Geral

Estudo inédito indica alta chance de fraude em mil provas do Enem

Análise estatística inédita aponta alta probabilidade de ter havido fraude, de diferentes formas, em ao menos 1.125 provas do Enem, exame nacional que seleciona estudantes para universidades públicas no país.

Essas provas estão dentro de grupos com padrão de respostas tão semelhantes entre si que, estatisticamente, é improvável que não tenha havido algum tipo de cola nesses casos.

Segundo o modelo estatístico desenvolvido pela Folha, a chance de essas provas serem semelhantes apenas devido ao acaso em uma edição do Enem é de no mínimo 1 em 1.000.

Ou seja, seria necessário repetir o exame mil vezes para que duas provas, sem interferência, fossem tão parecidas como os gabaritos suspeitos.

Investigações conjuntas do Inep (órgão federal responsável pelo Enem) e da Polícia Federal confirmaram até hoje apenas 14 casos de fraude. A gestão Michel Temer diz que usa estatística e outros meios para combater as colas.

O estudo da Folha identificou tanto duplas de provas suspeitas, o que indica algum tipo de cola rudimentar, quanto grupos com até 67 candidatos suspeitos, apontando para um esquema mais sofisticado de transmissão de respostas.

A pesquisa considera apenas candidatos que ficaram entre as 10% melhores notas, entre as edições 2011 e 2016, o que representa um montante total de 3 milhões de provas analisadas. Com essa pontuação, o candidato consegue ingressar em cursos concorridos como medicina, direito ou administração.

O modelo adotado é mais rígido do que o aplicado em outros estudos que buscaram identificar fraudes em exames e concursos públicos.

A estatística foi usada, por exemplo, para detectar cola em universidade da Força Aérea dos EUA, ano passado, ou fraude em concurso para vaga na Receita Federal do Brasil.

O Enem cobra 180 questões dos candidatos, com cinco alternativas cada. O levantamento da Folha calculou a probabilidade de duas ou mais provas terem o mesmo padrão de acertos e de erros.

Foi considerado como altamente suspeito, por exemplo, candidatos que erraram questões marcando a mesma alternativa errada (podiam ter errado escolhendo outras três opções também incorretas).

Outro ponto considerado foi a probabilidade de esses estudantes de alto rendimento errarem questões de dificuldade média ou fácil. Se eles falham nessas perguntas, fica mais improvável que as semelhanças entre as respostas sejam ao acaso, pois espera-se que eles acertem essas questões.

Foram descartadas cinco questões de língua estrangeira, pois os estudantes podem ter padrões diferentes de respostas (eles optam entre inglês e espanhol).

As informações processadas pela Folha são oficiais, chamadas microdados do Enem. O banco mostra todas as respostas de todos os candidatos no exame, onde eles fizeram a prova, onde residiam à época da avaliação e outros dados.

Nos últimos três meses, a reportagem buscou padrões inesperados nessas respostas.

O banco de dados não mostra nome dos candidatos ou qualquer número de identificação como CPF ou RG.

Cruzando as informações do Enem com as dos ingressantes nas universidades, a reportagem conseguiu identificar um candidato cuja prova está entre as suspeitas.

Justimar Leal Teixeira, 48, teve na edição de 2015 padrão de respostas muito parecido ao de 24 provas.

Para encontrar conjunto de exames tão semelhantes ao acaso, seria necessário aplicar uma edição do Enem por ano desde a criação do universo (há 14 bilhões de anos).

Em relação a dez dessas provas suspeitas, o gabarito dele diverge em apenas 5 das 175 questões analisadas, incluindo mais de 30 respostas erradas na mesma alternativa.

Se a semelhança fosse apenas ao acaso, o modelo indica que deveria haver ao menos 39 questões divergentes.

Teixeira nasceu em Patos (PI), cidade de 6.000 habitantes. Outras duas provas suspeitas foram feitas por pessoas naturais da mesma cidade.

Questionado sobre a semelhança de seu gabarito com os demais, Teixeira afirmou que “se você pegar a redação, há diferenças” —a reportagem havia questionado sobre a parte objetiva, não sobre a redação.

Teixeira negou que tenha participado de esquema. “Em universo grande, podem existir [semelhanças]. Quantas pessoas fazem o Enem?”

O modelo estatístico adotado pela Folha já considera que o exame é feito por milhões de estudantes, o que aumenta a probabilidade de haver duas ou mais provas parecidas, mesmo que não haja fraudes.

Mas os gabaritos considerados suspeitos são tão semelhantes que é improvável que seja apenas obra do acaso.

Teixeira foi aprovado em 2016 em biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, mas está com o curso trancado, após cursar dois semestres. Ele diz que o trabalho, como advogado e militar, não permite que siga na graduação.

O levantamento estatístico identificou também uma estudante com prova suspeita, dentro do mesmo grupo de Teixeira, que ingressou em medicina na Universidade Federal do Vale do São Francisco, na Bahia, no segundo semestre de 2016. A reportagem não conseguiu contato com ela.

3 milhões: Número de provas analisadas no estudo estatístico

1.125: Número de provas identificadas como suspeitas, por serem muito semelhantes

1 em 35 mil: É a probabilidade média de se encontrar provas tão semelhantes de forma aleatória (ou seja, é preciso aplicar o Enem 35 mil vezes para o resultado se repetir sem interferência)

254: Número de cidades em que foi encontrada ao menos uma prova suspeita entre 2011 e 2016

26: Número de estados em que houve ao menos uma prova suspeita (apenas Roraima não apareceu)

21: Esquemas encontrados com mais de três provas (o que sugere um sistema mais organizado do que um aluno colando de outro)

O grupo com maior número de candidatos suspeitos foi identificado na edição de 2016 do exame, com 67 provas, espalhadas por dez estados (Nordeste, Sudeste e Sul).

Picos (PI), com 77 mil habitantes, foi a cidade que mais concentrou casos desse grupo, com 11 provas. Oito desses candidatos viajaram para o município para fazer o exame, sendo quatro de Teresina (trajeto que leva mais de quatro horas de carro).

O Enem é aplicado em mais de mil municípios do país, incluindo Teresina e outras cidades do entorno.

Duas provas de pessoas que viajaram de Teresina para Picos tiveram 115 questões certas iguais, 48 erradas na mesma alternativa e apenas 12 divergentes. Simulação com provas aleatórias, com desempenho parecido a esse grupo, indica que deveria haver ao menos 62 divergentes.

Os dois exames suspeitos foram feitos por homens com 34 e 29 anos à época. Não foi possível identificar seus nomes.

Delegado regional da Polícia Civil em Picos, Jonatas Brasil disse que não recebeu notícia envolvendo fraude no Enem.

Ao longo dos anos, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal têm deflagrado operações que identificam quadrilhas que agem para passar respostas certas a candidatos que contratam o serviço, tanto no Enem quanto em concursos públicos.

As investigações apontam que os contratantes em geral têm interesse em ingressar em medicina nas universidades públicas. Eles chegam a pagar R$ 180 mil para receber respostas certas.

Os esquemas descobertos contavam com “pilotos”, em geral universitários ou professores, que resolviam rapidamente a prova, buscando acertar o máximo possível de questões (é quase impossível acertar as 180 perguntas).

Eles, então, transmitiam as respostas para os demais candidatos, por meio de rádio ou mensagens de celular. Os clientes usavam ponto ou celular, apesar de proibidos.

A transmissão era complexa. No Enem há quatro tipos de provas, identificados por cores. A ordem das questões muda em cada cor de prova.

Se um piloto resolveu a prova amarela, ele não podia simplesmente passar o gabarito para cliente com a prova azul.

Uma das possibilidades usadas pelos fraudadores foi falar no rádio a primeira palavra de cada uma das 180 questões e a palavra que indica a alternativa certa. Cabia então ao contratante encontrar essas opções em sua versão de prova.

A complexidade dificulta que provas dentro dos esquemas sejam exatamente iguais.

A Polícia Federal encontrou uma quadrilha como essa na edição 2016 do exame. As respostas eram passadas por pilotos que estavam em Montes Claros (MG) para candidatos em Minas, Bahia e Ceará.

Outros dois esquemas foram divulgados pela polícia no fim do ano passado, quando foram expedidos 42 mandados de condução coercitiva e 5 mandados de prisão (um grupo investigado por equipe da PF de Juazeiro do Norte, no Ceará, e outro pela equipe policial de Pernambuco).

O estudo da Folha mostra que há grande chance de grupos identificados terem agido também em outros anos.

A PF identificou suspeitos nas cidades cearenses de Juazeiro do Norte, Brejo Santo e Barbalha em 2016. O modelo estatístico apontou provas suspeitas nas mesmas cidades em 2016, 2015 e 2013.

A estatística tem sido usada no Brasil e no exterior como ferramenta para detectar fraudes em exames.

Em 2017, a Justiça confirmou em segunda instância suspensão de candidatos a concurso público para analista de finanças da Receita Federal.

Laudo apontou como estatisticamente improvável que fosse apenas coincidência a semelhança na prova de 28 candidatos. Em 170 questões, alguns tiveram os mesmos 122 acertos e erraram 40 marcando a mesma alternativa.

Os candidatos, que recorrem desde 2005, afirmam que modelo estatístico não é suficiente para determinar que houve fraude. Até o momento, o argumento não foi aceito.

Nos Estados Unidos, um dos casos mais emblemáticos envolvendo uso de modelos estatísticos em exames ocorreu em 2009, na Georgia (EUA).

Investigação do jornal Atlanta Journal-Constitution apontou que era estatisticamente improvável variação de notas de algumas escolas no teste aplicado a alunos do estado, pois subiam e caiam drasticamente em um ano.

Relatório posterior do governo apontou que 38 diretores e 140 professores haviam alterado respostas dos estudantes, para melhorar notas.

No ano passado, foi analisada suspeita de fraude em provas da universidade da Força Aérea dos Estados Unidos.

Análise estatística mostrou que duas pessoas tiveram as mesmas respostas em 289 de 300 questões, distribuídas em seis exames. O caso foi analisado por comitê que acompanha recursos de processos contra servidores federais.

“Era mais provável o ganhador da loteria dos EUA vencer os próximos quatro sorteios do que esses resultados acontecerem sem interferência”, disse Dennis Maynes, cientista-chefe da empresa Caveon, que presta serviços para instituições como o departamento de Educação da Flórida, IBM e Microsoft.

Maynes fez estudo que embasou o julgamento e criou modelo que inspirou a metodologia da Folha. “As evidências estatísticas foram suficientes para convencer os juízes de que houve trapaça”, disse o cientista da empresa americana que busca detectar fraudes.

Ele afirma que, em outros casos, a estatística pode ser vista como passo inicial para uma investigação mais ampla.

A reportagem consultou o cientista para uma verificação do método estatístico adotado para analisar o Enem.

Maynes sugeriu que alguns critérios poderiam ser menos rígidos, como o limite para considerar prova suspeitas.

A reportagem adotou o patamar de ao menos 1 chance em 1.000 para considerar os candidatos como suspeitos.

Maynes disse que poderia ser a partir de 1 chance em 100 (patamar usado em algumas pesquisas acadêmicas).

Neste formato, o número de exames suspeitos no Enem subiria de 1.125 para 1.513. A Folha, porém, preferiu enfatizar o modelo mais conservador.

jan.2018
No Enem de 2017, um estudante de 27 anos entrou na sala de prova com o celular escondido na cintura e copiou o trecho de um livro na redação
Onde: Bahia

nov.2017
Em provas de anos anteriores, quadrilha passava, de fora, os gabaritos aos candidatos. Em operação chamada de Passe Fácil, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e 31 de condução coercitiva
Onde: 13 estados (PE, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MT, PA, PI, PR, RS e SP)

nov.2017
Quadrilha fraudava, além do Enem, outros concursos; foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, com cinco presos
Onde: Ceará, Paraíba e Piauí

set.2017
Treze pessoas foram indiciadas por diferentes tipos de fraudes nas provas de 2015 e 2016; houve casos de candidatos que sabiam o tema da redação previamente, levaram cola escrita ou ainda que fingiram ser sabatistas (religiosos que precisam guardar o sábado)
Onde: Maranhão, Pará, Amapá, Ceará e Piauí

nov.2016
Quadrilha cobrava até R$ 180 mil para passar respostas por meio de ponto eletrônico ligado a um cartão com chip, preso ao corpo, que funcionava como um celular; o candidato confirmava se entendia com uma tosse
Onde: Montes Claros (MG)

nov.2014
Grupo também usava esquema do cartão para passar gabarito, a partir de um hotel, por meio de códigos combinados previamente. Havia manual que ensinava como o candidato deveria agir. Uma agenda indicava mais de 160 estudantes que teriam sido aprovados
Onde: Pontes e Lacerda (MT)

INEP DIZ QUE TRABALHA PARA COIBIR FRAUDES E GARANTIR ISONOMIA

Braço do Ministério da Educação responsável pelo Enem, o Inep afirmou que trabalha com a Polícia Federal para coibir fraudes, garantindo a “isonomia entre os participantes”.

O instituto disse que também faz análises estatísticas visando combater fraudes. Quando há suspeitas, os casos são encaminhados à PF, para que prossigam as investigações, pois “o edital do Enem não prevê a eliminação do participante [apenas] por resultados coincidentes”.

A nota oficial não informou quantos casos foram apontados pelo instituto à polícia.

O Inep afirmou apenas que os casos de fraudes já completamente confirmados pela Polícia Federal “são pontuais”: 14 no total, sendo um candidato em 2013 identificado em Minas Gerais, e 13 identificados pela equipe no Maranhão (3 casos em 2015 e 10 em 2016).

“Esses casos não comprometeram a lisura do exame, a partir da afirmação dos próprios delegados responsáveis pela condução dos inquéritos de que a exclusão dos participantes seria providência suficiente, o que já foi adotado pelo Inep”, disse o instituto.

O órgão afirma que tem aprimorado os sistemas de segurança na prova, como a adoção em 2016 de detectores de metais nos locais de prova e identificação biométrica. E, no ano passado, com detectores de ponto eletrônico.

“Há outros inquéritos policiais em curso. Caso haja indicação de fraude devidamente formalizada pela autoridade policial, os participantes envolvidos serão eliminados do Enem, sem prejuízo de outras providências”, completou o órgão.

Folha de São Paulo

 

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Eleições

155 milhões de brasileiros elegem 5.569 prefeitos neste domingo

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os brasileiros vão às urnas neste domingo (6.out.2024) para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.569 cidades (leia mais abaixo). Há 155.912.680 eleitores no país aptos a votar no 1º turno, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Será possível acompanhar a apuração em tempo real no Poder360.

A maioria do eleitorado é de mulheres. Eis como se divide o eleitorado brasileiro:

  • mulheres – 81.806.914 (52,47%);
  • homens – 74.076.997 (47,51%);
  • votantes que não informaram o gênero – 28.769 (0,02%).

Não há eleições municipais em Brasília (DF) (2.176.616 eleitores) e em Fernando de Noronha (distrito estadual de Pernambuco) (3.454 eleitores). Brasileiros com registro para votar no exterior (761.390 eleitores) também não participam do pleito municipal: só estão aptos a votar na disputa presidencial. Ou seja, 2.941.460 não podem votar neste domingo.

Dados oficiais mostram que o eleitorado apto a votar em cidades que elegem prefeitos cresceu 5,4% em relação ao pleito municipal de 2020 –quando eram 147.918.483 eleitores.

Poder360

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Brasil

Eleições 2024: saiba o que é proibido e o que é permitido neste domingo

Foto: RafaPress/Getty Images

No domingo, 6, mais de 153 milhões de brasileiros e brasileiras irão às urnas para escolher os novos prefeitos e vereadores em 5.569 municípios do país.

Para garantir uma votação segura e transparente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite determinadas condutas no momento da votação, ao mesmo tempo que proíbe práticas que possam comprometer o sigilo do voto ou a ordem do processo eleitoral. Veja o que pode e o que não pode neste domingo:

O que é proibido nas eleições?

  • A legislação eleitoral proíbe a aglomeração de pessoas que utilizem roupas ou materiais que identifiquem partidos ou candidatos;
  • É vedada qualquer manifestação coletiva ou ruidosa, bem como o aliciamento, a abordagem de eleitores e a distribuição de materiais, como camisetas;
  • O uso de alto-falantes, amplificadores de som, a realização de comícios ou carreatas e a prática de boca de urna são considerados crimes;
  • A propaganda de candidatos ou partidos, bem como a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de posts nas redes sociais, também são proibidos.

O que é permitido na hora de votar?

  • “Colinha” de papel com os números de cada candidato;
  • Usar camisetas, broches, adesivos e outros objetos de algum candidato, desde que a manifestação seja “individual” e “silenciosa”.

O que é proibido leva na hora de votar?

Não é permitido entrar na cabine de votação com:

  • Aparelho celular;
  • Máquinas fotográficas;
  • Filmadoras;
  • Equipamento de radiocomunicação;
  • Qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto.

Exame

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Pesquisa

PESQUISA FUTURA/EXAME: Paulinho Freire tem 40,1% dos votos válidos e Carlos Eduardo 33,7%, em Natal

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara

O deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) tem 40,1% dos votos válidos na disputa pela prefeitura de Natal, e o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), 33,7%, de acordo com pesquisa realizada pela Futura Inteligência, encomendada pela empresa 100% Cidades, divulgada neste sábado, 5.

De acordo com a margem de erro do levantamento, que é de 4 pontos percentuais, Freire lidera a corrida eleitoral.

Na sequência, Natália Bonavides (PT) aparece com 21,5% dos votos válidos e Rafael Motta (Avante) marca 4,1%.

Na comparação com o levantamento anterior, Freire manteve dianteira. Alves continuou na segunda posição, com leve crescimento.

Os votos válidos, que excluem os votos em branco e nulos, determinam o resultado das eleições. Em cidades com mais de 200 mil habitantes, o candidato a prefeito que atinge mais de 50% dos votos válidos vence a disputa.

Pesquisa de votos válidos em Natal

  • Paulinho Freire (União Brasil): 40,1%
  • Carlos Eduardo Alves (PSD): 33,7%
  • Natália Bonavides (PT): 21,5%
  • Rafael Motta (Avante): 4,1%

A pesquisa foi registrada no TSE como MT-09159/2024 e realizou 600 entrevistas no dia 3 de outubro, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.

Pesquisa estimulada em Natal

  • Paulinho Freire: 37,5%
  • Carlos Eduardo Alves: 31,5%
  • Natália Bonavides: 20,1%
  • Rafael Motta: 3,8%
  • Ninguém/Branco/Nulo: 3,4%
  • NS/NR/Indeciso: 3,1%

Pesquisa espontânea

No cenário espontâneo, quando o eleitor não é apresentado a nenhuma lista de candidatos, 10,3% dizem que ainda estão indecisos a poucos dias da votação.

  • Paulinho Freire: 34,1%
  • Carlos Eduardo Alves: 30,6%
  • Natália Bonavides: 18,5%
  • Rafael Motta: 1,9%
  • Ninguém/Branco/Nulo: 3,8%
  • NS/NR/Indeciso: 10,3%

Exame

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Luto

Morre a jornalista Célia Freire; veja informações do velório

Foto: Reprodução

Morreu neste sábado (5), em Natal, a jornalista Célia Freire. Segundo o portal BZ Notícias, ela deu entrada em um hospital sentindo dores.

Chegou a ser internada, mas não resistiu e faleceu. Ela há alguns anos, inclusive, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

O velório começa a partir das 8h e prossegue até às 14h30 no Centro de Velório São José, na Rua São José, em Lagoa Seca.

Às 14h30 será celebrada a missa de Corpo Presente. Às 16h a saída do cortejo em direção ao Cemitério Morada da Paz, em Emaús e às 17h o sepultamento.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte divulgou nota a respeito do falecimento de Célia Freire.

Leia a íntegra:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte recebe com tristeza a notícia da morte da jornalista Célia Freire, na tarde deste sábado, cinco de outubro.

Celinha, carinhosamente chamada pelos amigos, deixa um exemplo de dedicação à profissão com muito zelo e profissionalismo. Ícone do jornalismo potiguar, foi sempre educada e prestativa com todos, seu legado será lembrado pelos profissionais da imprensa e quem convivia ao seu lado.

Celinha foi presidente do SINDJORN, na década de oitenta, dando uma imensa contribuição ao movimento sindical. Na última eleição para a diretoria fez questão de votar na sede do SINDJORN, mesmo com dificuldade de locomoção.

Aos familiares e amigos, nossa solidariedade, na confiança e esperança de uma vida plena em Deus.

Tribuna do Norte

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Política

Lula, Bolsonaro e Tarcísio como padrinhos e futuro de Marçal ligam 2024 ao xadrez de 2026

Foto: Reprodução

“São Paulo parece que virou eleições presidenciais”, observou Jair Bolsonaro (PL), na sexta (4), antevéspera do primeiro turno. “Ninguém dava muita bola […] e, de repente, quem está envolvido na eleição de São Paulo ou é do bem ou é do mal.”

O tom nacional da disputa pela prefeitura já estava posto em janeiro, quando Lula (PT) disse que “a eleição em São Paulo será entre eu e a figura”, referindo-se justamente a Bolsonaro.

Nem precisava explicitar que, no tabuleiro que reúne o presidente atual e o ex, além de dois aspirantes ao Planalto, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Pablo Marçal (PRTB), se misturam os jogos de 2024 e de 2026.

Em campanha atípica, permeada por ataques verbais e físicos e em que as pesquisas variaram de líder a cada rodada, mas sempre num cenário apertado de indefinição, não é possível saber quem vai largar à frente neste domingo (6) na corrida para, não só o Edifício Matarazzo, mas também para o Palácio do Planalto.

Mesmo com a nacionalização, Lula e Bolsonaro estiveram mais ausentes do que seus representantes, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), gostariam. Deixaram como marcas sobretudo a escalação dos vices, Marta Suplicy (PT) e Ricardo Mello Araújo (PL).

Tarcísio, ao contrário, se jogou na disputa, formando dupla com o prefeito. Marçal correu por fora. Representando a si mesmo, o influenciador roubou a cena com seus factoides e ditou a pauta da eleição na capital paulista.

Folha de S. Paulo

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Eleições

Resultados das eleições devem ser divulgados até 20h30 no RN

Foto: Antonio Augusto/secom/TSE

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) deve divulgar os resultados de 90% dos municípios do RN até as 20h30 deste domingo. Cerca de 2,6 milhões potiguares podem votar em 2024. Veja as dicas para a votação.

A votação

Ao todo, 2.649.624 potiguares têm direito ao voto. Em Natal, 575.642 eleitores estão aptos ao voto. A capital potiguar é a única cidade do RN em que há possibilidade de segundo turno. A expectativa da Secretaria de Tecnologia e Eleições do TRE-RN é de que 90% dos municípios estejam com resultados conhecidos até as 20h30.

O que levar

Para votar, os eleitores precisam ter em mãos documento oficial com foto.

Onde votar

Eleitores que tenham dúvidas acerca do local de votação podem acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na aba “Consulta do título e local de votação”, ou no site do TRE-RN, na aba “Local de Votação). Outra opção é o aplicativo e-Título, acessível por títulos eleitorais regulares e suspensos. Em caso de eleitores que não votaram em 2022 mas justificaram as ausências à Justiça Eleitoral poderão votar neste domingo.

Como votar

O eleitor fará primeiro a escolha para o cargo de vereador (a), com cinco números. Em seguida, eleitores escolherão os prefeitos e vices, digitando apenas o número do partido do candidato. A foto de ambos aparecerá na tela.

Transporte

Em Natal, eleitores terão acesso ao transporte público gratuito no próximo domingo. A medida abrange as 24 horas do dia 6 de outubro e, se necessário, do segundo turno em 27 de outubro. As informações foram publicadas por meio do Diário Oficial do Município.

Pelo decreto, ficam proibidas alterações nos horários e itinerários das concessionárias durante os pleitos. O custo operacional será coberto pelo Orçamento Municipal.

Tribuna do Norte

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Brasil

PF mira compra de votos e apreende R$ 20 milhões em dinheiro vivo

Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 46 milhões em bens e valores relacionados a crimes eleitorais, sendo cerca de R$ 20 milhões em espécie. O balanço foi divulgado neste sábado (5).

Segundo a PF, os recursos estão vinculados a crimes cometidos durante a campanha das eleições municipais deste ano. No total, mais de 40 operações policiais foram deflagradas para combater os crimes eleitorais.

Nos últimos dias, a PF apreendeu grandes quantias de dinheiro em espécie que possivelmente seriam utilizadas para cometer irregularidades eleitorais.

Na sexta-feira (4), a PF apreendeu quase R$ 5 milhões em Castanhal, região metropolitana de Belém, que seriam utilizados na compra de votos. De acordo com investigações preliminares, o montante beneficiaria um político candidato nas eleições municipais do Pará.

CNN Brasil

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Política

Marçal diz não ter “nenhuma ligação” com falso laudo: “Só publiquei”

Foto: Reprodução

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou, neste sábado (5), que não tem “nenhuma ligação” com o falso laudo que postou na noite de sexta-feira (4) em seu perfil do Instagram.

O documento associava seu adversário Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína. De acordo com a perícia da Polícia Civil de São Paulo, o laudo divulgado por Marçal é falso.

“Eu recebi e publiquei”, disse Marçal à imprensa na tarde deste sábado. Questionado se a vericidade foi comprava antes de publicar em seu perfil, Marçal disse que “quem postou verificou”.

“Eu, Pablo, na minha rede social foi postada, eu não tenho nenhuma ligação com o laudo. Pode perguntar pro Tassio Renan, que é meu advogado”, disse. “Ele deu o laudo. Eu só publiquei.”

A defesa de Boulos disse que o uso de documentos falsificados durante uma campanha eleitoral é uma violação grave da legislação, e que Marçal enfrentará consequências nas esferas eleitoral, cível e criminal.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Política

Laudo apresentado por Pablo Marçal contra Boulos é falso, conclui perícia oficial

Foto: TV Globo/Reprodução

Uma perícia técnica do Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu, neste sábado (5), que o laudo apresentado por Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (PSOL) é falso.

“É falsa a imagem de assinatura em noem do médico “JOSÉ ROBERTO DE SOUZA”, lançada no receituário objeto de exame (…) posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados (…)”, diz a pericial feita pelo IC.

Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o crime de uso de documento falso e outras ilegalidades.

“O Instituto de Criminalística (IC) finalizou o laudo pericial e concluiu que é falso o documento divulgado em rede social por um dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. O relatório da perícia foi encaminhado à autoridade policial, que instaurou um inquérito para apurar todas as circunstâncias relativas aos fatos”, informou a Secretaria da Segurança Pública em nota.

g1

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Política

VÍDEO: Severino Rodrigues e o deputado Kleber Rodrigues são ameaçados de morte por policiais à paisana em São José de Mipibu

 

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Vídeo: Reprodução

Na noite deste sábado (5), o candidato a prefeito Severino Rodrigues(MDB)e o deputado estadual Kleber Rodrigues foram ameaçados de morte ao chegarem para uma visita na comunidade de Laranjeiras do Abdias, em São José de Mipibu.

A situação ocorreu quando policiais à paisana, armados que seriam ligados à equipe de segurança do atual prefeito Zé Figueiredo, passaram a intimidar os moradores e a comitiva que acompanhava os políticos.

Testemunhas relatam que veículos como duas TR4 pretas, uma TR4 prata, um HB20 sedan branco, uma Strada prata e duas motos estavam circulando pela comunidade. Esses veículos, ocupados por policiais à paisana, realizaram abordagens agressivas e ameaçadoras, gerando apreensão entre os presentes. A comitiva de Severino e Kleber foi cercada, aumentando a tensão no local.

Há cerca de vinte dias, o deputado Kléber Rodrigues registrou boletim de ocorrência na polícia civil denunciando o clima de tensão e ameaça no município. Um pronunciamento na Assembleia Legisltiva, feito no mês de agosto, também denunciou a situação.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que os policiais a paisana, de maneira ostensiva e armada, criam um clima de intimidação, ameaçando os líderes políticos e a população que os acompanhava. O episódio trouxe medo à comunidade, que já se encontrava alarmada pela presença constante desses agentes.

Moradores e apoiadores de Severino e Kleber já manifestaram repúdio ao ocorrido, exigindo explicações e providências das autoridades competentes para cesse o clima de insegurança e ameaças.

Opinião dos leitores

  1. Mostra o vídeo na íntegra porque ness montagem se percebe claramente, que o candidato forasteiro é que ameaça a população com SEUS POLICIAIS e diz: “amanhã, vocês me pagam.” O Blog do BG perdeu a credibilidade para mim.

  2. Isso realmente aconteceu aqui!! Vc está destorcendo a notícia, fale a verdade deixe de mentira, vc só publica e lhe convém.

  3. PELO QUE CONSTA E MOSTRA E COM A POLICIA NÃO TEVE AMEAÇA, TEVE FOI CELULARES FILMANDO A TENTATIVA DE INTIMIDAÇÃO DO GRUPO POLITICO NA POPULAÇÃO DE LARANJEIRAS DO ABDIAS!!

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