Política

Enéas Carneiro, ícone da extrema-direita, é ‘herói’ de Bolsonaro

Foto: Paulo Giandália – 21.jul.1998/Folhapress

Visto como autoritário e truculento por muitos, um político se lança à Presidência prometendo restabelecer a ordem no Brasil. Aos berros, acusa PT e PSDB de serem faces da mesma moeda, defende os valores da família tradicional brasileira e questiona os interesses internacionais por trás da demarcação de reservas na Amazônia.

Não estamos falando da movimentação do deputado federal Jair Bolsonaro rumo a 2018, mas sim da candidatura do médico acreano Enéas Carneiro ao Palácio do Planalto, em 1994.

Morto em 2007, Enéas concorria pelo pequeno Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona) e deixou para trás figurões como os governadores Leonel Brizola (PDT) e Orestes Quércia (PMDB). Com 7% dos votos, chegou em terceiro lugar, atrás do petista Luiz Inácio Lula da Silva e do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Vinte e três anos depois, várias bandeiras de Enéas ressurgem na disputa presidencial —agora encampadas por Bolsonaro, que se diz grande admirador do cardiologista acreano e o considera uma de suas maiores influências na política.

O apreço é tanto que, em maio, o deputado e seu filho, Eduardo Bolsonaro, propuseram uma lei para que Enéas seja incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria – lista de personagens que, segundo página do Senado, “protagonizaram momentos marcantes da história do Brasil” e tiveram seus nomes aprovados em votação no Congresso e que conta atualmente com 41 nomes, entre eles Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Dom Pedro 1º, Santos Dumont, Chico Mendes, Getúlio Vargas e Heitor Villa-Lobos.

“Seu valoroso nacionalismo e sua oposição ao comunismo o qualificam como herói da pátria”, justificam pai e filho no Projeto de Lei 7.699.
Em outra frente, o Partido Ecológico Nacional (PEN) – pelo qual Bolsonaro deve disputar a Presidência – anunciou que cogita mudar o nome para Prona em homenagem ao político acreano.

‘HOMEM DO FUTURO’

Bolsonaro costuma dizer que Enéas foi um “homem do futuro” e destacar as posições do médico sobre o nióbio, metal que também ocupa um papel central na plataforma econômica do deputado. O Brasil abriga 98% das reservas conhecidas de nióbio, elemento químico empregado na fabricação de turbinas de avião, tomógrafos e lâmpadas potentes, entre vários outros itens de alta tecnologia.

Foto: Marcus Leoni -08.jun.2017/ Folhapress

Enéas lamentava que o Brasil exportasse nióbio bruto “a preço de banana”, em vez de usá-lo para desenvolver a indústria nacional. Ele dizia que o metal tinha tanto potencial que poderia até lastrear a moeda brasileira.

Bolsonaro compartilha do entusiasmo do acreano e defende que o Brasil tenha um “vale do nióbio” – referência ao Vale do Silício, sede de várias das maiores empresas de alta tecnologia dos EUA.

Direito de imagem Agência Brasil Image caption Pensamento de Bolsonaro e Enéas se une na crítica à demarcação de terras indígenas
O deputado diz que o metal poderia ter peso maior que o agronegócio na economia brasileira —opinião vista como exagerada por especialistas, que, no entanto, reconhecem que o país poderia agregar mais valor ao produto antes de vendê-lo.

Outro ponto que une Enéas e Bolsonaro é a crítica à demarcação de áreas indígenas. Em 2005, quando eram colegas na Câmara dos Deputados, os dois viajaram juntos a Roraima, onde 46% das terras são ocupadas por índios.

Na volta, Enéas afirmou no plenário que os indígenas não precisavam de terras, mas de melhores condições materiais. “A terra dada aos índios é suficiente para eles andarem por ali durante 600 anos e sequer chegarem a conhecer toda a região. Tudo isso está altamente programado por um monstruoso poder alienígena [estrangeiro], que tem interesse nas riquíssimas jazidas que estão no subsolo brasileiro.”

Da mesma forma, Bolsonaro costuma dizer que “onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela”. Em visita recente a Mato Grosso, afirmou que não haverá “um centímetro quadrado demarcado como terra indígena” se virar presidente.

ENÉAS MIL GRAU

“Grande parte dos índios são brasileiros como nós: ele quer ter energia elétrica, televisão, namorar uma loirinha, ter internet.”

As frequentes menções de Bolsonaro a Enéas têm ajudado a popularizar o acreano entre fãs do deputado e grupos de jovens de direita.

No canal Enéas Mil Grau no YouTube, um vídeo expõe as “mitadas mais fodas” do cardiologista. Indagado num programa de TV se acreditava em Deus, ele diz que sim, pois não conseguia “entender um universo tão bem feito no nível macrocósmico e microcósmico sem que haja uma mente prodigiosa por trás”. Uma montagem então exibe o rosto de Enéas com óculos escuros ao som do rap “Turn Down For What”.

No canal Enéas Mil Grau no YouTube, vídeo expõe as ‘mitadas mais fodas’ do cardiologista

Muitas páginas de fãs de Bolsonaro mostram entrevistas e discursos de Enéas, ressaltando seu parentesco ideológico com o ídolo. Em alguns vídeos, o médico é tratado como um visionário ao criticar o megainvestidor húngaro-americano George Soros na campanha presidencial de 2002.

Enéas condenava a participação de Soros na privatização da mineradora Vale (o bilionário comprou 1,25% das ações da empresa) e o criticava por financiar organizações pró-legalização de drogas. Em 2010, o investidor escreveu um artigo no Wall Street Journal em que defendeu substituir políticas de repressão às drogas por campanhas de educação.

Hoje, Soros é um dos maiores alvos de grupos conservadores brasileiros e estrangeiros, vilanizado por financiar causas associadas à esquerda mundo afora, como igualdade de gênero, direitos LGBT e combate ao racismo.

Em outro vídeo, um seguidor de Bolsonaro compara o tratamento recebido pelo deputado ao dado ao acreano. “Estão fazendo com Bolsonaro o mesmo que fizeram com Enéas – desprezado, humilhado e chamado até de louco por muitos.”

Afilhada política de Enéas, a médica sergipana Havanir Nimtz, eleita vereadora e deputada estadual em São Paulo, celebra o ressurgimento do mentor. “Seus ensinamentos estão mostrando à população brasileira, via YouTube, Facebook e outros meios de comunicação, que ele estava certo, e que a solução para o Brasil é administrá-lo com força, capacidade e princípios familiares e religiosos”, ela diz em nota à BBC Brasil.

Hoje sem cargo político e filiada ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Havanir não quis comentar a ascensão de Bolsonaro.

CRÍTICAS À DITADURA

Apesar das convergências entre Enéas e Bolsonaro, há diferenças importantes em seus pensamentos e trajetórias.

Autor da tese de doutorado Meu nome é Enéas!, bordão usado pelo cardiologista em suas propagandas eleitorais, o historiador e pesquisador da PUC do Rio Grande do Sul Odilon Caldeira Neto diz que os dois políticos se aproximam pelo discurso nacionalista e pela “tentativa de criar uma forma autoritária e conservadora de estruturar a nação brasileira.”

Ele aponta, porém, que Enéas discordava de Bolsonaro em relação à ditadura militar. Em entrevista ao programa Roda Viva, em 1994, o médico criticou o regime por asfixiar a imprensa e por “esquecer uma coisa fundamental: a formação do cidadão, o investimento no homem”. No manifesto de fundação do Prona, de 1989, o partido diz que a ditadura “não foi um período de felicidade para o povo brasileiro”.

Já Bolsonaro “tenta se colocar como um herdeiro do regime militar”, segundo o historiador. O deputado costuma dizer que os militares livraram o país do comunismo e deram mais segurança e liberdade aos brasileiros.

Cofundador do Prona e candidato a vice na chapa liderada por Enéas em 1989, o médico Lenine Madeira de Souza rejeita a associação com Bolsonaro.

“O doutor Enéas era uma pessoa altamente preparada, cheia de valores. Não se compara com um indivíduo que se coloca dentro de um contexto de direita, tentando pegar os mais desavisados como se fosse uma solução – solução que naturalmente deixaria o país numa situação muito pior”, diz Souza.

Procurado pela BBC Brasil por email e telefone, Bolsonaro não respondeu aos pedidos de entrevista sobre a influência de Enéas em sua carreira.

Dois grupos disputam o posto de herdeiros do Prona. Ex-assessora de Enéas, a advogada Patrícia Lima tenta criar o Partido de Reestruturação da Ordem Nacional. Aliado da advogada, João Vitor Sparan disse à BBC Brasil que o grupo discute com a equipe de Bolsonaro uma fusão ou aliança para 2018.

Outra entidade é liderada pelo teólogo Euclides Netto, ex-membro do Prona e que tenta fundar o Novo Partido da Reedificação da Ordem Nacional. Netto se diz o verdadeiro sucessor de Enéas e condena o diálogo entre Bolsonaro e Patrícia Lima.

AUTORIDADE E ORDEM

Assim como Bolsonaro, Enéas também começou sua carreira nas Forças Armadas —onde, segundo Odilon, “se inicia o processo da construção do apego à autoridade e à ordem” que o marca.

Nascido em 1938 em Rio Branco, capital do Acre, ele se muda aos 20 anos com a mãe viúva para o Rio de Janeiro em busca de uma vaga na Escola de Sargentos do Exército. Odilon diz que o acreano ficou dois anos na instituição, até se formar em primeiro lugar da turma como 3° Sargento Auxiliar de Anestesia.

Em seguida, Enéas entra na Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense e, dois anos depois, inicia a graduação em Física e Matemática.

O acreano atuou como cardiologista por mais de 30 anos e lançou em 1977 o livro O Eletrocardiogama, que se tornou referência entre profissionais da área.

Além de atender em hospitais no Rio, Enéas deu aulas a estudantes de medicina e foi professor de matemática, física, química, biologia e português em cursos pré-vestibular. Entre 1986 e 1988, presidiu a Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro, experiência que o ajudou a atrair colegas para a criação do Prona.

A trajetória acadêmica de Enéas e sua longa carreira como professor contrastam com a formação de Bolsonaro, que cursou a Escola de Educação Física do Exército e fez carreira como paraquedista militar, passando à reserva como capitão.

Segundo Odilon, Enéas “acreditava que só poderia ser uma liderança porque tinha uma formação intelectual e sempre fazia questão de mostrar seu vasto currículo e conhecimento – uma distância muito grande do que promove Bolsonaro, que faz um discurso em defesa da não-intelectualidade”.

A principal crítica de Enéas a Lula era sua baixa escolaridade. “Não consigo entender que se lance um candidado ao cargo mais alto da República e haja aplauso de um grupo a uma pessoa que nunca estudou e se exprime com muita dificuldade”, afirmou.

INTEGRALISMO E FASCISMO

O historiador diz que, após lançar o Prona, Enéas conquistou o apoio de centros de estudos integralistas, movimento nacionalista inspirado no fascismo italiano e que teve como destaque o político e escritor paulista Plínio Salgado (1895-1975).

Enéas rejeitava o rótulo de fascista e dizia que seu único vínculo com o integralismo era a postura nacionalista.

“Sou radicalmente contra a pena de morte, radicalmente contra qualquer forma de discrimação”, afirmou. Em outros momentos, porém, disse que homossexuais eram “um desvio” e pertenciam a um “grupo que, se se generalizasse, representaria a extinção da espécie”.

Segundo Odilon, o médico não via qualquer benefício político em ser associado ao integralismo, mas percebeu que poderia ser vantajoso interagir com o movimento e permitiu que alguns de seus adeptos entrassem no Prona.

Um dos maiores expoentes do integralismo —o médico mineiro Elimar Máximo Damasceno— chegou a se eleger deputado federal pelo partido em 2002. Damasceno foi endossado por apenas 484 eleitores, mas, junto de outros quatro colegas do Prona, foi puxado para a Câmara pelos 1,5 milhão de votos obtidos por Enéas.

Segundo Odilon, embora Enéas fosse visto como folclórico por muitos eleitores, ele incorporava um discurso político com longa trajetória na política brasileira, com raízes não só no fascismo e em outros movimentos autoritários anteriores à Segunda Guerra, mas no Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1946).

Tanto é assim que, na eleição presidencial de 1955, o integralista Plínio Salgado obteve 8% dos votos – resultado parecido com a votação de Enéas em 1994.

“O regime militar e Enéas representam uma certa continuidade, com algumas modificações, de um longo trajeto desse nacionalismo de direita”, diz o historiador.

ELO COM MILITARES

O mesmo pragmatismo que fez Enéas dialogar com integralistas o estimulou a se aproximar de militares. Na campanha de 1994, Enéas defendeu triplicar o efetivo das Forças Armadas.

Quatro anos depois, em outro aceno ao setor, propôs que o Brasil desenvolvesse armas nucleares “não para jogar a bomba em ninguém, mas sim para evitar que alguém jogue a bomba aqui”.

Mais tarde, após se eleger deputado, tornou-se um dos principais críticos ao desarmamento da população civil, tema caro à atual “bancada da bala”.

Odilon diz que, apesar das convergências, o médico divergia dos militares na forma de encarar o comunismo. “De fato, em diversos momentos Enéas Carneiro elogiava a filosofia marxista, ainda que criticasse sobretudo a burocracia e o controle dos meios de produção e a experiência histórica oriunda da Revolução Soviética.”

Certa vez, questionado sobre figuras estrangeiras que admirava, citou Fidel Castro. Depois justificou-se dizendo que o mencionara “pela personalidade forte, pela coragem de enfrentar o monstro [EUA]”, mas que não era socialista e defendia a economia de mercado.

Embora se dissesse pró-capitalismo, Enéas foi radicalmente contrário à privatização de estatais nos anos 1990. Para ele, as vendas lesaram o patrimônio público e deixaram setores econômicos estratégicos nas mãos de “testas de ferro do capital internacional”.

As posições se contrapõem ao discurso atual de Bolsonaro. No início de sua carreira política, o deputado era crítico à privatização de estatais, mas passou a dizer que “quanto mais o Estado se afastar de qualquer atividade econômica, melhor será para o Brasil”.

FUSÃO E LEUCEMIA

Em 2006, a aprovação da cláusula de barreira pelo Congresso ameaçava acabar com o Prona, ao impor restrições a partidos que não recebessem uma votação mínima em boa parte do país. A sigla então se uniu ao Partido Liberal (PL), grupo do então vice-presidente, José Alencar, dando origem ao Partido da República (PR).

Naquele ano, Enéas se reelegeu deputado pelo PR, mas o avanço de uma leucemia debilitava sua saúde. Antes de começar a quimioterapia, resolveu raspar a barba, um de seus símbolos. O médico morreu no ano seguinte, aos 68 anos.

Na pequena comitiva de políticos presentes no velório —entre os quais Bolsonaro, Havanir e o pastor evangélico Édino Fonseca—, chamou a atenção dos jornalistas a presença do então deputado Aldo Rebelo, militante histórico do Partido Comunista do Brasil (PC do B).

À saída, o comunista disse que Enéas agia conforme suas crenças e era “um homem público de elevada confiabilidade” —sinais de um tempo não tão distante em que a polarização política no país era mais branda.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Falar do finado Eneas Carneiro "HOJE"… é só assistir aos videos dele no youtube. Tirem as suas próprias conclusões com os modelos de "presidenciáveis" que temos Hoje. E ainda o consideravam "insano mental".

  2. Dr. Éneas era um político de valor, texto falou de muitas coisas menos a desgraça o que imprensa fez com a imagem deste homem de valor..
    Ele foi taxado de doido e ridicularizado, claro nunca defendeu os interesses privados, por esta e outras covardias ele não foi eleito presidente do nosso sofrido país, hoje ao meu ver ele sim seria um ótimo presidente, e não esta geração de "donos do Brasil", que simplesmente sucatearam e saquearam nosso país.
    Seus discursos sempre esteve a frente do tempo, previsão de mestre , acredito que não ele tinha conhecimento e era realmente preparado para isto…

    1. quando Enéas disse que estava se comunicando com extra-terrestres, não tive mais dúvida da sua insanidade mental !

  3. Eneas nunca foi direita, quiçá extrema direita. Era a favor do Estatismo. Criticou até sua morte as privatizações. A definição de direita hoje é : falou mal do PT é direita. Pura demagogia.

    1. Não poderia ser diferente, é o estado que manteve o bandido do Henrique Alves no poder por décadas! Votar, definitivamente, não é o nosso forte!

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Geral

VÍDEO: Após visita, Nikolas diz que, se Bolsonaro for preso, pode não sobreviver

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou, nesta sexta-feira (21/11), que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso, ele pode não conseguir ficar vivo no presídio. O parlamentar encontrou Bolsonaro após ter a visita autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), três meses depois de fazer o pedido.

Bolsonaro cumpre atualmente prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, há 109 dias.

Segundo o deputado, não se sabe o que pode acontecer com o ex-presidente. Bolsonaro “pode ir para a cadeia amanhã e, depois, morrer; ninguém sabe o que pode acontecer”, afirmou.

“Está com uma crise forte de soluço. Inclusive, nesta noite praticamente não dormiu — bastante soluço. […] A situação está muito difícil. Tudo isso é decorrente de uma facada”, explicou Nikolas.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. ir para a cadeia e poder morrer é uma realidade. Todo doente sabe que pode morrer na cadeia. Para não ir para cadeia, basta não cometer crimes.

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Geral

Em crise, Bolsonaro soluça há 23 horas e tem apresentado quadro de vômito, seguido de broncoaspiração

Foto: HUGO BARRETO/METRÓPOLES

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está com uma nova crise de soluço que já dura 23 horas, segundo interlocutores. Bolsonaro também tem apresentado quadro de vômito, seguido de broncoaspiração que resulta em falta de ar que dura de 15 segundos a 1 minuto.

Mais cedo, o vereador e filho Carlos Bolsonaro (PL-RJ) fez um desabafo sobre o estado de saúde do pai dizendo que “jamais” o viu como está. “Está soluçando dormindo e fico com medo de refluxo nesse estado, o que pode de fato se tornar fatal caso broncoaspire o que vomitar. Se acordado, vomita constantemente; dormindo, fico com calafrios só de olhar”, declarou.

Ainda nesta sexta-feira (21/11), Bolsonaro foi visto e fotografado por Mateus Bonomi, da Reuters, ao abrir a porta para receber o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Na imagem, o ex-presidente aparece com discreto sorriso.

Com a persistência dos soluços e vômitos, a família avalia a possibilidade de levá-lo ao hospital. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e qualquer deslocamento deve ser avisado à Corte. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe, e há expectativa de que possa ser enviado para cumprir pena na prisão na próxima semana.

Bolsonaro foi internado pela última vez no dia 16 de setembro. Ele teve queda de pressão, crise de soluço e episódios de vômico. O ex-presidente sofreu uma facada em 2018 e, desde então, passou por procedimentos no intestino.

Metrópoles

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Geral

MAIS PROTAGONISMO: Supremo assume competência para julgar causa trabalhista

Foto: Antonio Augusto/STF

O STF deu um passo importante para ampliar seu papel em decisões constitucionais. Por maioria, a Corte aplicou pela primeira vez o Incidente de Assunção de Competência (IAC) para assumir um processo que estava no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

e definir uma regra nacional para casos trabalhistas envolvendo direitos fundamentais.

O IAC permite que o Supremo “puxe” para si processos de tribunais superiores quando há questões relevantes de direito, com grande repercussão social, e necessidade de uniformizar interpretações. Com isso, o STF criou um padrão único para situações que vinham sendo decididas de forma divergente na Justiça do Trabalho.

A medida reacende o debate sobre ativismo judicial. Críticos, como o ministro André Mendonça, afirmam que o Judiciário tem atuado como legislador e até como um “poder moderador”, interferindo nos outros Poderes.

O caso que originou a decisão

O processo analisado pelo STF envolvia servidores da Funasa, que passaram do regime celetista para o estatutário em 1990. Uma servidora cobrou FGTS relativo ao período após a mudança de regime, e o TST apoiou o direito ao pagamento. A Funasa recorreu ao STF alegando descumprimento de decisões anteriores da Corte.

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Geral

Defesa apresenta laudos médicos e pede a Moraes que Bolsonaro cumpra pena em prisão domiciliar

Foto: HUGO BARRETO/METRÓPOLES

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta sexta-feira (21/11) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele cumpra em casa pena pela condenação na trama golpista.

Os advogados apresentaram ao Supremo uma série de laudos médicos atualizados e pediram que ele não vá para regime fechado em presídio. Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, Bolsonaro tem os embargos analisados pela Primeira Turma.

Nesta sexta-feira (21/11), a defesa pediu em caráter excepcional e humanitário que Bolsonaro seja mantido em prisão domiciliar.

Veja os pedidos:

  • Concessão de prisão domiciliar humanitária, em substituição ao regime inicial fechado fixado na condenação, a ser cumprida integralmente em sua residência, sob monitoramento eletrônico e com as restrições cabíveis a serem impostas;
  • Autorização para deslocamento exclusivo para tratamento médico, mediante prévia comunicação ou, em casos de urgência, justificativa no prazo de 48 horas e;
    o reconhecimento da natureza humanitária e excepcional da medida, assegurando-se o direito à continuidade do tratamento clínico integral.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. O carrasco é um ser que tem muito ódio no coração, não conhece a misericórdia nem ato humanitário, sabem porque? Porque ele é um carrasco.

  2. E daí, eu não sou coveiro!
    Tchau, Jair…👋👋👋
    Jair plantou!
    A colheita tá começando.

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Geral

Moraes determina prisão preventiva de Ramagem

Foto: Reprodução/ STF e Câmara dos Deputados)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O parlamentar está em Miami, nos Estados Unidos. A informação de que oRamagem está fora do país foi divulgada pelo portal PlatôBR e confirmada à CNN por fontes da PF (Polícia Federal).

A corporação apura se ele deixou o país de forma clandestina, para fugir da condenação determinada pelo Supremo.

Ramagem tinha medidas cautelares impostas pelo STF, como a proibição de se ausentar do país e a determinação de entregar todos os passaportes (nacionais e estrangeiros), em razão das investigações contra o deputado.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Luis Craveira, nao manda em nada, o ditador Alexandr nao analisa putra coisa, a nao ser perseguir o pessoal de Bolsonaro.Fez certo Ramagem fugir pelo um tempo fica longe dessa preste.

  2. 4 anos de governo Bolsonaro sem corrupção, ja no desgoverno do Luladrão com 3 anos de corrupção e os mau-caráter aplaudindo…bandido defende bandido

  3. Mais um que teve a carreira destruída pelo Bozo.
    #Fechado com Bolsonaro
    #Na papuda

  4. Jair Bolsonaro teve a oportunidade de fazer o mesmo e não o fez, mesmo sabendo da farsa suprema. Vai ter que pagar o preço pela mancada que deu.

    1. Lula foi preso injustamente e aceitou a prisão. Bolsonaro é só um covarde que vai se cagar ao vivo na TV quando for preso.

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Após incêndio na COP 30, seis pessoas permanecem internadas por inalação de fumaça e crise de ansiedade

Foto: JACQUELINE LISBOA / AFP

No dia seguinte após o incêndio na Zona Azul da COP, seis pessoas permanecem internadas nos serviços de saúde de Belém, informa o governo federal. Os casos são relacionados à inalação de fumaça e crise de ansiedade, e não houve situação de queimaduras. Ao todo, houve 27 atendimentos em razão do incidente na quinta-feira (20).

No boletim enviado na manhã desta sexta (21), o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS), responsável pelo monitoramento e organização da assistência durante a COP30, informou que, das 27 pessoas atendidas em razão do incêndio, 21 já foram liberadas. Os seis pacientes restantes estão recebendo assistência nos serviços de saúde de Belém, em casos relacionados à inalação de fumaça e crise de ansiedade após o ocorrido, segundo o informe.

“As equipes de saúde municipal, estadual e federal seguem acompanhando e monitorando a assistência e o estado de saúde dos atendidos”, diz o boletim. O CIOCS é coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com equipe do estado e do município.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Oxende! A mídia amiga AFIRMOU que não haviam vítimas, apesar de várias ambulâncias haverem saido do local com pacientes direto para os hospitais. Meninos eu ví!!!

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Geral

VÍDEO: Helicóptero faz pouso de emergência e passageiros são assaltados no interior do Ceará

Ocupantes de um helicóptero foram assaltados logo após a aeronave fazer um pouso de emergência em Itapiúna, no interior do Ceará. O caso aconteceu nesta quinta-feira (20), no distrito de Palmatória.

Vídeos feitos por testemunhas registraram o helicóptero sobrevoando a localidade e, depois, já parado em um campo de futebol da região. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que as polícias Civil e Militar recuperaram itens pessoais roubados.

Além dos itens, uma motocicleta foi apreendida. Ninguém foi preso até a última atualização desta reportagem. Não há detalhes sobre quantos ocupantes estavam no helicóptero ou o motivo do pouso de emergência.

Com informações de g1 

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Geral

VÍDEO: Ataques aéreos russos destroem prédios e matam três crianças queimadas na Ucrânia

Drones russos atingiram um prédio em Ternopil, no oeste da Ucrânia, cidade que fica próxima à fronteira com a Polônia. Autoridades locais relataram dezenas de mortos, incluindo três crianças que foram queimadas vivas.

Equipes de resgate continuam procurando por 22 pessoas desaparecidas após ataques aéreos russos atingirem dois prédios de apartamentos na cidade ucraniana de Ternopil. O ataque noturno matou pelo menos 26 pessoas, incluindo três crianças.

A Rússia nega que civis sejam alvo, mas de acordo com relatos da Ucrânia, foram disparados 476 drones e 48 mísseis, atingindo principalmente infraestruturas energéticas, o que forçou a cortes de energia em várias regiões do país, prejudicando o aquecimento das casas no frio do inverno.

Folhapress

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Geral

Correios aprovam plano de reestruturação e preveem R$ 1,5 bilhão com venda de imóveis

Foto: Zach Stencil/MCom

Os Correios aprovaram um plano de reestruturação financeira, com medidas que visam o equilíbrio fiscal da estatal em crise. O plano aprovado na quarta (19) também inclui empréstimo de R$ 20 bilhões, previsto para ser concluído até o fim de novembro.

Além do crédito, os Correios também devem buscar monetizar ativos e vender imóveis, que, segundo a empresa, podem render R$ 1,5 bilhão em receita. A estatal prevê ainda reduzir até mil pontos de atendimento que estão deficitários.

Com o plano de reestruturação, os Correios estimam reduzir o déficit em 2026 e retornar à lucratividade em 2027.

Os recursos serão aplicados em uma série de medidas, que incluem a implementação de um programa de demissão voluntária e mudanças nos custos com plano de saúde. A empresa também vai buscar a adimplência com fornecedores.

O empréstimo dos Correios, antecipado pela Folha, terá garantia do Tesouro Nacional e deve ser fatiado para atrair mais instituições financeiras, em um esforço para reduzir os custos da operação. Um sindicato de quatro bancos (Banco do Brasil, BTG Pactual, Citibank e ABC Brasil) havia aceitado conceder o valor que a estatal pedia, mas com juros elevados.

A companhia acumula prejuízos crescentes desde 2022. O rombo neste ano deve alcançar R$ 10 bilhões —no primeiro semestre, o saldo já ficou negativo em R$ 4,4 bilhões.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. O rombo nos Correios é de 10 bilhões e eles pensam em arrecadar um bilhão e meio, a conta não fecha, isso é só lero lero prá enganar o mercado vê.

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Geral

TARIFAÇO DOS EUA: Saiba o que continua com 40% e o que deixou de ser taxado

Foto: reprodução

Os EUA anunciaram na quinta-feira (20) a retirada do tarifaço de 40% sobre alguns produtos brasileiros, como carne e café. A decisão, publicada pela Casa Branca, aconteceu uma semana depois de o governo de Donald Trump suspender a taxa de reciprocidade de 10% sobre 200 mercadorias, impostas a diversos países.

Os anúncios trouxeram alívio para boa parte dos produtos do agronegócio, mas ainda afetam a indústria, já que os produtos manufaturados seguem com taxa de 40%.

A seguir, veja alguns dos produtos que ainda estão no tarifaço e os que saíram.

Produtos com tarifaço

  • Máquinas
  • Motores
  • Calçados
  • Café Solúvel
  • Pescados
  • Mel

Produtos sem tarifaço

 

  • Carne bovina (todas as categorias)
  • Café (verde, torrado e derivados)
  • Frutas frescas, congeladas e processadas — incluindo laranja, abacaxi, banana, manga, açaí
  • Cacau e derivados
  • Especiarias (pimenta, gengibre, canela, cúrcuma etc.)
  • Raízes e tubérculos (mandioca em todas as formas)
  • Sucos e polpas de frutas
  • Fertilizantes (ureia, nitratos, potássicos, fosfatados)

g1

Opinião dos leitores

  1. Aguardemos pois o que foi oferecido em troca! Não existe almoço grátis, alguma coisa o chefe da quadrilha ofereceu, resta saber o que foi.

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