Educação

Educação mantém R$ 4 bilhões contingenciados após nova liberação do Governo

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (20) o descontingenciamento de R$ 1,99 bilhão para o Ministério da Educação. Esse montante faz parte dos R$ 8,3 bilhões que serão distribuídos entre seis ministérios.

Havia sido contingenciado R$ 6,1 bilhões dos R$ 25 bilhões previstos como orçamento discricionário da educação. Sendo assim, após a liberação desta sexta, restam ainda R$ 4,11 bilhões bloqueados.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE), acredita que a liberação é resultado da pressão feita pela sociedade. “A medida foi anunciada após a adoção de restrições radicais sobre o orçamento do Ministério da Educação e diante da enorme pressão da sociedade, decorrente da eminente paralisia da área no Brasil”, avalia o parlamentar. Ele diz que a mesma mobilização social foi decisiva para que o Supremo Tribunal Federal decidisse destinar R$ 1,6 bilhão do Fundo da Lava Jato para a educação.

Para 2020, a previsão do governo federal para a área é de R$ 125,3 bilhões, sendo que R$ 24 bilhões estão sujeitos ao envio de projeto de crédito especial a ser enviado pelo Poder Executivo para análise do Congresso Nacional no próximo ano. “Significa, na prática, que o orçamento real para a educação, em 2020, é de R$ 101,2 bilhões, ou seja, houve uma redução de R$ 20,7 bilhões em comparação a 2019, que previu um orçamento de R$ 121,9 bilhões”, criticou Danilo Cabral.

O Congresso Nacional ainda não votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) por falta de acordo, bem como não analisou a Lei Orçamentária Anual (LOA). “Apresentamos uma emenda, já aprovada pela Comissão Mista de Orçamento, para garantir que os recursos da educação não sejam inferiores aos do orçamento deste ano, corrigidos pela inflação. Estamos na luta para assegurar que que não haja retrocessos”, diz o deputado. A LDO deve ser votada pelos parlamentares antes da LOA, cujo prazo é dezembro.

Além do descontingenciamento para a educação, também serão liberados recursos para os ministérios da Economia (R$ 1,75 bilhões), Defesa (R$ 1,65 bilhões), Saúde (R$ 700 milhões), Infraestrutura (R$ 450 milhões) e Minas e Energia (R$ 340 milhões).

Congresso em Foco

Opinião dos leitores

  1. NESSE GOVERNO EDUCAÇÃO NÃO É PRIORIDADE.
    MARCHAR E BATER CONTINÊNCIA SUBSERVIENTE AOS ESTADOS UNIDOS, ENTREGANDO TODO NOSSO PATRIMÔNIO E SOBERANIA É A META DA TAL NOVA POLÍTICA QUE DE NOVA NÃO TEM NADA.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PF aponta que vazamento teria ajudado CV a preservar influência política de olho em 2026

Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

A Polícia Federal afirmou que o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), teria atuado para obstruir a Operação Zargun ao orientar o então deputado TH Jóias após saber previamente da ação. Segundo a PF, essa conduta poderia ter como objetivo manter a relação de agentes políticos com o Comando Vermelho, facção que exerce forte domínio territorial no Rio e que, segundo investigadores, poderia converter essa influência em “milhões de votos” nas eleições de 2026.

Bacellar foi preso nesta quarta-feira (3) na Operação Unha e Carne, suspeito de vazar informações sigilosas e interferir nas investigações. A PF aponta que o Comando Vermelho vinha ampliando suas conexões políticas, incluído o lançamento de possíveis candidatos ligados ao grupo. Um deles seria Índio do Lixão, considerado braço direito de Pezão e responsável por movimentar R$ 120 milhões em cinco anos.

As mensagens interceptadas pelos investigadores mostram que aliados de TH Jóias discutiam abertamente a possibilidade de lançar Índio como candidato em Duque de Caxias. Além disso, o ex-subsecretário Alessandro Pitombeira Carracena, também preso, é acusado de atuar para atender interesses da facção, inclusive interferindo em ações policiais, como a retirada de uma base do Batalhão de Choque que atrapalhava o CV.

TH Jóias, preso em setembro, é acusado de usar o mandato na Alerj para favorecer o crime organizado, intermediando compra de drogas, armas e equipamentos para o Complexo do Alemão. As investigações revelam que a infiltração da facção em estruturas do Estado alcançou parlamentares, policiais e ocupantes de cargos estratégicos.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Câmara reage ao STF e aprova PL que reduz poder de decisões individuais de ministros

Foto: Renato Araújo / Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (3) o Projeto de Lei 3.640/2023, que limita decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal. O texto, aprovado em caráter terminativo, segue direto para o Senado e impede que um único ministro suspenda leis aprovadas pelo Congresso sem que a medida seja rapidamente submetida ao plenário da Corte.

A votação ocorreu poucas horas após o ministro Gilmar Mendes determinar que apenas a Procuradoria-Geral da República pode protocolar pedidos de impeachment contra ministros do STF, além de exigir votação de dois terços do Senado para qualquer afastamento — decisão que gerou forte reação no Legislativo. O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, classificou a medida como preocupante e cobrou respeito às prerrogativas do Parlamento.

Pelo projeto aprovado, partidos que não alcançarem a cláusula de barreira deixam de poder propor ações diretas no STF, restringindo o acesso de legendas nanicas à Corte. Além disso, qualquer medida individual de ministro deverá ser justificada e levada ao colegiado na sessão seguinte, reduzindo o alcance das decisões unilaterais.

O movimento do Congresso ocorre em meio ao desgaste entre Legislativo e Judiciário sobre limites institucionais. Parlamentares defendem que mudanças desse tipo devem ser feitas por lei, para evitar que decisões de um único ministro modifiquem normas aprovadas pelas duas Casas e sancionadas pela Presidência.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Flamengo confirma hegemonia, vence o Ceará e garante novo título brasileiro

Foto: Buda Mendes/Getty Images

O Flamengo conquistou na noite desta quarta-feira (3) mais um título do Campeonato Brasileiro ao vencer o Ceará por 1 a 0, no Maracanã, em duelo válido pela 37ª rodada. O gol da vitória saiu dos pés de Samuel Lino, que marcou seu quarto tento na temporada desde que chegou ao clube como reforço mais caro da história rubro-negra.

Com a taça de 2025, o Rubro-Negro chega ao oitavo título brasileiro reconhecido pela CBF — somando as conquistas de 1980, 1982, 1983, 1992, 2009, 2019, 2020 e agora 2025. A equipe volta a campo no domingo (7), fora de casa, contra o Mirassol, apenas para cumprir tabela na última rodada.

No jogo, o Flamengo tomou a iniciativa desde os minutos iniciais e criou boas chances com Jorginho, até abrir o placar aos 37, quando Carrascal achou belo passe para Samuel Lino finalizar entre as pernas do goleiro. O Ceará respondeu no segundo tempo, pressionou pelos lados do campo e chegou perto do empate, mas parou nas defesas de Rossi e na zaga rubro-negra.

Com a vantagem construída, o time carioca controlou a partida na etapa final e segurou o resultado que lhe garantiu mais um campeonato nacional diante de um Maracanã lotado.

Com informações da CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

PF encontra R$ 90 mil em dinheiro vivo com presidente da Alerj

Foto: Reprodução

A Polícia Federal encontrou R$ 90.840 em dinheiro vivo no carro oficial de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj. Três celulares do parlamentar também foram apreendidos e serão periciados. A ação faz parte da Operação Unha e Carne, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Bacellar é suspeito de vazar informações da Operação Zargun, que prendeu o ex-deputado estadual TH Joias. Segundo a PF, ele teria orientado TH a fugir e destruir provas às vésperas da ação policial. A defesa do deputado nega qualquer envolvimento e afirma que Bacellar prestou todos os esclarecimentos exigidos pela corporação.

A Operação Zargun, deflagrada em setembro, investigou o Comando Vermelho no Complexo do Alemão e sua infiltração em autoridades públicas para garantir impunidade e facilitar crimes como tráfico interestadual de drogas, contrabando e importação de armas. Entre os presos estavam TH Joias, policiais militares, um delegado federal e ex-secretários estaduais.

Rodrigo Bacellar já foi secretário estadual, foi eleito deputado duas vezes e reconduzido à presidência da Alerj em fevereiro deste ano. Agora, além da prisão anterior, o parlamentar enfrenta a apreensão de um volume expressivo de dinheiro vivo em seu carro oficial, reforçando a suspeita de envolvimento em irregularidades graves.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

STF assume controle total das investigações do Banco Master e enterra instâncias menores

Foto: Reprodução

O ministro Dias Toffoli decretou nesta terça-feira (3) que o STF vai comandar sozinho as investigações sobre o Banco Master. A decisão atende ao pedido da defesa de Daniel Vorcaro, dono do banco, que queria afastar qualquer instância inferior da jogada.

O caso corre em sigilo e envolve contratos imobiliários apreendidos pela Polícia Federal. A defesa de Vorcaro alegou que o deputado João Carlos Bacelar aparece nos documentos e, por ter foro especial, só o STF poderia autorizar medidas contra ele.

Toffoli acatou: qualquer ação judicial agora precisa passar pelo crivo da Corte, segundo informações da CNN.

Além disso, Luiz Antonio Bull, ex-diretor do banco, terá acesso a todas as provas já documentadas — desde que não estejam em andamento — graças à Súmula 14 do STF.

E todas as futuras diligências da PF precisarão da autorização do Supremo até que a Procuradoria-Geral da República se manifeste.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

AGU tenta barrar decisão de Gilmar sobre impeachment no STF

Foto: Reprodução

A Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, indicado por Lula ao STF, reagiu à decisão de Gilmar Mendes que limitou o impeachment de ministros apenas à PGR. O pedido foi entregue nesta quarta-feira (3) e pede que a medida cautelar seja suspensa até o julgamento final pelo Plenário do Supremo, marcado para o dia 12.

Mendes havia decidido que apenas a PGR poderia protocolar denúncias por crime de responsabilidade contra ministros, tirando do cidadão comum o poder de acionar o Senado.

Na manifestação, a AGU defende que qualquer cidadão tem legitimidade para apresentar denúncias, sem ameaçar a independência do Judiciário, e lembra que o controle popular sobre o poder é garantido pela Constituição.

O órgão também alerta para os riscos de o STF agir como “legislador substitutivo” e reforça que o Senado já tem mecanismos internos para filtrar denúncias, evitando processos sem justa causa.

Além disso, a AGU defende ajustes na lei, como exigir elementos mínimos de acusação em denúncias populares, seguindo exemplo do Projeto de Lei do Senado nº1.388/2023, que busca maior clareza e representatividade no impeachment.

Concorda, mas ataca

A AGU concorda com Gilmar Mendes sobre a necessidade de quórum qualificado de 2/3 dos senadores para abrir o processo e sobre a impossibilidade de responsabilizar magistrados apenas pelo mérito de suas decisões.

Mas diverge em pontos cruciais: sustenta que o afastamento do cargo após abertura do processo é constitucional e necessário para evitar interferência nos julgamentos, enquanto critica a redução de salários de ministros, considerada inconstitucional.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Briga de facções cancela Natal Solidário em Angicos: cidade sob toque de recolher

Foto: Divulgação

A cidade de Angicos parou. Um “salve” do Comando Vermelho (CV) impôs toque de recolher após as 22h, deixando ruas vazias e comércios fechados mais cedo. A violência não é novidade: muros pichados marcando território, assassinato no fim de semana e troca de tiros na tarde de sábado mostraram quem realmente manda na cidade.

O caos acabou derrubando também o evento “Natal Solidário Antecipado”, que aconteceria no próximo sábado (6). A organização anunciou que a festa foi adiada por prudência. Os ingressos continuam válidos para a nova data, que será divulgada em breve, e promete um line-up ainda melhor.

Quem comprou ingresso VIP em dinheiro deve buscar reembolso a partir de sexta-feira (5) no ponto de venda. Compras por PIX ou cartão terão estorno automático em até 72h. Para quem adquiriu pista por 1kg de alimento, os donativos seguem destinados a famílias carentes e o ingresso continua válido para a nova data.

Moradores relatam ruas desertas e sensação de abandono. Segundo relato enviado ao BLOG DO BG por um leitor, “a cidade fechou as portas ontem depois desse salve”.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Argentina devolve cinco brasileiros do 8 de Janeiro: STF comemora vitória

Foto: Reprodução

A Justiça da Argentina decidiu, nesta quarta-feira (3), extraditar cinco brasileiros condenados pelo STF pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A determinação atende ao pedido do ministro Alexandre de Moraes e põe fim à fuga dos réus para o país vizinho, segundo informações do Metrópoles.

Ana Paula de Souza, Wellington Firmino, Rodrigo de Freitas, Joelton Gusmão Oliveira e Joel Borges Corrêa serão enviados de volta ao Brasil para cumprir penas que passam de 14 anos. Todos haviam sido presos no final de 2024 na Argentina, depois de tentarem escapar da Justiça brasileira.

O juiz Daniel Rafecas, da 3ª Vara Federal de Buenos Aires, analisou se os crimes reconhecidos no Brasil têm equivalência na lei argentina e se o processo seguiu o tratado de extradição entre os dois países. O mérito das condenações não foi discutido, apenas a legalidade do envio dos réus.

Os cinco foram condenados por tentativa de golpe de Estado, ataque ao Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada e destruição de patrimônio público. Advogados ainda podem recorrer à Suprema Corte da Argentina, mas a tendência é que os condenados retornem em breve para cumprir suas penas no Brasil.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Lula ganha folga do TCU e rombo fiscal pode chegar a R$ 31 bilhões

Foto: Divulgação

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu nesta quarta-feira (3) luz verde para o governo Lula mirar o piso da meta fiscal, depois que o Congresso autorizou a mudança na LDO. Na prática, o Planalto não precisa mais tentar zerar o déficit e pode fechar o ano com um rombo fiscal de até R$ 31 bilhões. Mais dinheiro para gastar, menos responsabilidade com as contas do país.

Ministros do TCU alertaram que o governo começou a usar a regra antes da lei valer de verdade — prática parecida com as pedaladas de Dilma, segundo informações do Infomoney. O recado é claro: gastar antes da autorização é irregular, mas o Planalto não se importa e segue abrindo espaço para despesas extras.

Enquanto isso, a dívida pública continua subindo, e o alerta dos técnicos é ignorado. A LDO de 2026 ainda vai passar no Congresso, mas tudo indica que vai repetir a liberação para o governo gastar à vontade.

No fim, a conta é sempre a mesma: Lula ganha folga para brincar com o dinheiro público, e quem paga o preço é o brasileiro.

Opinião dos leitores

  1. Brasília politicamente é um antro de conchavos que sobra no espinhaço do povo. Como se fosse pouco, ainda há a ditadura do judiciário, tirando a liberdade e perseguindo quem quer que seja.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Senado engaveta 81 pedidos de impeachment contra o STF — e quase metade é contra Moraes

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O Senado está empilhando 81 pedidos de impeachment contra ministros do STF desde 2021 — e nenhum andou um centímetro. O campeão de reclamações é Alexandre de Moraes, com 43 pedidos, refletindo o desgaste e a insatisfação crescente com os rumos políticos e judiciais do país. Atrás dele aparecem Barroso (20), Gilmar Mendes (10) e, surpreendendo pela rapidez, Flávio Dino, recém-chegado e já com 8 pedidos.

Pela lei atual, qualquer cidadão pode pedir o impeachment de autoridades dos Poderes Executivo e Judiciário. Mas isso mudou na prática: Gilmar Mendes decidiu nesta quarta (3) que só a PGR pode pedir impeachment de ministros do Supremo, tirando o direito do povo de cobrar responsabilização.

Na mão do Senado, presidido por Davi Alcolumbre, tudo segue engavetado. E vale lembrar: pela lei de 1950, o presidente do Senado nem é obrigado a responder.

O único pedido analisado no período foi o do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2021, contra Moraes, após o ministro abrir investigação sobre uma live. Rodrigo Pacheco, que presidia o Senado, rejeitou em seis dias alegando falta de “justa causa”.

A mesma live depois virou munição da PGR no processo que levou Bolsonaro a ser condenado — num julgamento apontado como político por boa parte da direita.

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *