Segurança

Ataques criminosos a carros-fortes crescem 53% no Brasil; região nordeste lidera ranking

O número de ataques criminosos a carros-fortes cresceu 53% no Brasil no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. É o que aponta levantamento feito pelo G1 com base em dados da Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp).

O país teve 75 ataques a carros-fortes de janeiro a junho de 2018 em 17 estados. No mesmo período do ano passado foram 49 ocorrências e, nos primeiros seis meses de 2016, foram 22 ações. Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram como são esses ataques.

Ataques a carros-fortes no Brasil no 1° semestre (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/ G1)

O levantamento revela ainda que, nos últimos dois anos, a região Nordeste do país é a que vem acumulando mais casos de roubos e tentativas de assalto a carros-fortes.

Foram 34 ataques nessa região em 2016, 56 ações em 2017 e essa tendência persiste em 2018, quando, de janeiro a junho, quadrilhas armadas com metralhadoras e fuzis atacaram 46 carros-fortes.

As quadrilhas que atuam no Nordeste têm sido chamadas de “novo cangaço”, numa alusão ao antigo bando de Lampião, por atacarem os veículos que passam por estradas cortando o sertão.

Ataques a carros-fortes no Brasil por região ano a ano desde 2016 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)

Nas outras regiões do país também houve um aumento significativo de ataques ao longo de três anos, mas reforçando a dinâmica: a região Sudeste aparecendo em segundo lugar no acúmulo de casos, seguida da Sul, Centro-Oeste e Norte.

Foram mais 13 ocorrências na Sudeste, 11 ações na Sul, três ataques na Centro-Oeste e dois no Norte em 2018.

No âmbito dos estados, São Paulo e Bahia tiveram mais casos no primeiro semestre de 2018: cada um teve dez registros, entre roubos e tentativas de assalto a carros-fortes.

Ataques a carros-fortes e bases operacionais no 1° semestre de 2018 no Brasil (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/ G1)

O que pode explicar o aumento

O consultor em segurança pública José Vicente da Silva Filho aponta a “facilidade” dos criminosos em conseguir roubar o dinheiro dos veículos e a “deficiência” das polícias em identificar e prender essas quadrilhas.

“O principal motivo é que é muito fácil. O principal objetivo de qualquer bandido é o dinheiro vivo. O dinheiro vivo está nos veículos de transporte de valores”, diz Silva Filho, que já foi secretário Nacional de Segurança Pública e é ex-coronel da Polícia Militar (PM) de São Paulo. “Como esse recurso é muito farto, dinheiro é farto, através de uma ação um pouco mais espetaculosa, em termos de armamento pesado, esses fatos vão acontecendo.”

“Nós temos uma deficiência da polícia para identificar esses grupos, então há uma tendência de expansão nesse tipo de crime”, aponta Silva Filho.

O especialista afirma ainda que São Paulo e Bahia concentram mais ataques por causa da estruturação das quadrilhas que agem nesses territórios. “Quando há uma concentração desse crime, muito específico, podemos cogitar da existência de grupos organizados que não estão encontrando resistência por parte do trabalho da polícia, principalmente da polícia de investigação.”

 

Ataques a carros-fortes na Bahia no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)

Ataques a carros-fortes em São Paulo no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)

Ataques a bases

Em 2016, havia mais ataques a prédios das empresas de transporte de valores no Brasil do que a carros-fortes. Foram registrados sete casos de invasão a bases.

Há dois anos, Ruben Shechter, diretor presidente da Associação Brasileira de Transportes de Valores, se reuniu com as empresas e secretarias de segurança públicas estaduais para adotar medidas preventivas de segurança e tentar reduzir os ataques às bases. As empresas investiram R$ 400 milhões em segurança nos últimos cinco anos, segundo a ABTV, que, alegando questões estratégicas de segurança, não divulga detalhes do que foi feito.

Em 2017, os ataques a transportadoras de valores caíram para três casos. E neste ano ocorreram duas investidas a bases – uma no dia 6 de fevereiro em Eunápolis, na Bahia, e outra no dia 1° de abril em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

“Em função dessa ação positiva em relação a bases de transporte de valores, a gente percebe uma migração das tentativas de assalto a carros-fortes”, afirma Shechter.

Ataques contra bases operacionais e carros-fortes (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)

Violência e mortes

Além de usar explosivos para roubar o dinheiro dos veículos, a violência dos assaltantes tem deixado vigilantes mortos e feridos nos confrontos. Levantamento do G1 a partir de dados da ABTV e Contrasp aponta que ao menos dez vigilantes foram mortos e outros 51 ficaram feridos durante ataques a carros-fortes e bases entre 2017 e o primeiro semestre deste ano.

“Em 2018, nós já tivemos quatro mortes de companheiros vigilantes que perderam a vida transportando numerário nessas estradas em todo país”, lamenta João Soares, presidente do Contrasp.

Há relatos ainda de policiais e até de pedestres que morreram ou se machucaram durante os ataques. Apesar de alguns grupos que atacam carros-fortes terem sido presos, outros continuam soltos devido à dificuldade das polícias em identificá-los. Muitos usam máscaras, por exemplo.

Tráfico de armas

Para a ABTV, a redução dos ataques passa pelo maior controle do tráfico de armas, que é feito pela Polícia Federal (PF) nas fronteiras e, paralelamente, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas e pelas forças de segurança nos estados.

“A atuação das autoridades tem sido bastante eficiente no sentido de identificar e utilizar meios de inteligência para coibir ações”, admite Schechter, presidente da ABTV, que, no entanto faz uma ressalva. “Mas ainda existe muito trabalho a ser feito: o controle de armas, o controle do tráfico de armas, o controle mais rígido de explosivos”.

Criminosos usam armas de guerra para intimidar seguranças (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/ G1)

Enquanto criminosos usam metralhadora .50, capazes de derrubar aeronaves, fuzis e explosivos, que abrem ao meio um carro-forte, vigilantes tentam se defender com um revólver 38 e escopetas calibre 12.

De acordo com Silva Filho, a solução para se reduzir os ataques a carros-fortes está numa medida, que ele considera mais inteligente. “O dinheiro, se for destruído cada vez que for tentar manipular os malotes, simplesmente os assaltos vão desaparecer”, conta o especialista. Ele cita, por exemplo, o uso de um dispositivo com tinta para manchar as notas.

O que dizem os órgãos de segurança

O G1 procurou as assessorias de imprensa da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e também das secretarias de seguraça de São Paulo e da Bahia – os estados que mais concentraram ataques neste ano. Veja a resposta dos órgãos:

SSP-SP

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a 5ª Divisão de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio (DISCCPAT), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, “realiza ações constantes visando coibir os crimes de assaltos a carros-fortes.”

Ainda segundo a pasta da Segurança de São Paulo, “as ações realizadas permitiram a redução de 50% dos casos neste ano em relação ao mesmo período ano passado. Além disso, o trabalho policial possibilitou a queda de 75% dos ataques a bases de transporte de valores e de 85,7% dos sequestros de funcionários das empresas de transportes no ano passado em comparação com 2016.”

De acordo com a SSP, “outro fator importante que contribuiu para a queda dos casos foi a prisão de duas pessoas, em Itupeva [interior do estado], e de oito homens, integrantes de uma quadrilha especializada, em novembro do ano passado, na Zona Leste” de São Paulo.

SSP-BA

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a maior parte das estradas por onde os carros-fortes passam não tem fiscalização policial porque as empresas não informam as rotas e horários de trânsito dos seus veículos. “Eles se negam a dar as informações, com a alegação de que a polícia pode vazar para bandidos”, informa nota da assessoria.

PF

Por meio de nota, a PF informou que “com relação ao tipo de crime citado, a Polícia Federal, como polícia judiciária da União, apura os crimes de roubos de repercussão interestadual e internacional, bem como aqueles praticados contra o patrimônio da União, a exemplo de empresas públicas.”

Segundo a PF, “dessa forma, a investigação de roubo a carros-fortes, em regra, não é de atribuição da Polícia Federal. Nossas investigações, nesse sentido, têm como foco o combate a facções criminosas e ao tráfico de armas.”

PRF

A Polícia Rodoviária Federal não se posicionou sobre o aumento de casos de ataques a carros-fortes até a publicação desta reportagem.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Mas não, vamos proibir o cidadão de bem de se defender. Vamos deixar que apenas os bandidos tenham uma .50. É a bananalandia.

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Geral

Lula liga para Cristina Kirchner e presta apoio após condenação

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou, nesta quarta-feira (11/6), para Cristina Kirchner para prestar solidariedade. Nessa terça-feira (11/6), a Suprema Corte da Argentina rejeitou um recurso apresentado pela ex-presidente do país e confirmou a condenação dela por corrupção.

“Telefonei hoje no final da tarde para a companheira Cristina Kirchner e manifestei toda a minha solidariedade. Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil. Notei, com satisfação, a maneira serena e determinada com que Cristina encara essa situação adversa e o quanto está determinada a seguir lutando”, escreveu o petista na rede social X.

Cristina Kirchner foi condenada por administração fraudulenta pelo período em que comandou a Argentina, entre 2007 e 2015. A decisão da Suprema Corte confirma duas decisões anteriores, a primeira de 2022 e a segunda de 2024, no Caso Vialidad.

A ex-presidente da Argentina foi condenada por conduta ilícita na gestão de projetos de obras públicas na província de Santa Cruz, um reduto político da família dela.

Metrópoles

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Mundo

[VÍDEO] Avião com 242 passageiros cai durante decolagem na Índia

Vídeo: Reprodução

Um avião comercial da Air India, com 242 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação, caiu nesta quinta-feira durante a decolagem no Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, na Índia. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra que o Boeing 787-8 ainda estava com o trem de pouso aberto e explodiu logo após tocar o telhado de casas em uma área residencial.

A aeronave, segundo o jornal inglês The Sun, era um Boeing 787‑8 Dreamliner e seguia com destino a Londres. O acidente ocorreu por volta do início da tarde (entre 13h e 14h no horário local), nos arredores de Meghani Nagar, nas proximidades do aeroporto, durante a manobra de decolagem.

De acordo com o portal local India Today, o avião transportava 242 pessoas, incluindo 230 passageiros e 12 tripulantes. Imagens do local mostram chamas e uma densa nuvem de fumaça negra se elevando sobre a área; ao menos sete caminhões‑tanque de bombeiros foram deslocados para conter o incêndio.

Equipes de emergência, incluindo bombeiros, ambulâncias e viaturas policiais estão no local. As vias próximas foram interditadas para facilitar resgate e atendimento. Até o momento, não há confirmação oficial sobre vítimas ou ferimentos graves.

Em nota, a empresa Air India disse que:

‘O voo AI171, operando Ahmedabad-Londres Gatwick, envolveu-se em um incidente hoje, 12 de junho de 2025. Neste momento, estamos apurando os detalhes e compartilharemos novas atualizações o mais breve possível’

O Globo

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Geral

[VÍDEO] Gilmar Mendes confessa admiração pelo modelo de censura da China

Vídeo: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta quarta-feira (11) que todos os integrantes da Corte admiram o “regime chinês” comandado por Xi Jinping. O decano citou a filosofia econômica de Deng Xiaoping, popularmente conhecida como “teoria do gato”, para defender a possibilidade da presença estatal na entidade que pode atuar na fiscalização das redes sociais.

O ministro Cristiano Zanin defendia a criação de uma entidade privada pelas próprias plataformas para moderação de conteúdo, quando foi interrompido pelo colega. “Eu provoquei um pouco esse tema. Eu não me animo muito a tentar definir a natureza dessa entidade. Acho que é um consenso entre nós de que é preciso uma entidade. Isso é fundamental”, disse Gilmar.

“Um pouco na linha, nós todos somos admiradores do regime chinês, né, do Xi Jinping, né, que diz assim: ‘A cor do gato não importa, o importante é que ele cace o rato’. E essa coisa do público e do privado”, acrescentou. Em seguida, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, esclareceu que a frase citada por Gilmar é de Deng Xiaoping, criador do chamado “socialismo de mercado”, que governou a China entre os anos 1970 e 1980.

O atual regime, comandado por Xi Jinping, utiliza um rigoroso sistema de controle estatal da comunicação na China, especialmente em relação às redes sociais. Plataformas como Google, Facebook e YouTube são banidas, e o TikTok local (Douyin) opera sob regras estritas de censura e vigilância.

Para Gilmar, há uma dificuldade na classificação de entidades privadas que podem atuar na regulação das redes sociais. “É muito difícil hoje saber bem a natureza de várias entidades, considerando os modelos hoje existentes. Então, as próprias agências, já se falou aqui, muitas vezes são alvo de captura por parte do mercado que elas deveriam regular, mas o fundamental é achar um bom meio é um instrumento”, disse o ministro.

Mais cedo, o ministro Flávio Dino sugeriu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) atue como órgão fiscalizador da atuação das plataformas enquanto o Congresso não aprova uma lei de regulação das redes. Ele também introduziu o conceito de “falha sistêmica” – ou seja, as plataformas não seriam punidas por casos isolados, mas por tolerarem uma repetição de conteúdos ilícitos.

Zanin defendeu uma “postura mais cuidadosa” dos provedores de aplicações de internet” em relação aos conteúdos que circulam nas redes sociais diante do “crescente impacto” das plataformas no “debate democrático e do grande potencial de afetação de direitos fundamentais”.

Gazeta do Povo

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Geral

Lançamento de uma Nova Associação Médica do Rio Grande do Norte: Uma Nova Era para a Medicina Potiguar

Foto: Reprodução

A Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN) lançou oficialmente sua nova identidade visual e institucional em um evento grandioso realizado no Hotel Holiday Inn Natal, nesta quarta-feira (11). O lançamento marca o início de uma nova fase para a entidade, que completa quase um século de história e compromisso com a medicina e a sociedade potiguar.

O evento contou com a presença de 200 convidados, entre autoridades, médicos e parceiros, que puderam prestigiar a apresentação da nova marca da AMRN, desenvolvida pela Armação Propaganda sob a liderança do publicitário Jener Tinoco. A nova identidade visual representa uma ampliação de horizontes e uma abertura para novas conexões com os médicos e a sociedade, mantendo a tradição e a história da instituição.

Durante o evento, os representantes das empresas patrocinadoras – BYD, Ecocil, Oyo e Prudential – destacaram a importância da parceria com a AMRN e o compromisso com a saúde e o bem-estar da população potiguar. Além disso, a Associação Médica Brasileira (AMB) apresentou os novos benefícios nacionais que passarão a beneficiar os médicos associados à AMRN.

A programação incluiu ainda homenagens aos ex-presidentes da AMRN e à colaboradora mais experiente da instituição, Maria Hélia Faustino Rocha, que dedicou 37 anos à entidade. O presidente da AMRN, Dr. Itamar Ribeiro Oliveira, destacou a importância do evento e convidou todos os presentes a se juntarem à nova AMRN.

Com o lançamento da nova identidade visual, a AMRN reafirma seu compromisso com a medicina potiguar e se prepara para enfrentar os desafios do presente e do futuro, fortalecendo a classe médica e promovendo a saúde e o bem-estar da população.

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Geral

Aeroporto internacional de SP tem pousos e decolagens interrompidos por presença de drones

Foto: Eliezer dos Santos/TV Globo

O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, teve seus pousos e decolagens interrompidos na noite desta quarta-feira (11) por conta da presença de drones. Segundo informações da GloboNews, ao todo, as movimentações foram paralisadas por 46 minutos.

O helicóptero Águia, da Polícia Militar, recebeu o acionamento para a ocorrência, mas não confirmou a presença de drones na pista.

De acordo com a GloboNews, a torre de controle fez o primeiro contato sobre o incidente com um voo da Latam às 22h42. Às 23h17, as decolagens foram liberadas. Contudo, por volta das 23h28, o aeroporto foi fechado por mais 11 minutos.

Em vídeo divulgado pelo canal do Youtube “Aviação Guarulhos JPD” e enviado ao g1, é possível ouvir o momento em que a torre de controle avisa para os pilotos aguardarem porque drones foram vistos próximos a pista. Isso acontece às 22h43.

“A administração acabou de informar que visualizou cerca de três drones”, diz. “A gente está aguardando um posicionamento”.

Por volta das 22h51, um piloto questiona a torre se há alguma atualização. “Ainda não comandante”, responde um funcionário.

Por volta das 23h, o Águia chega ao local e conversa com a torre. Às 23h15, a torre é avisada pelo helicóptero que nenhum drone foi localizado no setor de pousos.

“Eu vou iniciar as decolagens novamente no aeroporto, ok?”, responde o funcionário da torre.

As atividades foram retomadas por volta das 23h40, mas passageiros que não conseguiram decolar ainda estão no aeroporto tentando remarcar a passagem.

Michel, passageiro que iria embarcar para Vitória, no Espirito Santo, relata que teve o seu voo remarcado com partida do Aeroporto de Congonhas, às 6h30 desta quinta (12) e foi acomodado em um hotel em Mogi das Cruzes.

G1

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Geral

Espera por Lula atrapalhou articulação do governo, avaliam parlamentares

Foto: Evaristo Sa/AFP

Após retornar de viagem à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu duas vezes com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na terça-feira (10), para finalizar os detalhes da Medida Provisória (MP) que propõe alternativas ao decreto que elevou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

As medidas apresentadas já vinham sendo negociadas com os presidentes da Câmara e do Senado desde o último domingo. No entanto, a demora em submeter o texto à análise de Lula criou um vácuo político, segundo parlamentares da base governista, que acabou sendo ocupado pela oposição, fortalecendo críticas ao governo.

Esses mesmos parlamentares avaliam que a centralização das decisões no presidente atrasa a articulação política e prejudica o andamento das negociações com o Congresso Nacional. De forma reservada, ministros admitem que Lula tem conduzido medidas econômicas com pouca agilidade, dificultando a construção de consensos.

A situação se agravou ainda mais na quarta-feira (11), quando lideranças do PP e do União Brasil, partidos que possuem ministérios, se manifestaram publicamente contra as propostas do governo.

As alternativas apresentadas, que envolvem aumento de tributos para compensar a perda de arrecadação com o IOF, foram rejeitadas pelas duas siglas, que devem fechar questão contra o texto do executivo.

O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, criticou duramente a estratégia do governo:

“Taxar, taxar, taxar não pode e não será nunca a saída. É preciso cortar despesas. Se o governo não assumir sua parte e apresentar propósitos reais de enxugar essa máquina pesada e pouco eficiente, nós não vamos aceitar entregar essas contas ao brasileiro.”

A reação dos partidos evidência, segundo parlamentares, a crescente dificuldade do governo Lula em equilibrar responsabilidade fiscal com sua agenda de gastos sociais.

CNN

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Economia

Decreto tira IOF fixo do risco sacado e deixa cobrança diária

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O novo decreto do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) amenizou a incidência do tributo nas operações de risco sacado. Apesar disso, a modalidade continua com os impostos mais altos. O texto retirou a cobrança fixa, mas deixou a taxa diária. Entenda:

  • decreto original – cobrança fixa de 0,95% mais taxa diária de 0,0082%;
  • como ficou – passa a incidir só a carga de 0,0082% ao dia.

Risco sacado é uma operação financeira em que uma empresa antecipa o pagamento a fornecedores por meio de um banco, que assume o risco de crédito. A ideia é melhorar o fluxo de caixa do fornecedor para beneficiar o comprador com prazos maiores.

Logo que a equipe econômica liberou o decreto original, o risco sacado foi uma das modalidades com mais reações negativas. O setor produtivo criticou a medida e foi apoiado pelo Congresso. Apesar disso, o Ministério da Fazenda não derrubou a norma por inteiro.

O novo decreto foi publicado na noite desta 4ª feira (11.jun.2025). O texto ameniza parte do que o governo queria inicialmente.

A estimativa é que a arrecadação extra com o novo decreto seja de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões em 2025.

As outras mudanças do decreto incluem:

Crédito a empresas

  • decreto original – pessoas jurídicas teriam cobrança fixa de 0,95% mais taxa diária de 0,0082%, com diferenças para o Simples Nacional;
  • novo decreto – cobrança fixa de 0,38% mais taxa diária de 0,0082%, sem diferenciação para pequenos negócios.

Previdência Privada

  • como era – isenção em operações de até R$ 50.000 por mês por CPF, somando todas as seguradoras. Se ultrapassar, a incidência de 5% sobre o total aportado no mês.
  • como ficou – até o final de 2025, o piso é de R$ 300 mil ao ano (R$ 25.000 ao mês). Taxa de 5% considera o excedente. O valor isento a partir de 2026 é R$ 600 mil ao ano (R$ 50.000 ao mês).

FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios)

  • decreto original – não trazia essa cobrança explícita;
  • novo decreto – cobra 0,38% sobre aquisição primária de cotas de FIDC, inclusive por bancos.

A MP Fiscal não foi bem recebida pelo Congresso, mesmo depois do esforço de Haddad de ir à residência oficial da Câmara para apresentar aos presidentes da Casa Baixa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e a líderes da base do governo, a proposta alternativa ao aumento do IOF.

Na Câmara, o clima é de desaprovação. Na 2ª feira (9.jun), 1 dia depois da reunião que durou mais de 4 horas, Motta disse que o Congresso não tem “compromisso” em aprovar a MP.

O fluxo seguiu o mesmo no Senado. Mais cedo, a oposição criticou o aumento de impostos. Em nota encabeçada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), o grupo diz que as medidas de Haddad “comprometem o investimento de longo prazo no Brasil”.

Poder 360

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Brasil

‘Nem todo o aumento de imposto é ruim’, diz Miriam Leitão

Foto: reprodução

Em seu comentário diário sobre economia na rádio CBN, do grupo Globo, a jornalista Miriam Leitão declarou que “nem todo o aumento de imposto é ruim”, referindo-se à proposta do governo Lula de tributar as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

“É aumento do imposto? É. Mas nem todo o aumento de imposto é ruim. Às vezes, o aumento de imposto — como foi com os fundos offshore e os fundos exclusivos, que tiveram aumento — é bom. Foi bom por quê [nesses dois casos]? Foi bom porque não tinha nenhuma razão de esses fundos terem aquele privilégio”, disse Miriam, durante seu comentário na última terça-feira.

O governo Lula decidiu tributar LCI e LCA como medida alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado há duas semanas, mas rechaçado pelo Congresso Nacional.

“Será que uma aplicação financeira pode não pagar imposto?”, disse Leitão, “um instrumento financeiro que não paga nenhum imposto não faz sentido.”

As LCIs e LCAs são papéis de renda fixa emitidos para financiar o setor imobiliário e o agronegócio e por isso são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. Graças a isso, a rentabilidade desses dois títulos se tornou muito interessante para pequenos e médios poupadores.

Na proposta do governo, os dois papéis deverão passar a pagar um imposto de 5%.

As associações que reúnem empresas do agronegócio e do setor imobiliário já se manifestaram contra essa medida, salientando que isso poderia aumentar o custo dos produtores rurais e dos imóveis.

Revista Oeste

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Brasil

VÍDEO: PESQUISA FUTURA/VEJA: Lula seria superado por Bolsonaro além da margem de erro se eleições fossem hoje; veja números

 

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Uma publicação compartilhada por Exame (@exame)


A pesquisa Futura Inteligência divulgada nesta quarta-feira, 11, mostra que, se as eleições de 2026 fossem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria superado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, para além da margem de erro.⁣

Lula aparece com 39,9% das intenções de voto contra 48,4% de Jair Bolsonaro.

O levantamento mostra ainda que 20,2% consideram o trabalho do petista regular, e 1,2% não sabe ou não respondeu sobre o governo do petista.

Os dados mostram uma recuperação da avaliação do governo após atingir o seu pior patamar do mandato no levantamento divulgado em março. A aprovação ao trabalho do petista subiu cinco pontos percentuais, enquanto a negativa caiu 5,9 pontos percentuais.

Apesar da melhora, essa é a quinta vez que a avaliação negativa fica numericamente acima da positiva na série histórica da pesquisa, que conta com nove rodadas.

Nos recortes demográficos, as mulheres, pessoas entre 45 a 59 anos e quem recebe até um salário mínimo são os únicos grupos em que a porcentagem de ótimo e bom é superior a de ruim e péssimo.

Homens, moradores do sudeste, pessoas entre 25 a 34 anos e quem recebe de dois a cinco salários mínimos são os grupos com maior percentual de avaliação negativa.

O Nordeste, tradicional reduto petista, tem mais pessoas rejeitando a gestão de Lula do que aprovando.

Este é o primeiro levantamento que sinaliza um alívio na queda de popularidade do governo. Outras pesquisas, divulgadas no início deste mês, mostraram que a crise do INSS e a falta de resultados concretos do governo resultaram em patamares negativos com a opinião pública.

A pesquisa Futura entrevistou 1.001 brasileiros adultos entre os dias 2 e 4 de junho de 2025. A margem de erro do levantamento é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

Aprovação de governadores é maior que de Lula

A pesquisa mostra ainda que avaliação de governadores é superior ao do presidente Lula. Os chefes de executivos estaduais aparecem com 47,5% de avaliação positiva na média geral, quase o dobro da aprovação do trabalho de Lula.

Preocupação com saúde aumenta

O levantamento mostra que a preocupação do brasileiro com a saúde aumentou nos últimos meses, de 32,7% para 38,8%, e segue na liderança. Outro assunto que os entrevistados afirmam que demanda maior atenção do presidente Lula é a segurança. Cerca de 12% citaram o tema, o terceiro da lista. Educação é o segundo tema mais citado, com 14,7% das citações.

Em contrapartida, a preocupação com inflação diminuiu em relação ao levantamento de março e chegou a 10%. A pesquisa ainda revela que temas como rodovias e infraestrutura são menos citados, com apenas 1,3% e 1,5%, respectivamente.

Exame

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Política

Em discurso na Câmara, líder do PL chama Haddad de “burro”

O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou o ministro Fernando Haddad e o chamou de “burro” em discurso no plenário da Casa. O parlamentar de oposição saiu em defesa de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), que se envolveram em confusão com o chefe do Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (11/6).

Sóstenes, em discurso, criticou alegação do ministro, em que colocou dúvidas sobre o número de visualizações de um vídeo de Nikolas Ferreira sobre uma suposta taxação do Pix. Durante audiência, Haddad afirmou que não há 300 milhões de pessoas que falam português no mundo.

“O Haddad é literalmente um analógico, não tem condições de ser ministro da economia. Segunda coisa, ele falar que não tem 300 milhões de pessoas que falam português no mundo. Agora, o Haddad também não sabe somar? Por quê? Porque é burro. É burro”, disse. “É só somar todos que falam português no Brasil e no mundo, que ele vai chegar à soma de 300 milhões de pessoas”.

Haddad esteve em reunião conjunta da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), na Câmara dos Deputados.

Diante da discussão entre governistas e oposição, a reunião foi encerrada pelo presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Rogério Correia (PT-MG).

Metrópoles 

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