucesso atualmente no Brasil: “A gente ainda luta contra a sacanagem, a bunda. Às vezes o cara não vê o vídeo pela música, mas pela menina rebolando. É difícil competir com bunda”.

Miguel Arcanjo Prado – O que você prepara para este show de 35 anos de carreira?

Kiko Zambianchi — O público verá nossas músicas que fizeram sucesso comigo, outras que fizeram sucesso com outras pessoas e coisas novas também. Vamos ter participações especiais também, entre elas da minha filha Ana Julia Zambianchi. Vão ter vários estilos, porque nem tudo que faço é rock. Eu já compus pra Zizi Possi.

Miguel Arcanjo Prado – Você é de Ribeirão Preto e veio para São Paulo no auge do começo da cena do rock?

Eu vim para São Paulo em 1983, aos 23 anos. Fiquei sofrendo, porque eu era superpopular em Ribeirão Preto, conhecia todo mundo. Aqui, entrava nos lugares, e não conhecia ninguém. Foi um sofrimento! Aí eu fui morar em uma casa que tinham oito mulheres.

Miguel Arcanjo Prado – Era ‘A Casa das Oito Mulheres’ [risos]?

Kiko Zambianchi — Isso mesmo. Uma delas namorava o Rui Mendes, que virou o maior fotógrafo dos anos 1980 do rock’n’roll. E o Paulo Ricardo também ia muito lá. Ele nem era músico ainda. Ele era crítico da revista SomTrês. Comecei a conhecer o pessoal. Com oito mulheres na casa é claro que ia chover de homens, então, acabei conhecendo muita gente do rock’n’roll e conhecendo coisas novas. Passei a ir muito no Madame Satã, no Rose Bom Bom, no Radar Tantan.

Miguel Arcanjo Prado – Mas você já tinha a experiência de Ribeirão.

Kiko Zambianchi – Antes de eu vir para São Paulo, o primeiro show que toquei foi com o João Bosco, lá em Ribeirão. Teve uma festa da USP e o pessoal me falou que tinha o João Bosco. A gente ficou tocando até quatro e meia da manhã. Aí no outro dia ele me chamou para ir tocar com ele em Barretos. Eu fui e acabei tocando no meu primeiro show ao lado de uma grande figura, tocando percussão para o João Bosco.

Miguel Arcanjo Prado – O que você fazia lá em Ribeirão?

Kiko Zambianchi – Eu fazia som nas festas universitárias. Comecei a fazer festivais com 14, 15 anos. Eu ganhava vários festivais. Desde moleque o que eu gostava de fazer era música. Eu sempre fiz música.

Miguel Arcanjo Prado – Por que veio para São Paulo?

Kiko Zambianchi – Eu vim porque percebi que estava rolando uma cena do rock. Pensei: se essas pessoas estão acontecendo, eu posso acontecer também. Já estava com 23 anos e com quase dez anos de carreira [risos]. Então, eu vim. Em Ribeirão, com 17 anos era apresentado como o “veterano” em festivais.

Miguel Arcanjo Prado – Então você já veio confiante.

Kiko Zambianchi – Cheguei e fui contratado em um mês pela gravadora EMI. Mandei uma fita K7 C120, com os dois lados cheios de música inédita que eu tinha composto. Quando o cara da gravadora viu aquilo me contratou. Voltei para Ribeirão e contei para meu pai e ele não acreditava.

Miguel Arcanjo Prado – Como foi viver de música tão jovem?

Kiko Zambianchi – Quando me senti totalmente autônomo financeiramente foi antes de São Paulo, ainda em Ribeirão, com 16, 17 anos. Lembro que falei um dia: pai, estou indo para o Rio. Ele falou que não ia dar dinheiro, que eu não ia. Eu falei: não, pai, só estou avisando, vou com meu dinheiro. Eu tinha um primo no Rio e gostava muito de ir para lá, curtir a praia.

Miguel Arcanjo Prado – E em São Paulo logo você entrou na cena do rock?

Kiko Zambianchi – Foi rápido. Através dos amigos que fiz aqui que frequentavam a cena do rock’n’roll fui conhecendo todo mundo. Vi show do Ira, vi show do Titãs quando eles foram contratados, lembro do Paulo Ricardo parando no jornalismo e começando no RPM.

Miguel Arcanjo Prado – Quando você ficou famoso?

Kiko Zambianchi – Foi no final de 1984. Fiz “Rolam as Pedras” e não esperava tanto sucesso. Achei a música cabeça demais para o que estava rolando. Titãs era “Sonífera Ilha”, o Ultraje a Rigor era “Inútil”, o Paralamas era “Óculos e eu com “Rolam as Pedras”: “Vejo os sonhos livres, pais, irmãos e filhos, corpos tão estranhos aos meus…”. Na época até tive uma discussão com meu produtor, falando que a música era muito cabeça e não tinha a ver com o cenário. Mas, na verdade, a música refletia muito o que estava acontecendo no mundo em termos de rock’n’roll, porque o punk já estava caindo lá fora. O “Rolam as Pedras” tocou muito na rádio.

Miguel Arcanjo Prado – Como foi viver este momento de se tornar um ídolo do rock?

Kiko Zambianchi – Nunca me senti um rock star. Ainda hoje não tenho essa certeza que eu sou alguma coisa. Mas foi demais ouvir a primeira vez no rádio no final de 1984. Começou a tocar em Ribeirão Preto, todo mundo falando que viu minha música, aí começaram a rolar muitos shows . Até que eu fui para o Chacrinha, onde encontrei todos os caras que eu perturbava quando iam a Ribeirão.

Miguel Arcanjo Prado – Que encontro no Chacrinha foi marcante?

Kiko Zambianchi – Encontrei o Gilberto Gil no Chacrinha, e ele falou: Kiko, o que você está fazendo aqui? Eu falei, eu lancei uma música aí [risos]. O Gilberto Gil eu conhecia de Ribeirão. Quando ele tocou lá, fui no hotel dele e fiquei tocando com ele a tarde inteira. Ele depois falou no show dele de mim, que o povo devia me conhecer. Essas coisas que acabaram me dando, não a certeza, mas uma vontade de seguir na música.

Miguel Arcanjo Prado – Você falou do Chacrinha, que tinha essa característica genial de misturar tudo no programa dele. Você acha que falta esse espaço para a música hoje na TV, para deixar surgir coisas novas?

Kiko Zambianchi – Nos anos 1980, a TV brasileira tinha muita abertura para o rock e em um lugar muito popular, como o Chacrinha. Eu vejo que na época tinha uma cena de rock. Quase todas as novelas tinham rock’n’roll. A gente tinha o pai do Cazuza, o João Araújo, chefe da Som Livre. Isso foi primordial. O pai de um roqueiro estava na direção de uma empresa que era a única sócia da Rede Globo, o único sócio dos Marinho era o João Araújo. Ele começou a colocar o rock’n’roll nas novelas. As rádios passaram a tocar e se criou uma cena de rock no Brasil.

Miguel Arcanjo Prado – E as músicas do rock diziam coisas muito interessantes.

Kiko Zambianchi – A ditadura começou a deixar as pessoas falarem. A gente podia falar o que não estava gostando, era final da ditadura. Tivemos ainda discos censurados, como o da Blitz, que vinha riscado, uma coisa ridícula. Estava começando a abertura. Então, era um período de efervescência, de um novo rumo para a música, onde se procurava novos artistas para criar essa cena de rock. E essa era a diferença: a mídia apoiava. Estava tudo favorável. Lá fora teve o punk, depois o new wave. E foi a primeira vez que na história das rádios que se tocou mais música brasileira que estrangeira. Acho até que esse sucesso aqui preocupou lá fora.

Miguel Arcanjo Prado – Como você vê a atual cena musical?

Kiko Zambianchi – Os brasileiros colocaram as bananas de novo na cabeça, enquanto os gringos são os chiques. Voltou a ter o apelo folclórico, regional, na música brasileira. O rock brasileiro dos anos 1980 era uma música internacional. O Rock in Rio foi um exemplo disso, fazendo um intercâmbio entre o rock daqui e o de lá de fora. Muitos bons artistas estão aqui até hoje surgiu por essa busca por artistas de qualidade que houve nos anos 1980. Hoje está diferente, temos uma coisa mais imediatista.

Miguel Arcanjo Prado – Como você vê o domínio atual na música brasileira do sertanejo e do funk carioca?

Kiko Zambianchi – Se fosse sertanejo ainda estava bom. Mas são pessoas da capital e até cariocas que fazem sertanejo visando única e exclusivamente estourar e ganhar dinheiro. Tem gente que se propõe a fazer para sobreviver. Você vê muito sertanejo que gosta de rock’n’roll, está ali fazendo aquilo para sobreviver e ganhar dinheiro. Por outro lado vemos artistas que estão ali e de uma hora para outra podem desaparecer. Nos anos 1990 tivemos uma leva de artistas que tivemos de engolir todos os sábados e domingos, do mais baixo nível, que depois desapareceram e, junto deles, os fãs. O que não faltam são artistas bons de qualidade, compondo e fazendo coisas legais, não só no rock, como na MPB e em outros estilos, mas falta espaço, sobretudo na mídia.

Miguel Arcanjo Prado – Falta um João Araújo, um Boni, que banque novos artistas bons na TV e os transforme em ídolos da massa?

Kiko Zambianchi – Talvez. Uma coisa que nunca achei que fosse sentir falta é de um diretor artístico, que faça a seleção de quem é o quê. Nos anos 1980 a gente tinha a Gretchen e a Xuxa, mas não se esquecia de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Sempre tivemos esse lado popularesco, mas a gravadora tinha uma noção do que era um músico de carreira e o que era a música do momento. Tinha uma diferença grande neste sentido de perceber o que é uma coisa, o que é outra. Hoje em dia está tudo meio jogado. Você vê falar que alguns artistas são gênios e você vai ver o que são e acha meio estranho.

O músico Kiko Zambianchi conversa com o jornalista Miguel Arcanjo Prado – Foto: Bob Sousa – Blog do Arcanjo – UOL

Miguel Arcanjo Prado – O que acha do YouTube?

Kiko Zambianchi – O YouTube é muito legal para divulgar o trabalho, mas ao mesmo tempo, junto com o cara bom vem 400 mil ruins. Então, para você achar um cara legal vai ter de insistir e procurar muito. E geralmente o público procura o que é mais fácil, rápido e engraçado e aquilo ali toma espaço de muita gente boa, que poderia ser descoberta. A gente tinha de tomar cuidado porque hoje em dia qualquer um é repórter, qualquer um é artista, qualquer um é apresentador. E alguns levam a sério como se fossem famozaços. É uma faca de dois gumes, ajuda, mas também atrapalha. Tem de peneirar. É preciso procurar para achar artistas bons. E a gente ainda luta contra a sacanagem, a bunda. Às vezes o cara não vê o vídeo pela música, mas pela menina rebolando. É difícil competir com a bunda.

Miguel Arcanjo Prado – Qual sua visão das eleições neste ano? Quem você quer que ganhe e quem você quer que não ganhe?

Kiko Zambianchi – Antes eu até questionava bastante e achava isso, achava aquilo. Eu sinceramente agora acho que estamos ferrados. A solução seria não votar em nenhum político que está aí. É preciso procurar uma pessoa que nunca esteve na política. Mesmo se não for legal, pelo menos é novo, não já vai estar ainda fazendo parte daquela quadrilha. Eu acredito nisso: temos de tirar todo mundo que está lá e botar gente nova. Adoraria que o pais tivesse uma regra que, para ser político, você tivesse que ter pelo menos uma faculdade, uma especialização, porque é muita gente ignorante sendo colocada na política para depois virar manobra e moeda para pessoas de má índole e má intenção.

Miguel Arcanjo Prado – Qual a cara da sua música?

Kiko Zambianchi – Eu gosto de tudo. Eu não consigo me definir como isso ou aquilo. Gosto de compor principalmente, é o meu forte. Componho vários tipos de música e gosto disso. Você pode dizer que eu sou mais compositor do que cantor. Eu vou fluindo no que vem aparecendo. Eu tenho uma ideia e parto dela para fazer a música, não tenho preconceito nesse sentido. Eu tenho uma coisa meio espiritual, talvez, com a composição. Eu passo um pouco mal quando vou compor e não tenho uma composição igual. Componho reggae, rock, clássico, trilha. Eu gosto de várias coisas. Claro que tem gêneros que não são minha praia, não faço axé, sertanejo, pagode, mas faço MPB.

Miguel Arcanjo Prado — E funk?

Kiko Zambianchi – Esse funk que está aí para mim não é funk, é funk carioca. Não é minha praia também. O outro funk, tipos Motown, James Brown, eu gosto. Isso pra mim é funk.

https://blogdoarcanjo.blogosfera.uol.com.br/2018/07/27/kiko-zambianchi-faz-35-anos-de-carreira-e-dificil-competir-com-a-bunda/

 

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Saúde

Fila de espera para cirurgias eletivas passa de 1,2 milhão de pacientes na rede pública em todo o Brasil

Foto: reprodução/Rede Globo

Uma preocupação dos pacientes da rede pública é com a fila de espera para cirurgias eletivas. O Ministério da Saúde fez um acordo em março de 2023 com os 26 estados e o Distrito Federal para criar a fila nacional de cirurgias eletivas.

Até janeiro de 2024, o programa realizou quase 650 mil operações agendadas que não tinham urgência, quase um terço de catarata; 37 mil pessoas fizeram cirurgia para retirar a vesícula, um aumento de 19% na comparação com o período anterior.

Mas, se de lá pra cá a fila andou, a lista de espera ainda segue longa. O ano de 2024 abriu com mais de 1,2 milhão pacientes nessa situação.

A falta de médicos especializados nos hospitais públicos é mais crítica em alguns estados por causa da má distribuição dos profissionais pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos especialistas está concentrada no Sudeste do Brasil e há maior carência no Norte e no Nordeste.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que uma das prioridades do governo é dar uma rápida resposta ao que ela classifica de grandes vazios de especialistas no país, principalmente de anestesistas, cardiologistas e oncologistas.

g1/Jornal Nacional

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Geral

VÍDEO: “Ainda não superamos no Brasil o preconceito contra a iniciativa privada”, diz Luís Roberto Barroso

O presidente do STF Luís Roberto Barroso afirmou nesta segunda-feira (22) que “ainda não superamos no Brasil o preconceito contra a iniciativa privada”, durante um evento na Fundação FHC.

Barroso também disse que “nós ainda somos viciados em Estado”.

O ministro ainda foi além dizendo: “uma coisa que me chama imensa atenção no Brasil é quando uma empresa divulga seu balanço e teve lucro elevado, a manchete é negativa: ‘empresa teve tanto de lucro’. Como se isso não fosse bom para uma economia capitalista que precisa gerar emprego, que precisa gerar tributação, que precisa gerar aumento de renda na sociedade”, finalizou.

Com informações de Metrópoles

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Política

Ceará-Mirim: pré-candidatura de Antônio Henrique ganha as ruas

 

A movimentação de pré-candidatos tem acontecido em diversas cidades do Rio Grande do Norte. Em Ceará-Mirim, o pré-candidato pelo PSD, Antônio Henrique tem agendas variadas no município entre reuniões, comemorações e visitas aos distritos do litoral e zona rural.

Numa dessas oportunidades, o pré-candidato reencontrou Maria Cícera, a primeira babá que cuidou dele na infância em Ceará-Mirim. Antônio Henrique registrou a alegria do encontro nas redes sociais: “Fiquei muito feliz, obrigado pela surpresa”, escreveu.

No domingo, Antônio esteve na tradicional Feira das Cinco Bocas. Entre conversas com feirantes e clientes, o pré-candidato encontrou o prefeito Júlio César Câmara. Com índices positivos de aprovação, Júlio César tem sido um importante apoiador da pré-candidatura de Antônio Henrique.

“Estamos andando por todo município conversando com nosso povo, maior patrimônio de nossa cidade. E a receptividade de nossa pré-candidatura é um combustível a mais para que sigamos em frente”, disse Antônio Henrique. O pré-candidato complementou: “Muito me orgulha ter o apoio do prefeito Júlio e sei da responsabilidade. Estou certo que continuaremos trabalhando por Ceará-Mirim”, finalizou.

Opinião dos leitores

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Judiciário

STF mantém decisão que obriga Deltan a indenizar Lula por Powepoint

Foto: Agência Estado/Geraldo Bubniak

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta segunda-feira (22), um recurso contra a decisão que condenou o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) a indenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em R$ 75 mil pelo caso que ficou conhecido como “PowerPoint da Lava Jato”.

“A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário”, afirmou.

A ministra analisou um recurso de Dallagnol e da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Ao STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu anular a condenação do ex-deputado.

Em nota, a assessoria de Deltan disse que “o STF livra os corruptos e penaliza a Lava Jato”. Para o ex-deputado, a decisão do STF é “‘incrível’ porque contraria regra de obediência obrigatória estabelecida pelo próprio tribunal” de que “a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado, prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima o autor do ato”.

“E o que o STF faz? Fecha os olhos para sua própria regra cogente, quando se trata de favorecer o presidente Lula e prejudicar quem combateu a corrupção”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. O chefe mor Lula vai fazer aquele churrasco na Granja do Torto com essa granakkkkk

  2. Deltan, você não pode chamar o ex-presidiário de ladrão , que são alguns bilhões ou trilhões que esse cachaceiro, sumiu com sua quadrilha, nada, mixaria.

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Geral

Policiais Civis decidem deflagrar paralisação geral a partir desta terça-feira (23)

Foto: Sinpol/RN

Em Assembleia Geral na noite desta segunda-feira, 22, os policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram iniciar uma paralisação geral a partir desta terça-feira, 23.

“A governadora Fátima Bezerra considera os policiais civis medíocres, pois as propostas apresentadas pelo Executivo têm sido medíocres, que não reconhecem e nem valorizam todo o trabalho que essa categoria tem feito pela Segurança Pública”, comenta Nilton Arruda.

Na tarde desta segunda, mais uma rodada de negociação foi realizada com a equipe do Governo. Na ocasião, o SINPOL-RN e demais entidades aguardavam uma sinalização em relação à proposta de 10% que havia sido aprovada pelos Policiais Civis na última sexta-feira e seria avaliada pelo Comitê Gestor do Estado.

“No entanto, o Governo veio com nova proposta de apenas 5.3%, mais uma vez retrocedendo e desrespeitando os Policiais Civis. Dessa forma, a categoria chegou ao limite e decidiu adotar uma atitude mais dura de luta”, destaca o presidente do SINPOL-RN.

A partir das 8h desta terça-feira os policiais civis devem se concentrar em frente à Central de Flagrantes, em Natal. A categoria também pretende fechar as unidades da PCRN para que a categoria esteja mobilizada.

98 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Os policiais deveria ter cobrado da governadora, quando Bolsonaro era preso, os Estados tinha dinheiro em caixa, agora com essas gastatancias, tá difícil a governadora encontrar fonte pra dar aumento

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Brasil

Lula já gastou 1 ano e meio em viagens internacionais nos 3 mandatos

Foto: Ian Jones/Buckingham Palace

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já viajou 1 ano e meio em seus 3 mandatos, somados. Segundo levantamento do Instituto Teotônio Vilela, quando voltou da Colômbia na última quarta-feira (17), Lula completou 545 dias passados no exterior em viagens presidenciais. Eis a íntegra.

Na atual gestão, Lula já passou 74 dias viajando para o exterior. Ou seja: em 15 meses de governo, o presidente já passou 2 meses e 14 dias trabalhando fora do Brasil. A marca, porém, ainda fica bastante distante do recorde anual de Lula: 92 dias –mais de 3 meses– no exterior, em 2009. Pesa, também, o fato de Lula ser o único presidente a ter o 3º mandato.

O levantamento obtido com exclusividade pelo Poder360 mostra que o petista viajou para fora do país 246 vezes enquanto presidente da República desde que assumiu o cargo pela 1ª vez, em 2003. A soma considera as viagens internacionais nos 2 mandatos de 2003 a 2010 e, na atual gestão, até 17 de abril de 2024.

A pesquisa é parte da iniciativa Farol da Oposição, encabeçada pelo PSDB, para municiar políticos tucanos com dados do governo federal.

Nenhum outro presidente brasileiro viajou tanto para o exterior. Comparando a agenda externa dos 5 presidentes da República que o país teve ao longo dos últimos 30 anos, Lula ganha com folga.

De 1995 até 2024, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula, Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) passaram, ao todo, 1.166 dias fora do país. Desse total, 46,7% foram de viagens feitas por Lula, o que representa quase todos os períodos dos demais presidentes somados.

Poder 360

Opinião dos leitores

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Política

Depois de atrito com Padilha, Lula recebe Lira no Alvorada

Foto: Reuters/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou a sós com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no início da noite de domingo (21). O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada.

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Geral

RN registra alta de 27% no número de medidas protetivas entre janeiro e março de 2024

Foto: Depositphotos

Segundo dados do Tribunal de Justiça do Rio do Norte (TJRN), entre janeiro e março de 2024, foram concedidas 1.601 medidas protetivas em todo o Estado, o que significa uma média de 17 por dia.

Comparando com o primeiro trimestre de 2023, com 1.259 medidas, o aumento foi de 27,16%. Além disso, o mês de janeiro apresentou o maior crescimento do trimestre, saltando de 488 no ano passado para 626 medidas em 2024, significando alta de 28,27%.

O juiz Fábio Ataíde, diretor da Coordenadoria Estadual da Mulher do Tribunal de Justiça do RN, enfatizou a preocupação com o descumprimento dessas medidas, declarando que, de acordo com os relatos dados pelas mulheres assistidas pelo tribunal, “cerca de 998 homens descumpriram a medida legal desde 2020 até hoje”.

Apesar de reconhecer esse número como significativo, ele ressalta a necessidade de maior controle das medidas protetivas.

Diante do cenário de crescimento de concessão deste mecanismo de proteção e da necessidade de se acompanhar de perto as vítimas, somada à preocupação com a repetição dos episódios violentos, o TJRN lançou o projeto “E-mulher: Vigilância para a Paz”, visando monitorar agressores reincidentes ou que violem medidas protetivas.

O juiz revelou que a reincidência dos casos é central para os trabalhos de proteção das mulheres. “Uma das características da violência doméstica é a repetição. Outra é que ela tanto se perpetua no tempo, o que, ao contrário das outras formas de violência, faz com que as vítimas sofram muitas vezes. Por isso, a repetição é tão importante para a violência de gênero”, explicou.

Dados da violência

Dados da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine) revelam que os casos registrados de descumprimento de medida protetiva aumentaram em 20,8% no Estado, no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023.

Em números absolutos, foram registradas 325 ocorrências entre janeiro e março deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado, foram registrados 269 casos. Outro dado importante destacado pelo levantamento do Judiciário potiguar é o aumento de 70% nos casos de tentativa de feminicídio, que passou de 10 para 17 ocorrências.

Com informações de Novo Notícias

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Geral

Haddad nega ataque hacker ao sistema de pagamentos do governo e diz que usuário cadastrado foi quem acessou a rede

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), negou que o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) tenha sofrido um ataque hacker. O ministro informou que o que houve foi um problema de “autenticação” de um usuário já cadastrado.

“Olha, a informação que eu tenho é parcial, de que o problema não é do Siafi, o problema não é do sistema. O problema provavelmente foi de autenticação, de acesso. Então, é isso que está sendo apurado. Como é que alguém teve acesso tendo sido autenticado? Ou seja, não foi uma ação de um hacker que quebrou a segurança. Não foi isso, foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e, obviamente, que está rastreando para chegar nos responsáveis”, disse Haddad a jornalistas.

VEJA TAMBÉM: PF investiga ataque ao sistema de pagamentos do governo

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Geral

Moraes manda X se manifestar em 5 dias sobre descumprimentos de decisão judicial apontados pela PF

Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou ao X (antigo Twitter), plataforma comandada por Elon Musk, que se manifeste sobre os descumprimentos de decisão judicial que lhe foram atribuídos pela Polícia Federal. A empresa tem 5 dias para responder, segundo despacho do magistrado do sábado (20).

De acordo com relatório da PF anexado ao inquérito que tem Musk como alvo, o X autorizou transmissão de conteúdo ao vivo de investigados com perfis bloqueados por determinação da Justiça.

Entre essas páginas, estão as de Allan dos Santos, do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e dos comentaristas Paulo Figueiredo Filho e Rodrigo Constantino. As transmissões aconteciam a partir de links colocados logo abaixo da descrição dos perfis bloqueados.

Ao responder questionamentos dos agentes federais antes do envio do relatório a Moraes na sexta-feira (19), o X no Brasil havia afirmado que “não houve habilitação do recurso de transmissão ao vivo (live) relativamente às contas e perfis objeto das ordens de bloqueio ou suspensão”.

A rede também informou à PF que bloqueou ou suspendeu 161 contas por ordem do STF e 65 por determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo a representação do X no país, as contas só foram restabelecidas quando houve ordem expressa neste sentido.

De 2019 a 2024, contabiliza a empresa, foram recebidas 88 ordens judiciais de bloqueio e/ou suspensão de contas oriundas do Supremo; no caso do TSE, 29 decisões.

Folhapress

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