
As fotos da atriz Carolina Dieckmann nua foram parar no site da prefeitura de Carapicuíba, na Grande São Paulo. Hackers invadiram o site no meio da tarde de ontem e postaram as fotos da atriz – que está em disputa judicial com o Google para que os registros saiam de busca.
Técnicos da prefeitura tiraram as imagens do ar, mas os hackers voltaram a postar por volta das 20 horas. Às 20h30, o site estava no ar, mas com algumas imagens e links falhando. As fotos da atriz já haviam sido novamente retiradas. Meia hora depois, o endereçowww.carapicuiba.sp.gov.br já estava restabelecido.
A prefeitura afirma que vai investigar quem postou as fotos e tomar as providências cabíveis. Anteontem, o site da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) também foi invadido e fotos da atriz foram postadas.
Investigação
A Polícia Civil do Rio aguarda o fim da perícia nos cinco computadores apreendidos na semana passada, antes de indiciar os cinco hackers suspeitos de roubar do computador da atriz suas fotos. Os cinco também prestarão depoimento antes da conclusão do inquérito aberto pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. Os interrogatórios serão por carta precatória, pois os identificados não moram no Rio. A polícia não pediu a prisão.
Estimulados pelo episódio envolvendo Carolina, os deputados federais aprovaram anteontem projeto tornando crime invasão de computadores, violação de senhas, obtenção de dados sem autorização, a ação de crackers e a clonagem de cartão de crédito ou de débito – os chamados cibercrimes. “O projeto torna crime o uso indevido da internet. Ele vai permitir punir atos como os que atingiram Carolina Dieckmann. O projeto vai produzir uma transformação importante no uso da internet”, disse o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Ele comandou uma votação relâmpago, que durou menos de cinco minutos, surpreendendo os autores e relatores do projeto. O texto segue para votação no Senado. “O crime de ‘phishing’, que teria acontecido com a atriz, será punido no nosso projeto”, afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos autores da proposta.
O chamado “phishing” é o envio de mensagens de spam contendo links para sites falsos que ao serem acessados baixam programas no computador alheio, permitindo devassar dados.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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