Um homem morreu após ser baleado na Avenida Roberto Freire, zona Sul de Natal, no início da tarde desta quinta-feira (19). De acordo com o oficial de plantão do 5° Batalhão da Polícia Militar, que responde pela área, o homem passava de moto pelo local quando foi atingido pelo disparos. O autor do crime também estaria em uma moto. Ninguém foi preso até o momento.
Ainda segundo o oficial, o homem baleado perdeu o controle da moto e bateu contra uma calçada. Equipes do SAMU foram chamadas para prestar socorro, mas a vítima não resistiu aos ferimentos.
Militares do 5° Batalhão continuam em diligência pela zona Sul da cidade. Não é possível afirmar se a morte tem relação com o confronto entre facções que acontece no estado.
Claudio Santos: a vidraça que tenta ser pedra
Daniel Menezes Daniel Menezes
Tendo um interlocutor leniente do outro lado, que deixa passar em branco o passado, o presente e o futuro, todo mundo atinge o patamar de anjo acima do bem e do mal. Foi na base do eu levanto e você corta que transcorreu a entrevista do desembargador Claudio Santos concedida hoje (18) a um jornal de circulação diária. O que não se explica é a razão de abrir vitrine para um simples desembargador e não o presidente do Tribunal de Justiça, hoje chefe de Claudio Santos e, em tese, alguém com a possibilidade, enquanto líder de um poder, de apresentar uma contribuição institucional efetiva. Mas tudo bem. Se o periódico não cita, aqui será devidamente mencionado.
O sintoma da resposta está na tentativa de atacar o governo pela crise em Alcaçuz, preservando quem o construiu. A necessidade de fundo é de não mexer com o passado, com os pais do chamado "queijo suíço".
Só que a farsa montada pela tabelinha pseudo-jornalística adquire o ar de tragédia quando o entrevistador começa a perguntar sobre o que é preciso fazer para resolver o revés. Ora, Santos deu uma grande contribuição à crise, ao gerir até semanas atrás um dos Tribunais mais caros e ineficientes do país, conforme o CNJ. Quantos presos, quantos processos parados, quantas pessoas não estão ali amontoadas por causa da paralisia do Tribunal de Justiça? Por mais que se force o bastão até ele explodir, a verdade não pode virar mero detalhe.
Antes de vir a público falar de uma coisa que não entende, já que não é especialista, e sem representar um poder, ele deveria dissecar sua seara. Atuar como mecânico que fala de culinária é puro nonsense. Quem terá o nome mencionado pelos presos que morreram, correm risco de vida e/ou não deveriam nem estar sofrendo nas prisões pelo simples fato da situação do apenado carecer de averiguação legal? Sem muído: qual foi o montante de casos avaliados pelo desembargador Claudio Santos? O veículo de comunicação deixa de lado a pergunta principal, a indagação que o inquirido pode, ou melhor, tem a obrigação de responder.
Além disso, o magistrado joga com o desconhecimento da sociedade potiguar, com o medo do cidadão e a complacência do repórter para atacar ações que estão caminhando no âmbito da lei. Os dois projetos de presídios apontados como supostamente atrasados, se não quisermos nos fiar em sofismas, seguem na máxima velocidade que a burocracia e a legislação permitem. É incompreensível que, dado o contexto, o ordenamento jurídico tenha virado algo pouco pertinente, sobretudo para alguém que se diz guardião dele. Seria um grande ato de honestidade intelectual o desembargador pronunciar com todas as letras, se assim pensa, que não liga para o adequado processo licitatório e outros trâmites.
Aliás, se recomenda construir presídio da mesma forma que o governo Wilma de Faria, nos tempos em que ele era secretário de segurança, comprava Meriva para ser viatura policial. É o escopo a ser adotado, Santos?
Como recordar é viver, o hoje usuário da capa preta característica demonstraria coerência se comparasse sua experiência como secretário de segurança, situação em que as estatísticas de violência explodiram, de acordo com o mapa da violência do ministério da justiça, com a atual realidade atingida.
O problema, para ele, é que o discurso não cola, pois assim como Alcaçuz foi uma gambiarra, Meriva só serve para levar criança até a escola. Portanto, o debate será bem mais relevador, caso venham à tona as explicações sobre como Wilma de Faria, após o aparecimento do "Capitão Meriva", decide nomear uma pessoa apenas com graduação e sem experiência marcante na área para um dos principais postos da justiça do RN. Enquanto não acontecer a já citada arguição, com a pertinência da dúvida, a conversa se resumirá em papo para boi dormir. E a vidraça não será munição para estilingue.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro não perdeu tempo e apresentou recurso ao STF contra a condenação de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado. O instrumento usado foram os embargos de declaração, que servem para apontar dúvidas, contradições ou pontos que ficaram omissos na sentença.
Os ministros podem julgar os embargos já nesta semana, segundo integrantes do tribunal. Em geral, esse tipo de recurso não muda o resultado central, apenas detalhes do processo. O prazo começou a contar após a publicação do acórdão, documento que oficializa a decisão e reúne os votos da Primeira Turma.
Além dos embargos de declaração, a defesa ainda pode tentar os embargos infringentes, que só valem quando uma decisão não é unânime e há pelo menos dois votos a favor da absolvição. Só depois que todos esses recursos forem analisados, e caso sejam rejeitados, é que começa o cumprimento da pena.
Bolsonaro foi condenado por liderar uma organização criminosa armada que tentou dar um golpe entre 2022 e 2023 para se manter no poder. Entre os crimes listados estão golpe de Estado, tentativa de abolir o estado democrático de direito, dano qualificado pela violência, grave ameaça ao patrimônio da União e destruição de patrimônio histórico.
O plano incluía uma minuta apresentada aos comandantes das Forças Armadas para reverter o resultado da eleição de 2022. Quando isso não deu certo, os atos do 8 de janeiro teriam sido uma “última alternativa”.
A defesa insiste que Bolsonaro não agiu contra o resultado da eleição e que apenas discutiu mecanismos constitucionais com os militares. Além disso, argumenta que o ex-presidente não pode ser responsabilizado pelo 8 de janeiro, já que estava fora do Brasil no dia dos atos golpistas.
Dias Toffoli, ministro do STF, entrou em contradição nesta segunda-feira (27) ao chamar de “lenda urbana” a ideia de que a Corte age de forma monocrática. Segundo ele, o tribunal brasileiro recebe mais processos que qualquer outro tribunal superior no mundo.
Em audiência pública sobre propriedade intelectual, Toffoli afirmou que o STF julga mais de 14 mil processos por ano de forma colegiada — um número que, segundo ele, supera largamente o de outros países: “A Suprema Corte dos Estados Unidos não julga mais do que 100 a 120 processos por ano. A da Alemanha, não passa de 100. A francesa, 450 ou 500”.
A declaração vem dias depois da Câmara aprovar um projeto que limita justamente as decisões individuais dos ministros. O texto, agora no Senado, prevê que apenas partidos com representação mínima no Congresso poderão propor ações de controle de constitucionalidade no Supremo.
O projeto busca frear o poder de ministros que tomam decisões sozinhos, conhecidas como monocráticas, que têm sido alvo de críticas por concentrar poder em mãos individuais. Para especialistas e políticos, o objetivo é trazer mais transparência e limitar o que muitos veem como ativismo judicial.
A partir desta segunda-feira (27), os bancos associados à Febraban terão que apertar o cerco contra contas laranja e empresas de apostas online que operam fora da lei. A nova autorregulação obriga o encerramento imediato de contas fraudulentas e o repasse de informações ao Banco Central, numa tentativa de frear golpes, fraudes digitais e lavagem de dinheiro.
Contas “laranja” – abertas legalmente, mas usadas por terceiros para crimes – e contas frias, criadas sem o conhecimento do titular, serão alvo de políticas rígidas. Empresas de apostas sem autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) também terão as contas encerradas. O objetivo é tirar do mercado quem tenta usar o sistema financeiro como abrigo do crime.
“Estamos criando um marco contra relacionamentos tóxicos com clientes que alugam ou vendem suas contas para golpes, fraudes e ataques cibernéticos”, afirmou Isaac Sidney, presidente da Febraban. As regras incluem recusa de transações suspeitas, monitoramento contínuo pela entidade e punições que vão de advertência a exclusão do sistema de autorregulação.
Bancos também terão que manter políticas internas para identificar e encerrar contas suspeitas, apresentar declarações de conformidade e orientar clientes sobre prevenção a golpes. A Febraban prevê participação ativa de áreas de prevenção a fraudes, compliance, jurídica e ouvidoria na fiscalização.
O endurecimento das regras acontece num momento de explosão de crimes digitais e movimentações financeiras suspeitas no Brasil. Casos como a Operação Carbono Oculto, que desarticulou esquema bilionário do PCC, e ataques cibernéticos a empresas terceirizadas de bancos reforçam a urgência de controles mais rígidos. Sidney alerta: “Quem negociar a integridade do sistema financeiro vai sentir o braço forte do Estado e dos reguladores”.
Um vídeo chocante mostra o instante exato em que Cecília Cândido Duarte, de apenas 7 anos, é atingida por disparos dentro do carro em que estava, durante uma tentativa de assalto na estrada entre Nísia Floresta e São José de Mipibu, na Grande Natal.
As imagens, divulgadas pelo Via Certa Natal, registram o momento em que criminosos mandam a mãe da menina parar o veículo. Ao tentar escapar, os bandidos atiram diversas vezes, e a criança é atingida. O registro deixa claro a violência extrema e a ousadia dos assaltantes.
Segundo a família, eles voltavam de um shopping em Natal quando o ataque aconteceu. Logo após os tiros, perceberam que Cecília estava ferida e seguiram imediatamente para a UPA de São José de Mipibu, mas, infelizmente, ela não resistiu.
O vídeo viralizou entre moradores da Grande Natal, reacendendo o alerta sobre a insegurança na região. Ataques a motoristas e pedestres têm se tornado cada vez mais comuns, e a violência não poupa nem as crianças.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid decidiu não recorrer da condenação da Primeira Turma do STF, que o condenou a dois anos de prisão por participar do núcleo central da trama golpista. O argumento: Cid já teria cumprido a pena com o tempo preso e as medidas cautelares.
No Supremo, os advogados pedem agora a extinção da punição e a revogação das restrições impostas ao militar. “Proferida sentença, já cumprida a pena nela imposta, resta claro que não subsiste qualquer fundamento razoável para a manutenção de cautelares preventivas”, afirmou o advogado Cezar Bitencourt.
O ministro Alexandre de Moraes ainda não decidiu sobre a extinção da pena. O tema só deve ser analisado quando o processo contra Cid for encerrado. Por enquanto, Moraes flexibilizou as regras para permitir que o militar participe da festa de 90 anos de sua avó materna, em Brasília, no próximo sábado (1º).
Enquanto isso, as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete condenados pelo mesmo processo têm até esta segunda-feira (27) para recorrer da sentença. O prazo termina às 23h59. Exceto Cid, os demais vão apresentar embargos de declaração, recurso que aponta obscuridades, contradições ou omissões na decisão do STF.
Mais de 183 milhões de endereços de e-mail e senhas caíram na rede, alerta Troy Hunt, especialista em cibersegurança e criador do portal Have I Been Pwned. O vazamento, que aconteceu em abril, só veio à tona agora e envolve contas de gigantes como Gmail, Outlook e outros provedores conhecidos.
Os dados foram coletados por malware, um tipo de software malicioso que rouba informações e envia direto para hackers. Cada registro inclui e-mail, senha e o site onde a conta foi criada. Curiosamente, 90% dessas contas já tinham sido vazadas antes, mas ainda assim foram adicionadas ao portal de Hunt.
Quer saber se seus dados foram expostos? Entre no site Have I Been Pwned, digite seu e-mail e descubra quantos vazamentos já atingiram sua conta. O portal ainda mostra quais redes e aplicativos tiveram informações comprometidas e em que ano o vazamento ocorreu.
Se descobrir que foi afetado, a recomendação é clara: mude todas as senhas, priorizando combinações fortes de letras, números e símbolos. Evite repetir a mesma senha em diferentes serviços e ative a verificação em duas etapas, que exige um segundo código além da senha e dificulta ainda mais o acesso de criminosos.
Fique de olho: usuários afetados podem ser alvos de golpes e tentativas de fraude nos próximos dias. A dica é não clicar em links suspeitos e reforçar a segurança de todas as suas contas online.
A gestão do prefeito Paulinho Freire (União) vem colhendo resultados concretos na saúde pública de Natal. Em reunião nesta segunda-feira (27), a Secretaria Municipal de Planejamento apresentou os avanços da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em 2025 — e os números mostram uma melhora clara no atendimento à população.
Desde o início do ano, a SMS intensificou mutirões e reorganizou o fluxo de agendamentos para reduzir a demanda reprimida por exames e consultas. No começo de 2025, mais de 163 mil pessoas aguardavam atendimento. Hoje, o número caiu para 139 mil, uma redução de 15%. Um dos destaques foi o mutirão de colonoscopia, que reduziu pela metade a fila de espera — de 6 mil para pouco mais de 3,3 mil pacientes.
Outra mudança que fez diferença foi a substituição da Coopmed pelas empresas Justiz e Proseg, em setembro. A troca — criticada por alguns, mas defendida pela gestão — já mostra resultado: só nas UPAs, os atendimentos saltaram de 33 mil para quase 40 mil de agosto para setembro, um crescimento de 12%. Nas UBSs, o aumento foi de 13%; em ortopedia, 10%; e em odontologia, impressionantes 50%.
Para os próximos meses, a Prefeitura vai expandir o horário de atendimento em duas UBSs — Pajuçara e Felipe Camarão II — que passarão a funcionar até as 20h. A meta é realizar 2 mil consultas a mais por mês, em 12 especialidades médicas. A rede pediátrica também será reforçada com novos profissionais, ampliando em 720 consultas mensais o atendimento infantil.
A vice-prefeita Joanna Guerra elogiou o trabalho do secretário Geraldo Pinho, destacando o compromisso da equipe. “Paulinho e eu confiamos plenamente nesse trabalho que vem transformando a saúde pública de Natal”, disse. Já o secretário afirmou que o foco é manter o ritmo: “A cada consulta feita, surgem novas demandas. O desafio é constante, mas o resultado já é visível.”
A Polícia Civil colocou fim à “valentia de internet” de um homem que usava perfis falsos para espalhar ameaças nas redes sociais. Um homem foi identificado e teve a casa vasculhada após divulgar mensagens com ameaças nas redes sociais, achando que o anonimato o protegeria.
A operação foi deflagrada pela 60ª Delegacia de Polícia de Pendências, com apoio do 5º Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ) e da 61ª DP de Guamaré. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, os agentes encontraram dois celulares e um notebook, que foram recolhidos e serão periciados.
O investigado confessou o crime e agora deve responder na Justiça. O material apreendido pode revelar se há outros envolvidos na divulgação das ameaças.
A Polícia Civil do RN reforçou que a internet não é zona livre para criminosos. Quem comete delito online responde como qualquer outro bandido — seja por trás de um perfil fake ou cara a cara.
A influenciadora digital Aline Bardy Dutra, presa no sábado (25) após cometer injúria racial contra policiais em Ribeirão Preto (SP), é filiada ao PT desde 2022.
Conhecida como “Esquerdogata”, ela tem mais de 800 mil seguidores em redes sociais e costuma publicar conteúdo em defesa do governo Lula e com críticas a políticos de direita, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo ficha de filiação a que a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo teve acesso, ela entrou na legenda em 12 de maio de 2022 e permanece no PT desde então.
A prisão da influenciadora ocorreu quando ela filmou abordagem dos policiais na cidade do interior paulista.
Entre os insultos proferidos a dois agentes de segurança, disse que o salário dos policiais é baixo, afirmou que sua sandália valeria o carro deles, perguntou se já haviam ido à Europa e declarou que eles não sabiam conjugar verbos.
Aline também afirmou que a abordagem dos PMs a faria ser eleita deputada federal.
Em nota, a defesa da influenciadora atribuiu o incidente a uma mistura de álcool com remédios controlados e disse que ela pedia desculpas pelo ocorrido. Aline foi solta após audiência de custódia.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (27) que o governo federal, o Congresso Nacional e o Judiciário realizem, entre dezembro de 2025 e março de 2026, uma campanha publicitária sobre transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares.
O objetivo é informar a população sobre como acompanhar a destinação das emendas e denunciar possíveis irregularidades.
Como deverá ser a campanha
Governo federal: deve divulgar o conteúdo em emissoras comerciais, na internet e em canais oficiais, como TV Brasil, Agência Brasil e Voz do Brasil.
Congresso: exibirá as peças na TV Câmara, TV Senado e outros meios de comunicação institucionais.
Judiciário: fará o mesmo em seus canais, como a TV Justiça.
Dino determinou que as campanhas sejam claras, acessíveis e educativas, incentivando a consulta pública aos dados e a denúncia de falhas.
Segundo o ministro, a medida busca garantir o “accountability vertical”, ou seja, a fiscalização pelos cidadãos sobre como parlamentares aplicam recursos das emendas. Ele destacou que a transparência só é efetiva se as pessoas conseguirem localizar e entender as informações disponíveis.
Dino também reforçou que é preciso reduzir a desigualdade digital, permitindo que mais cidadãos tenham acesso aos dados e participem do controle democrático.
Por fim, o ministro complementou decisão anterior, de 23 de outubro, que obriga estados, municípios e o Distrito Federal a seguirem o mesmo modelo federal de transparência nas emendas. Os Tribunais de Contas deverão enviar a ele, até 31 de dezembro de 2025, seus atos normativos sobre o tema.
Se esse Senhor conseguisse ganhar para Governador, graças a Deus não tem chance, estávamos lascados de vez…..
Claudio Santos: a vidraça que tenta ser pedra
Daniel Menezes Daniel Menezes
Tendo um interlocutor leniente do outro lado, que deixa passar em branco o passado, o presente e o futuro, todo mundo atinge o patamar de anjo acima do bem e do mal. Foi na base do eu levanto e você corta que transcorreu a entrevista do desembargador Claudio Santos concedida hoje (18) a um jornal de circulação diária. O que não se explica é a razão de abrir vitrine para um simples desembargador e não o presidente do Tribunal de Justiça, hoje chefe de Claudio Santos e, em tese, alguém com a possibilidade, enquanto líder de um poder, de apresentar uma contribuição institucional efetiva. Mas tudo bem. Se o periódico não cita, aqui será devidamente mencionado.
O sintoma da resposta está na tentativa de atacar o governo pela crise em Alcaçuz, preservando quem o construiu. A necessidade de fundo é de não mexer com o passado, com os pais do chamado "queijo suíço".
Só que a farsa montada pela tabelinha pseudo-jornalística adquire o ar de tragédia quando o entrevistador começa a perguntar sobre o que é preciso fazer para resolver o revés. Ora, Santos deu uma grande contribuição à crise, ao gerir até semanas atrás um dos Tribunais mais caros e ineficientes do país, conforme o CNJ. Quantos presos, quantos processos parados, quantas pessoas não estão ali amontoadas por causa da paralisia do Tribunal de Justiça? Por mais que se force o bastão até ele explodir, a verdade não pode virar mero detalhe.
Antes de vir a público falar de uma coisa que não entende, já que não é especialista, e sem representar um poder, ele deveria dissecar sua seara. Atuar como mecânico que fala de culinária é puro nonsense. Quem terá o nome mencionado pelos presos que morreram, correm risco de vida e/ou não deveriam nem estar sofrendo nas prisões pelo simples fato da situação do apenado carecer de averiguação legal? Sem muído: qual foi o montante de casos avaliados pelo desembargador Claudio Santos? O veículo de comunicação deixa de lado a pergunta principal, a indagação que o inquirido pode, ou melhor, tem a obrigação de responder.
Além disso, o magistrado joga com o desconhecimento da sociedade potiguar, com o medo do cidadão e a complacência do repórter para atacar ações que estão caminhando no âmbito da lei. Os dois projetos de presídios apontados como supostamente atrasados, se não quisermos nos fiar em sofismas, seguem na máxima velocidade que a burocracia e a legislação permitem. É incompreensível que, dado o contexto, o ordenamento jurídico tenha virado algo pouco pertinente, sobretudo para alguém que se diz guardião dele. Seria um grande ato de honestidade intelectual o desembargador pronunciar com todas as letras, se assim pensa, que não liga para o adequado processo licitatório e outros trâmites.
Aliás, se recomenda construir presídio da mesma forma que o governo Wilma de Faria, nos tempos em que ele era secretário de segurança, comprava Meriva para ser viatura policial. É o escopo a ser adotado, Santos?
Como recordar é viver, o hoje usuário da capa preta característica demonstraria coerência se comparasse sua experiência como secretário de segurança, situação em que as estatísticas de violência explodiram, de acordo com o mapa da violência do ministério da justiça, com a atual realidade atingida.
O problema, para ele, é que o discurso não cola, pois assim como Alcaçuz foi uma gambiarra, Meriva só serve para levar criança até a escola. Portanto, o debate será bem mais relevador, caso venham à tona as explicações sobre como Wilma de Faria, após o aparecimento do "Capitão Meriva", decide nomear uma pessoa apenas com graduação e sem experiência marcante na área para um dos principais postos da justiça do RN. Enquanto não acontecer a já citada arguição, com a pertinência da dúvida, a conversa se resumirá em papo para boi dormir. E a vidraça não será munição para estilingue.
Roberto amigo, esse seu candidato não se elege nem pra presidente de grêmio estudantil ou suplente de vereador de natal.
A bandidagem vai ver o que é bom pra tosse. Cláudio Santos, futuro GOVERNADOR!
E Bolsonaro presidente.
Ta ai um nome de responsa…