
Pivô da crise de candidaturas de laranjas, o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) se diz perplexo com a diferença do tratamento que vem recebendo em comparação ao do ministro Marcelo Alvaro Antonio (Turismo).
“Eu estou recebendo tratamento com perplexidade. Quem dispensa o tratamento é que tem que explicar os seus motivos”, diz, ao reclamar da diferenciação.
Responsabilizado por transferências de recursos públicos a candidatos laranjas do PSL, Bebianno afirmou ter recebido a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que será exonerado na segunda-feira (18).
A demissão de Bebianno, ainda não oficializada pelo Palácio do Planalto, é discutida após ele ter sido chamado de mentiroso por Bolsonaro.
O presidente negou ter mantido conversas com seu auxiliar na última semana e disse, ao ser questionado sobre as investigações, que o chefe da Secretaria-Geral poderia “voltar às origens”.
Tanto Bebianno quanto Alvaro Antonio se tornaram alvo de suspeita após a revelação pela Folha de candidaturas de laranjas do PSL nas eleições de 2018.
“No caso de Minas Gerais, do Marcelo Alvaro Antonio, por que que eu não sou culpado então?”, perguntou.
Bebianno é apontado como responsável pelas transferências por ter presidido o PSL entre janeiro e outubro de 2018. Ele nega irregularidades e diz desconhecer os candidatos suspeitos.
O ministro também questiona o fato de ser apontado pelas candidaturas de laranjas em Pernambuco, mas não por fatos correlatos em Minas Gerais.
Como revelou a Folha em 4 de fevereiro, Alvaro Antônio patrocinou um esquema de candidaturas de fachada em Minas, que também receberam recursos volumosos do fundo eleitoral do PSL nacional e que tiveram votações pífias. Parte do gasto que elas declararam foram para empresas com ligação com o gabinete de Álvaro Antônio na Câmara.
Na semana seguinte, outra reportagem da Folha mostrou que o grupo do atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018. Tanto Bivar quanto o então presidente do diretório de PE, Antônio de Rueda, culparam Bebianno pela liberação dos recursos.
Passadas duas semanas desde a publicação das candidaturas, Bolsonaro não se fez nenhuma manifestação pública sobre o caso do ministro do Turismo.
Ele foi exonerado no dia 6 de fevereiro, em despacho assinado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. O ato, porém, teria sido apenas formalidade para que ele tomasse posse como deputado federal. Álvaro Antônio foi reeleito em 2018 com a maior votação do estado, com 230.008 votos.
Neste sábado (15), em Minas Gerais, Alvaro Antonio negou que haja relação entre os dois casos.
“Não vejo relação de uma coisa com a outra. A questão do Bebianno está sendo resolvida, quem decide é o presidente da República, e a minha questão é completamente separada. O presidente é quem vai decidir”, afirmou ele durante visita a Brumadinho (MG).
Folhapress
#ContaBebiano
Tudo podre…!!!
Todos farinha do mesmo saco. Bando de indecentes! Quero saber se algum deputado ou senador do RN vai ser a favor dessa sacanagem chamada reforma da previdência.
Não existe ética entre bandidos.
Muita lama ainda sairá desse esgoto cheio de laranjas, fakes e milicianos disfarçados de homens de bem.
Quem viver verá que o Brasil está sendo literalmente vendido a preço de banana, sendo entregue aos interesses externos.
Era isso que os debiloides queriam?
O problema é que em PE Bebiano entregou 400 a somente uma pessoa, em MG foi bem menos e distribuído com vários candidatos, logo o Bebiano não tem como justificar. Já em MG, é justificável, porque todos os partidos fazem essa mesma distribuição em valores, às vezes 100 vezes maiores. Poderia até comparar com os outros partidos, pra o povo ter como referência. O valor com todos os partidos ficou em alguns bilhões de reais. Mais uma vez estão cobrando valores que não chega a 1% do valor entregue para a farra dos políticos. Meio estranho cobrar de quem gastou o mínimo. Já é a 2a vez que cobram responsabilidade de quem manipula com menores valores.