Saúde

Ex-ministro Mandetta afirma que Brasil implementou medidas depois do leite derramado e que Bolsonaro tinha suas próprias ideias sobre a covid

Foto: JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO – 04.05.2021

Em suas primeiras palavras na CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta aproveitou para fazer uma retrospectiva da chegada do novo coronavírus ao Brasil e as respectivas ações do ministério sob sua gestão para enfrentar a covid-19. Na fala inicial, Mandetta buscou enfatizar uma atuação integrada entre os Poderes e os entes federativos quando a pasta da Saúde estava sob seu comando. “Defesa intransigente da vida, SUS como meio para atingir, e a ciência como elemento de decisão. Esses foram os três pilares”, disse.

Mandetta iniciou sua fala, com quase uma hora de atraso, explicando como chegaram ao ministério as primeiras informações, em janeiro de 2020, sobre uma doença que tinha início na China e que aos poucos ia se alastrando pelo mundo. Ele contou que chamou todos os poderes para explicar a importância do combate à pandemia de forma unida. “Porque esse vírus não ataca indivíduos, ele ataca a sociedade.”

O ex-ministro explicou ainda as primeiras ações da pasta para conter a propagação do vírus no Brasil e teve de ser interrompido, após 20 minutos, pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que preferiu abrir espaço para as perguntas.

Renan Calheiros, relator da CPI, perguntou a Mandetta se, durante sua gestão, a recomendação para procurar os sistemas de saúde apenas quando sentissem sintomas graves de covid foi um erro.

Mandetta afirmou que não é verdade essa recomendação, e que a afirmação é usada numa “guerra de narrativas”. Segundo ele, as pessoas procuravam os hospitais preocupadas no início de 2020 com outras doenças. “Eram casos de outros vírus. Em casos de virose, a recomendação é que você observe o estado de saúde e não vá imediatamente ao hospital porque aglomera. E lá, sim, um caso positivo vai infectar todo mundo na sala de espera.”

“Todas as nossas recomendações foram assertivas, levando em conta a ciência. Todas foram comprovadas pelo decorrer da doença.”

De acordo com Mandetta, o decorrer da pandemia mostrou que algumas ações do ministério foram paralisadas. Mais tarde ele disse que as testagens em massa foram abandonadas por seus sucessores na Saúde, o desenvolvimento da telemedicina como porta de entrada para o sistema, o plano de acompanhamento dos infectados e a orientação de uma pesquisa sobre a cloroquina que “o próximo ministro fez uma portaria mesmo sem ter os resultados”.

Ele citou que sua gestão estimulou o uso de máscaras e o distanciamento, assim como pediu para as pessoas ficarem em casa. Mandetta citou ainda o esforço para obter respiradores e leitos de UTI para evitarem o colapso do sistema de Saúde.

Mandetta elogiou o SUS (Sistema Único de Saúde) e disse que ele é o melhor local para se imunizar a população. “Mas é preciso ter a vacina.”

Leite derramado

Ao falar sobre as medidas do governo para reduzir a transmissão da covid no país, Mandetta afirmou que sempre foram implementadas com atraso, sobretudo determinações de quarentena e lockdown. “Em relação a lockdown, o Brasil não fez nenhum lockdown. O Brasil implementou medidas depois do leite derramado, depois que a gente diz: ‘Vai entrar em colapso o sistema de saúde’. Então fecha. ‘Vai acabar o remédio.’ Então fecha”, disse o ex-ministro. “A gente foi sempre um passo atrás desse vírus.”

Resistência do presidente

Ele afirmou que a orientação de isolamento era essencial também no início da pandemia, mas faltou uma fala única do governo. “Nós fizemos as recomendações em três pilares: vamos preservar a vida, SUS e ciência. Eu vi vários que ficaram fora desse tripé.”

Questionado de onde partiu a resistência, ele disse que isso “ocorreu publicamente por vários atores”.

Ele afirmou que discordava do presidente da República, Jair Bolsonaro. “Nunca discuti com o presidente. Nunca tive discussão áspera, mas sempre as coloquei [suas discordâncias] de maneira muito clara.”

“Ali não era uma questão de diferenças políticas. Ali era um momento republicano.” Mandetta afirmou que conversava com governadores para que todos saíssem juntos da pandemia.

Mandetta afirmou que chegou a ficar constrangido com algumas situações e declarações feitas por Jair Bolsonaro. Como a defesa do medicamento cloroquina para doentes de covid-19.

“Nós seguíamos o que tínhamos de discutir, mas havia pelo lado do presidente uma outra visão, um outro caminho. Ele tinha suas próprias ideias. Não sei se vinham através de outros assessores. Era muito constrangedor ter que ficar explicando porque o ministério estava indo para um caminho e ele indo para o outro.”

O médico declarou que a cloroquina não poderia ser defendida se não houvesse a certeza dos benefícios e dos riscos que ela oferecia. E garantiu que jamais, em sua gestão, o ministério sugeriu o uso do medicamento. “É falso que se não fizer bem, mal não faz”, explicou, fazendo referência a uma aspa usada algumas vezes por Bolsonaro.

Mandetta contou que muitas vezes Bolsonaro chegou a concordar com suas recomendações, mas “dois a três dias depois, ele agia de forma diferente, como se não tivesse entendido o que eu falava”.

De acordo com o ex-ministro, Bolsonaro deveria ter outra fonte, algum consultor, que dava a ele recomendações que não tinham a ver com o que sugeria seu ministério ou a OMS (Organização Mundial de Saúde). “Ele falava na cloroquina, falou em isolamento vertical, que nós não éramos favoráveis.”

Isolamento vertical é a estratégia, bastante defendida no início da pandemia, de deixar em casa apenas os grupos de risco: idosos e pessoas com comorbidades.

Mandetta reclamou que fez reunião com Bolsonaro nas quais seu filho, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), estava tomando notas. Citou ainda a tentativa do governo de mudar a bula da cloroquina para citá-la como tratamento da covid. “Eu imagino que fora do Ministério da Saúde ele (Bolsonaro) conseguiu alguns aconselhamenos que os pautavam na pandemia.”

O médico, que é formado em ortopedia, disse que não sabe dizer de quem foi a ideia de mudar a bula da cloroquina.

Mandetta denunciou que por trás de médicos que defendem tratamentos com remédios sem eficácia há grandes interesses comerciais por trás. Ele afirmou que há profissionais que atendem virtualmente 50 pessoas por dias e ganham dinheiro com isso. “Tem que ter muito cuidado, a gente está lidando com a boa fé das pessoas.”

“Enquanto eu estive no Ministério da Saúde eu fiquei em cima do que é científico, rezando para que alguma coisa funcionasse. Rezei até para a cloroquina funcionar.”

Relação com a China

O depoente citou ainda a dificuldade que teve de enfrentar com a China por causa da má vontade com o país de integrantes do governo, como o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e dos filhos do presidente Bolsonaro.

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), questionou o ex-ministro se houve pressão, por parte de Bolsonaro, contra medidas de combate à proliferação da covid-19,: isolamento e quarentena. Mandetta negou.

“Não. {O ministério] Foi confrontado publicamente, e isso dava uma informação dúbia a sociedade. Nosso objetivo era dar uma informação e o presidente, outra. Mas diretamente a mim somente com os atos que ele executava”, disse.

O ex-ministro da Saúde assumiu, ainda, que o país poderia estar numa situação melhor que a atual. “O SUS podia mais. Poderíamos ter feito muito mais, poderíamos ter começado a vacinação em novembro.”

Carta a Bolsonaro

Em carta enviada a Bolsonaro, Mandetta afirmou que recomendou expressamente que “a presidência da República reveja posicionamento adotado acompanhando as recomendações do Ministério da Saúde, uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências da saúde da população brasileira”.

“Tudo o que eu podia fazer, nos termos de orientar, foi feito. Agora, ele tinha provavelmente outras pessoas falando que o ministro da saúde está errado, vá por esse caminho. É uma decisão dele”, completou.

O ex-ministro relembrou uma visita que fez com o presidente Bolsonaro em Águas Lindas (GO) em um hospital de campanha contra a covid-19.

“O combinado era chegar, olhar, o público bem separado, mas na hora que o helicóptero olhou e viu que o público estava na beirada, ele desceu do helicóptero e subiu a rampa e foi até as pessoas. Aí eu fui até a comitiva do governador Caiado. Quando ele volta de lá, vai em direção para dar um abraça ao governador Caiado e fala essa frase em tom de brincadeira: ah, vamos contaminar logo todo mundo. Mas o governador Caiado sacou muito rápido um frasco de um álcool em gel, cruzou em suas mãos e ainda passou um pouco nas mãos do presidente para dar aquela certa sensação ali. Foi uma coisa pontual”, contou.

Na época de sua demissão, Mandeta foi flagrado ao abraçar uma funcionária do ministério. O vídeo mostra imagens dos servidores se despedindo do então ministro. Questionado se foi um equívoco, respondeu que “não deveria (ter dado o abraço), mas era muita emoção naquele momento. Era uma equipe muito unida”, disse.

O senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) questionou o ex-ministro sobre remédios sem comprovação científica, como cloroquina e ivermectina, e se ele tem remorso por não ter deliberado sobre os medicamentos no tratamento contra a covid-19. Pouco depois, Marcos Rogério (PDT-RO), outro da tropa de choque do governo, fez praticamente a mesma pergunta.

“Aqui é ciência, aqui é estudo. Eu jamais na minha vida tomei decisões sem estudar. Nessa situação, que você tem uma doença que ainda não está determinada, a gente tem que acreditar nas bases de seu estudo. A base da medicina é ramo da filosofia, ali, diz que sem diagnóstico, não há tratamento. Não pode risco sem benefício. Do mesmo modo que bate na tecla da cloroquina, existe por exemplo pessoas que preconizam ivermectina, também sem fundamento cientifico”, alegou Mandetta.

Colapso em Manaus

Em resposta ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), Mandetta afirmou que faltaram fiscais da vigilância sanitária em aeroportos do Brasil para evitar a entrada do vírus pelo espaço aéreo. A coordenação desse trabalho fica a cargo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O ex-ministro opinou que o colapso em Manaus, capital do Amazonas, que chegou a ficar sem oxigênio no início de 2021, ocorreu por problemas na gestão estadual e municipal, mas não por falta de dinheiro.

R7

Opinião dos leitores

  1. Tenho bastante óleo de peroba no meu comércio, ninguém esqueceu a despedida do mutreta do ministério, todos sem máscara, aglomeração, e abraços, um picareta.

  2. Esse ministro foi aquele que dizia para as pessoas NÃO procurarem tratamento, para ficarem em casa aguardando a falta de ar. É mais um que usa o sofrimento das pessoas para politicagem. Apenas o presidente age pensando no Brasil e o povo está vendo isso. As manifestações de 1° de maio mostraram sua popularidade. Por que seus opositores não se juntam todos e tentam fazer uma? Ia ser engraçado.

    1. Vai ver que é pq a oposição não quer aglomerar.
      Respeita as medidas protetivas!

  3. Está esclarecido porque temos 400 mil mortes por covid. O filho porra louca participava das reuniões com o ministério da saúde, segundo depoimento do Mandetta. Ficou claro que o vírus só matou 400 mil pessoas até hoje, com a ajuda do governo bolsonaro.

  4. ESSE MANDETA É MAIS UM ESQUERDOPATA QUERENDO ATRAPALHAR A ADMINISTRAÇÃO DO NOSSO PRESIDENTE, FOI NO PERÍODO DELE QUE ESTA SENDO INVESTIGADO POSSÍVEIS COMPRAS SUSPEITAS. TALVEZ PARA TENTAR ENCRIMINAR O PRESIDENTE BOSONARO.

  5. Só falou verdades e os senadores governistas só passaram vergonha. Achavam que estavam num bate papo de internet e foram devidamente respondidos com o sarcasmo que o momento permitiu. E é só o começo. Quero ver o Carluxo e o Dudu Bananinha se explicando.

  6. Muitos dos nossos conhecidos que foram vítimas ainda estariam entre nós, e muitos empregos teriam sido preservados se o presidente não tivesse retardado a providência de adquirir vacinas, como também se não tivesse realizado e estimulado tantos movimentos com aglomeração de pessoas sem respeito aos protocolos pela prevenção das vidas. Agora só nos resta rezar pelos que morreram e pelos que ainda vão morrer.

    1. A esquerda é cara de pau mesmo…
      Retardar as providências para comprar vacinas?
      Até quando a esquerda e a imprensa vão continuar espalhando fakenews???
      Em primeiro lugar, em julho de 2020, Bolsonaro firmou acordo com a Astrazeneca para a compra de 100 milhões de doses da vacina de Oxford.
      Isto é atrasar compras???
      Em segundo lugar, havia várias vacinas em desenvolvimento, tanto as que atualmente estão em uso quanto outras, ainda em desenvolvimento e outras que foram abandonadas porque não deram resultado.
      Qual ele deveria ter comprado???
      Deveria ter comprado várias vacinas não aprovadas?
      Bolsonaro, em setembro de 2020, assinou uma medida provisória para comprar 42 milhões de doses por meio do consórcio da OMS, Covax Facility (esse consórcio estava investindo em 10 vacinas diferentes, pois ninguém sabe o que vai dar resultado).
      O congresso só votou a medida provisória em fevereiro…
      Se houvesse vacina sobrando, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Japão, Canadá, China, Índia já teriam vacinado toda a população. Não há vacina sobrando.
      Você sabia que o Brasil já distribuiu 70 milhões de doses de vacina?
      E que o Japão só aplicou 2 milhões de doses?
      Que a França de Macron só aplicou 20 milhões de doses?
      Na Argentina, quem ganhou foi “haddad”. quantas doses já foram aplicadas lá?
      Umas 10 milhões.
      Abutre é o nome que se dá a quem tenta se alimentar de mortos…
      A esquerda tenta a qualquer custo tomar o poder.
      Para isso, não tem escrúpulo de pegar carona no corona…
      Há uma epidemia (mundial), que já matou 3,3 milhões de pessoas no mundo e querem colocar a culpa em Bolsonaro.
      Todos os argumentos da esquerda são furados.
      Ah, Bolsonaro não fez lockdown (mas o STF deixou nas mãos dos governadores e Prefeitos – ou seja, se eles não fizeram, coloque a culpa neles e não em Bolsonaro).
      Ah, Bolsonaro estimulou aglomerações (como assim? A população dá mais ouvido a Bolsonaro do que à Globo, a Ciro Gomes, a Dória? Então, Bolsonaro já está eleito).
      No começo, a esquerda madurenha, falava “somos 70%”.
      Se fosse verdade e os 70% tivesse ficado em casa, a epidemia teria acabado em 3 semanas.
      Mas das duas uma: ou a esquerda não é 70%, ou era 70% mas não ficou em casa.
      Esquerdista é bicho nojento e cara de pau.
      O esquerdista que fala mal de Bolsonaro é o primeiro a lotar barzinhos e boates…
      O esquerdista lota academias…
      Se metade do tempo que a Globo e políticos espertalhões passam falando mal de Bolsonaro usassem para conscientizar a população, talvez a situação fosse diferente…
      Mas qual moral tem Ciro Gomes e Dória?
      Se eles falarem para a população ficar em casa por duas semanas a população fica???
      Não fica.
      A Globo há 3 anos tenta emplacar sua ideologia nefasta e tenta derrubar o presidente democraticamente eleito. Por isso, não tem moral e a população não dá bola para ela.
      Nem para Ciro Gomes chorão nem para Dória aproveitador…
      Dória tentou passar a perna em Alckin em 2017…
      Desde 2019, ofende Bolsonaro, de olho na cadeira.
      Um verdadeiro estadista não tenta destruir seu país de olho na cadeira…

  7. Até bula de remédio, o genocida quis…
    Quantas centenas de pessoas, não morreram com essa brincadeira de cloroquina?
    Correto mesmo, seria afastar o miliciano e mandá-lo para Bangú.

    1. Vai chorando e torcendo. Tem até 2026. Essa CPI, a exemplo de tudo que inventaram até hoje, só serve de palanque pra Bolsonaro.

    2. Chora não BB , quer bubuzin quer? pq esse choro vai demorar viu rsrs

    3. Isso é só por enquanto.Com toda certeza vem mais atrocidades por aí .Esse presidente era pra está preso se o Brasil fosse um país sério .Mas aguardemos os fatos .A família Bozo vai passar .

    4. a esquerda é asquerosa…
      Usam a tática de Goebels. Repetir mentiras para ver se cola…
      O cara não sabe o que é um genocídio (sabe, mas faz de conta que não sabe) e ficam falando mal do presidente da República…
      Genocídios foram praticados na União Soviética, China e Cuba…
      Governos comunistas que mandaram matar milhões de pessoas.
      No Brasil temos uma pandemia…
      A esquerda e a imprensa são responsáveis pelos óbitos ao politizarem o assunto.
      Desde o início tentam se aproveitar da pandemia para se dar bem…
      A esquerda comemora cada óbito.
      Lula comemorou a chegada do coronavirus…
      Nas eleições, políticos faziam comícios… Onde estava o STF? O TSE? Renan Calheiros? Randolfe Rodrigues?
      Aí, agora, de repente, surgem muitos: “oooooohhh, a culpa é de Bolsonaro”.
      Bando de abutres tentando se aproveitar da desgraça alheia.
      São Paulo/Dória: 90 mil óbitos.
      Ceará de Ciro Gomes e Camilo Santana: 17 mil óbitos;
      Rio Grande do Norte governado por Fátima: 5.500 óbitos, muitos dos quais na fila esperando por uma UTI…
      Depois, de forma cínica, jogam a culpa em Bolsonaro…

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Geral

CPI para investigar o STF é inadmissível, diz Gilmar Mendes

Foto: Sergio Lima/Poder 360

O decano do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, disse que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Suprema Corte é “inadmissível”.

“A princípio, uma CPI que investigasse atos do Supremo Tribunal Federal seria inadmissível. Seria inconstitucional”, afirmou em entrevista ao SBT divulgada na quinta-feira (18).

O ministro também disse não acreditar que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), “tenha se pronunciado no sentido” de uma CPI para investigar o STF.

“Tenho a impressão de que a gente deve separar aquilo que é ruído, eventualmente é borbulha, é espuma, do que aquilo que efetivamente é sinal. Entendo que aqui há muita borbulha. Há muito o ruído, desinformação, fake news. Mas isso não corresponde à realidade“, disse.

Poder 360

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Geral

PALHAÇADA: Após horas de atraso, Voepass cancela mais um voo Mossoró-Natal e oferece ônibus para levar passageiros

Foto: Gilnete Ferreira

Após horas de atraso, nesta sexta-feira (19), a Voepass cancelou mais um voo Mossoró-Natal.

Depois de horas aguardando a aeronave decolar do Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, para um voo que duraria cerca de 40 minutos, os passageiros foram informados que a empresa aérea iria disponibilizar um ônibus para levá-los até Natal.

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Geral

FALTA POUCO: barragem de Umari, em Upanema, está com 96,81% da capacidade total

Foto: reprodução/Igarn

A barragem Umari, localizada em Upanema, acumula, neesta sexta-feira (19), 283.461.651 m³, percentualmente, 96,81% da sua capacidade total, que é de 292.813.650 m³. Faltando apenas 31 centímetros para o reservatório completar 100% da sua capacidade. A última vez que o reservatório sangrou foi em 09 de abril de 2023.

Outros reservatórios

O maior reservatório do RN, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, acumula o percentual de 76,21%. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), esse é o maior número registrado desde 2012.

Já a Barragem Santa Cruz do Apodi está com 472.033.500 m³, do total de 599.712.000 m³, percentualmente, 78,71% da sua capacidade total.

Ponta Negra News

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Gastronomia

PAPO DE FOGÃO RAIZ: Prepare-se para uma verdadeira festa de sabores nesta semana

Prepare-se para uma verdadeira festa de sabores no Papo de Fogão Raiz desta semana! Estamos trazendo o melhor da culinária tradicional com um suculento Chambaril, preparado pela talentosa D. Joana França do Restaurante Cobra Choca em Natal/RN. E como acompanhamento perfeito, não poderia faltar a nossa dica especial: um irresistível Arrumadinho, elaborado pelo Chef Marcos Rios do Boteco do Pernambuco, também em Natal/RN. Junte-se a nós e deixe-se levar por essa experiência gastronômica única!

Patrocínio: Prefeitura do Natal/Programa Djalma Maranhão, Hospital do Coração, IOHN, BSaúde/Paulimedical e Midway Mall

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 7h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h
MATO GROSSO, 8h30
ALAGOAS, 10h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Música

Giannini surpreende o estado com mais de 20 mil pessoas na gravação do seu DVD na Praça Cívica em Natal

 

Mais de 20.000 pessoas foram prestigiar o DVD de Giannini na Praça Cívica, em Natal. Uma mega estrutura foi montada, com acesso gratuito, muitas pessoas se movimentaram do estado inteiro pra ir prestigiar o ‘Príncipe da sanfona’ e as participações mais que especiais, Dorgival Dantas, Zezo, Walkyria Santos, Chambinho do Acordeon, Maria Cecília e Rodolfo, Thúllio Milionário e Raí Saia Rodada.

A movimentação foi grande, a praça estava linda, cheia de gente feliz! Giannini é um artista potiguar, natural de Olho d’Água do Borges e que vem ganhado o cenário musical de maneira mais expressiva, nos representando no Brasil e no Mundo. A produção do evento ficou por conta da Tawfic Produções.

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Educação

GREVE É MANTIDA: Governo Lula apresenta novas propostas; docentes e técnicos vão decidir fim das paralisações na próxima semana

Greve na educação: Técnicos das universidades Federais fazem manifestação próximo ao Palácio do Alvorada. — Foto: Cristiano Mariz

As categorias dos técnicos administrativos da educação e dos docentes receberam nesta sexta-feira novas propostas do governo para o fim das greves nas universidades e institutos federais. Os trabalhadores informaram que uma decisão será tomada na semana que vem e, até lá, as paralisações estão mantidas.

Neste momento, pelo menos 52 universidades, 79 institutos federais (IFs) e 14 campus do Colégio Pedro II estão em greve. Parte pela mobilização dos docentes, parte pela dos técnicos e outra parte pelas duas categorias.

Nesta sexta-feira, o governo federal apresentou uma proposta idêntica aos dois sindicatos: 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. A reivindicação dos técnicos administrativos é de 37% de reajuste em três anos. O impacto dessa medida é de R$ 8 bilhões. Já o dos professores é de 22%, ainda sem impacto divulgado. Nos dois casos, com aumentos já em 2024.

De acordo com Daniel Farias, da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), a proposta gerou revolta na categoria. Isso porque ela ficou aquém do esperado pelos grevistas e especialmente pela outra categoria, a dos docentes, receber um percentual idêntico.

— Em 2015, houve reajuste aos docentes que não chegou aos técnicos. Por isso, estamos com os salários ainda mais defasados. Somos a maior categoria do funcionalismo público e temos os menores salários — afirma Farias, que ocupa a coordenação Jurídica e de Relações de Trabalho da Fasubra.

Entre os técnicos administrativos, há cinco níveis salariais: do A (funções como porteiro, auxiliar de serviços gerais) ao E (psicólogos, assistentes sociais, biólogos, administradores, etc). A variação de remuneração base vai de R$ 1,5 mil a R$ 4,3 mil. A maior parte da categoria (70%) está concentrada nos níveis E e D (profissões de nível médio, como técnico administrativo e auxiliar de enfermagem, com salários base de R$ 2,3 mil).

— Os 9% de um docente, que recebem em torno de R$ 20 mil, já dão cerca de R$ 1,5 mil. Foi uma proposta indecorosa do governo — afirmou.

A proposta também prevê uma reformulação da carreira desses servidores. Na avaliação de Farias, esse foi um pequeno avanço, em cinco de 12 pontos pedidos pela categoria, que não geram custos ao governo ou que esse montante é muito baixo, segundo ele.

Entre os docentes, a proposta ainda vai ser discutida. De acordo com Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o avanço nas negociações entre os docentes foi “tímido”.

— É ainda uma movimentação tímida, mas revela o quanto a greve é meio eficaz na conquista de avanços e vitórias em defesa do serviço público. A crescente mobilização aponta certamente que há mais que podemos conquistar. A proposta será avaliada pelas bases em rodada de assembleias que ocorrerão entre os dias 22 e 25 de abril — afirmou.

A proposta anterior, das duas categorias, era de reajuste na base salarial de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. A nova proposta foi apresentada em reunião da mesa de negociação com os técnicos, realizada na Esplanada dos Ministérios.

Em 2023, o governo concedeu a partir de junho um reajuste de 9% para todas as categorias, com impacto anual próximo de R$ 4,5 bilhões. Agora, há pressão para um novo aumento neste ano.

Para 2024, após negociações, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) reservou no orçamento cerca de R$ 3 bilhões para um reajuste de todos os servidores. A decisão foi focar nos auxílios e não nos salários, medida considerada mais equitativa.

A lógica é a seguinte: se o governo desse 5% de aumento nos salários, quem ganha R$ 5 mil receberia um adicional de R$ 250 e quem ganha R$ 10 mil receberia R$ 500. Jás os benefícios têm o mesmo valor para todos os servidores.

A proposta de correção nos valores dos benefícios está incluindo:

  • Auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$ 1 mil (aumento de 51,9%);
  • Auxílio-saúde per capita, de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
  • Auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.

O Globo

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Política

Vereadora do PT em Campinas-SP destina verba pública para festa com nudez e simulação de sexo

Foto: Câmara Municipal de Campinas

Vereadores da Câmara Municipal de Campinas aprovaram na quinta-feira 18 a instauração de uma Comissão Processante (CP) contra Paolla Miguel (PT). A decisão se deu depois de a vereadora ter destinado verba pública para a Festa Bicuda, em que houve o registro de nudez, simulação de sexo e suposto incentivo ao uso de droga ilícita.

A abertura de uma CP foi aprovada com 24 votos a favor e 6 contra. Foram definidos os parlamentares que vão integrar a comissão que investigará Paolla Miguel: a presidente é Guida Calixto (PT) e o relator é Gustavo Petta (PCdoB). O vereador Edivaldo Cabelo (PL) também integrará o grupo.

O pedido para a criação da CP foi protocolado pelo vereador Nelson Hossri (PSD) na última terça-feira, 16. Ele justificou que Paolla Miguel deve ter o mandato cassado por infringir o Código de Ética da Câmara de Vereadores de Campinas e a Lei Orgânica do Município.

Na tribuna da Câmara Municipal, Paolla Miguel, que estava presente na Festa Bicuda, disse que destinou a verba via emendas impositivas. Nas redes sociais, disse que o dinheiro foi para parte da estrutura física da festa, para atender a “população que desejou comparecer ao evento, incluindo banheiros químicos, apoio logístico e montagem de palco.”

“Evento que já estava organizado pelos seus produtores, que são responsáveis pela curadoria, contratação de artistas e pagamento de cachê”, disse. “Nenhum ente público, nem nosso mandato, nem a Secretaria de Cultura tiveram conhecimento prévio do conteúdo das apresentações.”

Paolla Miguel declarou que só depois do evento é que chegou o “conteúdo de algumas músicas, e a apresentação de uma das artistas teria sido alvo de críticas de parte da comunidade local.”

“Críticas que são naturais em uma sociedade diversa e democrática e que serão notificadas aos produtores pela Secretaria de Cultura para que tenham ciência do ocorrido e possam explicar o que aconteceu para avaliar suas futuras apresentações”, disse.

Em outra publicação nas redes sociais, a vereadora Paolla Miguel justifica a abertura de uma CP como “violência política” dos demais colegas de Casa. “Não vamos tolerar essa perseguição ao nosso mandato popular”, acrescentou.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. O interessante desse povo é achar que eles podem tudo, esquecem que essas farras sao financiadas com dinheiro do povo, que deveriam ser destinadas a melhoria das condições de vida da população, quer financiar bacanal, financie, vá em casa e peça a painho ou vá ao banco e faça empréstimo, com o nosso é de lascar.

    1. Muito pior é quem vota nessa quadrilha. Porque vota sabendo o que vem pela frente. Coisa boa não é.

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Geral

Defesa de Bolsonaro pede ao STF anulação da operação que apura suposto golpe de Estado

Foto: RICHARD LOURENÇO/REDE CÂMARA

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal), na quinta-feira (18), representada pelo partido Progressistas, um pedido para anular a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro após ordem do ministro Alexandre de Moraes, na qual corporação investiga a suposta organização de um golpe de Estado em 2022 em prol do candidato derrotado e ex-presidente, com a participação de ex-assessores, militares e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

A peculiar ‘decisão’ proferida pelo ministro Alexandre de Moraes verdadeiramente é um ato inquisitivo que acumula inadmissivelmente os teores de uma portaria de instauração de inquérito policial e de uma decisão judicial deferindo a realização oitivas e busca e apreensão, dentre outras medidas cautelares, incluindo a mais grave delas, a decretação de prisões preventivas, tudo isso travestido de despacho determinativo de autuação de ‘petição’”, disse.

As investigações apontam que o PL foi “instrumentalizado” para financiar e comandar a estrutura de apoio à suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo a PF, 16 militares são investigados por pelo menos três formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à segurança das eleições de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas. O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento para manter os atos em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.

Havia ainda o “Núcleo de Inteligência Paralela”, que seria formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid. Eles fariam a coleta de dados e informações que auxiliassem a tomada de decisões do então presidente da República na consumação do golpe. Bolsonaro teria pressionado os ministros do governo, durante reunião realizada em 5 de julho de 2022 para que promovessem e replicassem “desinformações e notícias fraudulentas” quanto à confiança do sistema eleitoral brasileiro, revela o processo.

R7

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Brasil

Governo Lula põe sob sigilo lista de servidores que ocuparam 57 quartos de hotel de luxo em Londres

Lula com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, em Londres Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou em sigilo pelos próximos cinco anos a lista das pessoas que ocuparam 57 quartos do hotel de luxo JW Marriott Grosvenor House, em Londres. Ao todo, o governo brasileiro gastou R$ 1,47 milhão com o estabelecimento, sendo R$ 140 mil para duas salas de reuniões no hotel.

O chefe do Poder Executivo brasileiro esteve na Inglaterra em maio para a coroação do rei Charles III, que ascendeu ao trono após a morte de sua mãe, Elizabeth II. O governo foi procurado por meio da Secretaria de Comunicação da Presidência, mas ainda não se manifestou.

Além da comitiva oficial, também ficaram no hotel os integrantes do chamado Escalão Avançado (Escav) que é responsável pela preparação da viagem. O grupo permaneceu no local de 26 de abril até 9 de maio. Lula chegou à cidade em 5 de maio – o evento, na Abadia de Westminster, ocorreu no dia seguinte. O quarto em que o presidente ficou hospedado com a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, saiu por R$ 43.986,60 a diária. Ao todo, 80 pessoas participaram da viagem.

“As Comitivas Técnica e de Apoio são constituídas por servidores que atuam em áreas meio para a viabilização dos eventos com a participação do presidente da República. Assim, a relação dos servidores que compõem estas comitivas são informações que são classificadas pelo Gabinete de Segurança Institucional no grau de sigilo reservado, com fundamento no art. 25, VIII, do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012″, disse a Casa Civil em resposta a um pedido da Lei de Acesso à Informação (LAI), em 15 de fevereiro deste ano. Durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o GSI já adotava conduta de classificar como reservados os relatórios de viagens nacionais e internacionais dos presidentes da República. Os documentos só são liberados cindo anos depois.

Mesmo tendo negado acesso à lista das pessoas que se hospedaram no hotel, a Casa Civil marcou a resposta como “acesso concedido”, como se tivesse entregado a informação pedida. Como regra, todos os documentos do governo devem ser de acesso público – o chamado princípio da publicidade está inscrito na Constituição. No entanto, a Lei de Acesso à Informação estabelece algumas exceções em que o acesso pode ficar restrito. O grau de sigilo pode ser reservado (cinco anos); secreto (15 anos) ou ultrassecreto (25 anos).

Em alguns casos, a Lei de Acesso também permite ao governo restringir o acesso a informações por até 100 anos, sempre que se trate de “informações pessoais (…) relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem”, independentemente da classificação de sigilo. Como mostrou o Estadão, o governo Lula impôs o sigilo de 100 anos a 1.339 pedidos, que incluem desde visitas recebidas por Janja e Lula no Palácio da Alvorada até telegramas diplomáticos sobre o jogador de futebol Robinho, condenado na Itália por estupro.

A prática também era comum no governo de Jair Bolsonaro (PL), que impôs sigilo de 100 anos a informações requisitadas em 1.108 pedidos da Lei de Acesso à Informação, segundo dados levantados pela ONG Transparência Brasil. De acordo com relatório da organização, em vários casos houve mau uso do dispositivo da Lei de Acesso por parte do governo. É o caso de informações sobre entrada e saída de pessoas em prédios públicos, informações sobre a saúde de Bolsonaro durante a pandemia de covid-19; e um processo disciplinar já encerrado contra um ministro de Estado.

Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula prometeu acabar com o mecanismo do sigilo de 100 anos, e tirar da obscuridade informações classificadas pelo então adversário. “No dia 2 de outubro, o povo vai te mandar pra casa. Farei um decreto para acabar com seu sigilo de 100 anos para saber o que esse homem esconde por 100 anos”, disse Lula a Bolsonaro num debate televisivo realizado pela TV Globo em setembro de 2022. “É uma coisa que nós vamos ter que fazer: um decreto, um revogaço desse sigilo que Bolsonaro está criando para defender os amigos”, disse Lula a uma rádio do interior de São Paulo, em junho de 2022.

GSI nega lista de passageiros em viagens oficiais

O GSI costuma recusar-se a fornecer a lista de pessoas que voam junto com o Presidente da República durante as viagens oficiais. A alegação é a de que a “exposição indiscriminada” dos nomes traria “prejuízos e vulnerabilidades para a atividade de segurança presidencial”, como disse a pasta em resposta a um pedido da Lei de Acesso de abril de 2023, sobre a comitiva de Lula à Argentina e ao Uruguai, em janeiro daquele ano.

Tudo o que fica público, nestes casos, é a lista da comitiva oficial, que geralmente é composta apenas por uns poucos ministros. Essa lista é publicada no Diário Oficial da União. Além da lista de integrantes da comitiva para Argentina e Uruguai, desde janeiro de 2023, o GSI negou acesso à lista de passageiros que foram para a China e para Abu Dhabi, em abril. Na viagem a Londres, a comitiva oficial era composta apenas pelo assessor internacional da Presidência Celso Amorim; pela primeira-dama Janja e pelo embaixador do Brasil no Reino Unido, Claudio Frederico de Matos Arruda.

Diferentemente de outras viagens oficiais de Lula, a ida a Londres não incluiu uma pauta de negócios relacionada a diferentes áreas do governo — outras viagens, que tinham escopo mais amplo, acabaram incluindo um número maior de participantes. Em dezembro de 2023, a delegação brasileira à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP-28, tinha 1.337 pessoas, incluindo empresários e políticos. Deste contingente, cerca de 400 viajaram com recursos do governo federal. Na viagem à China, em abril passado, foram cerca de 73 autoridades, entre integrantes do governo, políticos e sindicalistas. A Buenos Aires, em janeiro passado, viajaram com Lula cerca de 20 pessoas, incluindo seis ministros, um congressista (o deputado Marco Maia, do PT-RS), assessores e o fotógrafo oficial, Ricardo Stuckert.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. A esquerda é sempre crítica quando não é alguém da panelinha, não era o asqueroso que criticava o Bozo pelo sigilo.

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Política

Lula se queixa a líderes que PT não defende o governo

Foto: Hugo Barreto/Metropóles

Lula se queixou aos líderes de governo na reunião desta sexta-feira (19/4) de que o Partido dos Trabalhadores precisa se empenhar mais na defesa do governo.

Lula pediu que Jaques Wagner, José Guimarães e Randolfe Rodrigues, líderes no Senado, na Câmara e no Congresso, cobrem os petistas a se engajar mais na defesa das pautas do governo.

O presidente aprofundará o assunto numa reunião que terá na semana que vem com Gleisi Hoffmann, presidente do PT. O encontro é para tratar de eleição, mas Lula também fará a crítica a ela.

Guilherme Amado, Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Não tem como defender o indefensável, jumento! Já foi esse tempo. Hoje não é só a globo que mostra o que acontece no Brasil. Por isso você é louco pra acabar com redes sociais.

  2. Como esse caipira quer que a corja defenda O SEU governo? Grande parcela do PT já notou que ele só pensa nele e em mostrar o mundo a janja, ademais, 90 % se enquadram como burros e vagabundos.

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