Saúde

Brasil já tem 73% dos serviços públicos de saúde sob gestão privada, segundo o IBGE

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Empresas privadas com ou sem fins lucrativos já são responsáveis por 73% dos 3.013 serviços públicos de saúde, como hospitais e unidades básicas, presentes nos 5.570 municípios brasileiros.

A grande maioria (58%) está sob gestão de OS (Organizações Sociais), entidades sem fins lucrativos, e 15% nas mãos de empresas privadas, por meio de modelos como as PPP (Parcerias Público-Privadas), mencionadas em decreto revogado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na semana que passou.

Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais, divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano passado.

Em municípios com mais 500 mil habitantes, a gestão da saúde é realizada majoritariamente por organizações sociais (83,3%), criadas por lei federal há 22 anos. Em 2015, duas decisões do Supremo Tribunal Federal entenderam que estas são constitucionalmente permitidas e não afrontam os princípios do SUS.

Hoje as OS estão presentes em 24 dos 26 estados brasileiros. Administram a atenção básica, ambulatórios e hospitais. Em São Paulo, são 26 OS que, juntas, recebem cerca de R$ 6 bilhões por ano. Só no município de São Paulo, em 2019, elas consumiram 38% da fatia do orçamento da saúde —4,3 bilhões de 11,4 bilhões. A atenção primária ficou com R$ 3,8 bilhões.

As PPP na saúde são mais recentes e ainda mais restritas a hospitais. A primeira delas data de 2010, com a construção do Hospital do Subúrbio, em Salvador (BA), na gestão do então governador Jacques Wagner (PT), hoje senador.

Em Belo Horizonte (MG), 40 centros de saúde estão sendo construídos por de uma PPP entre a prefeitura e a Concessionária Saúde BH, ligada à OEC (Odebrecht Engenharia & Construção). O investimento é de R$ 215 milhões, e a concessão tem prazo de 20 anos.

A empresa será responsável pela prestação de serviços não assistenciais, como limpeza, manutenção predial, segurança. A assistência segue a cargo da prefeitura.

O modelo de PPP prevê que a empresa parceira explore os serviços administrativos do hospital, tais como limpeza, segurança e lavanderia.

No estado de São Paulo, o primeiro hospital construído por meio do modelo de PPP é o Hospital Regional de Sorocaba, inaugurado há dois anos.

Os serviços assistenciais, como consultas, cirurgias e outros atendimentos, ficam a cargo de uma OS, a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), uma das maiores do país.

Segundo o advogado sanitarista Daniel Dourado, pesquisador do Centro de Pesquisa em Direito Sanitário da USP, nesse modelo de PPP vigente na saúde, a concessão administrativa, a empresa não pode cobrar do usuário. Ela é financiada pelo poder público para prestar o serviço.

O lucro vem de outros serviços explorados, como os de logística, restaurantes e estacionamento. Ou mesmo de eventuais ganhos obtidos por meio de mais eficiência.

No caso das OS, se houver sobra de caixa, a prefeitura abate do valor no repasse do mês seguinte. Já nas PPP, o lucro fica com a empresa.

Para Dourado, o decreto não deixou claro como as empresas teriam lucro numa eventual PPP na atenção primária. “É um serviço que não é autossustentável, não tem margem [de lucro]. Pelo contrário, precisa de mais recursos.” Segundo ele, toda a confusão pode ter sido um balão de ensaio para algo.

“Foi tudo muito esquisito. Primeiro por nem ter tido participação do Ministério da Saúde, segundo por estar no PPI, que é um programa de privatização. A questão é que privatização da saúde pública não tem como, seria inconstitucional.”

Terceirização da gestão do SUS

Dos 3.013 estabelecimentos de saúde sob responsabilidade municipal: 

– 58,3% são gerenciados por organizações sociais;

– 15% por empresas privadas;

– 11% por consórcios públicos;

– 9,4% por fundações;

– 72,4% estão no Sudeste, sobretudo no estado de SP.

Nos municípios com até 5.000 habitantes, 65% dos serviços de saúde são administrados por consórcios públicos.

Nos municípios com população acima de 500 mil habitantes, 83% são geridos por organizações sociais.

Na opinião do professor Mario Scheffer, do departamento de saúde preventiva da USP, o decreto não pareceu visar itens de negócios já previstos no modelo das OS ou das PPP.

“Podem ser novos negócios do setor privado, como telemedicina e teleconsulta, tecnologia da informação.”

Ele lembra que como as OS hoje dominam a gestão da saúde pública no Brasil, qualquer novo ator nesse cenário terá que envolver parcerias com essas organizações.

Para os municípios que enfrentam grave crise financeira, a grande vantagem do modelo das OS é a terceirização da contratação de pessoal. Eles se livram de contabilizar os gastos com pessoal, driblando assim, a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe que as cidades de gastar mais do que 60% do que arrecadam com recursos humanos.

Levantamento da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) aponta que 70% dos municípios terceirizam a mão de obra, embora a Constituição determine que as vagas sejam preenchidas por concurso público. Desse total, apenas 10% registram esse gasto como despesa pessoal.

No município de São Paulo, 25 OS são responsáveis por 65% dos recursos humanos da saúde. Dos 13 mil médicos da rede municipal, 9.000 são contratados por meio de OS.

Para Scheffer, a questão crucial envolvendo as OS hoje é que, embora movimentem bilhões em verbas públicas, não conseguem resolver os problemas cruciais da saúde pública, como a falta de médicos, as filas de espera e as disparidades nos indicadores.

“São Paulo tem 60 mil médicos. Como pode elas não conseguirem contratar médicos? A rotatividade é imensa. O médico fica dois, três meses e já sai. Como se mantém uma atenção primária eficiente dessa forma?”, questiona.

Em São Paulo, o tempo de espera para uma consulta em oftalmologia pediátrica chega a três anos. Para um otorrino, dois anos, o mesmo tempo para agendar uma cirurgia vascular ou no ombro.

Os indicadores de saúde também mostram discrepâncias regionais. Por exemplo, as mortes por diabetes, cujo manejo é de responsabilidade da atenção primária, variam de 8/100 mil habitantes em Santa Cecília (centro de SP) para 30/ cem mil na região de Parelheiros (extremo sul).

Além disso, muitas OS no país estão sob a mira de operações policiais e de CPIs por fraudes nas contratações e desvio de dinheiro público.

Na Operação Raio-X, a Polícia Civil de São Paulo cumpriu ao menos 66 mandados de prisão e 275 de busca de apreensão em cinco estados (Paraná, São Paulo, Pará, Minas e Mato Grosso do Sul). O esquema de corrupção envolve agentes públicos, empresários e profissionais liberais.

“É um volume muito grande de contratos. Aumentou muito a rede sob responsabilidade das OS e não foi desenvolvido um mecanismo de controle”, diz Scheffer.

Atualmente, está em curso na Assembleia Legislativa de SP uma CPI, das Quarteirizações, espécie de segunda fase de outra CPI de 2018. A ideia é aprofundar as investigações de subcontratos firmados pelas OS com prestadores de serviços, com termos vagos e pouca transparência.

O deputado Edmir Chedid, que preside a atual CPI, entende que, aos 22 anos da lei, novas demandas surgiram, e a legislação precisa acompanhar as transformações. “Sob o risco de, daqui algum tempo, chegarmos ao extremo do Rio, que resolveu banir as OS.”

Em 2018, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) chegou a publicar uma resolução determinando que todas as OS contratadas pelo estado e pelas prefeituras paulistas abrissem seus dados para consulta pública. Informações sobre salários, contratos com o poder público e com prestadores, entre outros.

“Passados dois anos, pouca coisa mudou. A maioria das OS não aceita a ter que prestar contas de seus atos à sociedade, embora sejam mantidas com dinheiro público.”

No Rio, das dez OS que atuam no município, oito são investigadas por corrupção. Uma lei estadual prevê a extinção do modelo a partir de 2024. Uma comissão da Assembleia Legislativa quer antecipar o fim para até 2022.

Para o médico sanitarista Renilson Rehem de Sousa, presidente do Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde), que representa 20 das maiores OS brasileiras, surgiram instituições criminosas disfarçadas de OS.

Segundo ele, gestores públicos respondem pelo processo de qualificação e as escolhas. “Não dá para responsabilizar o modelo de OS pela corrupção. Corrupto é o gestor.”

Para Sousa, o poder público deve melhorar mecanismos de controle. “Ele tem o dever de construir parcerias com organizações sérias e responsáveis, firmar contratos de gestão claros e transparentes, monitorar o trabalho executado e estabelecer as metas assistenciais e de qualidade.”

Entenda as diferenças entre modelos de gestão no SUS:

OS (Organizações Sociais) – Entidades privadas, sem fins lucrativos, contratadas para administrar hospitais e unidade de saúde. Administram profissionais e executam as políticas públicas de saúde conforme as metas assistenciais estabelecidas nos contratos de gestão.

PPP (Parcerias Público-Privadas) – Contratos administrativos entre o poder público e empresas privadas para criação de um serviço de saúde, manutenção e prestação de serviços. O poder público complementa a receita da empresa e ela pode explorar outros serviços que dão lucro. Não há cobrança do usuário.

Privatização – O governo vende ativos para a iniciativa privada, e os bens deixam de ter caráter público. Não existe essa modalidade no SUS.

FolhaPress

Opinião dos leitores

  1. Vão questionar o IBGE! 73% são privatizado,ex as ubs encaminhar você com a guia medica direto pras clínicas particulares pago com dinheiro do próprio contribuinte.

  2. Tem que privatizar mesmo , fui no Posto de Saúde de Nova Descoberta as 15:55 entrei para Vacinar essa semana e não vacinaram pq só vacinavam até as 16hs .

    1. Tem que privatizar né "cidadau" pra tu ter que ter plano de saúde, pagar pela vacina e pagar a consulta né mané. Sim, e o estacionamento TB. Kkkkk

    2. Daí vc já percebe o "nível" do "cidadão". Quer privatizar pq não podia esperar 5min pra tomar vacina…????????????
      Quando privatizar, NÃO tem volta, mané…tu vai pagar até pra entrar…
      ????????????

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Há exatos 2 anos, Lula bateu o pé: “Enquanto eu for presidente, não tem GLO no Rio”

Imagens: Reprodução/Poder360

Há exatamente dois anos, em 27 de outubro de 2023, o presidente Lula deixou claro que não colocaria as Forças Armadas nas ruas do Rio de Janeiro para conter a violência. Na época, conforme relembrado pelo Poder360, Lula disse que não decretaria uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) “enquanto fosse presidente” e que os militares não deveriam estar “nas favelas brigando com bandidos”.

“Enquanto eu for presidente, não tem GLO. Fui eleito para governar esse país e vou governar”, afirmou Lula, após reunião com os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio.

A fala, que repercutiu em todo o país, hoje soa ainda mais polêmica diante da escalada da criminalidade no Rio de Janeiro — onde o poder paralelo desafia o Estado diariamente. Críticos afirmam que a recusa do governo em usar a GLO mostra omissão e fraqueza diante de facções que mandam e desmandam em várias comunidades.

Enquanto o Planalto insiste no discurso político, o povo carioca continua refém do medo. E a promessa de Lula — de não usar o Exército nas ruas — segue firme, mesmo que o crime também tenha seguido o mesmo caminho: crescendo sem parar.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Secretário do Rio detona cultura do vitimismo: “Bandido virou vítima e policial virou vilão”

Imagens: Reprodução/CNN

O Secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, saiu em defesa da Megaoperação Contenção — a mais letal da história do estado — e mandou recado duro aos críticos. Chamou os opositores de “narcoativistas” e “engenheiros de obra pronta”, deixando claro que não vai aceitar ataques à atuação da polícia.

“Hoje em dia todo mundo é vítima. O ladrão é vítima da sociedade, o traficante virou vítima do usuário… e o policial é o vilão. Nós não vamos admitir isso. O policial é o herói”, afirmou, exaltando os mais de 2,5 mil agentes que participaram da ação contra o Comando Vermelho nos Complexos do Alemão e da Penha.

Segundo ele, os policiais estavam lá “pelo seu João, pela dona Maria e pelo seu José”, gente de bem oprimida por criminosos armados que tomam conta das comunidades.

Durante coletiva, Curi reforçou que “nem a NASA, nem a Força Nacional seriam capazes de atuar” nas favelas dominadas por facções, destacando a complexidade da operação. O Secretário de Segurança Pública, Victor Santos, admitiu que a letalidade era “previsível”, diante dos mais de nove milhões de metros quadrados tomados pela desordem e pelo tráfico.

Saldo de guerra

O saldo da operação impressiona: 119 mortos, sendo 115 narcoterroristas e 4 policiais, além de 113 prisões — entre elas, a de Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão”, apontado como operador financeiro do Comando Vermelho.

A polícia ainda apreendeu 91 fuzis, 26 pistolas, 14 explosivos e toneladas de drogas. Enquanto isso, a comunidade da Penha amanheceu com uma cena chocante: corpos enfileirados em uma praça, retirados por moradores após a madrugada de confrontos.

Opinião dos leitores

  1. Secretário isso é o pensamento do luladrao, a vítima é o bandido que é vítima da vítima. Poste mijando no cachorro

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Direitos Humanos da Câmara pede prisão de Cláudio Castro após operação mais letal da história do Brasil

Foto: Reprodução

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara, dominada por deputados de esquerda, pediu que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, abra investigação criminal contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O motivo é a Operação Contenção, que terminou com 119 mortos — a mais letal da história do país.

O grupo, liderado pelo petista Reimont (PT-RJ) e com nomes como Talíria Petrone (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB) e Erika Kokay (PT), quer até a prisão preventiva de Castro. Eles alegam que houve “execuções sumárias” e “violação do direito à vida” nas comunidades, e acusam o governador de usar a operação com fins políticos.

Na prática, a bancada do PT e do PSOL tenta transformar uma megaoperação policial contra o crime organizado em caso de perseguição política. A ação, segundo o governo fluminense, mirou quadrilhas que aterrorizavam moradores e usavam fuzis para enfrentar o Estado.

Cláudio Castro defendeu a operação e mandou o recado: “De vítima, lá, só tivemos os policiais”. Ele também acusou o governo Lula de omissão, dizendo que o Rio “está sozinho na guerra” e que o pedido de blindados foi negado. Em resposta, o Planalto tentou se eximir, afirmando que só poderia agir com decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) — o que o governador não solicitou.

Opinião dos leitores

  1. Quem deve ir para a cadeia são esses cafajestes que fazem o direitos humanos para os bandidos enquanto Homens e Mulheres de bem vivem a mercê da criminalidade que toma conta do País.

  2. Enquanto existir em circulação militantes da extrema esquerda, o Brasil será vítima do crime organizado e do narcotráfico.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Recuperação escolar: O primeiro passo para mudar hábitos, conquistar autonomia e virar a chave em 2026

Foto: Divulgação

Quando se fala em recuperação escolar, muitas famílias ainda associam o termo a um momento de desespero no fim do ano letivo. As notas baixas aparecem, o tempo é curto e a solução mais comum acaba sendo recorrer às aulas particulares para garantir os pontos que faltam.

Mas, na prática, a recuperação pode e deve ser encarada de outra forma. Em vez de representar um peso, ela pode se transformar em uma grande oportunidade de mudança nos hábitos de estudo.

Segundo Victor Cornetta, CEO da Kaizen Mentoria, o modelo tradicional, baseado apenas na memorização de conteúdo em curto prazo, não resolve a raiz do problema. “É como se o aluno tentasse resolver o problema imediato, mas deixasse a causa principal sem solução”, explica.

A metodologia aplicada pela Kaizen parte justamente desse ponto. Diferente das aulas particulares, que garantem resultados momentâneos, o método Kaizen ajuda o estudante a desenvolver autonomia, consistência e leveza nos estudos. E essa transformação tende a ser ainda mais forte em 2026, com um trabalho cada vez mais voltado para que o aluno tenha autonomia real sobre sua própria aprendizagem.

“A recuperação é uma oportunidade para o aluno virar o jogo, mudar hábitos e descobrir que pode aprender de forma muito mais eficiente”, reforça Cornetta.

Na prática, o aluno é acompanhado tanto na organização da rotina quanto no aprendizado dos conteúdos em atraso. Ele recupera a nota, aprende de fato o que ficou para trás e, ao longo do processo, passa a enxergar o estudo de outra forma, não como uma obrigação, mas como um caminho de crescimento.

Assim, a recuperação deixa de ser um momento pontual no calendário e se torna uma estratégia contínua de desenvolvimento, capaz de preparar o aluno para aprender melhor durante todo o ano e também nos próximos. Interessados podem agendar a reunião pelo link https://bit.ly/kaizenblogdobg

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

1º Fórum Comunitário do Selo UNICEF reúne adolescentes e profissionais, em Macaíba

Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social (SEMTHAS) de Macaíba, em conjunto com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), promoveu na manhã desta quarta-feira (29/10) o 1º Fórum Comunitário do Selo UNICEF relativo às políticas públicas municipais pela criança e adolescente. Trata-se do primeiro passo para a obtenção do Selo UNICEF 2025-2028 por parte do município.

O evento constitui um importante espaço para a elaboração do diagnóstico municipal sobre a garantia de direitos das crianças e adolescentes, com a participação de representantes de diversos segmentos da sociedade, incluindo secretários municipais, representantes de conselhos, grupos de adolescentes e jovens, bem como de povos tradicionais (quilombolas e indígenas). A meta é realizar e comprovar avanços na promoção, realização e garantia dos direitos desse público nos municípios.

Ao aderir, o ente municipal assume o compromisso de manter a agenda da infância e adolescência como prioridade em suas políticas públicas, de forma integrada e intersetorial. Todas as pastas do Poder Executivo devem se empenhar para desenvolver ações nesse sentido, principalmente as de Assistência Social, Saúde e Educação.

Foto: Divulgação

Após uma explanação feita pelo titular da SEMTHAS, Eriberto Freire, os participantes foram divididos em grupos para diferentes discutir eixos temáticos relacionados aos direitos das crianças e adolescentes. As deliberações apontadas nesses eixos servirão como base para a construção do Plano de Ação Municipal do Selo UNICEF 2025-2028. Itens como cobertura vacinal, índice de alfabetização, prevenção de ocorrências de violência e óbito são essenciais para obter boas pontuações para a almejada conquista do referido Selo.

Eriberto ainda destacou a importância da união de esforços: “Selo UNICEF é sobre a forma de fazer gestão do município, ou seja, o que é preciso fazer para governar para crianças e adolescentes. São as nossas obrigações de forma sistematizada, e precisamos trabalhar em conjunto. Por exemplo, busca ativa escolar não é só responsabilidade do educador, mas também do agente de saúde, do orientador social, da pessoa que atua no serviço de convivência. Tudo está interligado”.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Marcinho VP, um dos fundadores do Comando Vermelho, chama ação da polícia de “chacina” e pede “paz” da cadeia

Foto: Reprodução/Instagram

Um perfil no Instagram ligado ao traficante Marcinho VP, um dos fundadores e chefes do Comando Vermelho (CV), criticou a operação policial realizada nesta terça-feira (28) nas favelas da Penha e do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A página publicou fotos de corpos após o confronto e escreveu: “Hoje, o Rio virou cenário de luto e indignação. A favela pede paz!”

Preso desde 1996, o criminoso — nome verdadeiro Márcio dos Santos Nepomuceno — cumpre pena por matar e esquartejar rivais. Mesmo atrás das grades, ele mantém voz ativa nas redes sociais por meio de assessores, que costumam divulgar seus livros e mensagens “filosóficas” tentando pintar o bandido como vítima do sistema.

Outra publicação do mesmo perfil chamou a operação de “chacina”, ignorando que a ação da polícia mirava líderes do Comando Vermelho, como Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, que continua foragido. Segundo as autoridades, a operação foi planejada para desarticular a cúpula do CV, responsável por comandar o tráfico e espalhar terror nas comunidades cariocas.

Enquanto o bandido fala em “paz” da cela, quem vive nas favelas segue refém do medo, da violência e das facções que ele mesmo ajudou a criar.

 

Opinião dos leitores

  1. A linguagem que esses canalhas entendem é a da bala, portanto bala neles e principalmente os cabeças desta quadrilha que estão no Planalto!!!

  2. Não houve chacina. Houve, sim, um grande favor da Polícia do Rio à sociedade carioca. Que novos favores aconteçam.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Golpe do seguro: Homem inventa roubo pra enganar banco e acaba preso em Mossoró

Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu um homem de 30 anos condenado por aplicar o chamado “golpe do seguro” em Mossoró. Ele inventou uma história de assalto para tentar receber o dinheiro do seguro bancário — mas acabou desmascarado e preso pela equipe da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR).

O caso aconteceu em 2023, quando o homem registrou um Boletim de Ocorrência dizendo ter sido vítima de roubo. Na época, afirmou que bandidos armados tinham levado seus pertences e usado seu cartão para fazer duas transferências, no valor total de R$ 4,5 mil. Tudo mentira.

A investigação provou que as transferências foram feitas pelo próprio homem. A ideia era simples — fingir o prejuízo, acionar o seguro bancário e ainda fazer a polícia perder tempo. Só que o plano deu errado: ele foi indiciado, condenado e agora está atrás das grades.

A Polícia Civil reforçou que registrar ocorrência falsa é crime e atrapalha o trabalho das forças de segurança, desviando recursos que deveriam ser usados para resolver casos reais.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Natal conquista topo do ranking nacional de gestão pública

Foto: Magnus Nascimento/Secom PMN

Natal chegou ao primeiro lugar no Brasil no indicador “Custo da Função Administrativa” do Ranking dos Municípios 2025, elaborado pelo CLP com dados do Tesouro Nacional. A capital potiguar obteve nota máxima de 100 pontos, mostrando que gasta menos com a máquina administrativa e mais com serviços essenciais à população.

O estudo compara quanto da receita municipal é consumida pela própria gestão. Um bom desempenho significa investir menos em estrutura interna e mais em saúde, educação, infraestrutura e assistência social, refletindo diretamente na eficiência da administração.

O prefeito Paulinho Freire comemorou o resultado. “Estamos organizando finanças e administração com planejamento e transparência. Esse reconhecimento mostra que Natal caminha na direção certa, focando em resultados e na melhoria da vida da população”.

A cidade também inovou com o SPID, plataforma que substitui frota própria por transporte sob demanda, integrando o controle institucional e gerando economia prevista de até R$ 10 milhões por ano. Com esse desempenho, Natal se consolida como referência nacional em gestão pública eficiente.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Homem é detido por abusar de familiar e colecionar pornografia infantil em Extremoz

Imagens: Cedidas/Polícia Civil do RN

A Polícia Civil tirou das ruas nesta quarta-feira (29) um homem de 38 anos acusado de estuprar um familiar e armazenar pornografia infantil em Extremoz, na Grande Natal. A prisão foi realizada pela 23ª Delegacia de Polícia de Extremoz, com apoio da DEPID de Parnamirim.

O suspeito já estava sendo investigado. Em busca e apreensão realizada na sua casa, a polícia apreendeu celular e equipamentos eletrônicos, onde foram encontrados arquivos com conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes. A análise reforçou o pedido de prisão preventiva.

Além do material criminoso, as investigações confirmaram que ele abusou sexualmente de alguém da própria família. Testemunhas foram ouvidas e exames periciais corroboraram as denúncias, tornando a prisão urgente e necessária.

O suspeito foi levado para a delegacia e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. A Polícia Civil reforça: qualquer informação sobre crimes de abuso infantil pode ser passada de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

VÍDEO: PF foi avisada da megaoperação no Rio, mas preferiu ficar de fora: “Não era razoável”

Imagens: Reprodução/Metrópoles

A Polícia Federal se negou a participar da megaoperação da Polícia Militar do Rio de Janeiro que deixou ao menos 132 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a corporação foi procurada pela inteligência da PM, mas decidiu ficar de fora por entender que a ação “não era razoável”.

Ele revelou que o contato foi feito antes da deflagração da operação, mas sem pedido formal de apoio, conforme o Metrópoles. “A partir da análise do planejamento, entendemos que não era o modo como a PF atua. Não havia atribuição legal para participar”. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou que não houve comunicação oficial sobre a ofensiva, considerada a mais letal da história do estado.

A operação, segundo o governo do Rio, cumpria mais de 100 mandados de prisão e busca contra criminosos ligados ao tráfico. Já a Defensoria Pública contesta os números e fala em 132 mortos, o que reacendeu o debate sobre o avanço da violência e a crise da segurança pública fluminense.

As declarações de Andrei foram dadas após uma reunião de emergência convocada pelo presidente Lula no Palácio da Alvorada, com ministros e aliados, entre eles o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ). Uma comitiva federal, com integrantes da Justiça, Direitos Humanos e Igualdade Racial, embarca ainda hoje para o Rio. Lula, por enquanto, segue em Brasília.

Opinião dos leitores

  1. Engraçado. Agora não era razoável para criticar o Governador. Esse governo do PT e sues canalhas.

  2. Sabe se que havia 100 mandados de prisão, quantos foram cumpridos? E dos que morreram quantos eram alvos destes mandado? Quantas lideranças foram presas ou mortas durante a operação? Perguntas pertinentes para se aferir o resultado da operação.

  3. As Frouxas Armadas estão fazendo escola, na minha modesta opinião, a Polícia Federal PIPOCOU.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *