O brasileiro Felipe Massa voltou a destacar o momento crítico do automobilismo nacional. Nos anos 80, 90 e início dos 2000, sempre havia um piloto verde-amarelo brilhando em categorias de base, com títulos conquistados pelo próprio atual piloto da Williams, Ricardo Zonta, Antonio Pizzonia, Luciano Burti, Mario Haberfeld, Enrique Bernoldi, entre outros.
Por essa razão, a chegada de brasileiros à F1 está cada vez mais limitada. A Fórmula Indy também já sofre com a falta de novos talentos, e segue tendo como destaques veteranos como Helio Castroneves e Tony Kanaan.
Felipe Nasr, 22 anos, parece ser a última chance em um futuro próximo de ter um brasileiro brilhando na F1 nos próximos anos. O piloto foi confirmado na última quarta-feira como reforço da Sauber em 2015.
“A gente só tem um piloto hoje (ele próprio na Williams), e foi muito importante esse anúncio. A gente tem um automobilismo praticamente embaixo da curva e é difícil ver piloto crescendo no automobilismo chegar lá em cima por méritos próprios”, desabafou Massa.
“Já faz algum tempo que não acontece nada, e o Felipe (Nasr) era a última possibilidade em um futuro próximo. Fico feliz que ele entrou e desejo o melhor para a carreira dele. O automobilismo brasileiro tem que mudar e evoluir, já que está muito, muito, muito atrás do que deveria estar”, completou.
Último brasileiro a conseguir se destacar e se manter na F1, Massa, 33 anos, compete na categoria máxima do automobilismo mundial desde 2002 e tem contrato por mais uma temporada com a Williams.
Na carreira, Massa acumula 208 Grandes Prêmios, 11 vitórias, 16 pole positions, 37 pódios e um vice-campeonato em 2008, ano de seu último triunfo na categoria, justamente em Interlagos.
Comente aqui