
Há exatos 20 anos, no dia 1º de julho de 1994, eram colocadas em circulação as primeiras cédulas do real. A nova moeda tinha com um de seus objetivos conter a inflação oficial, que apresentou alta de 2.477% ao final do ano anterior.
Para entender a criação do real, é necessário voltar para o ano de 1986, quando o cruzeiro (moeda que estava em circulação desde 1970) deu lugar para o cruzado. Aquela moeda, lançada um ano após o fim da Ditadura Militar, pelo então presidente José Sarney, tinha com principal objetivo conter a inflação, que assombrou a população ao longo do período ditatorial.
De acordo com o professor de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana, a situação econômica do País em 1994 era bastante “caótica”.
— A moeda não tinha valor, todo mundo saia correndo atrás de dólares e também tinha o problema de não servir como valor de troca.
Entre o cruzado e o real, outras três moedas diferentes passaram pelos bolsos dos brasileiros, todas elas com a mesma intenção: conter a inflação que tanto prejudicava a população nacional. Assim, o cruzado foi aceito até o cruzado novo entrar em circulação (1989 – 1990). A moeda foi ainda substituída pelo cruzeiro (1990 – 1993), cruzeiro real (1993 – 1993) e, finalmente, pelo real (1994). Na ocasião, R$ 1 tinha valor equivalente a 2.750 cruzeiros reais.
Segundo Samy, entre as principais diferenças que fizeram com que o plano real desse certo estão a transparência a respeito do plano para a população, o planejamento prévio e o não congelamento de preços.
— No Plano Real tivemos uma diferença na implementação dele. Então, ele foi executado com maior êxito.
Articuladores
Entre os principais nomes envolvidos na criação da nova moeda, ainda em 1993, estavam o do presidente Itamar Franco e do ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, que ganharia a eleição para assumir o comando do Brasil no ano seguinte.
Além dos dois nomes mais citados, também tiveram participação efetiva na criação da moeda o ministro da Fazenda durante as duas gestões de FHC, Pedro Marlan; o assessor especial do ministro da Fazenda ao longo da criação do plano, Edmar Bacha; e o secretário de política econômica adjunto do Ministério da Fazenda, Gustavo Franco.
Uma das medidas utilizadas pelos “pais do real” foi a criação da URV (Unidade Real de Valor), que visava corrigir a desvalorização inicial da moeda. A unidade era uma espécie de moeda virtual desenvolvida para ajudar na passagem do cruzeiro real para o real.
Na homenagem realizada a Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco em fevereiro, FHC lembrou que o clima tenso prevaleceu no período que antecedeu a instalação do real.
— Havia muita incompreensão. As pessoas tinham receio de que a URV fosse prejudicar os trabalhadores. Havia muita resistência de ministros, mas o presidente Itamar foi firme. Em pouco tempo, a população entendeu e aderiu. Isso é que é importante. Está na hora de tomar outras decisões — não vou dizer o que é, mas o povo sente que está na hora de apontar um novo rumo.
Moedas e cédulas
O real já passa pela sua segunda família. Na primeira delas, lançada em 1994, as características eram semelhantes em todas as moedas, com alteração somente dos tamanhos. Já na segunda família, as moedas colocadas no mercado em 2002, ganharam cores diferentes e brilho adicional.
Já na parte das cédulas, a reformulação aconteceu em 2010, quando entraram em circulação as novas notas de R$ 50 e R$ 100. Dois anos mais tarde foram reformuladas as notas de R$ 10 e R$ 20. As cédulas de R$ 5 e R$ 2 foram as últimas novidades e entraram no bolso da população, em 2013.
Apesar da modificação, as moedas emitidas na primeira geração continuam aceitas, com exceção dos extintos R$ 0,01 (moeda) e R$ 1,00 (cédula), que foi substituído pela moeda com borda dourada, devido ao custo que diminuí devido à maior durabilidade das moedas.
Eu tinha 7 anos no nascimento do Plano Real, foi quando eu ganhei meu primeiro carrinho de brinquedo do meu pai. Sempre achei que meu pai "não dava a minima pra mim", mas hoje eu ò compreendo. Obrigado FHC!
Vejam o que a curriola do PT não que ver, Esses são os caras que mudaram a economia do Brasil, criaram novos rumos e ponto final. Pércio Arida, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pedro Malan, Edmar Bacha, Clovis Carvalho, Winston Fritsch, e não pode faltar nessa lista ITAMAR FRANCO E FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, daqui prá frente, o PT só colheu os frutos e morreu Maria preá, agora diga que não foi. Lula é analfabeto politiqueiro,marqueteiro, já mais no time do PT tinha gente com essa categoria, tal magnitude para desenvolver um plano como o Real, muitos tentaram mais não conseguiram. Foram muitos, plano color,plano cruzado, plano Bresser, plano verão, etc… todos falharam só o Real feito por esses caras deu certo. No PT, o que tem muito é gente com talento para roubar, é só assistir os telejornais, todos os dias estoura um escândalo, Nunca já mas para fazer um plano Econômico.
A pura verdade do Plano Real nunca foi dita .
Em maio de 1993 ,o engenheiro Henrique Leusin idealizou o plano real em 2 dias, que entregou ao filho do embaixador Meira Penna.Este repassou ao Recúpero e FHC.Varios questionamentos foram feitos vindo do BC e Ministério da Fazenda.Só depois eles juntaram os economistas para formatar e executar o plano.Lembra da parabólica “o que é ruim eu escondo “ Recupero. Por que eu nunca apareci ? 1-pega mal;2- economistas não aceitariam um engenheiro .Em 27/06/2004 , 10 anos do Real,O Globo fez a reportagem no Colégio Cruzeiro.Escola que eu estudei. E tem muito mais.bye.
Falta de reconhecimento!
Estamos assistindo aos primeiros sinais de que o 20o aniversário do Plano Real deverá ser comemorado em grande estilo.
Não é para menos. No caminho da sexta eleição presidencial desde que o Real foi anunciado, o plano é uma bandeira prioritária da oposição para reivindicar a chance de retornar ao Planalto, após três derrotas consecutivas.
A oposição e a mídia divulgam que atualmente a inflação esta incontrolável, o mantra ecoa em todos os lados, mas será isso uma verdade?
Aos números: no primeiro mandato do governo Fernando Henrique, eleito a bordo da nova moeda, o IPCA foi de 22,4 em 1995, 9,5 em 1996, 5,22 em 1997 e 1,6 em 1998. Média anual: 9,3%.
No segundo mandato, a inflação subiu 8,9 em 1999, 5,9 em 2000, 7,6 em 2001 e 12,5 em 2002. Média anual: 8,6%.
No primeiro mandato do governo Lula, as altas foram de 9,3 em 2003, 7,6 em 2004, 5,6 em 2005 e 3,1 em 2006. Média anual: 6.4%
No segundo mandato do governo Lula, as altas foram de 4,4, 5,9, 4,3 e 5,9. Média anual: 5,1%
No governo Dilma, as altas foram de 6,5 em 2011, 5,8 em 2012, 5,9 em 2013 e 6,4 na projeção em 2014. Média anual prevista: 6,1%.
Inflação média? ora bolas… use a baixa e a alta… ai sim da pra se ver melhor. também tire d aconta os combustiveis (luz e gasolina) que foram usados pra maquea-la e levaram as estatais a falência!
Detalhe: a turma da Perda Total votou contra o Plano Real, que tirou o Brasil do quadro de hiperinflação.
O Plano Real possibilitou o início do crescimento da economia brasileira e o aumento do poder de compra do trabalhador. No governo do PT a inflação teve um aumento considerável e ao invés de reduzirem a carga tributária para que os produtos brasileiros ficassem mais competitivos para a exportação, preferiram enfraquecer a moeda frente ao dólar.
FHC entregou o país à Lula com o dolar custando mais de 3,50 reais. em 2011 o governo PT colocou o dolar a 1,55 real, E VOCE QUER DIZER QUE O GOVERNO PT ENFRAQUECEU A MOEDA? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Não podemos deixar que a inflação e todo aquele período de incertezas e sofrimento voltem. Lembrando aos esquecidos: Lula e o PT foram contra o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e outros mecanismos de controle fiscal e econômico.
Números mostram real do Real: inflação no governo FHC foi pior que nos governos Lula e Dilma: “Se em duas décadas a inflação jamais retornou aos planos absurdos de 1993 (2477% ao ano) ou de 1994 (916%) a atuação do PSDB para proteger o bolso dos brasileiros, especialmente os mais humildes, aqueles que mais sofrem com a alta dos preços, foi o pior em 20 anos”, diz o colunista da Istoé Paulo Moreira Leite, comparando os dados oficiais da era FHC com o período Lula-Dilma.
Os economistas da época adoram lembrar a inflação de 1998, a menor daquele tempo, sem mencionar que o crescimento foi de 0,04% e em 1999, 0,25%. Imagine onde foi parar o emprego — ainda mais porque a prioridade não era proteger o mercado interno, nem reforçar a renda dos mais pobres, com essas políticas que na visão dos campeões da austeridade só aumentam o déficit público, certo?
FONTE: Brasil247
Assim, vamos combinar que o Real teve méritos. Mas não vamos fingir que foi uma glória, um sucesso absoluto que não volta mais, certo?
Pois, como terceiro presidente do Banco Central pós-Real, Armínio Fraga anunciou juros a 45% quando tomou posse. Os juros ainda foram a 24,5% em 2002 e, nos primeiros meses de 2003, já no governo Lula, tiveram de ser levado um pouquinho a mais, tamanho o descontrole deixado pelo governo anterior. A credibilidade do país era tão baixa que os candidatos de oposição tiveram de avalizar acordo com FMI que, caso contrário, não faria o empréstimo pedido por FHC no fim do governo. As reservas do país não chegavam a 20% do nível de hoje. Na passagem do primeiro para o segundo mandato, foi preciso que Bill Clinton fizesse um pedido pessoal ao Tesouro norte-americano para que saisse um emprestímo bilionário que impediu a quebra do país.
O que, colocando a avaliação no plano puramente inflacionário, está claro que os melhores números foram obtidos nos dois mandatos de Lula. O governo Dilma fica em 3o lugar, enquanto o governo FHC ocupa as piores posições.
Só quem viveu o tempo da inflação pode ter a real dimensão do que significou para o Brasil o plano real! O tempo ainda fará justiça aos seus idealizadores!