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‘Existem gays na PM, e muitos’, diz soldado ameaçado por policiais após beijar rapaz no Metrô de SP

Há quase quatro anos, Leandro Prior teve de responder a um questionário para entrar na Polícia Militar (PM) de São Paulo que perguntava sua opinião a respeito do “homossexualismo”. Disse ter respondido que “não achava nada” até porque também é “homossexual”.

Aprovado, trabalha desde então no 13º Batalhão da PM, na capital paulista. Ele atua na Força Tática por meio do Programa Vizinhança Solidária na Cracolândia, área da região central de São Paulo conhecida pelo tráfico e consumo de drogas ao ar livre.

Nesse período, Prior se lembra de ter sido vítima de preconceito por conta de sua orientação sexual uma única vez diretamente e, nas outras, de forma velada.

“Houve um caso onde apontaram o dedo. Foi dito que ‘com ele eu não trabalho’. Foi direto, curto e grosso. E a pessoa disse: ‘você sabe por que’. […] Os outros casos são velados, mas esse foi o único caso mais direto antes desse caso do vídeo”, conta ao G1 o PM.

“O caso do vídeo” a que se refere o soldado é o que foi feito por celular sem sua autorização. As imagens mostram o policial fardado beijando na boca outro homem, em trajes civis, no Metrô de São Paulo. Nada anormal para uma capital que todo ano tem uma das maiores paradas gays do mundo e desenvolve campanhas contra a discriminação por gênero e orientação sexual.

Mas quem filmou Prior dando um “selinho” em seu amigo não entendeu assim. Naquela ocasião, o policial havia deixado o trabalho, mas aparecia fardado dentro de um vagão da Linha 3-Vermelha do Metrô, o que chamou a atenção do desconhecido que gravou a cena.

Segundo Prior, até a corporação informa que não há regulamento que proíba manifestações de afeto fora do ambiente profissional. “Acredito que não seja proibido pelo artigo 104 da I-24 PM, onde ela permite atos de afeto fora da administração, área de administração militar”, diz o soldado de 27 anos.

O G1 entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para comentar o caso de Prior e aguarda retorno.

Vídeo viralizou

Além de filmar o beijo que Prior deu no rapaz para se despedir, o responsável pela gravação resolveu compartilhar o vídeo, primeiramente num grupo fechado de policiais no aplicativo de celular WhatsApp. Logo depois a filmagem viralizou, mudando a vida de Prior a partir de junho.

“Não faço ideia [de quem gravou o vídeo], mas quero saber”, diz Prior, que não percebeu a gravação e busca a punição de quem a compartilhou. “Se tivesse percebido, eu mesmo teria tirado o celular da pessoa. Estou me sentindo assim… Como é que eu posso te dizer? Ainda um pouco aéreo, um pouco baqueado porque tomou uma repercussão muito grande”.

Da esquerda para a direita: vídeo com beijo de soldado beijando homem no Metrô de SP viralizou e gerou ofensas nas redes sociais, como a do lado, postada por um policial da Rota (Foto: Arquivo/Reprodução/Redes Sociais)

Ameaça de morte

A cada compartilhamento nas redes sociais, Prior recebia um xingamento, uma ofensa e até ameaças de morte acompanhando o vídeo.

“Aqui não aceitamos um policial fardado em pleno Metrô beijando um homem na boca. Desgraçado, desonra para minha corporação. Esse tinha que morrer na pedrada! Canalha safado! Se alguém não gostar desse comentário, f* você também!”, é uma mensagem postada na página do Facebook de um policial militar das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM.

Declarações como essa levaram Prior a acionar a Polícia Civil e a Polícia Militar para tomarem providências criminais e administrativas contra policiais que o estão ameaçando. Os casos são acompanhados pelo advogado de Prior, José Beraldo, membro do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ariel de Castro, e o ouvidor da Polícia, Benedito Domingos Mariano.

“Eu tenho diversos prints, e 90% a 95% das pessoas que fazem comentário de ódio em todas as redes sociais contra a minha pessoa e a minha vida são vindas de policiais militares”, informa Prior.

Mesmo figurando como vítima de homofobia, o soldado terá de responder a um procedimento administrativo também na corporação. Segundo a PM, a atitude de Prior no Metrô não obedeceu a regras de segurança exigidas pela corporação. Ele teria deixado o coldre da arma aberto. Sua arma foi recolhida.

Leandro Prior começou a sofrer ofensas e ameaças em redes sociais (Foto: Arquivo Pessoal)

Tratamento médico

Alegando motivos de saúde, Prior pediu afastamento da PM para se tratar. Chegou a ser internado numa clínica psiquiátrica e vem tomando remédios contra pânico. Teria de voltar ao trabalho nesta quarta-feira (11), mas disse não ter condições de voltar as atividades ainda.

“Pela pressão, porque as pessoas não imaginam a dimensão que tomam os problemas. Era uma coisa pequena, tomou uma proporção muito grande. Você, do nada, começa a receber ameaças de todos os âmbitos. Eu acredito que, psicologicamente, ainda não esteja apto a retornar”, diz ele, que teria conseguido mais um mês de licença médica.

Na entrevista ao G1, Prior contou que teve de responder a um questionário sobre o que achava do “homossexualismo”. Segundo o ativista LGBTI Agripino Magalhães, que após o episódio passou a acompanhar o soldado e dar assessoramento a ele, o nome apropriado seria “homossexualidade”.

O “homossexualismo” alude a um período em que o termo representava o que então era considerado um distúrbio mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 1990, a OMS retirou o item da sua lista internacional de doenças.

“Recordo-me que disse que eu não achava nada [quando perguntado sobre o que achava do ‘homossexualismo’]. A condição sexual do indivíduo não iria interferir no atendimento de ocorrência da minha parte”, diz Prior. “Completei: não vejo problema algum, afinal também sou [homossexual]”.

Soldado Leandro Prior observa busto em miniatura durante entrevista (Foto: Kleber Tomaz/G1)

Gays na PM

Prior, que em novembro completará quatro anos como policial militar, diz hoje sem medo: “Sim. Existem gays na PM e muitos”.

“Existem lésbicas, existem gays, existem trans. Continuam trabalhando e devem permanecer. Não é critério de diminuição dos índices criminais a condição sexual. Como qualquer outro lugar de chefia e direção de qualquer outra empresa ou corporação.”

Segundo ele, porém, a sociedade não tem tanto conhecimento da existência de gays na PM porque eles mesmo se escondem. “Existe um enorme preconceito na Polícia Militar contra gays”, diz Prior sobre outros policiais que usam de preconceito velado dentro da corporação contra homossexuais. “Um bom exemplo são perseguições feitas por outros PMs contra subordinados.”

Prior, que diz ter entrado na PM por “vocação”, se inspirou no pai, também policial militar, mas que cortou relações com o filho pelo fato de ele ser gay.

O soldado também lamentou o fato de o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), ter criticado neste mês a sua atitude de beijar um amigo no Metrô.

Leandro Prior começou a sofrer ofensas e ameaças em redes sociais (Foto: Arquivo Pessoal)

“Eu entendo que deu um certo constrangimento [à corporação]. A Polícia Militar tem as suas regras próprias”, chegou a falar França sobre o episódio envolvendo soldado. “Ninguém quer com isso fazer nenhum tipo de punição, mas é preciso ver que a farda, como eu disse, é uma extensão do estado, e a farda tem que ser respeitada. Eu não vejo significado em você usar coldre, farda, e ficar fazendo gestos de amor expresso em público, seja com homem ou com mulher”, completou França.
O soldado relata a existência de oficiais e comandantes homossexuais na PM paulista.

“Eu acredito que o posicionamento do governador, ele não seja este tão somente. Ele é o chefe máximo da polícia e das polícias. Eu acredito que ele tenha um coração mais humano”, disse Prior sobre a fala de França.

Vítima de homofobia

As únicas certezas que Prior tem são de que foi “vítima de homofobia, sim” e “o preconceito não está na corporação, mas na pessoa”.

“Não compensa se esconder, dê a cara a tapa. Se esconder é pior. Você vai receber ameaças se se esconder, sofrer ameaças se colocar a cara ao sol. Coloque a cara a tapa, dê a cara a tapa, enfrente, lute. Porque, se você não lutar, você já perdeu”.

Existem também PMs que estão apoiando Prior. “Muito apoio dos policiais da minha companhia, do meu batalhão. Agradeço imensamente a todos que manifestam esse apoio nas redes sociais”, diz. “Pretendo e vou continuar na Polícia Militar”.

Leandro Prior começou a sofrer ofensas e ameaças em redes sociais (Foto: Arquivo Pessoal)

Leandro Prior começou a sofrer ofensas e ameaças em redes sociais (Foto: Arquivo Pessoal)

G1

 

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Política

STF aprova ata de julgamento de Bolsonaro e abre prazo para acórdão

Foto: Ton Molina/STF

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou nesta terça-feira (23) a ata do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de planejar uma tentativa de golpe de Estado.

Agora, inicia-se a contagem do prazo de 60 dias para a publicação do acórdão de julgamento, que nada mais é do que o registro detalhado dos votos e do resultado da análise dos ministros.

O tempo de publicação do acórdão depende principalmente da agilidade com que os ministros enviarão seus votos escritos para constar no documento. Mesmo com o prazo de regimental de dois meses, pode ser publicado muito antes.

Assim que for divulgado o acórdão, as defesas dos réus terão cinco dias para entrar com o principal recurso disponível: os embargos de declaração.

Embora raramente mudem o resultado de um julgamento, eles permitem apontar eventuais contradições, omissões ou obscuridades nos votos dos ministros.

Na prática, costumam ser rejeitados pelo STF e são frequentemente interpretados como manobras para adiar o fim da ação penal.

No geral, uma ação é considerada transitada em julgado (encerrada) após a negação do segundo recurso. Com isso, os réus podem começar a cumprir pena e, no caso, irem para a prisão.

A maior parte das defesas já confirmou que entrará com recursos. Se forem rejeitados e as condenações mantidas, Bolsonaro e outros réus passarão para a prisão em regime fechado. O local do cárcere deve ser definido pelo ministro relator Alexandre de Moraes.

As principais opções são a superintendência da PF (no caso de Bolsonaro) ou o Centro Penitenciário da Papuda, ambos em Brasília. Réus militares também podem ser presos no quartel do Exército.

A defesa de Bolsonaro, porém, deve entrar com pedido de prisão domiciliar alegando a saúde frágil do ex-presidente e a idade avançada.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Foi o que recebeu a maior pena, sob o agravante de liderar a organização criminosa.

A exceção é o tenente-coronel Mauro Cid. Por causa do acordo de delação premiada firmado, o ex-ajudante de ordens pegou dois anos de prisão. Satisfeitos com o resultado, é improvável que os advogados entrem com recurso.

O caso, portanto, transitaria em julgado primeiro para Cid. A defesa já pediu a Moraes a revogação das cautelares e uma declaração de que a pena já foi cumprida, considerando os anos que ficou preso preventivamente. A declaração deixaria Cid livre.

O ministro, no entanto, negou e disse que só analisaria os pedidos após o trânsito em julgado.

CNN

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Geral

Conselho de Ética abre processo que pode cassar mandato de Eduardo Bolsonaro

Foto: Mandel Ngan/AFP

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu hoje abrir um processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O processo pode levar Eduardo a perder o mandato de deputado federal. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de uma queixa apresentada pelo PT no colegiado. O partido fez três pedidos de cassação do mandato e o PSOL fez um.

Decisão de abrir o processo foi do presidente do conselho, deputado Fabio Schiochet (União Brasil-SC). O parlamentar ainda sorteou três parlamentares que poderão relatar o caso: Duda Salabert (PDT-MG), Paulo Lemos (PSOL-AP) e Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG). Nos próximos dias, Schiochet vai escolher qual deles será o relator.

A instauração é a primeira fase de um processo disciplinar. Em seguida, o relator escolhido terá prazo de dez dias úteis para apresentar um parecer preliminar, que poderá ser pelo prosseguimento ou arquivamento do caso.

Caso o processo siga, testemunhas podem ser ouvidas e o próprio Eduardo poderá depor. Passada esta etapa, o relator apresenta um relatório final, pela absolvição ou pela punição de Eduardo Bolsonaro, que pode ir de uma censura até a perda do mandato.

Para o PT, Eduardo quebrou o decoro parlamentar por sua atuação nos EUA. O deputado está nos Estados Unidos desde fevereiro e encabeça uma campanha de sanções contra o Brasil e autoridades do país. “Sua permanência no exterior, associada à atuação pública contra instituições nacionais, enquanto se furta às obrigações regimentais mínimas de presença e deliberação, representa grave atentado ao decoro e à integridade da representação popular”, diz trecho da representação.

Ontem, a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Eduardo e o empresário Paulo Figueiredo por coação no curso do processo. Eles são acusados de atuar junto ao governo americano para interferir no julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal).

Eduardo está com as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Em entrevista à colunista do UOL Mariana Sanches, ele afirmou que continua recebendo o salário de deputado, atualmente de R$ 46.366,19, mas que não está com acesso ao dinheiro devido ao bloqueio.

Hoje, o presidente da Câmara negou a indicação de Eduardo como líder da minoria. Hugo Motta (Republicanos-PB) se baseou em um parecer da Secretaria-Geral da Presidência para barrar a manobra do PL. O documento diz que a ausência do território nacional é incompatível com o exercício das atribuições de uma liderança.

A regra da Casa diz que deputado não pode ter mais do que 1/3 de ausências não justificadas em sessões deliberativas. No começo do mês, Eduardo acumulava mais da metade deste limite: 18 faltas em 32 sessões. As ausências passaram a ser contabilizadas depois do fim da licença do deputado, em julho.

UOL

Opinião dos leitores

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Geral

Patinetes elétricos em Natal: veja o que pode e o que não pode

Foto: Magnus Nascimento

O serviço de patinetes elétricos começou a operar em Natal no domingo (21) com regras específicas sobre circulação, estacionamento e segurança. Apenas maiores de 18 anos podem utilizar os veículos, que só podem circular em ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas e devem ser retirados e devolvidos em pontos indicados no aplicativo da empresa.

O uso incorreto dos patinetes tem gerado repercussão nas redes sociais e dúvidas sobre onde os equipamentos podem ser utilizados e estacionados, além de questionamentos sobre segurança e penalidades para uso indevido.

Em caso de descumprimento das regras, o usuário pode ter a conta banida, impedindo o acesso ao serviço.

O que pode

Opinião dos leitores

  1. Esse tipo de equipamento só é viável em País do primeiro mundo, aqui na província de Cabral não vai dar certo, a educação da população é ZERO.

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Geral

Motta diz não temer sanções dos EUA após barrar Eduardo como líder

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Após barrar a estratégia da oposição de nomear o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Câmara dos Deputados, para evitar uma possível cassação por faltas, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse não temer retaliações dos EUA, articuladas pelo filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Motta, assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem recebido “avisos” de Eduardo de que pode ser alvo de sanções pelo governo Donald Trump, assim como ocorreu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, que perderam o visto e entraram na lista da Lei Magnitsky —, caso não paute a anistia e o impeachment de Moraes.

Em agosto, Motta foi questionado se teme ser alvo da Lei Magnitsky e respondeu que não vai vincular sua atuação a “este ou aquele risco”.

“Nós não podemos também vincular nossa atuação política a esta ou aquela argumentação, a este ou aquele risco, porque temos que fazer o que é certo, o que é correto. E nada nos tirará desse foco, nada nos tirará desse objetivo. Tenho, portanto, muita tranquilidade quanto à minha atuação”, afirmou.

Decisão de Motta, tomada nessa segunda-feira (23/9), impede a manobra dos bolsonaristas para que o parlamentar assuma o posto de líder, alegando “incompatibilidades” com a função. De acordo com o documento, seria tecnicamente impossível que Edurado seja líder vivendo no exterior, por causa do Regimento Interno da Casa.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Motta só tem medo de Davi Alcolumbre e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, pense em um presidente chinfrim.

  2. Boa tarde!
    Tem que dar o espaço!
    Que isso!?
    Ausente do posto, e o pior, comprometendo td uma economia já consolidada.

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Geral

Policiais denunciam uso da Polícia Militar para escolta privada da equipe da Globo no RN

Foto: reprodução

Por Dinarte Assunção – Blog do Dina

Policiais militares denunciaram que uma equipe da TV Globo Nacional está realizando uma reportagem no Rio Grande do Norte com apoio direto da Polícia Militar, que estaria fornecendo escolta, segurança e até hospedagem — tudo sem documentação formal ou ordem escrita. A TV Globo e a PMRN não se manifestaram até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para posicionamento.

Escolta sem documento e por ordem verbal

As denúncias indicam que a determinação para a escolta teria partido do comando da corporação e repassada apenas verbalmente a cada batalhão envolvido. “Quando disseram pro pessoal do meu batalhão fazer a escolta, a gente se negou”, afirma um dos relatos recebidos.

A operação teria iniciado no interior do estado e, segundo os relatos, avançou em direção ao litoral, com batalhões sendo acionados para assumir a escolta conforme o deslocamento da equipe da emissora.

Hospedagem providenciada pela PM

Um dos trechos das denúncias detalha que, ao chegar na Grande Natal, a responsabilidade da escolta foi assumida pela ROCAM. Ainda segundo o relato, o comandante de um batalhão da região metropolitana teria providenciado hospedagem para a equipe de reportagem, a pedido superior. “Eu só não estava na reunião quando ele falou, mas quem estava na reunião me contou.”

Ausência de registro e temor de ilegalidade

As ordens não teriam sido acompanhadas de qualquer documento oficial. “Tudo verbal, porque é completamente ilegal”, diz um dos policiais. Em conversas internas, há dúvida explícita sobre os motivos da operação e o deslocamento dos repórteres. “Que lavação é essa?”, pergunta um integrante após receber a notícia de que a escolta estava vindo da cidade de Lajes para Macaíba.

A ausência de documentação oficial tem gerado desconforto entre agentes. “A gente disse que não fizesse escolta não, que não tinha documento. E isso era ilegal, ninguém ia obedecer uma determinação ilegal, ainda mais verbal”, afirma outro relato.

Por Dinarte Assunção – Blog do Dina

Opinião dos leitores

  1. Oxente! A governadora é do Partido dos Trabalhadores e até onde eu sei os militantes desse partido odeia a rede Globo de Televisão ou seria só raivinha de fachada?

  2. Aguardando pronunciamento ou um notinha do comandante da polícia militar e da excelentíssima governadora.

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Ceará-Mirim é contemplada na 2ª etapa do Programa de Recuperação de Rodovias Estaduais

Na manhã desta terça-feira (23), o prefeito Antônio Henrique, o subprefeito do Litoral e ex-prefeito Júlio César, o presidente da Câmara Marconi Barbosa e os vereadores Climerio, Karina, professora Erineide, Marcos Farias, Carlos Filho, professor Renê, Carlão e Cristina participaram, na Governadoria, em Natal, da solenidade de assinatura das Ordens de Serviço da 2ª etapa do Programa de Recuperação de Rodovias Estaduais.

Entre as rodovias contempladas está a RN-064, que liga Ceará-Mirim à praia de Punaú, passando pelo entroncamento da RN-064 (Boa Vista, Coqueiros) até a RN-160. A obra atende a um pleito antigo do município e marca mais um avanço importante para a mobilidade e o desenvolvimento da região.

O prefeito Antônio Henrique destacou que a conquista é fruto de uma ampla união de esforços e agradeceu à governadora Fátima Bezerra pelo compromisso com o município:

“Essa vitória começou lá atrás, ainda na gestão do ex-prefeito e atual subprefeito do Litoral Júlio César, e agora se concretiza graças ao trabalho conjunto da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e de todos que acreditam no futuro de Ceará-Mirim. Agradecemos à governadora Fátima Bezerra por atender esse pleito tão importante para o desenvolvimento da nossa cidade. Essa parceria está garantindo mais infraestrutura e qualidade de vida para a população.

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Geral

Governo brasileiro diz que Lula aceitou encontro sugerido por Trump

Foto: Ricardo Stuckert/Planalto e ONU

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu um encontro com o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que aceitou.

A informação foi confirmada à coluna da jornalista Raquel Landim, do UOL, pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira.

Trump se encontrou rapidamente com Lula na tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas) e, ao cumprimentá-lo, pediu a reunião para a próxima semana. Lula, então, aceitou.

Segundo o governo brasileiro, a reunião será marcada pelos canais diplomáticos dos dois países.

O mandatário norte-americano revelou o encontro ao final do seu discurso na ONU, logo após receber críticas indiretas do líder brasileiro, que havia se pronunciado antes. Lula não chegou a pronunciar o nome de Trump.

De acordo com Sidônio, Lula sempre disse que estava disposto a negociar com Trump caso houvesse uma solicitação e uma disposição de Washington.

O Brasil vem sofrendo com o “tarifaço” de 50% contra uma lista de produtos de exportação e também com sanções contra membros do governo e do Judiciário.

Nesta segunda-feira (22), o governo Trump estendeu a Lei Magnitsky, uma espécie de “morte financeira”, aos familiares do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

UOL – Raquel Landim

Opinião dos leitores

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Geral

VÍDEO: Empresa JET recolhe patinetes retidos irregularmente em casa de jovem na Zona Norte de Natal


Imagens: Sem Mordaça RN

A empresa JET, responsável pelos patinetes elétricos em operação em Natal, começou a recolher os equipamentos que estavam foram de circulação na Zona Norte de Natal.

Alguns patinetes foram localizados na casa de um jovem e foram recolhidos pela equipe de segurança da empresa por volta das 11h desta terça-feira (23), como mostram as imagens de câmeras de segurança. A ação faz parte de uma operação visando garantir o uso correto dos patinetes, evitando que fiquem retidos de maneira irregular

A JET reforçou que os patinetes devem permanecer disponíveis dentro das zonas de uso permitido para atender todos os usuários.

Opinião dos leitores

  1. Um povo na sua maioria dominado pela bandidagem e sem civilidade doméstica é loucura tentar esse novo serviço

  2. Eu digo que essa empresa é desenrola se retirar de mãe Luiza, passo da pátria, Felipe camarão, José Sarney.

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Geral

Ídolo do ABC, Danilo Menezes sofre infarto e é internado em hospital de Natal

Foto: Jocaff Souza

Ídolo do ABC na década de 70 e ex-jogador da Seleção Uruguaia, Danilo Menezes sofreu um infarto na noite desta segunda-feira (22), e foi internado em um hospital particular na zona Leste de Natal. O quadro dele é estável, segundo informou a esposa do ex-jogador à reportagem da Tribuna do Norte.

O ex-meia procurou atendimento médico após se queixar de dores no ombro esquerdo na noite desta segunda-feira, quando estava em casa. Danilo irá passar por exames na tarde desta terça-feira (23), para saber se haverá necessidade de ser submetido a um procedimento de cateterismo.

Danilo Menezes defendeu o ABC entre os anos de 1972 e 1980. Conhecido como “Maestro” pela torcida abecedista, o uruguaio é o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do clube, com 410 jogos. Durante as nove temporadas que atuou pelo alvinegro, foram cinco títulos conquistados: Campeonato Potiguar (1973, 1976 e 1978) e a Taça Cidade de Natal (1976 e 1978).

O meia ganhou destaque inicialmente com a camisa do Nacional, do Uruguai, onde conquistou o Campeonato Uruguaio e foi vice-campeão da Copa Libertadores. Danilo chegou ao Brasil em 1965 para defender o Vasco da Gama, onde permaneceu até 1971. Ele também teve breve passagem por Olaria e Bangu, ambos do Rio de Janeiro, e defendeu a Seleção Uruguaia.

Tribuna do Norte

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