El País
Quando pressionada pela decisão do ministro Marco Aurélio que afastou Renan Calheiros da presidência do Senado e intensificou uma crise institucional, a presidenta do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, recorreu ao decano da Corte, Celso de Mello, para que revertesse essa liminar no plenário. E conseguiu. A estratégia de buscar o amparo no mais experiente magistrado da principal estância judiciária brasileira poderá se repetir nos próximos dias. Mello, de 71 anos, sendo 28 deles no STF, desponta, até agora, como o favorito a ser escolhido pela presidenta do Supremo para assumir todos os processos relacionados à Operação Lava Jato que tramitam na casa e estavam sob a responsabilidade de Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo na quinta-feira passada.
Pela legislação, os casos que estavam com o Teori poderiam esperar até que o presidente Michel Temer escolha um novo nome para a corte – e seja aprovado pelo Senado – ou poderiam ser redistribuídos por Cármen Lúcia por se tratar de uma situação excepcional. A segunda hipótese é, de longe, a esperada para acontecer quando crescem as vozes que pedem que o Planalto não tenha o poder de apontar um ministro para ter papel estratégico em uma matéria que o Governo está profundamente implicado.
Se Celso de Mello for o escolhido, mais de uma centena de ações judiciais, atreladas a outras centenas de delações premiadas, deverão cair nos colos do decano. Se essa for a decisão de Cármen Lúcia, a presidenta terá uma decisão delicada porque também terá de se deparar com os egos de seus colegas de tribunal.
Excelente nome,na minha humilde opinião, o mais preparado para exercer essa difícil tarefa…
"A glorificação póstuma de Teori Zavaski cumpre uma função política: criar um ambiente de chantagem sobre o Supremo, para impedir qualquer mudança de postura diante da pressão sem provas e sem limites de Sérgio Moro contra Lula", escreve Paulo Moreira Leite. Para o articulista, "quando se fala em garantir a continuidade da Lava Jato, o que se quer é garantir a continuidade das pressões para eliminar Lula da cena política". Quanto a Geddel, Jucá e mesmo Temer, afirma PML, "são cartas na manga, decisões convenientes ou não a cada momento. O essencial continua sendo Lula".
A sangria está finalmente estancada…
Ministros Celso de Melo ou Barroso precisam assumir a relatoria dos processos da lava jato.
Redistribuir não eh indicar um novo relator. Redistribuir consiste em ocorrer outro sorteio, podendo a relatoria cair em qualquer ministro que esteja apto a julgar o feito.
Celso de Mello foi indicado pelo PMDB. Complicado