Por Breno Perruci / @eaiboracorrer
As palavras do título são de Stênio Bezerra, sócio proprietário da Hisports, uma das principais empresas promotoras de corridas de rua e eventos esportivos do Rio Grande do Norte. Ele se refere ao momento vivido pelo setor diante do impacto da pandemia mundial do Coronavírus. Desde o dia 17 de março de 2020, data da publicação do primeiro decreto estadual com as primeiras medidas restritivas e algumas proibições, o segmento vem acumulando uma série de impactos negativos e sucessivas perdas.
“Estamos vivenciando dias extremamente delicados. Nossas perdas são inúmeras e atingem uma cadeia gigante que abastece todo o país, que vai desde os fornecedores de medalhas, camisas, frutas, chip, número de peito, staffs, enfim, é muita gente. Eu sei de muitos fornecedores que quebraram e essa conta continuará sendo mesmo quando os eventos voltarem porque todos os custos subiram muito, como por exemplo de camisas e medalhas. Será impossível segurarmos os preços quando voltarmos. Até nisso nós ainda vamos sofrer”, reforça Stênio.
Durante o segundo semestre de 2020, a Hisports, ainda conseguiu realizar alguns poucos eventos em Natal e no interior, o que financeiramente não supriu a rombo deixado pelos meses passados e especialmente os seguintes, quando as proibições voltaram. A Grande reclamação da classe é relação à postura dos gestores, que segundo os empresários, decretam os fechamentos e por outro lado não oferecem nenhum tipo de contrapartida.
“Tanto o Governo do Estado, quanto a Prefeitura, nos cortam o poder de produzir e enquanto isso nós temos que seguir abastecendo os cofres pagando nossos impostos. Eles nem nos nenhuma opção, sequer alternativa de trabalhar com protocolos. E eu não vou dizer todos, mas eu não tenho dúvidas que existem sim alguns tipos de eventos esportivos que podem ser realizados dentro de uma segurança biosanitária baseada em procedimentos rígidos. A verdade é que temos gestores sem sensibilidade, burocratas e que não entendem a importância do esporte como caminho para melhorar a saúde das pessoas”, finaliza.
Outra empresa, mesmo drama
Além da Hisports, também conversei com representantes da HC Sports, outra entre as principais do ramo no RN. Trata-se de mais um caso claro entre empresas de produção de eventos que precisou se adequar e lutar para não fechar as portas em um cenário de verdadeiro caos. Dos mais de 15 eventos anuais que a HC realiza, nos últimos 12 meses apenas um pôde ser executado. Diante do cenário sufocante, a empresa elaborou um estudo para avaliar os impactos durante e pós pandemia, bem como alternativas de driblar a crise no intuito de permanecer viva.
“Fechamos nosso escritório pela primeira vez em 17 de março do ano passado, paralisando as atividades internas e deixando todos os nossos seis funcionários trabalhando de casa. Inicialmente não imaginávamos que esse período passaria de 30 dias e como não tínhamos eventos para março e abril, achávamos que teríamos tempo para que os problemas fossem sanados e as atividades retornassem ao normal. Perspectiva que não se confirmou e marcou nosso primeiro erro estratégico: o de não encerrar e/ou suspender contratos de trabalho de funcionários e empresas terceirizadas. Somando os terceirizados temos um total 16 funcionários entre: publicitários, jornalistas, empresas de estrutura e produtora de vídeo” destaca Gabriel Negreiros, um dos sócios proprietários da HC Sports.
O Pandemia do Covid-19 mudou drasticamente o setor e a forma como as empresas trabalham. O retorno ainda é uma incógnita e entender como se dará essa volta é fundamental. Dentro do estudo elaborado pela HC, vários questionamentos ainda seguem como tabus. Como seguir o trabalho sem uma perspectiva de retorno? Como planejar, antever, preparar e estabelecer novas condutas sem nenhum prognóstico de futuro? Para Gabriel, também é preciso defender a prática de atividade física como um aliado no fortalecimento da imunidade da população.
“Se os gestores tiverem essa visão, facilita o entendimento que competições esportivas se enquadram num modelo diferente de evento, como uma balada, por exemplo. Em janeiro último, demos uma demonstração que isso é possível, quando realizamos Festival Pé na Praia, na orla de Ponta Negra e Via Costeira. A competição se deu com protocolos estabelecidos em parceria com os órgãos competentes e a Prefeitura do Natal. Em espaço aberto, público reduzido e uma série de medidas que promoviam o distanciamento entre os atletas. Financeiramente não foi bom, mas a experiência foi fundamental. A prova foi fiscalizada e aprovada pela Prefeitura”, ressalta.
Corridas de rua em números
Em dados fornecidos pela ABRACEO – Associação Brasileira de Corridas de Rua e Esportes Outdoor, as atividades deste setor movimentaram em 2018 mais de 3,1 bilhão de reais em inscrições, patrocínios, venda de produtos personalizados, serviços de saúde, entre outros. A estimativa do SEBRAE, que colaborou com o estudo, esse mercado cresceria cerca de 75% até o final de 2021. A Abraceo ainda divulga que em 2018 foram realizados mais de 7 mil eventos no Brasil, chegando a movimentar mais de 5 milhões entre os inscritos. Existem aproximadamente 500 empresas organizadoras empregando cerca de 200 mil pessoas no ramo.
O desgoverno dessa incompetente ecinepta está destruindo o RN. Como ficará esse estado depois dessa pandemia? O que sobrará DE BOM por aqui? Seremos uma Venezuela brasileira?
A Venezuela é que não quer mais ser parecida com o Brasil!
Na Austrália onde houve DIVERSOS lockdowns (essas coisas que comunistas e petistas gostam talkei!) e apostaram em rastreio dos doentes, já há shows em ambiente fechado e até estádios lotados (70 mil espectadores) e SEM necessidade de usar máscaras mais! Essa é a diferença de gestão de crise que um governo pode ter em relação a uma pandemia! Já aqui, tivemos um presidente inepto e negacionista que negou máscaras, vacinas e propicia e propiciava aglomeração durante a pandemia e ainda hoje combate medidas de restrição de circulação! Desse jeito, só teremos eventos em 2022 e olhe lá!
Verdade “Manoel F”, ele não mudou nada, ta caladinho agora com medo de cair por causa da sua irresponsabilidade, e incompetência. Quem está mandando agora é o CENTRÃO, ele está se equilibrando pra não cair. Fez o que tantos outros fizeram se rendeu avelha política, que tanto se vangloriava que não faria, e vez pra sobreviver(Mitoooo…).Enquanto isso, alguns, justificando, porque o governo federal mandou dinheiro pode lavar as mãos e criar a narrativa que a culpa é só de prefeitos e governadores. Cada um tem sua parcela de culpa, mas o governo central do Brasil (o governo federal) é o mais culpado. Até o congresso foi omisso, e demorou a agir e como os números da pandemia está subindo, causando um desgaste político e até um constrangimento internacional, estão tomando as rédeas desde desgoverno.