Polícia

Brasil é governado por um bando de maluco, diz Lula em 1ª entrevista na prisão

Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

O ex-presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (26), em entrevista exclusiva concedida à Folha e ao jornal El País, que o Brasil está sendo governado por “um bando de maluco”.

Depois de uma batalha judicial na qual a entrevista chegou a ser censurada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), decisão revista na semana passada pelo presidente da corte, Dias Toffoli, o petista enfim recebeu os dois veículos, em uma sala preparada pela Polícia Federal na sede do órgão em Curitiba, onde está preso desde abril do ano passado.

Os agentes explicaram aos jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas presentes que ele seria colocado em uma mesa a uma distância de 4 metros de todos. Ninguém poderia se aproximar.

Segundo a PF, eles estavam cumprindo um protocolo de segurança comum a todos os presos.

Em duas horas e dez minutos de conversa, o ex-presidente falou da vida na prisão, da morte do neto, do governo de Jair Bolsonaro, das acusações de corrupção que sofre e da possibilidade de nunca mais sair da prisão.

“Não tem problema”, afirmou, ele quando questionado sobre a possibilidade. “Eu tenho certeza de que durmo todo dia com a minha consciência tranquila. E tenho certeza de que o [procurador Deltan] Dallagnol não dorme, que o [ministro da Justiça e ex-juiz Sergio] Moro não dorme.”

Reservou ao ex-magistrado, o primeiro que o condenou pelo caso do tríplex de Guarujá, algumas de suas principais ironias. “Sempre riram de mim porque eu falava ‘menas’. Agora, o Moro falar ‘conje’ é uma vergonha”, afirmou. Lula disse também acreditar que “Moro não sobrevive na política”.

Já sobre o presidente Jair Bolsonaro, não foi tão taxativo. Apesar de várias críticas, afirmou que “ou ele constrói um partido sólido, ou não perdura”.

Lula disse que a elite brasileira deveria fazer uma autocrítica depois da eleição de Bolsonaro. “Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso”, afirma.

E comparou o tratamento que a imprensa dá a ele com o que reserva ao atual presidente da República.

“Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família?”, questionou, referindo-se ao fato de o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ter empregado familiares de um miliciano foragido da Justiça em seu gabinete quando era deputado estadual pelo Rio.

O ex-presidente chorou quando falou da morte do neto Artur, de 7 anos, vítima de uma bactéria, há um mês: “Eu às vezes penso que seria tão mais fácil que eu tivesse morrido. Eu já vivi 73 anos, poderia morrer e deixar o meu neto viver”.

Lula disse ainda que, se sair da prisão, quer “conversar com os militares” para entender “por que esse ódio ao PT”, já que seu governo teria recuperado o orçamento das Forças Armadas.

Disse que acompanha a briga de Bolsonaro com o vice-presidente, o general Hamilton Mourão. Mas afirmou que era “grato” ao general “pelo que ele fez na morte do meu neto [defender que ele fosse ao velório], ao contrário do filho do Bolsonaro [Eduardo]”, que afirmou no Twitter que Lula queria se vitimar com a morte do menino.

Afirmou que o país tem hoje “o mais baixo nível de política externa que já vi na vida”. E disse, em tom de brincadeira, que o ex-chanceler de seu governo, Celso Amorim, tem uma dívida por ter deixado o atual chanceler, Ernesto Araújo, seguir carreira no Itamaraty.

Questionado sobre Fernando Henrique Cardoso (PSDB), disse que o ex-presidente poderia “ter um papel de grandeza e mais respeitoso com ele mesmo, não comigo”.

O ex-presidente falou ainda da necessidade de diálogo entre partidos de esquerda. E comentou o episódio em que o senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão de Ciro Gomes, afirmou em um encontro do PT: “Lula está preso, babaca!”. O petista disse que não ficou chateado pois está mesmo preso. “Isso é uma verdade. Só não precisava chamar os outros de babaca”, disse, rindo.

Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá. Ele está preso desde abril de 2018, depois de ter sido condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), a segunda instância da Justiça Federal.

Na última terça-feira (23), em decisão unânime, a Quinta Turma do STJ reduziu a pena do ex-presidente e abriu caminho para ele saia do regime fechado ainda neste ano. O tribunal manteve a condenação do petista, mas baixou a pena de 12 anos e 1 mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias.

O petista já foi condenado também no caso do sítio de Atibaia (SP) —a 12 anos e 11 meses pela juíza Gabriela Hardt, na primeira instância em Curitiba, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O caso, porém, ainda passará pela análise do TRF-4.

O pedido de entrevista com o ex-presidente passou por um vaivém de decisões judiciais. Em julho de 2018, a juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena de Lula, barrou a realização da entrevista, afirmando não haver previsão constitucional que dê ao preso direito de falar com a imprensa.

Após reclamação ao STF (Supremo Tribunal Federal) feita pela Folha, o ministro Ricardo Lewandowski autorizou em 28 de setembro que a entrevista fosse realizada em Curitiba. A liminar, porém, foi derrubada no mesmo dia pelo ministro Luiz Fux, também do Supremo. Ele julgou pedido do partido Novo, que alegava que o PT apresentava Lula como candidato à Presidência da República, desinformando os eleitores. ​

O petista foi impedido de concorrer na eleição presidencial devido à Lei da Ficha Limpa, que barra candidaturas de condenados em segunda instância, e acabou substituído por Fernando Haddad, também do PT.

Ao suspender a entrevista, Fux determinou ainda que, caso já tivesse sido realizada, sua divulgação estaria censurada. A liminar de Fux foi revogada no último dia 18 pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Já nesta quinta-feira (25), véspera da entrevista, a Polícia Federal tentou modificar a decisão do STF, permitindo que jornalistas de outros veículos assistissem à entrevista, conduzida pela Folha e pelo jornal El País, autores da ação judicial no Supremo.

Lewandowski, no entanto, barrou a presença de jornalistas que não sejam da Folha e do El País e considerou a iniciativa da PF uma “franca extrapolação dos limites da autorização judicial em questão”.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Pode chamar os governantes de malucos, mas nunca de ladrões, sendo assim tá ótimo.

  2. Saudades dos comentários de Mundão, mas já identifiquei 3 nomes com o mesmo perfil de comentários
    Força mundão vc consegue….

  3. Pior foi quando era uma cambada de ladrões. Deixe de inveja barbudo molusco cacheiro ladrão de peia

  4. Foi politico, ninguem é melhor que ninguem, tudo farinha do mesmo saco, tanto faz Lula, como Bolsonaro, Rodrigo Maia e a PQP. condenar alguem pra inocentar seu fulano. Tai a reforma da previdência, o presidente querendo comprar os deputados pra aprovar. A pratica que ele condenava ontem, hoje quer fazer a mesma coisa, no minimo um hipocrita, ta mais pra um falso moralista.

  5. Sanidade mesmo tinha a Dilma! Mulher de discurso objetivo, prático, lógico, coerente! Kkkkkkkkk… Mesmo assim, ainda agradecemos pela sua incompetência, que a levou a ser impitchmada e a tirar o governo federal das garras dos petralhas. A derrocada do PT se deve muito a ela.

  6. Ainda bem que é um bando de malucos… Fico imaginando se fosse mais um bando de Ladrões petralhas.

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Geral

VÍDEO: Ator Wagner Moura, Afirma que EUA “deixou de ser uma democracia”

O ator Wagner Moura esteve no Recife na última quarta-feira (10/09) para a estreia do filme O Agente Secreto. A obra foi escolhida para representar o Brasil no Oscar 2026.

Recebido com euforia e aplausos, o ator diz ter se deparado com um clima bem distinto quando a obra passou em festivais nos Estados Unidos.

“A gente está hoje vendo as instituições funcionando [no Brasil], vendo um crime contra a democracia sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal, enquanto que nos festivais norte-americanos pelos quais o filme passou, a gente sentia uma certa tristeza dos americanos, quase uma inveja”, ele diz em entrevista à BBC News Brasil.

Em outro trecho da entrevista ele diz que “Esse negócio do ICE [agência de imigração americana] é uma coisa fascista mesmo, né?”

Morador de Los Angeles, na Califórnia, ele diz conhecer muitos imigrantes ilegais e fez duras críticas ao Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês).

“Os caras de máscara… É racista. Eles atacam as pessoas na rua por uma identificação visual e racial”, destacou.

BBC

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Brasil

CPMI aprova convocação de familiares e sócios do “Careca do INSS”

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

A CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aprovou, nesta terça-feira (16), a convocação de sócios e familiares de peças-chave nas investigações.

O colegiado aprovou a convocação dos seguintes nomes:

Tânia Carvalho dos Santos, esposa do “Careca do INSS”;

Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca do INSS”;

Rubens Oliveira Costa, sócio do “Careca do INSS”;

Milton Salvador de Almeida Júnior, sócio do “Careca do INSS”;

Cecília Montalvão Simões, esposa de Maurício Camisotti;

Nelson Wilians, advogado

O presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), antecipa que os nomes deverão comparecer já na próxima quinta-feira (18), sob condição de testemunha.

A aprovação de requerimentos ocorreu em reunião extraordinária realizada nesta terça. A deliberação foi marcada pela cúpula da CPMI em reação à recusa de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti de prestar depoimento.

A reação foi costurada em reunião da cúpula da comissão com lideranças do governo e da oposição. “É uma resposta que a CPMI quer dar, claramente, à falta de seriedade do advogado da defesa de Antônio Carlos Camilo em relação ao acordo que foi feito conosco”, disse o presidente Carlos Viana (Podemos-MG).

A sessão desta terça ainda foi marcada por críticas à decisão do ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), que desobriga o “Careca do INSS” de ir à CPMI. O presidente do colegiado, inclusive, afirmou que “estranhou” a decisão.

CNN

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Geral

Comissão do Senado aprova retirada de gastos com tarifaço do teto de gastos

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (16) um projeto de lei complementar autorizando que despesas e renúncias fiscais, que afetaram empresas impactadas pelo tarifaço dos Estados Unidos, fiquem de fora da meta de resultado primário e dos limites de despesa previstos no arcabouço fiscal, segundo a Agência Senado. Isto é, não serão prejudicadas pelos valores excedidos pagos pelas taxas importas por Donald Trump.

De autoria do líder do governo na Casa, senador Jaques Wagner (PT-BA), o projeto viabiliza a medida provisória do governo com R$30 bilhões em empréstimos e renúncias fiscais para compensar perdas de exportadores afetados pela imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A proposta segue para análise no plenário do Senado. Depois, o texto ainda passará por votação na Câmara dos Deputados.

O projeto autoriza a União a aumentar as suas participações no Fundo Garantidor de Operações (FGO), em até R$1 bilhão, no Fundo Garantidor de Operações de Crédito Exterior (FGCE), em até R$1,5 bilhão, e no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), em até R$2 bilhões, disse a agência. + Mais de 50% dos brasileiros dizem já perceber impacto do tarifaço, diz pesquisa

O texto também altera o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), para aumentar para até 3% o acréscimo, em casos específicos, do percentual de devolução de tributos pagos pelos exportadores.

SBT News

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CAOS: Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão quebrados

Foto: José Aldenir – Agora RN

Dois tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão quebrados. A falta dos aparelhos para realização de exames de imagem já provoca um verdadeiro caos na rotina da maior unidade de saúde do Rio Grande do Norte.

O Walfredo Gurgel já passou por problema semelhante em 2024, em duas ocasiões, nos meses de janeiro e outubro. Naquelas ocasiões pacientes precisaram ser levados a outras unidades de saúde para realização de exames.

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Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

Foto: Ton Molina/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid para a retirada da tornozeleira eletrônica e restituição de bens do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na decisão, Moraes afirmou que o momento processual adequado para avaliar os pedidos será com o início da execução da pena e após o transito em julgado da ação em que o militar foi condenado.

Os advogados de Cid também pediram a extinção da pena de dois anos de reclusão, sob o argumento de que Cid cumpriu o mesmo tempo com restrições impostas pela Justiça.

A solicitação a Moraes foi formalizada em 12 de setembro, um dia após o Supremo confirmar a validade do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, concedendo o benefício de redução de pena para dois anos de reclusão, em regime aberto.

Na mesma ação, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder.

“Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão —desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena fruto da condenação que lhe foi imposta por essa Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Penal 2668/DF”, afirma o pedido de Cid, rejeitado por Moraes.

Na lista de pedidos apresentada a Moraes, a defesa do militar incluiu a restituição de todos os bens e valores apreendidos pela Polícia Federal e a devolução do passaporte de Cid.

Mauro Cid assinou o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal em 28 de agosto de 2023. O militar cumpre medidas cautelares desde 9 de setembro de 2023, quando Moraes homologou o acordo e determinou o fim de sua prisão preventiva.

Folhapress

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VÍDEO: Presidente da Colômbia diz que ‘uma grande mulher’ sabe usar ‘seu clitóris e seu cérebro’

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou a causar polêmica ao afirmar em uma reunião de gabinete na noite desta segunda-feira (15) que “uma grande mulher” sabe usar “o seu clitóris e o seu cérebro”.

O líder de esquerda convocou a reunião com seus ministros e ministras para, como de praxe, falar de uma série de assuntos do governo. Em determinado momento, Petro diz: “Uma mulher livre faz o que bem entende com o seu clitóris e com o seu cérebro, e se souber combiná-los, será uma grande mulher.”

Nenhuma das pessoas presentes comenta a fala. O trecho da reunião, que é transmitida ao vivo, viralizou nas redes sociais. O presidente colombiano recebeu uma enxurrada de críticas, que apontaram machismo.

Petro falava sobre a decisão judicial que suspendeu provisoriamente a nomeação do ministro da Igualdade, Juan Carlos Florián, ao considerar que violava a exigência de paridade de gênero no gabinete ministerial.

“Um juiz da Santa Inquisição ignora o direito do presidente de configurar seu gabinete e diz que Florián não pode ser ministro. Ele não está aqui por causa desse atropelo contra a liberdade humana”, declarou o ex-guerrilheiro.

A nomeação de Florián, que é cientista político, ativista da comunidade LGBTQIA+ e ex-ator pornô, causou polêmica e críticas, incluindo de membros do seu governo. Antes, a pasta era ocupada por Carlos Rosero, que estava no cargo havia cinco meses após a saída da vice-presidente do país, Francia Márquez, que acumulava o cargo.

Petro, então, falou sobre identidade de gênero e comentou sobre o órgão sexual.

O comentário ocorre em um momento em que o mandatário está sob pressão política a menos de um ano das eleições presidenciais de 2026, com diversas crises e rachas internos em seu governo. Sua gestão, iniciada em agosto de 2022, já teve mais de 50 ministros (sem contar os interinos) nas 19 pastas, com nenhum titular originalmente escolhido por ele se mantendo no comando de um ministério.

Outras falas polêmicas

Não é a primeira vez que Petro, conhecido por seu caráter intempestivo e confrontador, gera polêmica devido a um comentário. Em fevereiro deste ano, também em uma reunião de seu gabinete, ele disse que “a cocaína não é pior do que uísque”.

Defensor da legalização, declarou que a droga só é ilegal “porque é feita na América Latina”. “O negócio poderia ser facilmente desmantelado se a cocaína fosse legalizada em todo o mundo”, declarou na ocasião. “Venderia como vinho.”

Folhapress

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‘Tô nem aí’, diz ministro da Saúde sobre visto para os Estados Unidos

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que não está preocupado com o cancelamento de seu visto para os Estados Unidos. Questionado por jornalistas nesta terça-feira (16), citou a música da cantora Luka e disse: “Tô nem aí”. Padilha conversou com jornalistas nesta terça após anunciar que o Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) não terá mais um número próprio e será registrado pelo CPF dos pacientes.

O ministro foi convidado para participar da conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Assembleia Geral da ONU em Nova York na próxima semana. No mês passado, o governo americano cancelou os vistos da mulher e da filha de dez anos do ministro, como parte das sanções a autoridades brasileiras. Padilha não teve o visto revogado, porque a autorização para ele entrar nos EUA já estava vencida desde 2024. “Esse negócio do visto é igual aquela música ‘Tô nem aí’. Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. ‘Tô nem aí’”, ironizou o ministro.

Padilha disse ainda que não se decidiu sobre sua participação nos eventos da ONU, porque está focado em garantir a aprovação da Medida Provisória do programa “Agora Tem Especialistas“. O programa, que tem como foco ampliação do acesso da população ao atendimento especializado, é a principal ação do governo Lula 3 na área da saúde.

O ministro também fez referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eduardo, que está nos EUA, articulou junto a Trump medidas de pressão ao Brasil devido ao julgamento de Bolsonaro.

“Só fica preocupado com visto quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos. Só fica preocupado com visto quem quer sair do Brasil ou quer ir para lá fazer lobby de traição da pátria como alguns estão fazendo. Não é meu interesse. Tô nem aí em relação a isso”, afirmou o ministro da Saúde.

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Ministro da Defesa diz não acreditar em ameaças militares dos EUA ao Brasil

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta terça-feira (16) que não acredita nas ameaças militares dos Estados Unidos ao Brasil.

No início do mês, ao ser questionada sobre o Brasil, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, não tem medo de usar recursos militares e econômicos para “proteger a liberdade de expressão”.

Múcio afirmou que, apesar de não acreditar, está atento para as declarações.

“Não acredito. Evidentemente, essa guerra, que assistimos pela imprensa, algumas coisas nos deixam atentos, mas não chego a ter preocupação, em função de uma tradicional relação de amizade que existe entre os dois países”, disse.

As Forças Armadas do Brasil e dos EUA cultivam relações históricas e são consideradas parceiras. Intercâmbios e trocas de conhecimento entre militares dos dois países são frequentes.

O Brasil é, inclusive, um dos principais beneficiados de um programa do governo dos Estados Unidos que permite a venda, muitas vezes por preços mais acessíveis que os praticados no mercado, de equipamentos militares avançados para governos considerados “parceiros”.

Os militares veem com preocupação a possibilidade de uma escalada nas sanções dos EUA contra o Brasil.

O temor é que medidas mais severas tenham impactos “graves” sobre projetos estratégicos da base industrial de defesa.

O governo dos EUA cancelou a participação em eventos militares no Brasil e dá sinais de afrouxamento nas relações militares.

Segundo fontes militares ouvidas pela reportagem, uma ruptura nas relações com os Estados Unidos é considerada inviável para a estrutura atual da defesa nacional.

CNN Brasil

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TRF-4 condena Bolsonaro a pagar R$ 1 milhão em indenização por racismo recreativo

Foto: HUGO BARRETO/METRÓPOLES

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar R$ 1 milhão em danos morais coletivos por comentários racistas feitos em 2021, enquanto ainda ocupava a Presidência.

Em fala pública no Palácio do Alvorada, o ex-presidente disse em 2021 que o cabelo black power de um apoiador era um “criadouro de baratas”.

O caso foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A condenação foi confirmada por unanimidade. O relator Rogério Favreto afirmou em voto que as declarações do ex-presidente não configuravam meras brincadeiras ou exercício de liberdade de expressão, mas uma discriminação grave e “racismo recreativo”.

Além da indenização em dinheiro, Bolsonaro foi condenado a retirar o vídeo com as declarações de suas redes sociais e se retratar publicamente com a população negra por meio dos veículos de imprensa e redes sociais.

A União também foi condenada ao pagamento de R$ 1 milhão pelos danos coletivos.

A condenação do ex-presidente é no âmbito civil, ou seja, Bolsonaro não foi condenado penalmente pelo crime de racismo.

A ação pública foi movida em 2021 por um grupo de 54 defensores, procuradores e promotores e acatada pelo Ministério Público.

Em primeira instância, a Justiça Federal havia rejeitado a ação, alegando que as declarações do ex-presidente, mesmo que de mau-gosto, não causaram danos a toda comunidade negra nacional. O Ministério Público recorreu da sentença e, por isso, o caso voltou à análise no TRF-4.

“A ofensa racial disfarçada de manifestação jocosa ou de simples brincadeira que relaciona o cabelo black power a insetos que causam repulsa e à sujeira atinge a honra e a dignidade de pessoas negras e potencializa o estigma de inferioridade dessa população”, afirmou o relator em voto.

De acordo com o processo, Bolsonaro disse ao mesmo apoiador, entre risos: “Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”, em referência ao vermífugo defendido por ele como tratamento para a Covid-19.

Na ocasião, o cidadão afirmou não se incomodar com a fala, dizendo que não era um “negro vitimista”. Até hoje, nas suas redes sociais, o alvo da ofensa faz publicações com mensagens de apoio ao ex-presidente;

No processo, o MP também menciona episódios anteriores, como em maio de 2021, quando o ex-presidente observou o cabelo do mesmo cidadão e comentou: “Tô vendo uma barata aqui” e “o que que você cria nessa cabeleira aí?”.

O grupo que moveu a ação defende que as falas não se tratam de simples piadas de mau gosto, e que o fato de o cidadão não se sentir ofendido não descaracteriza a prática racista.

Segundo a ação, o ex-presidente transformou o cabelo black power, símbolo de resistência do movimento negro, em motivo de zombaria e discriminação, afetando a população negra de forma geral. Também foram lembradas na ação falas antigas de Bolsonaro, quando deputado, que reforçariam o padrão de racismo em seus discursos.

Em sustentação oral, a defesa de Bolsonaro ressaltou que a vítima direta do comentário não se sentiu ofendida e disse que as declarações eram meras brincadeiras, sem potencial de afetar toda a população negra.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. É muita perseguição para um homem que só fez o bem ao nosso País. E, o que é mais curioso é que esse perseguição vem de quem diz semear o amor.

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MP denuncia por homicídio motorista que dirigia a mais de 100 km/h após acidente que matou motociclista em Mossoró

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou Lucas Vinícius do Vale Lopes, de 23 anos, por homicídio simples, na forma de dolo eventual, pelo acidente que matou o motociclista José Martins Veras Neto, de 59 anos, em março deste ano em Mossoró, no Oeste potiguar. O caso tramita na 1ª Vara Criminal da cidade.

De acordo com a denúncia, o acusado dirigia em velocidade média entre 103 km/h e 120 km/h na Avenida Abel Coelho, no bairro Abolição III, onde o limite permitido é de 60 km/h. Ele colidiu contra a traseira da moto da vítima, que foi arremessada e morreu no local.

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