Em suas primeiras palavras na CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta aproveitou para fazer uma retrospectiva da chegada do novo coronavírus ao Brasil e as respectivas ações do ministério sob sua gestão para enfrentar a covid-19. Na fala inicial, Mandetta buscou enfatizar uma atuação integrada entre os Poderes e os entes federativos quando a pasta da Saúde estava sob seu comando. “Defesa intransigente da vida, SUS como meio para atingir, e a ciência como elemento de decisão. Esses foram os três pilares”, disse.
Mandetta iniciou sua fala, com quase uma hora de atraso, explicando como chegaram ao ministério as primeiras informações, em janeiro de 2020, sobre uma doença que tinha início na China e que aos poucos ia se alastrando pelo mundo. Ele contou que chamou todos os poderes para explicar a importância do combate à pandemia de forma unida. “Porque esse vírus não ataca indivíduos, ele ataca a sociedade.”
O ex-ministro explicou ainda as primeiras ações da pasta para conter a propagação do vírus no Brasil e teve de ser interrompido, após 20 minutos, pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que preferiu abrir espaço para as perguntas.
Renan Calheiros, relator da CPI, perguntou a Mandetta se, durante sua gestão, a recomendação para procurar os sistemas de saúde apenas quando sentissem sintomas graves de covid foi um erro.
Mandetta afirmou que não é verdade essa recomendação, e que a afirmação é usada numa “guerra de narrativas”. Segundo ele, as pessoas procuravam os hospitais preocupadas no início de 2020 com outras doenças. “Eram casos de outros vírus. Em casos de virose, a recomendação é que você observe o estado de saúde e não vá imediatamente ao hospital porque aglomera. E lá, sim, um caso positivo vai infectar todo mundo na sala de espera.”
“Todas as nossas recomendações foram assertivas, levando em conta a ciência. Todas foram comprovadas pelo decorrer da doença.”
De acordo com Mandetta, o decorrer da pandemia mostrou que algumas ações do ministério foram paralisadas. Mais tarde ele disse que as testagens em massa foram abandonadas por seus sucessores na Saúde, o desenvolvimento da telemedicina como porta de entrada para o sistema, o plano de acompanhamento dos infectados e a orientação de uma pesquisa sobre a cloroquina que “o próximo ministro fez uma portaria mesmo sem ter os resultados”.
Ele citou que sua gestão estimulou o uso de máscaras e o distanciamento, assim como pediu para as pessoas ficarem em casa. Mandetta citou ainda o esforço para obter respiradores e leitos de UTI para evitarem o colapso do sistema de Saúde.
Mandetta elogiou o SUS (Sistema Único de Saúde) e disse que ele é o melhor local para se imunizar a população. “Mas é preciso ter a vacina.”
Leite derramado
Ao falar sobre as medidas do governo para reduzir a transmissão da covid no país, Mandetta afirmou que sempre foram implementadas com atraso, sobretudo determinações de quarentena e lockdown. “Em relação a lockdown, o Brasil não fez nenhum lockdown. O Brasil implementou medidas depois do leite derramado, depois que a gente diz: ‘Vai entrar em colapso o sistema de saúde’. Então fecha. ‘Vai acabar o remédio.’ Então fecha”, disse o ex-ministro. “A gente foi sempre um passo atrás desse vírus.”
Resistência do presidente
Ele afirmou que a orientação de isolamento era essencial também no início da pandemia, mas faltou uma fala única do governo. “Nós fizemos as recomendações em três pilares: vamos preservar a vida, SUS e ciência. Eu vi vários que ficaram fora desse tripé.”
Questionado de onde partiu a resistência, ele disse que isso “ocorreu publicamente por vários atores”.
Ele afirmou que discordava do presidente da República, Jair Bolsonaro. “Nunca discuti com o presidente. Nunca tive discussão áspera, mas sempre as coloquei [suas discordâncias] de maneira muito clara.”
“Ali não era uma questão de diferenças políticas. Ali era um momento republicano.” Mandetta afirmou que conversava com governadores para que todos saíssem juntos da pandemia.
Mandetta afirmou que chegou a ficar constrangido com algumas situações e declarações feitas por Jair Bolsonaro. Como a defesa do medicamento cloroquina para doentes de covid-19.
“Nós seguíamos o que tínhamos de discutir, mas havia pelo lado do presidente uma outra visão, um outro caminho. Ele tinha suas próprias ideias. Não sei se vinham através de outros assessores. Era muito constrangedor ter que ficar explicando porque o ministério estava indo para um caminho e ele indo para o outro.”
O médico declarou que a cloroquina não poderia ser defendida se não houvesse a certeza dos benefícios e dos riscos que ela oferecia. E garantiu que jamais, em sua gestão, o ministério sugeriu o uso do medicamento. “É falso que se não fizer bem, mal não faz”, explicou, fazendo referência a uma aspa usada algumas vezes por Bolsonaro.
Mandetta contou que muitas vezes Bolsonaro chegou a concordar com suas recomendações, mas “dois a três dias depois, ele agia de forma diferente, como se não tivesse entendido o que eu falava”.
De acordo com o ex-ministro, Bolsonaro deveria ter outra fonte, algum consultor, que dava a ele recomendações que não tinham a ver com o que sugeria seu ministério ou a OMS (Organização Mundial de Saúde). “Ele falava na cloroquina, falou em isolamento vertical, que nós não éramos favoráveis.”
Isolamento vertical é a estratégia, bastante defendida no início da pandemia, de deixar em casa apenas os grupos de risco: idosos e pessoas com comorbidades.
Mandetta reclamou que fez reunião com Bolsonaro nas quais seu filho, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), estava tomando notas. Citou ainda a tentativa do governo de mudar a bula da cloroquina para citá-la como tratamento da covid. “Eu imagino que fora do Ministério da Saúde ele (Bolsonaro) conseguiu alguns aconselhamenos que os pautavam na pandemia.”
O médico, que é formado em ortopedia, disse que não sabe dizer de quem foi a ideia de mudar a bula da cloroquina.
Mandetta denunciou que por trás de médicos que defendem tratamentos com remédios sem eficácia há grandes interesses comerciais por trás. Ele afirmou que há profissionais que atendem virtualmente 50 pessoas por dias e ganham dinheiro com isso. “Tem que ter muito cuidado, a gente está lidando com a boa fé das pessoas.”
“Enquanto eu estive no Ministério da Saúde eu fiquei em cima do que é científico, rezando para que alguma coisa funcionasse. Rezei até para a cloroquina funcionar.”
Relação com a China
O depoente citou ainda a dificuldade que teve de enfrentar com a China por causa da má vontade com o país de integrantes do governo, como o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e dos filhos do presidente Bolsonaro.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), questionou o ex-ministro se houve pressão, por parte de Bolsonaro, contra medidas de combate à proliferação da covid-19,: isolamento e quarentena. Mandetta negou.
“Não. {O ministério] Foi confrontado publicamente, e isso dava uma informação dúbia a sociedade. Nosso objetivo era dar uma informação e o presidente, outra. Mas diretamente a mim somente com os atos que ele executava”, disse.
O ex-ministro da Saúde assumiu, ainda, que o país poderia estar numa situação melhor que a atual. “O SUS podia mais. Poderíamos ter feito muito mais, poderíamos ter começado a vacinação em novembro.”
Carta a Bolsonaro
Em carta enviada a Bolsonaro, Mandetta afirmou que recomendou expressamente que “a presidência da República reveja posicionamento adotado acompanhando as recomendações do Ministério da Saúde, uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências da saúde da população brasileira”.
“Tudo o que eu podia fazer, nos termos de orientar, foi feito. Agora, ele tinha provavelmente outras pessoas falando que o ministro da saúde está errado, vá por esse caminho. É uma decisão dele”, completou.
O ex-ministro relembrou uma visita que fez com o presidente Bolsonaro em Águas Lindas (GO) em um hospital de campanha contra a covid-19.
“O combinado era chegar, olhar, o público bem separado, mas na hora que o helicóptero olhou e viu que o público estava na beirada, ele desceu do helicóptero e subiu a rampa e foi até as pessoas. Aí eu fui até a comitiva do governador Caiado. Quando ele volta de lá, vai em direção para dar um abraça ao governador Caiado e fala essa frase em tom de brincadeira: ah, vamos contaminar logo todo mundo. Mas o governador Caiado sacou muito rápido um frasco de um álcool em gel, cruzou em suas mãos e ainda passou um pouco nas mãos do presidente para dar aquela certa sensação ali. Foi uma coisa pontual”, contou.
Na época de sua demissão, Mandeta foi flagrado ao abraçar uma funcionária do ministério. O vídeo mostra imagens dos servidores se despedindo do então ministro. Questionado se foi um equívoco, respondeu que “não deveria (ter dado o abraço), mas era muita emoção naquele momento. Era uma equipe muito unida”, disse.
O senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) questionou o ex-ministro sobre remédios sem comprovação científica, como cloroquina e ivermectina, e se ele tem remorso por não ter deliberado sobre os medicamentos no tratamento contra a covid-19. Pouco depois, Marcos Rogério (PDT-RO), outro da tropa de choque do governo, fez praticamente a mesma pergunta.
“Aqui é ciência, aqui é estudo. Eu jamais na minha vida tomei decisões sem estudar. Nessa situação, que você tem uma doença que ainda não está determinada, a gente tem que acreditar nas bases de seu estudo. A base da medicina é ramo da filosofia, ali, diz que sem diagnóstico, não há tratamento. Não pode risco sem benefício. Do mesmo modo que bate na tecla da cloroquina, existe por exemplo pessoas que preconizam ivermectina, também sem fundamento cientifico”, alegou Mandetta.
Colapso em Manaus
Em resposta ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), Mandetta afirmou que faltaram fiscais da vigilância sanitária em aeroportos do Brasil para evitar a entrada do vírus pelo espaço aéreo. A coordenação desse trabalho fica a cargo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O ex-ministro opinou que o colapso em Manaus, capital do Amazonas, que chegou a ficar sem oxigênio no início de 2021, ocorreu por problemas na gestão estadual e municipal, mas não por falta de dinheiro.
R7
Tenho bastante óleo de peroba no meu comércio, ninguém esqueceu a despedida do mutreta do ministério, todos sem máscara, aglomeração, e abraços, um picareta.
Esse ministro foi aquele que dizia para as pessoas NÃO procurarem tratamento, para ficarem em casa aguardando a falta de ar. É mais um que usa o sofrimento das pessoas para politicagem. Apenas o presidente age pensando no Brasil e o povo está vendo isso. As manifestações de 1° de maio mostraram sua popularidade. Por que seus opositores não se juntam todos e tentam fazer uma? Ia ser engraçado.
Vai ver que é pq a oposição não quer aglomerar.
Respeita as medidas protetivas!
Está esclarecido porque temos 400 mil mortes por covid. O filho porra louca participava das reuniões com o ministério da saúde, segundo depoimento do Mandetta. Ficou claro que o vírus só matou 400 mil pessoas até hoje, com a ajuda do governo bolsonaro.
Esse pilantra tá achando que é Deus? Morreu gente no mundo inteiro. Tá pensando em eleição!
Comentários mórbidos e desnecessários, críticas rasteiras e mentirosas !
ESSE MANDETA É MAIS UM ESQUERDOPATA QUERENDO ATRAPALHAR A ADMINISTRAÇÃO DO NOSSO PRESIDENTE, FOI NO PERÍODO DELE QUE ESTA SENDO INVESTIGADO POSSÍVEIS COMPRAS SUSPEITAS. TALVEZ PARA TENTAR ENCRIMINAR O PRESIDENTE BOSONARO.
Só falou verdades e os senadores governistas só passaram vergonha. Achavam que estavam num bate papo de internet e foram devidamente respondidos com o sarcasmo que o momento permitiu. E é só o começo. Quero ver o Carluxo e o Dudu Bananinha se explicando.
Muitos dos nossos conhecidos que foram vítimas ainda estariam entre nós, e muitos empregos teriam sido preservados se o presidente não tivesse retardado a providência de adquirir vacinas, como também se não tivesse realizado e estimulado tantos movimentos com aglomeração de pessoas sem respeito aos protocolos pela prevenção das vidas. Agora só nos resta rezar pelos que morreram e pelos que ainda vão morrer.
A esquerda é cara de pau mesmo…
Retardar as providências para comprar vacinas?
Até quando a esquerda e a imprensa vão continuar espalhando fakenews???
Em primeiro lugar, em julho de 2020, Bolsonaro firmou acordo com a Astrazeneca para a compra de 100 milhões de doses da vacina de Oxford.
Isto é atrasar compras???
Em segundo lugar, havia várias vacinas em desenvolvimento, tanto as que atualmente estão em uso quanto outras, ainda em desenvolvimento e outras que foram abandonadas porque não deram resultado.
Qual ele deveria ter comprado???
Deveria ter comprado várias vacinas não aprovadas?
Bolsonaro, em setembro de 2020, assinou uma medida provisória para comprar 42 milhões de doses por meio do consórcio da OMS, Covax Facility (esse consórcio estava investindo em 10 vacinas diferentes, pois ninguém sabe o que vai dar resultado).
O congresso só votou a medida provisória em fevereiro…
Se houvesse vacina sobrando, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Japão, Canadá, China, Índia já teriam vacinado toda a população. Não há vacina sobrando.
Você sabia que o Brasil já distribuiu 70 milhões de doses de vacina?
E que o Japão só aplicou 2 milhões de doses?
Que a França de Macron só aplicou 20 milhões de doses?
Na Argentina, quem ganhou foi “haddad”. quantas doses já foram aplicadas lá?
Umas 10 milhões.
Abutre é o nome que se dá a quem tenta se alimentar de mortos…
A esquerda tenta a qualquer custo tomar o poder.
Para isso, não tem escrúpulo de pegar carona no corona…
Há uma epidemia (mundial), que já matou 3,3 milhões de pessoas no mundo e querem colocar a culpa em Bolsonaro.
Todos os argumentos da esquerda são furados.
Ah, Bolsonaro não fez lockdown (mas o STF deixou nas mãos dos governadores e Prefeitos – ou seja, se eles não fizeram, coloque a culpa neles e não em Bolsonaro).
Ah, Bolsonaro estimulou aglomerações (como assim? A população dá mais ouvido a Bolsonaro do que à Globo, a Ciro Gomes, a Dória? Então, Bolsonaro já está eleito).
No começo, a esquerda madurenha, falava “somos 70%”.
Se fosse verdade e os 70% tivesse ficado em casa, a epidemia teria acabado em 3 semanas.
Mas das duas uma: ou a esquerda não é 70%, ou era 70% mas não ficou em casa.
Esquerdista é bicho nojento e cara de pau.
O esquerdista que fala mal de Bolsonaro é o primeiro a lotar barzinhos e boates…
O esquerdista lota academias…
Se metade do tempo que a Globo e políticos espertalhões passam falando mal de Bolsonaro usassem para conscientizar a população, talvez a situação fosse diferente…
Mas qual moral tem Ciro Gomes e Dória?
Se eles falarem para a população ficar em casa por duas semanas a população fica???
Não fica.
A Globo há 3 anos tenta emplacar sua ideologia nefasta e tenta derrubar o presidente democraticamente eleito. Por isso, não tem moral e a população não dá bola para ela.
Nem para Ciro Gomes chorão nem para Dória aproveitador…
Dória tentou passar a perna em Alckin em 2017…
Desde 2019, ofende Bolsonaro, de olho na cadeira.
Um verdadeiro estadista não tenta destruir seu país de olho na cadeira…
Até bula de remédio, o genocida quis…
Quantas centenas de pessoas, não morreram com essa brincadeira de cloroquina?
Correto mesmo, seria afastar o miliciano e mandá-lo para Bangú.
Vai chorando e torcendo. Tem até 2026. Essa CPI, a exemplo de tudo que inventaram até hoje, só serve de palanque pra Bolsonaro.
Chora não BB , quer bubuzin quer? pq esse choro vai demorar viu rsrs
Isso é só por enquanto.Com toda certeza vem mais atrocidades por aí .Esse presidente era pra está preso se o Brasil fosse um país sério .Mas aguardemos os fatos .A família Bozo vai passar .
Falou o eleitor do presidiário Lula…
a esquerda é asquerosa…
Usam a tática de Goebels. Repetir mentiras para ver se cola…
O cara não sabe o que é um genocídio (sabe, mas faz de conta que não sabe) e ficam falando mal do presidente da República…
Genocídios foram praticados na União Soviética, China e Cuba…
Governos comunistas que mandaram matar milhões de pessoas.
No Brasil temos uma pandemia…
A esquerda e a imprensa são responsáveis pelos óbitos ao politizarem o assunto.
Desde o início tentam se aproveitar da pandemia para se dar bem…
A esquerda comemora cada óbito.
Lula comemorou a chegada do coronavirus…
Nas eleições, políticos faziam comícios… Onde estava o STF? O TSE? Renan Calheiros? Randolfe Rodrigues?
Aí, agora, de repente, surgem muitos: “oooooohhh, a culpa é de Bolsonaro”.
Bando de abutres tentando se aproveitar da desgraça alheia.
São Paulo/Dória: 90 mil óbitos.
Ceará de Ciro Gomes e Camilo Santana: 17 mil óbitos;
Rio Grande do Norte governado por Fátima: 5.500 óbitos, muitos dos quais na fila esperando por uma UTI…
Depois, de forma cínica, jogam a culpa em Bolsonaro…