Sérgio Lima/Poder360 – 12.mar.2018
Os Correios fizeram 12 greves nacionais nos últimos 10 anos. A soma de dias paralisados supera os 7 meses (211). Os dados foram compilados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) a pedido do Poder360.
Em 2014, os funcionários cruzaram os braços por 45 dias –maior quantitativo de tempo no período analisado. Em 2016, fizeram uma paralisação por 24 horas. Em 2020, foram 35 dias em que os serviços ficaram desfalcados.
Só em 2010 os trabalhadores da estatal não cruzaram os braços em nível nacional. Em todos os outros anos houve uma –ou mais– paralisações que afetaram todo o Brasil. Além disso, pelo menos 150 movimentos grevistas foram deflagrados em Estados e municípios.
Os principais temas abordados no período foram: melhores condições de trabalho (84); contratação de pessoal (74) e melhores condições de segurança (55). A pauta reajuste salarial foi abordada por 14 vezes no período.
Segundo a assessoria dos Correios, o cargo mais comum na estatal (carteiro) teve aumento de 117% nos últimos 10 anos. Indo de R$ 807,29 em 2011 para os atuais R$ 1.757,48. O salário mínimo no período passou de R$ 510 para 1.045 –aumento de 104,9%
Privatização
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, entregou em 14 de outubro ao Palácio do Planalto o projeto de lei de privatização dos Correios. O objetivo é vender a empresa até o fim de 2021. Ele não apresentou à imprensa detalhes da proposta. O texto permanece reservado, sem acesso liberado.
Faria afirmou que a proposta trata “mais sobre princípios do que regras”. Informou que a empresa de consultoria contratada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Accenture, entregará em até 120 dias 1 parecer sobre o tema.
O ministro Fábio Faria disse que a empresa brasileira Magalu e a americana Amazon estão interessadas. Um dos grandes problemas da privatização é este: os interessados em comprar os Correios dizem ser possível prestar o mesmo serviço com cerca de 30.000 funcionários. A dúvida é o que o comprador deveria fazer com os outros 60.000 que teriam de ser demitidos.
Os Correios devem dar 2 anos de estabilidade para os seus funcionários após a privatização. A ideia tem sido mencionada em reuniões internas na estatal e tem como inspiração o que ocorreu com a telefonia, ainda nos anos 90.
Em 2019, a empresa distribuiu 4,96 bilhões de objetos. Teve receita bruta de R$ 19,1 bilhões. O lucro foi de R$ 102 milhões para o período. Em 2018, o ganho foi de R$ 161 milhões.
Poder 360
Pagamos todos os dia de greve.(seja em horas ou em dinheiro descontado no salário) Jornalismo franco que não busca ver os dois lados da moeda, eu como funcionário espero que privatize mesmo, pois o Brasil merece um pagar caro por um serviço essencial que deixou de ser bem administrado o que o governo federal fez(PT) e estava fazendo agora é precarizar o serviço para deixar a população contra a empresa.
Os Correios já foram um orgulho do povo Brasileiro, exemplo de eficiência e confiança, porém os sindicatos conseguiram acabar com a empresa, destruindo a sua credibilidade e eficiência, o resultado está aí, uma empresa pesada, inchada com cargos comissionados, ineficiente, completamente fora de mercado. Triste fim o dos Correios. Fizeram tanto mau a seus funcionários que acabaram até com o gigantesco fundo de pensão deles, que tiraram da boca de seus filhos para dar para sindicalistas e políticos comerem e luxarem.
Claro, Arimatéia. Pela corrupção interna. Pelos péssimos serviços prestados. Só sindicalistas e quem não gosta de trabalhar e produzir, é contra. Privatização Já! João Macena.
Privatização já!!
Taí uma das mais nocivas manifestação para a perda da credibilidade do correio junto à população.
Estar para ser privatizado, não se vê uma só voz se levantar em sua defesa.