O candidato à vice-presidência na chapa de Marina Silva (PSB), deputado Beto Albuquerque, rebateu nesta quarta-feira (2) os recentes ataques feitos pelo PT na tentativa de conter o crescimento da candidata nas pesquisas de intenções de votos. Ele se disse surpreso com a forte reação prematura dos petistas, o que demonstra certo desespero.
“Eu nunca imaginei que Dilma e Lula se prestariam, diante do primeiro revés, ou da primeira possibilidade de não vencer a eleição, a fazer esse discurso atrasado. É uma conduta lacerdista, de golpismo. De comparar [Marina] com Jânio Quadros e Collor. Como mudaram de opinião sobre Marina tão rapidamente. Isso é um discurso golpista, velho, que inclusive usaram contra Lula em 2002 e ele já se esqueceu”, afirmou.
Em seu programa de TV exibido hoje, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, chegou a comparar Marina a Jânio Quadros e Fernando Collor.
Com infográficos, a propaganda diz que a base partidária da candidata do PSB tem 33 deputados e que, para aprovar um projeto de lei, ela precisaria de, no mínimo, 129 votos favoráveis na Câmara. Para uma emenda constitucional, seria necessário o apoio de 308 congressistas. “Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos?”, diz o locutor. “E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?”
O deputado afirmou que as comparações com outros políticos mostra que há uma “clara demonstração de desespero” por parte do PT. “Eu compreendo que o PT não queira perder o aparelho, compreendo que os tucanos queiram ir para o segundo turno. Tudo isso nós compreendemos. Mas para isso é preciso mais do que fazer alarmismo. É preciso mais do que adotar o discurso do Lacerda [Carlos Lacerda, ex-governador do antigo Estado da Guanabara] de ficar alardeando como se estivéssemos diante de um negócio grave. […] Eu lamento os caras perderem o juízo, a razoabilidade de um discurso político a trinta dias de uma eleição dando claras demonstrações de desespero”, disse.
Albuquerque disse que a campanha de Marina não irá mudar qualquer estratégia e não irá “responder na mesma moeda” as ofensivas petistas que tentam desconstruir a imagem da candidata. “Nós estamos nesta eleição com humildade. Nos debates todos nós temos procurado manter o nível da discussão, o nível de debate, de tom de voz adequado para uma discussão educada”, disse.
O candidato devolveu ainda a comparação feita pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), de que Marina seria o “Fernando Henrique Cardoso” de saias em referência às propostas para a área econômica. “Eu prefiro o que disse José Dirceu, que ela é um Lula de saias. Nesse caso o Humberto que me desculpe mas eu vou preferir ouvir o Dirceu. O governo do PT foi o primeiro a trazer para comandar o Banco Central um banqueiro e fez certo”, disse.
Costa disse na tribuna do Senado que Marina, se for eleita, vai “baixar a cabeça” ao mercado financeiro e retomar a política neoliberal do governo FHC. “Será uma FHC de saias. A proposta de Marina é deixar que a mão do mercado regule tudo. É dar autonomia total ao Banco Central, coisa que nem o Fernando Henrique deu.”
Questionado sobre como um eventual governo Marina faria para ter governabilidade com apoio do Congresso, o candidato afirmou que é possível fazer uma “maioria coerente e programática”. “Não adianta uma esmagadora maioria que na hora de votar não vota com você. Agora, tem várias formas de fazer composição. Alugar a base, lotear a Esplanada ou fazer acordos programáticos. Nós preferimos fazer acordos programáticos em cima de programas”, disse.
Faça um levantamento nas suas postagens, veja se são tendenciosas…Aí vc descobrirá bem rapidinho como funciona algumas coisas reprováveis
E eu estou mais surpresa ainda em ver que você ainda se surpreende com as baixarias da política brasileira, a qual o PT exerce com maestria, quando se sente ameaçado. Como diria a filósofa Valéria Popozuda: "bateu de frente é só tiro, porrada e bomba".
Fico espantado vendo um político experiente ficar surpreso com as táticas e ataques do PT. Tá só começando, vem coisa muito pior por aí, aguardem os dossiês…
A história das campanhas, publicadas nos meios de comunicação, mostram bem as armas usadas no desespero para garantir o projeto de poder.
Não existe inocente em nenhum dos lados, são velhas raposas, só que uns usam de armas sujas e reprováveis para tentar chegar onde deseja.