Política

Governo Federal: novos ministros assumem cargo no dia 2

Um dia depois da cerimônia de posse de Jair Bolsonaro para a Presidência da República, os 22 nomes confirmados para o primeiro escalão do futuro governo assumirão, em diferentes horários, o comando das pastas que comporão a Esplanada dos Ministérios a partir de 2019.

Nomes que dividirão os andares do Palácio do Planalto, mantendo relações mais diretas com o futuro presidente, serão os primeiros a ocupar postos. As primeiras transmissões de cargos marcadas para as 9h serão, conjuntamente, dos novos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

Sergio Moro assumirá a Justiça e Segurança Pública também pela manhã. A pasta comandada pelo ex-juiz federal abarcará atribuições de áreas que, atualmente, estão distribuídas em outros Ministérios como o de Segurança Pública e Trabalho (registros sindicais).

Ainda pela manhã, Marcos Pontes recebe o bastão das áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação e do atual Ministério das Comunicações na Esplanada e o Almirante Bento Costa e Lima, o de Minas e Energia.

A primeira mulher confirmada para o primeiro escalão de Bolsonaro, atual deputada Tereza Cristina, assume a Agricultura. Depois de um pronunciamento, a nova ministra já empossa os secretários da pasta.

No período da tarde, ocorrem as transmissões de cargo de ministro da Cidadania e Ação Social para Osmar Terra e da Saúde para Luiz Mandetta.

Três dos atuais ministros do governo Temer repassam suas atribuições a Paulo Guedes às 15h. O futuro Ministério da Economia abarcará funções que hoje são divididas entre Eduardo Guardia (Fazenda), Esteves Colnago (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) e Marcos Jorge (Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

A partir das 16h, assumem ainda Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), General Fernando Azevedo (Defesa), Ricardo Vélez Rodriguez (Educação), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

No fim do dia, o diplomata Ernesto Araújo toma posse na sede do Ministério de Relações Exteriores, em solenidade marcara para as 18h.

Com a manutenção de Wagner Rosário no comando da Controladoria-Geral da União, não haverá solenidade neste caso. Ainda há definições de horários em aberto, como é o caso das pastas do Meio Ambiente, a ser ocupada por Ricardo Salles, e do Desenvolvimento Regional, que terá o atual secretário executivo do Ministério da Integração Nacional, Gustavo Canuto, como ministro. Canuto administrará funções que hoje estão divididas entre os ministérios das Cidades e da Integração Nacional.

Agência Brasil

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MST denuncia maquiagem nos dados da reforma agrária; governo Lula nega

Foto: Reprodução/Flickr

Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusam o ministro Paulo Teixeira, responsável pelo Desenvolvimento Agrário, de divulgar dados inflados sobre novos assentamentos. Eles garantem que os números apresentados pelo governo Lula (PT), não refletem a situação real enfrentada pelos camponeses.

O grupo afirma que o ministério inclui na conta de terras entregues áreas que sequer possuem decisão judicial reconhecendo a desapropriação. Na visão dos sem-terra, os anúncios servem apenas como peça de propaganda, sem trazer benefícios concretos às famílias acampadas.

Em resposta, o Ministério do Desenvolvimento Agrário nega qualquer manipulação. Ele sustenta que trabalha com transparência e contabiliza como entregues as propriedades que já passaram por análise técnica e tiveram recursos reservados para o processo de desapropriação.

Diante desse cenário, a direção do MST rompeu o diálogo com Paulo Teixeira e cobra sua substituição. O movimento ainda discute aumentar as mobilizações como forma de pressionar o governo.

O Acampamento Quilombo Campo Grande, situado em Campo do Meio, no sul de Minas Gerais, virou o principal símbolo do impasse. Desde o fim dos anos 1990, cerca de duas mil famílias vivem na área. No dia 7 de março, Lula visitou o local e assinou decretos de desapropriação, na tentativa de sinalizar compromisso com a pauta agrária.

Mesmo assim, a situação permanece travada. Nenhum avanço ocorreu no processo desde o anúncio. Sem a conclusão, as famílias seguem impedidas de acessar linhas de crédito e programas de apoio à produção.

“O processo ficou parado depois daquela demonstração toda de compromisso do presidente. Não se moveu mais nenhum centímetro no sentido de garantir o direito das famílias”, disse Silvio Netto, membro da coordenação nacional do MST à Folha de S.Paulo. “Se o presidente tivesse conhecimento dessa incompetência, o Paulo Teixeira já teria sido demitido.”

Para o MST, o ministério deveria ter protocolado imediatamente uma ação judicial solicitando a homologação da desapropriação. Isso não aconteceu. Mesmo assim, o MDA mantém na lista de terras entregues os três lotes do Campo do Meio, o que gera revolta entre os moradores da área.

De acordo com a meta do ministério, o governo pretende criar 30 mil novos assentamentos em 2025. O ministro afirma que metade já teria sido entregue. A previsão até o final de 2026 é chegar a 60 mil famílias assentadas.

O governo alega que a Procuradoria do Incra está finalizando a ação sobre Campo do Meio para encaminhá-la à Justiça. Argumenta que o processo segue dentro do prazo legal, que permite até dois anos para formalização da desapropriação desde a assinatura do decreto.

Revista Oeste

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Hugo Motta cede a pressão de deputados e amplia conflito com governo Lula e STF após lua de mel

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), alterou o estilo “paz e amor” dos primeiros dias de mandato e deu uma guinada nos discursos e ações relativos ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao governo Lula (PT) após correr o risco de perder apoio dos colegas.

Motta fez dois gestos mais fortes para manter sua base de apoio coesa: determinou que a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) pela condenação no STF será decidida pelo plenário e decidiu avançar com dois projetos de decreto legislativo para sustar normas do Poder Executivo.

O centro de todo o embate está nas emendas parlamentares ao Orçamento, mecanismo pelo qual os congressistas direcionam dinheiro para obras e custeio de serviços em suas bases eleitorais.

Além de os deputados culparem o Supremo e o governo pela dificuldade atual de execução das emendas parlamentares, Motta também não pode contar, até agora, com o principal instrumento usado por seu antecessor para construir uma base própria de apoio: a distribuição de verbas para quem lhe é fiel.

As emendas de comissão ao Orçamento estão paradas este ano. Não há, segundo líderes e presidentes de comissão, sequer definição de quanto cada partido receberá, e a expectativa é de que isso seja resolvido apenas para o segundo semestre, diante da imposição de novas regras pelo Supremo.

Sem recursos para oferecer às bancadas, fica mais difícil gerir as insatisfações internas, e o presidente da Câmara precisou adotar medidas mais concretas para debelar críticas e reafirmar as prerrogativas da Casa, segundo seus aliados.

A postura mais conciliatória no início da gestão, afirmam seus interlocutores, se deve ao próprio perfil dele e a um contraste com seu antecessor e aliado, Arthur Lira (PP-AL), que era conhecido como mais duro no trato com o governo e o STF.

Lira entrou em diversos embates com o ministro do STF Flávio Dino em torno do pagamento das emendas parlamentares.

Motta buscou uma conciliação com Dino antes mesmo de ser eleito presidente da Câmara e cedeu à principal demanda do ministro, de que as emendas de comissão tenham o nome do autor. Também evitou confrontar o Supremo sobre a anistia aos condenados pelos supostos atos golpistas de 8 de janeiro e não pautou o tema, embora tenha declarado que considerava parte das penas exageradas.

Dino, no entanto, continua a pressionar o Congresso sobre as emendas parlamentares. O ministro deu nova decisão para questionar o direcionamento de verbas do Ministério da Saúde na terça-feira (10) e marcou para 27 de junho uma audiência pública para discutir a impositividade dessas verbas.

Os deputados também se queixam de desrespeito do STF a leis aprovadas, de bloqueio de perfis dos parlamentares nas redes sociais, da abertura de inquéritos para punir os congressistas por discursos na tribuna e de que os ministros ignoraram decisões da Câmara, como quando o plenário decidiu pela suspensão completa da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Um dos principais gestos de Motta em reação ao STF foi pautar em plenário o requerimento do PL para sustar a ação penal contra Ramagem. Posteriormente, a Primeira Turma do Supremo rejeitou a paralisação e concordou com a suspensão de apenas dois dos cinco crimes imputados a ele pelo Ministério Público.

Agora, Motta cumpriu a ordem judicial de bloquear os pagamentos e a cota parlamentar de Zambelli, mas optou por levar ao plenário a decisão do STF de decretar a perda do mandato.

Inicialmente, ele disse que a Mesa Diretora apenas cumpriria a decisão do Supremo, mas recuou e resolveu jogar o caso para o plenário. A mudança ocorreu por entender que esse processo é inédito e que é melhor compartilhar a resolução com a maioria da Casa.

Folha de S.Paulo

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Mundo

Oito pessoas são mortas em novos ataques de mísseis iranianos em Israel

Foto: Reprodução/ Redes sociais

Três pessoas foram mortas na cidade de Haifa, no norte de Israel, durante ataques noturnos com mísseis do Irã. Com isso, o número de mortos na ofensiva sobe para oito, com uma morte na cidade de Bnei Brak, no centro de Israel, e quatro em Petah Tikva.

Explosões foram registradas atingindo a área ao redor de uma refinaria de petróleo em Haifa, danificando prédios e incendiando infraestrutura.

Vinte e três pessoas já foram mortas em Israel desde o início dos ataques entre os países na sexta-feira (13), segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense.

Pelo lado do Irã, pelo menos 224 pessoas morreram e 1.277 foram hospitalizadas, informou o Ministério da Saúde do país no domingo (15), conforme citado pela mídia oficial iraniana.

CNN

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Geral

Novo exame para tirar CNH obrigará laudo médico sobre remédios controlados

Foto: divulgação

Aprovada pelo Congresso Nacional, a nova lei que obriga o exame toxicológico para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em todas as categorias aguarda a sanção presidencial. No entanto, a nova norma tem preocupado quem utiliza remédios controlados que contenham substâncias proibidas no teste.

O projeto de lei 3965/21 prevê obrigatoriedade de exame toxicológico para quem estiver tentando obter a carteira de habilitação pela primeira vez. Com base nele, os novos motoristas passarão pelo mesmo teste aplicado a quem tem CNH de categoria C, D ou E.

Para não ser enquadrado nessa nova análise, quem utiliza medicamentos para tratamento de TDAH ou dores fortes terá que necessitar de laudo médico para obter a carteira de habilitação para motos ou carros.

Quais drogas?
O exame toxicológico detecta substâncias como:

  • Anfetaminas e derivados
  • Maconha (THC e outros canabinoides)
  • Cocaína (e metabólitos)
  • Opiáceos

Segundo o médico psiquiatra Gustavo Fonseca, opiáceos e anfetaminas podem ser detectadas no exame. A lei define níveis mínimos de detecção e obriga que o teste tenha a capacidade de apontar consumo nos últimos três meses, pelo menos.

“São medicamentos utilizados, entre outros motivos, para o tratamento de TDAH, transtornos alimentares e, no caso dos opiáceos, para o alívio de dores”, explica. “A depender do uso prescrito e de características da pessoa, é possível que eles indiquem resultado positivo do teste”.

A reportagem do UOL Carros também conversou com um motorista de caminhão que, em 2020, foi reprovado no exame de renovação da CNH.

O homem, do interior de Minas Gerais, optou pelo anonimato, mas explicou que fazia uso de cloridrato de lisdexanfetamina para tratar distúrbios alimentares. Devido a isso, teve a CNH negada.

“Acontece que eu já tinha justificado o uso”, explicou. “Foi depois de alguma insistência que reconheceram o engano e liberaram meu nome no Renach” (Registro Nacional de Carteiras de Habilitação).

Caso parecido ocorreu em 2017, quando o motorista Cleber Augusto Gomes, do Ceará, precisou justificar seu resultado positivo com o laudo que atestava uso do remédio Tylex, que tomava para tratar a chikungunya.

O que fazer para não ser reprovado

Segundo o Ministério dos Transportes, “cabe ao condutor apresentar os documentos que atestam a prescrição médica a fim de comprovar tratamento médico em curso”.

Nesse laudo, devem constar itens como dose indicada e frequência de uso, além do motivo de escolha do remédio. A fim de evitar atrasos, recomenda-se que paciente entregue os papeis ao laboratório credenciado antes do exame.

Por determinação legal, todo laboratório deve contar com o chamado Médico Revisor: essa é a pessoa “com capacidade técnica para interpretar os laudos toxicológicos positivos, relacionando ou não o uso de determinada substância com condição ou tratamento médico”, diz a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

Desse modo, cabe ao Médico Revisor o papel de julgar se as substâncias encontradas no exame correspondem ao uso prescrito. Caso conclua pelo consumo lícito, o MR pode inserir o resultado “positivo, mas justificado” no Renach, liberando o condutor.

Segundo o projeto de lei que chegou à Presidência, a divulgação dos resultados é feita de maneira confidencial. Além disso, não há previsão de punições a quem tiver a CNH negada caso o exame indique o consumo de substâncias psicoativas.

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Netanyahu diz que Israel protege o mundo de ameaça nuclear e vê regime ‘muito enfraquecido’ no Irã

Foto: Ronen Zvulun/Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (15) que os ataques contra bases subterrâneas de mísseis, refinarias de petróleo e instalações de desenvolvimento nuclear do Irã protegem o mundo de ameaças de bombas atômicas. Também têm o objetivo de evitar um “segundo Holocausto”.

“Tivemos que agir para nos salvar e não só proteger a nós, mas também o mundo, deste regime incendiário, um dos mais perigosos do mundo. Também estamos protegendo outras nações”, disse o israelense em entrevista à rede americana de televisão Fox News.

Netanyahu alertou que “o regime do Irã está muito enfraquecido” porque, segundo ele, só 8% da população apoiam os aiatolás ideologicamente. “Eles atiram em mulheres porque não estão devidamente cobertas, atiram em estudantes, retiram o oxigênio da brava população iraniana”, disse.

Ao final da entrevista à rede americana, o primeiro-ministro endereçou recados à Presidência do Irã e ao povo do país.

“A ditadura do Irã, porque é uma ditadura, enviou uma mensagem para a gente de destruição de Israel e dos Estados Unidos. Para o povo do Irã, vocês são uma ótima gente, têm muito talento, são gênios. Essa tirania rouba de vocês esperança, [rouba] vida. Eles comentam nos nossos vídeos: ‘Viva Israel, Bravo Israel! Tirem a gente desta tirania. E eu digo a eles: ‘Sua liberdade está próxima. Se rebelem, sejam livres!’”, disse.

Bombas nucleares

O primeiro-ministro também voltou a justificar os ataques de quinta à noite como uma tentativa de evitar o desenvolvimento de novas bombas pelo Irã.

“Estava absolutamente claro que estavam trabalhando num plano secreto de beneficiamento de urânio [para fazer bombas atômicas e destruir Israel]. […] Não vamos ter um segundo Holocausto. Já tivemos um no século passado, mas não vai acontecer mais contra o povo judeu”, avisou.

Netanyahu afirmou ainda que a inteligência israelense identificou “uma pressa em aumentar o arsenal de mísseis balísticos para a capacidade de 3.600 armas por ano”. Com isso, o Irã teria, 10 mil mísseis balísticos em três anos, “cada um pesando uma tonelada.

”Com velocidade de Mach 6, atingiriam nossas cidades, como vocês viram hoje […] e então, em 6 anos, 20.000 [mísseis]. Nenhum país pode sustentar isso, e certamente não um país do tamanho de Israel, então tivemos que agir”, explicou.

R7

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Homem que fez gesto obsceno para repórter ao vivo em Natal pede perdão em nota: “Estava bêbado”

IMG_4976.jpegImagem: reprodução

Flagrado ao vivo fazendo gesto obsceno para a repórter Andreyna Patrício, da TV Tropical, o ator Renan Ollyver emitiu uma nota, neste sábado (14), em que alega estar bêbado no momento e fez um pedido de desculpas.

Renan, que se identifica com ator, removeu todas as fotos do seu perfil do Instagram e do perfil. Nos stories, publicou o comunicado em que diz tomar remédio controlado e ter uma mãe de 80 anos.

96 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Pediu perdão pq foi identificado. Ele é esquerdista e contra a anistia ( q é um perdão)…

  2. Cara pálida, quem tem o dom do perdão é Deus, eu, como um pecador aqui na terra, jamais perdoarei um ato de tamanha covardia que você, um ser abjeto cometeu.

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Entre alertas de bombas e idas ao bunker, comitiva brasileira em Israel recebe treinamento sobre ‘sensação de segurança’

Bunker de hotel em que autoridades de municípios brasileiros buscaram refúgio em Israel — Foto: Reprodução

A comitiva de prefeitos e secretários brasileiros em Israel passou mais uma madrugada sob alertas de bombas e avisos de ataques em diferentes regiões do país. Enquanto aguardam um momento seguro para retornar ao Brasil, os políticos se revezam entre o bunker e os quartos do hotel, ao mesmo tempo em que assistem a aulas sobre segurança e ordem pública.

No quarto dia da nova escalada de confrontos, Irã e Israel voltaram a trocar ataques. A imprensa iraniana noticiou uma explosão em Teerã, enquanto o governo israelense emitiu novos alertas à população após disparos de mísseis do Irã. Desde o início da ofensiva, 13 pessoas morreram em Israel e mais de 390 ficaram feridas. Do lado iraniano, os ataques registrados entre sexta-feira e sábado deixaram ao menos 128 mortos e centenas de feridos.

Durante a madrugada, o vice-prefeito de Uberlândia (MG), Vanderlei Pelizer Pereira (PL), publicou em suas redes sociais vídeos dos alertas recebidos no celular e imagens do deslocamento da comitiva para o abrigo subterrâneo. Na manhã deste domingo, no horário de Brasília, ele compartilhou o tema da palestra do dia: ‘Sensação de segurança e ordem pública’.

Alerta recebido pelas autoridades da comitiva brasileira em Israel:

“Ataque de foguetes e mísseis: Tempo para chegar ao quarto protegido – Um minuto e meio. Entre no Espaço Protegido“, diz a mensagem.

Imagem: reprodução

A vice-prefeita de Goiânia, Cláudia da Silva Lira (Avante), também publicou imagens da aula, ministrada em espanhol. Em um dos slides projetados, o palestrante aborda temas como violência urbana e instabilidade política. — O treinamento continua — disse.

Já o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião Vieira da Paz (União Brasil), relatou a tensão da madrugada. — É assim que se madruga por aqui — escreveu, ao mostrar um dos alertas de emergência. Em outro vídeo, publicado às 3h15 no horário local, ele aparece deixando o bunker. — Parece que vencemos mais uma noite aqui em Israel. Já é madrugada de domingo. Acredito que agora a gente possa dormir com mais tranquilidade — afirmou.

Neste sábado, o Itamaraty informou que avalia retirar a comitiva de autoridades municipais e estaduais brasileiras em Israel por terra até a Jordânia, de onde seguiriam para o Brasil.

Em nota, o Itamaraty afirmou que “tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais do País em Israel, a convite do governo local, no momento do início das hostilidades em curso, com o ataque israelense ao Irã, na noite de quinta-feira, 12/6”.

“A embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores fez gestão junto ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem”, diz o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, segue o documento.

O ministro Mauro Vieria, das Relações Exteriores, contatou hoje com seu homólogo da Jordânia, Ayman Safadi, “com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”.

O Globo

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Número de usuários idosos de cannabis está crescendo. E o risco também, dizem especialistas

Foto: Pexels

Benjamin Han, geriatra e especialista em Medicina do Vício na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, conta a seus alunos um caso ilustrativo sobre uma paciente de 76 anos que, como muitas pessoas idosas, lutava contra a insônia.

— Ela tinha dificuldades para adormecer e acordava no meio da noite — lembra. — Então a filha trouxe algumas gomas para dormir: balas de cannabis comestíveis. Ela experimentou uma goma após o jantar e esperou meia hora.

Sem sentir efeitos, tomou outra, depois mais uma. Foi um total de quatro ao longo de algumas horas.

Han aconselha pacientes que estão começando a usar cannabis a “começar com doses baixas e ir devagar”, optando por produtos com apenas 1 a 2,5 miligramas de tetraidrocanabinol, ou THC, o ingrediente psicoativo presente em muitos produtos de cannabis. Cada uma das quatro gomas que essa paciente ingeriu, no entanto, continha 10 miligramas.

A mulher começou a sentir uma ansiedade intensa e palpitações cardíacas. Uma pessoa jovem talvez ignorasse esses sintomas, mas essa paciente tinha hipertensão e fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca. Assustada, foi para o pronto-socorro.

Exames laboratoriais e uma avaliação cardíaca determinaram que ela não estava tendo um infarto, e a equipe médica a mandou para casa. Seu único sintoma persistente foi o constrangimento, segundo Han.

Mas e se ela tivesse ficado tonta ou fraca e tivesse se machucado em uma queda? Ele conta que já teve pacientes que sofreram quedas ou acidentes de carro após usarem cannabis. E se a maconha tivesse interagido com os medicamentos prescritos que ela tomava?

— Como geriatra, isso me faz parar para pensar — afirma o médico. — Nossos cérebros ficam mais sensíveis a substâncias psicoativas com o envelhecimento.

Legalização crescente

Atualmente, 39 estados dos EUA e o Distrito de Columbia permitem o uso de cannabis para fins medicinais, e em 24 desses estados, além de Washington, o uso recreativo também é legal. À medida que o uso entre os idosos aumenta — “os benefícios ainda não estão claros”, diz Han —, estamos vendo cada vez mais evidências de danos potenciais.

Uma onda de pesquisas recentes aponta motivos de preocupação com usuários idosos, com visitas ao pronto-socorro e hospitalizações relacionadas à cannabis aumentando. Um estudo canadense encontrou uma associação entre esse tipo de atendimento agudo e o desenvolvimento posterior de demência.

Pessoas idosas têm mais tendência que os jovens a experimentar cannabis por razões terapêuticas — para aliviar dor crônica, insônia ou problemas de saúde mental. Mas, segundo especialistas, as evidências de sua eficácia para esses problemas ainda são escassas.

Em uma análise de dados de pesquisas nacionais publicada recentemente no periódico médico JAMA, Han e seus colegas relataram que o uso recente de cannabis (definido como aquele ocorrido nos últimos 30 dias) entre adultos com mais de 65 anos subiu de 4,8% em 2021 para 7% dos entrevistados em 2023. Em 2005, ele aponta, menos de 1% dos idosos relatavam ter usado cannabis no ano anterior.

O que está impulsionando esse aumento? Especialistas citam a legalização gradual nos EUA — o uso entre idosos é mais alto nesses locais —, enquanto pesquisas mostram que a percepção de risco do uso de cannabis caiu.

Uma pesquisa nacional revelou que uma proporção crescente de adultos americanos — 44% em 2021 — acreditava, erroneamente, que fumar cannabis diariamente era mais seguro do que fumar cigarros. Os autores do estudo, publicado na JAMA Network Open, observaram que essas opiniões não refletem as evidências atuais sobre a fumaça da cannabis e do tabaco.

Atendimento médico

Mas estudos nos Estados Unidos e no Canadá — que legalizou o uso não medicinal de cannabis nacionalmente em 2018 — mostram taxas crescentes de pessoas idosas buscando atendimento médico por problemas relacionados à cannabis, tanto em ambulatórios quanto em hospitais.

Na Califórnia, por exemplo, as visitas ao pronto-socorro por motivos ligados à cannabis em pessoas com mais de 65 anos aumentaram de 21 por 100 mil em 2005 para cerca de 395 em 2019. Em Ontário, no Canadá, o atendimento agudo (visitas emergenciais ou internações hospitalares) por uso de cannabis cresceu cinco vezes entre adultos de meia-idade entre 2008 e 2021, e mais de 26 vezes entre aqueles com mais de 65 anos.

– Isso não representa todos os que usam cannabis — alerta Daniel Myran, pesquisador do Bruyère Health Research Institute em Ottawa e autor principal do estudo em Ontário. — São pessoas com padrões de uso mais severos.

Mas como outros estudos já mostraram aumento do risco cardíaco em alguns usuários de cannabis com doenças cardíacas ou diabetes. Por exemplo, uma proporção preocupante de veteranos idosos que atualmente usam cannabis apresenta resultado positivo para transtorno por uso de cannabis, mostrou um estudo recente na JAMA Open.

Entre 4.500 veteranos mais velhos (com idade média de 73 anos) que buscaram atendimento em unidades de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos (VA), os pesquisadores descobriram que mais de 10% haviam relatado uso de cannabis nos 30 dias anteriores. Desses, 36% preenchiam os critérios para transtorno leve, moderado ou grave por uso de cannabis, conforme estabelecido no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.

Efeitos na memória

Além disso, “há evidências crescentes de um possível efeito sobre memória e cognição”, aponta Myran, citando o estudo de sua equipe com pacientes em Ontário com condições relacionadas à cannabis que buscaram atendimento de urgência ou foram internados.

O estudo mostrou que, em comparação com pessoas da mesma idade e sexo que buscaram atendimento por outras razões, esses pacientes (com idades entre 45 e 105 anos) tinham 1,5 vez mais risco de receber um diagnóstico de demência em até cinco anos, e 3,9 vezes mais risco em comparação com a população geral.

Mesmo após o ajuste para condições crônicas de saúde e fatores sociodemográficos, os que buscaram atendimento agudo devido ao uso de cannabis tinham um risco 23% maior de demência do que pacientes com problemas não relacionados à cannabis — e 72% maior do que a população em geral.

Nenhum desses estudos foi um ensaio clínico randomizado, observaram os pesquisadores; todos foram observacionais e não podem estabelecer causa e efeito. Algumas pesquisas sobre cannabis não especificam se os usuários estão fumando, vaporizando, ingerindo ou aplicando cannabis tópica em articulações doloridas; outros estudos carecem de informações demográficas relevantes.

Opinião dos leitores

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Geral

Prefeita Aize Bezerra abre São João Câmara 2025 com multidão no arrastão Treme Terra

A cidade de João Câmara deu início, neste sábado (14), ao São João Câmara 2025 com uma grande festa popular que levou milhares de pessoas às ruas. O tradicional arrastão Treme Terra marcou a abertura oficial do evento, com atrações de peso como Ricardo Chaves e Giannini Alencar, que puxaram o pranchão em um percurso animado pelas principais vias da cidade. O encerramento aconteceu na Praça Baixa Verde, onde artistas da terra fizeram um show vibrante que exaltou os talentos locais e celebrou a cultura camarense.

A prefeita Aize Bezerra comemorou o sucesso da primeira noite. “Foi lindo ver a população ocupando as ruas com alegria e segurança. O São João Câmara é mais do que um evento; é uma celebração da nossa identidade e também uma importante ação de fomento à economia da cidade”, destacou a gestora.

A festa segue até a quarta (18) com uma programação diversificada, que reúne grandes nomes da música nacional e regional. No domingo (15), sobem ao palco Matheus & Kauan, Arnaldinho Netto e Forró Pegado. A segunda (16) conta com Michele Andrade, Banda Grafith, Circuito Musical e Thauane. Na terça (17), é a vez de Seu Desejo, Rey Vaqueiro, Brasas do Forró, Raynel Guedes e Aline Reis animarem o público. Encerrando o evento, a quarta (18) será marcada pela Noite Católica, com shows de Willian da Sanfona e Ivaldo Dias.

Com estrutura de qualidade, organização e segurança reforçada, incluindo videomonitoramento e reconhecimento facial, o São João Câmara 2025 se consolida como um dos maiores e mais organizados festejos juninos da região do Mato Grande.

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Geral

Haddad tira férias em meio ao impasse do IOF

Foto: Ton Molina/Fotoarena

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entra de férias nesta segunda-feira (16), no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pretende pautar a urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Haddad fica de férias até 22 de junho, período em que será substituído pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

Inicialmente, o ministro iria tirar férias entre 11 a 20 de julho de 2025, mas as datas foram alteradas no início de junho. A informação foi publicada no Diário Oficial da União de 5 de junho.

Articulação no Congresso

Na última quinta-feira (12), Hugo Motta informou que decidiu pautar a urgência do PDL que derruba o aumento do IOF. Na ocasião, o presidente da Câmara justificou que o clima na Casa “não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”.

Se a urgência for aprovada, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta será acelerada.

Em meio ao impasse da votação, Hugo se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Alvorada no último sábado (14). O ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) também participou do encontro. O tema da reunião não foi oficialmente divulgado.

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), negou que haja uma “crise” sobre o tema. Segundo ele, o acordo firmado com Motta e os líderes partidários é para votar apenas a urgência e não o mérito da proposta em si.

O aumento do IOF foi anunciado em maio. Após a repercussão negativa das medidas, o governo recuou em parte das medidas no mesmo dia.

O ministro da Fazenda se reuniu com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em 8 de junho para tratar da recalibragem das medidas, que foram apresentadas na última quinta-feira (11).

O Ministério da Fazenda estima arrecadar cerca de R$ 31,4 bilhões até 2026 com a medida provisória (MP) alternativa do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. Não faz a mínima diferença, se está trabalhando ou de férias, não rende ou resolve nada, estilo ptelho.

  1. E daí ele está preocupado com a cerveja e picanha deles, e a economia, deixa correr solta e o próximo governo que se vire nos 30 para colocar nos eixos.

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