Corredor que é corredor passa a semana inteira treinando e esperando o sábado chegar, só que não é pra descansar ou curtir uma balada não. De repente, até pode ser em alguns casos, quem sabe né! Mas o sonho de consumo semanal de fato é o tão aguardado treino “longão”. Fazendo um paralelo com o futebol, o exercício é como se fosse um jogo amistoso, onde você testa o que vem treinando quase que em um cenário real de competição.
Os longões fortalecem o lado psicológico e desenvolvem a segurança emocional para completar provas de grandes distâncias. Mas saindo do aspecto lúdico do treino e da sensação de prazer que a corrida por si só te proporciona, é óbvio que esse tipo de treino existe por uma razão científica.
“Um dos principais ganhos trazidos pelo longão é a melhora da potência cardiorrespiratória. Esses treinos tem por finalidade aumentar a capacidade do seu corpo em captar oxigênio e fornecer aos músculos em movimento, desenvolvendo a resistência física. Outro ponto positivo é a melhora da utilização de gordura como fonte de energia, já que ao usar lipídios em vez de glicogênio (carboidratos), a corrida se torna mais econômica e você é capaz de se exercitar por um tempo maior. Isso sem falar na perda de peso que também um benefício importante”, ressalta o professor Walter Molina, da Natal Runner.
É no longão que o corredor, de acordo com a meta traçada, se percebe evoluindo ou não. É nele onde se avalia se os treinos de tiro baixaram o pace, se a resistência aumentou, se o ritmo está mais confortável, se você faz mais ou menos força para efetuar aquela mesma distância feita na semana anterior, até mesmo o desgaste do pós treino é aferido como parâmetro. Nessas medições estão o segredo do sucesso e por isso eles são fundamentais para os professores desenvolverem o plano de atividades de cada atleta.
Essencial dizer ainda que em corridas com distâncias maiores, como os 21, e principalmente os 42 quilômetros, os longões nunca devem atingir o volume do objetivo final. O incremento de distância dessa atividade deve ser lento e variar, no máximo, de 15% a 20% a cada semana, para que seu corpo se acostume com as exigências do treino sem traumas, evitando desgastes musculares e articulares, além de permitir uma melhor adaptação cardiopulmonar.
Para finalizar, um último lembrete. O treinamento para provas longas não consiste apenas em realizar os longos nos finais de semana. Tão ou mais importante são o volume semanal (quilometragem), e claro, a regularidade nos treinos.
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Valeu Bruno pelas informações sobre o longão, Walter e a equipe Natal Runner são ótimos.