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GSI do governo Lula impõe sigilo a número de servidores investigados por 8 de Janeiro

Foto: Felipe Torres/Metrópoles

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula impôs sigilo ao número de servidores que foram alvo de investigações internas por causa da atuação nos atos golpistas do 8 de Janeiro. O GSI se recusou a fornecer a informação por três vezes e, por fim, desrespeitou uma decisão da Controladoria-Geral da União (CGU).

Em 2 de janeiro deste ano, a coluna do jornalista Guilherme Amado questionou ao GSI, por meio da Lei de Acesso à Informação, quantos servidores do ministério haviam sido alvo de apurações internas por causa de irregularidades no 8 de janeiro de 2023, como omissão. Naquele dia, o Planalto foi invadido facilmente por golpistas, que andaram livremente por gabinetes do palácio, roubaram itens e destruíram obras de artes históricas.

O ministério de perfil militar e responsável pela segurança dos palácios presidenciais se negou a fornecer a informação por três vezes, em 18 de janeiro, 25 de janeiro e 2 de fevereiro, quando a resposta foi assinada pelo ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro. A justificativa era a mesma: as apurações foram concluídas e enviadas ao STF, onde tramitam em sigilo. A CGU, contudo, discordou, depois de tratar do tema com o GSI.

“Não foram identificadas razões de ordem técnica ou dispositivo legal que ampara a negativa de acesso”, escreveu a analista da CGU Fabiana Nepomuceno, em parecer endossado pela secretária nacional de Acesso à Informação, Ana Túlia de Macedo. A área técnica da Controladoria considerou que a informação do número de servidores que foram alvo de investigações internas do GSI tem “forte correlação” com as imagens da invasão do Planalto, que tiveram o sigilo derrubado pelo STF ainda em março do ano passado.

A CGU, então, deu duas semanas para o GSI responder à solicitação. No último dia do prazo, o GSI desrespeitou a decisão e citou apenas que 23 servidores foram ouvidos na condição de testemunhas. Ou seja, seguiu sem informar quantos funcionários foram investigados. Agora, a CGU analisará a resposta do GSI e dará uma nova decisão sobre o caso.

Procurado, o GSI alegou ter cumprido a decisão da CGU, apesar de o documento apontar o contrário. “O GSI informa que prestou as informações solicitadas, forneceu os esclarecimentos na forma da legislação em vigor e cumpriu a determinação da CGU”.

Diversos elementos apontam para a atuação irregular do GSI no 8 de Janeiro. A coluna mostrou que militares do GSI queriam deixar os golpistas saírem pelo térreo do Planalto. Os radicais só foram presos por ordem da Polícia Militar, que chegou a ser confrontada por um coronel do Exército. Um assessor que presenciou a invasão ao palácio afirmou, em entrevista, que os militares do GSI não reprimiram os terroristas. O relato é corroborado por vídeos da invasão.

Guilherme Amado – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Nada no Brasil de hoje é feito sob o sol. Quase tudo é às escuras. É processo sigiloso, e-mail às escondidas e por aí vai. Ainda falam que é para proteger a democracia.

  2. Conheço profundamente como é a segurança dos prédios públicos e palácios da Capital Federal…
    A baderna (e não terrorismo), causada é inadmissível, mas é muito estranho como os baderneiros, adentraram nos referidos prédios e palácios…
    No dia 08 de janeiro, a responsabilidade já era do Governo atual…
    Ao que parece, é houve facilitação por parte dos responsáveis, para se criar a narrativa de “tentativa de golpe”…
    E o que corrobora com isso, foi a negativa do então Ministro da Justiça (Flávio Dino), em disponibilizar todas as filmagens do ocorrido, sob a alegação que foram apagadas (quem apagou e porquê)…
    Vem agora o GSI e “blinda” alguns servidores de depor (qual o motivo?, o que há a esconder?)…
    Muito estranho…

    1. Não me venha com esse discurso de que entende… Se entendesse mesmo de algo saberia que a PM do DF e o exército estavam contaminados com o golpismo de bolsonaro q aleardeava aos 4 cantos que queria golpe, planejou e tentou … Mas essa catrevagem de milicos é tão incompetente que nem isso conseguem!

    2. No governo Bolsonaro não houve invasão de prédios públicos porque tinha ordem.
      Essa história de golpe já deu, o povo não é tonto, tanto é que a maioria dos 157 milhões de eleitores não voltaram no corrupto cachaceiro

    3. ANALFABETO FUNCIONAL, ka que conhece muito, como chama um chefe da SEITA BOLSONARISTA que tentou explodir o QUARTEL do EXÉRCITO? Uma Dica, ele fala muito bem em DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA E LIBERDADE.

  3. A maior covardia já feita no Brasil desde a sua descoberta.
    Isso é imoral!!
    Tem muitos inocentes presos e condenados pagando pelo o que não deve.

  4. O desgoverno da gastança agora também é o desgoverno do sigilo? Tá tudo dominado cumpanhêro.

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ESCÂNDALO DO INSS: Ministério Público entra na fase final para apresentar primeiras denúncias

Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliam que as primeiras denúncias contra os suspeitos de envolvimento no escândalo do INSS podem ser apresentadas ainda neste mês. Há investigações abertas em pelo menos 14 unidades da federação, e o trabalho entrou para a reta final em alguns locais. As apurações mais avançadas são no Distrito Federal e em Sergipe, Estado que teve a operação mais recente do caso.

A fraude com descontos indevidos em aposentadorias e pensões veio a público em abril, quando a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União deflagraram a Operação Sem Desconto, após apurações da PGR.

Na ocasião, o governo estimou em R$ 6,3 bilhões o valor de débitos não autorizados em benefícios previdenciários entre 2019 e 2024. Entre 2016 e 2024, o montante passa a R$ 8 bilhões.

Na terça-feira, 17, a PF prendeu mais duas pessoas em Aracaju (SE) e Umbaúba (SE), e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas duas cidades, além do município de Cristianópolis (SE). A Justiça ordenou o sequestro de R$ 12 milhões em imóveis.

Coluna do Estadão

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Google diz a Moraes que não tem dados sobre a ‘minuta do golpe’; provedor de buscas afirma que não hospeda conteúdo

Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Imagem ilustrativa

O Google informou nesta quarta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem condições de cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o envio de dados sobre quem publicou uma cópia da minuta do golpe em um domínio público na internet.

De acordo com o escritório de advocacia que representa a plataforma no Brasil, o provedor de buscas não possui os dados, que, segundo a empresa, são de responsabilidade das páginas que teriam divulgado a minuta.

“A Google informa a impossibilidade de processamento da ordem de fornecimento de dados que lhe foi direcionada, sem prejuízo de que informações e dados referentes a publicações em sites de terceiros sejam requeridas diretamente a seus administradores”, disse a empresa.

Segundo a plataforma, o buscador não é responsável pela hospedagem de páginas de terceiros. 

Além disso, o Google afirmou que Moraes não indicou a URL de conteúdo hospedado ou vinculado com os serviços da empresa.

“De forma específica, a busca do Google é uma ferramenta gratuita que apenas organiza informações, conteúdos já disponíveis na internet, de modo a torná-las mais acessíveis aos seus usuários”, completou a empresa.

O envio de dados foi solicitado pelo ministro após pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele é um dos réus do núcleo 1 da trama golpista.

Em 2023, uma cópia da minuta foi encontrada na casa de Torres durante busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, o documento seria de conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após receber as informações, os advogados pretendem solicitar uma perícia para demonstrar que a minuta encontrada na casa do ex-ministro não tem relação com o documento apresentado pelo ex-presidente aos ex-comandantes da Forças Armadas.

Agência Brasil

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EUA passam a exigir que estudantes mantenham perfis nas redes sociais como ‘públicos’ para conceder visto

Montagem mostra o presidente Donald Trump e a universidade de Harvard — Foto: Chip Somodevilla/via REUTERS e Faith Ninivaggi/Reuters

O Departamento de Estado dos EUA informou nesta quarta-feira (18) que está reiniciando o processo de análise de vistos de estudante, que estava suspenso. A partir de agora, porém, todos os candidatos precisarão desbloquear suas contas em redes sociais para análise do governo americano.

O departamento informou que os funcionários dos consulados estarão atentos a postagens e mensagens que possam ser consideradas hostis aos Estados Unidos, seu governo, cultura, instituições ou princípios fundadores.

Em um comunicado divulgado na quarta-feira, o departamento informou que novos candidatos que se recusarem a definir suas contas de mídia social como “públicas” e permitir que sejam analisadas. Aqueles que tenham perfis “privados” poderão ser rejeitados.

A recusa em fazê-lo pode ser um sinal de que eles estão tentando burlar a exigência ou ocultar suas atividades on-line.

O governo Trump suspendeu temporariamente no mês passado o agendamento de novas entrevistas de visto para estudantes estrangeiros que desejam estudar nos EUA, enquanto se preparava para expandir a triagem de suas atividades nas mídias sociais, disseram autoridades.

Com a proximidade do próximo ano letivo, estudantes do mundo todo têm esperado ansiosamente que os consulados dos EUA reabram os agendamentos para as entrevistas, antes de procederem para outros arranjos, como compra de passagem e aluguel de moradias.

g1

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STF cobra de Janones comprovantes de pagamento após acordo em caso de ‘rachadinha’

Foto: Ricardo Albertini/Câmara dos Deputados

O ministro Luiz Fux, do STF, determinou que o deputado André Janones (Avante-MG) apresente os comprovantes de pagamento das parcelas mensais do acordo feito para não ser processado em um caso de “rachadinha” em seu gabinete na Câmara dos Deputados.

Em março, Janones reconheceu os desvios cometidos em seu gabinete e aceitou pagar R$ 157 mil como reparação. Em abril, o apoiador de Lula depositou R$ 80 mil em juízo, cumprindo a primeira parte do trato.

O deputado também aceitou pagar R$ 77,8 mil em 12 parcelas. Não há, porém, comprovação do repasse das duas primeiras parcelas desta parte do acordo, algo solicitado pela Procuradoria-Geral da República.

Ancelmo Gois – O Globo

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Geral

Lula não vai à Marcha para Jesus pela 3ª vez consecutiva

Foto: Ton Molina/Foto Arena/Estadão Conteúdo

Pelo terceiro ano consecutivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará da Marcha para Jesus em São Paulo. O evento, marcado para esta quinta-feira, 19, feriado de Corpus Christi, tem expectativa de reunir 2 milhões de fiéis nas ruas do centro da capital.

De acordo com os organizadores, o convite foi feito novamente ao chefe do Executivo, que, mais uma vez, recusou a participação. “O presidente não informou o motivo pelo qual não comparecerá ao evento”, diz trecho da apuração.

Segundo interlocutores do governo, Lula será representado pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Evangélico, Messias também esteve presente nas edições anteriores como representante do presidente, conforme apuração do Estado de S.Paulo.

Em 2023, no primeiro ano do atual mandato, o ministro foi vaiado ao citar o nome de Lula perante o público presente. No ano seguinte, o apóstolo Estevam Hernandes, organizador do evento, pediu “dias melhores” para o Brasil, enquanto abraçava Messias diante da multidão.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), confirmaram presença no evento. As participações foram anunciadas por meio das respectivas assessorias, depois de convite feito por Estevam Hernandes, líder da Igreja Evangélica Pentecostal Renascer em Cristo.

A ausência do presidente Lula ocorre em meio à tentativa do governo federal de melhorar a imagem junto ao eleitorado evangélico, que tem expressado resistência ao atual governo e representam mais de um quarto da população brasileira.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

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Economia

Após nova alta, Selic só deve começar a cair em 2026, dizem analistas

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Economistas e especialistas que acompanham a política monetária brasileira afirmam que, após a nova alta de 0,25 ponto percentual da Selic (taxa básica de juros), que foi de 14,75% para 15% ao ano nesta quarta-feira (18), os juros devem ser mantidos nesse patamar até o início de 2026.

“Até dezembro deste ano [a Selic] vai ficar em 15% e, na primeira reunião do ano que vem, vai começar uma queda”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings.

Segundo ele, nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), mesmo com manutenção da taxa no mesmo patamar, as atas devem sinalizar que em algum momento um ciclo de queda de taxas vai começar.

Gabriel de Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, também diz que espera que o juro fique estável em 15% pelos próximos seis meses.

Para ele, houve duas surpresas nesta quarta-feira: o aumento da taxa e o tom do comunicado do Copom, com frases que ele classificou como “hawkish” (um jargão do mercado financeiro para se referir a política rigorosa ou restritiva).

Barros chamou a atenção para um trecho do comunicado que diz que “para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”.

Na nota do Banco Central, a expressão “bastante prolongado” é usada três vezes.

Para André Perfeito, economista-chefe da APCE, isso significa pelo menos de seis a oito meses de manutenção do atual patamar de juros, “para ancorar as expectativas no período relevante, que é de 2026 para frente”.

Segundo ele, a alta de 0,25 ponto percentual serve mais para sinalizar, porque na prática não faz tanta diferença se os juros são de 14,75% ou 15%.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, afirma que pode ser que a taxa nominal não fique exatamente em 15% o tempo inteiro. Para o economista, agora inflação dos alimentos não está tão alta e os juros altos devem começar a fazer efeito no setor de serviços, mas pode haver uma mudança “a depender do que vier pela frente”.

“O cenário é uma queda moderada no final do ano por causa desse cenário de inflação um pouco mais comedida, desde que não haja turbulência negativa no ano que vem.”

Para ele, o BC provavelmente vai evitar mexer nos juros durante o período eleitoral do ano que vem. Por isso, as mudanças devem acontecer antes de as eleições realmente entrarem em pauta.

Em nota, a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) afirmou que “a medida pode restringir ainda mais os investimentos produtivos, ampliar os custos de produção, reduzir a competitividade da indústria brasileira e levar a impactos negativos sobre a geração de empregos e a renda das famílias.”

O presidente da entidade, Flávio Roscoe, afirma que o Banco Central e o governo têm adotado medidas antagônicas: enquanto a autoridade monetária faz uma política contracionista, o governo expande os gastos públicos.

“Não há alinhamento. O Banco Central aumenta as taxas de juros e o governo segue em ciclo de expansão para que o cenário econômico não piore. O dinheiro público é gasto em forças que se anulam. Por isso que não tem o efeito da taxa de juros.”

Para Roscoe, a política monetária vai continuar restritiva enquanto não houver equilíbrio nas contas públicas.

Adriana Dupita, analista de mercados emergentes da Bloomberg, afirma que a decisão e a nota de hoje têm três grandes objetivos: desestimular o mercado a incorporar em seus projetos novas altas de juros e ao mesmo tempo evitar que os agentes financeiros projetem em seus investimentos que vai haver corte de juros no futuro próximo e, finalmente, dar credibilidade aos diretores do Copom.

O aumento de 0,25 ponto, segundo ela, é um custo baixo a se pagar para convencer o mercado financeiro de que vai haver cortes na curva de juros.

Antes da divulgação da nova Selic, a Bloomberg afirmava que após a decisão anterior, quando a taxa foi levada a 14,75%, o Banco Central foi vago em relação a qual seria o próximo passo, o que fez com que os analistas se dividissem a respeito de qual seria a ação.

Antes da reunião dos últimos dois dias, os economistas ouvidos pelo Banco Central esperavam que o Copomencerrasse a sequência de alta da Selic e mantivesse o índice em 14,75%

Por um lado, a taxa de inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em maio foi de 0,23%, uma desaceleração em comparação ao mês anterior, quando havia sido 0,43%. Ao mesmo tempo houve uma alta nos preços internacionais de petróleo.

Essa é a quarta decisão do Copom desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência do Banco Central.

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. Cadê a gritaria do PT, no governo anterior na gestão Campos Neto, a gritaria era geral mas agora com o atual presidente que foi indicado por Lula os juros pode subir tudo dia que não dão um piu.
    É por conta dessa hipocrisia da esquerda que a direita cresce a cada dia o povo não aguenta mais essa baboseira esquerdista.
    Esse também é um dos motivos que eles querem calar as redes sociais

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Geral

Não dá para a gente ceder toda hora, diz Lula sobre IOF

Foto: Teresa Suarez/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “não tinha nada demais”. Para o presidente, não dá para “ceder toda hora”.

“O IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] do [Fernando] Haddad não tinha nada demais. O Haddad quer que as bets paguem Imposto de Renda, que as fintechs paguem Imposto de Renda, que os bancos paguem imposto. Não é muito imposto. É um pouquinho só para a gente poder fazer a compensação”, disse Lula.

A declaração foi dada durante gravação do programa Mano a Mano, no domingo (15), no Palácio da Alvorada. O podcast é apresentado por Mano Brown e Semayat Oliveira. Esta é a 2ª vez que Lula participa do programa. A 1ª foi em 2021, quando ainda não era candidato à Presidência.

“Toda vez que a gente vai ultrapassar o arcabouço fiscal, a gente tem que cortar do Orçamento. Então, se eu tiver que cortar R$ 40 bilhões do Orçamento de obras de rua, da saúde, da educação, eu tenho que ter uma compensação. O IOF é para fazer essa compensação. Nós queremos pegar dos setores que ganham muito dinheiro e pagam muito pouco”, declarou.

A elevação do tributo foi apresentada pela equipe econômica em maio. Enfrentou resistência da oposição. Em jantar realizado em 8 de junho na residência oficial da Câmara com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além da equipe econômica, discutiram-se alternativas para compensar o recuo no aumento do IOF.

Na semana seguinte, em 16 de junho, a Câmara dos Deputados aprovou por 346 votos a 97 o requerimento de urgência do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 314 de 2025, que suspende os efeitos do decreto que elevou o IOF. Agora, a proposta pode ser votada a qualquer momento.

A aprovação do requerimento foi considerada uma derrota política para o ministro da Fazenda, que entrou em férias na mesma 2ª feira (16.jun). Haddad articulou o aumento para elevar a arrecadação e evitar novos cortes no Orçamento de 2025.

A ideia dos deputados, segundo apurou o Poder360, é anexar outros PDLs ao texto que teve a urgência aprovada, com o objetivo de barrar integralmente o aumento do IOF.

Integrantes do governo consideraram que houve quebra de acordo por parte do presidente da Câmara, Hugo Motta. Segundo aliados do Planalto, havia um entendimento com os líderes partidários para não pautar o requerimento.

Apesar da reação do Congresso, que caminha em sentido contrário à equipe econômica, o Planalto deve adotar um tom conciliador para tentar conter o desgaste e preservar a interlocução com o Legislativo.

Poder 360

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Geral

Moraes manda prender ex-assessor de Bolsonaro

Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou na tarde desta quarta-feira (18) a prisão do coronel Marcelo Costa Câmara, que atuou como um dos principais assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes também determinou a abertura de um inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, por suposta obstrução de Justiça em razão dos supostos contatos entre o advogado e o tenente-coronel Mauro Cid.

Câmara é réu no chamado “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe de Estado. Ele já havio sido preso anteriormente, mas recebeu liberdade provisória em 16 de maio de 2024, mediante a imposição de medidas cautelares, entre as quais a proibição de utilização de redes sociais (próprias ou por terceiros) e a proibição de comunicação com os demais investigados por qualquer meio, inclusive por intermédio de terceiros.

Na terça-feira (17), Kuntz protocolou no STF áudios de conversas que teria tido com Cid sobre a delação premiada e pediu a anulação do acordo. Segundo o advogado, os contatos começaram em 29 de janeiro de 2023 e foram retomados em 1º e 5 de março de 2024, via Instagram e, posteriormente, em encontro pessoal em 7 de março de 2024.

Na decisão, Moraes afirmou que a própria defesa de Câmara demonstrou o réu descumpriu as medidas cautelares impostas nos autos da Pet. 12.100/DF, de ‘Proibição de utilização de redes sociais próprias ou por terceira pessoa’ e “proibição de contato com os demais investigados, inclusive por intermédio de terceiros’, revelando seu completo desprezo por esta Suprema Corte e pelo Poder Judiciário e a continuidade de práticas ilícitas”.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

    1. Esse Alexandre da Silv Lula de Morais, está mais perdido do cego em tiroteio. Um STF de comediantes e de aberrações.

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Mundo

[VÍDEO] Ataque iraniano deixa ao menos 65 feridos em Israel

Vídeo: Reprodução/Instagram

Os serviços de emergência de Israel disseram que pelo menos 65 pessoas ficaram feridas na última onda de ataques do Irã na quinta-feira (19).

Três pessoas estão em estado grave, incluindo um homem de 80 anos e duas mulheres com cerca de 70 anos.

Duas pessoas também estão em “estado moderado” e 42 pessoas sofreram ferimentos leves por estilhaços e traumas causados ​​pela explosão, informou o serviço. Outras 18 ficaram feridas enquanto corriam para se abrigar, informou o serviço, sem especificar suas condições.

Equipes do MDA estão prestando atendimento médico em vários locais e encaminhando as vítimas para hospitais, acrescentou.

Em Bersheva, o Centro Médico Soroka foi atingido.

“Estamos avaliando os danos, incluindo feridos”, disse a porta-voz da unidade médica, observando que houve “danos extensos em várias áreas”.

“Pedimos que não venham ao hospital agora”, completou.

Vídeos postados na rede social Telegram supostamente mostram as consequências no hospital, que é um dos principais centros médicos de Israel, como diversas estruturas danificadas e pilhas de escombros no chão.

CNN

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Geral

Lagoa do Bonfim recebe o 49º Campeonato Regional Nordeste da Classe ILCA – 2025

Foto: Divulgação

De 19 a 21 de junho, a Lagoa do Bonfim, no município de Nísia Floresta (RN), será o palco de um dos eventos mais tradicionais da vela brasileira: o 49º Campeonato Regional Nordeste da Classe ILCA.

Promovido pelo Iate Clube do Natal, com apoio da Federação de Vela do Rio Grande do Norte, o evento reunirá velejadores e velejadoras de 17 a 81 anos, representando os sete estados nordestinos – Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte – além de convidados especiais de outras regiões do país.

Modalidades em disputa

As regatas serão realizadas nas classes ILCA 6 e ILCA 7, reunindo desde jovens talentos em formação até atletas veteranos com vasta experiência em competições nacionais e internacionais.

Programação oficial

Quinta-feira – 19 de junho

  • 10h – Cerimônia de Abertura
  • 10h30 – Primeira largada do dia (regatas da manhã)
  • 13h30 – Segunda largada do dia (regatas da tarde)
  • 17h – Happy Hour da Vela

Sexta-feira – 20 de junho

  • 10h30 – Regatas da manhã
  • 13h30 – Regatas da tarde

Sábado – 21 de junho

  • 10h30 – Regatas finais
  • 13h – Cerimônia de Premiação com a tradicional Feijoada da Vela

Importância do evento

O Regional Nordeste da Classe ILCA é uma das competições mais importantes do calendário da vela nacional, servindo como plataforma para o desenvolvimento de novos talentos e fortalecimento das bases esportivas nos estados nordestinos.

Além do caráter competitivo, o evento proporciona intercâmbio técnico, integração entre atletas, troca de experiências entre gerações e reforça o espírito esportivo que marca a vela brasileira.

Lagoa do Bonfim: condições ideais para a vela

Em 2025, a Lagoa do Bonfim apresenta um dos seus melhores níveis de água dos últimos 12 anos, garantindo condições técnicas de excelência para as regatas. O cenário natural, com ventos regulares e águas limpas, reforça o potencial do local como um dos polos emergentes do turismo esportivo náutico no Rio Grande do Norte.

Movimento econômico e turismo esportivo

O campeonato deverá atrair dezenas de atletas, treinadores, familiares e entusiastas da vela, movimentando a economia local com geração de demanda por hospedagem, alimentação e serviços.

Patrocínio e apoio institucional

O 49º Campeonato Regional Nordeste da Classe ILCA – 2025 conta com patrocínio da Brasilca e do Grupo Multigiro, por meio do Programa RN+ Esporte e Lazer, uma iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Norte para incentivo ao esporte.

A realização é do Iate Clube do Natal, com apoio da Federação de Vela do RN.

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