Política

Guaidó vem ao Brasil fazer reunião com Bolsonaro, diz Mourão

Foto: Marco Bello / Rede Globo de Televisão/ G1

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino com o apoio do Legislativo de maioria oposicionista e foi reconhecido por 50 países, fará uma visita ao Brasil antes de retornar a Caracas. O vice-presidente, Hamilton Mourão, confirmou nesta tarde a informação da viagem, que havia sido antecipada ao GLOBO por fontes da oposição da Venezuela.

Fontes do Planalto afirmam que Guaidó já solicitou uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. O encontro entre os dois deve acontecer na quinta ou na sexta-feira desta semana. Em Brasília, comenta-se que a ala militar do governo esteve envolvida na organização da visita do opositor ao governo de Nicolás Maduro.

Em entrevista ao GLOBO mais cedo, Guaidó assegurou que retornará à Venezuela depois de ter viajado para a Colômbia no fim de semana passado para participar da tentativa de abertura de um canal humanitário. A outros meios, Guaidó disse que esse retorno ocorreria ainda nesta semana, mas antecipou que estava organizando alguns encontros no exterior. Um deles seria com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília, até o final desta semana.

No fim de semana, o bloqueio das fronteiras determinado por Nicolás Maduro fez fracassar o chamado “Dia D” da oposição. A ideia de Juan Guaidó e seus aliados internacionais, incluindo os Estados Unidos, o Brasil e a Colômbia, era entrar na Venezuela com alimentos e suprimentos médicos, forçando os militares a abandonar a lealdade a Maduro e abrir as fronteiras, o que poderia precipitar a queda do regime.

Com o fracasso, as alternativas para a solução do impasse se estreitaram, e o próprio Guaidó chegou a pedir no domingo aos países aliados que mantivessem “todas as opções na mesa”, em uma referência a uma intervenção militar. Na última segunda-feira, porém, o Grupo de Lima, formado por 14 países das Américas, incluindo o Brasil, aprovou uma declaração em Bogotá em que afirma que a saída para a crise venezuelana deve ser pacífica. Na terça-feira, porém, o governo americano disse que seria “irresponsável” tirar a opção militar da mesa.

Na entrevista ao GLOBO, Guaidó negou que a decisão do Grupo de Lima de não ter incluído no comunicado final do encontro de Bogotá a possibilidade de uma intervenção militar estrangeira na Venezuela tenha sido uma derrota:

— Nós nunca pedimos uma intervenção militar estrangeira. O que temos dito é que um conflito militar (com participação estrangeira) na Venezuela é uma possibilidade, que não desejamos, que não buscamos. Nosso propósito é justamente evitá-lo através de uma saída política e constitucional.

Oposição tenta se reorganizar

A oposição a Maduro está tentando se reorganizar depois do cenário de repressão desencadeado pela tentativa de abrir o canal de ajuda. Congressistas e “representantes diplomáticos” da aliança que sustenta o “governo interino” afirmaram ao Globo que o rumo da oposição continua sendo o mesmo, e que todas as opções estão sobre à mesa, entre elas a de uma eventual intervenção estrangeira, “militar ou humanitária”.

Mas esta opção, enfatizou o representante de Guaidó na Organização de Estados Americanos (OEA), Gustavo Tarre Briceño, “é de última instância”.

— Este é um processo e, como todo processo, tem fases. Todos sabíamos que o fim de semana passado não seria o fim desta história. O que chama a atenção é a pouca atenção dada pelo mundo, em geral, a um verdadeiro genocídio — disse Briceño, de Washington.

Suas palavras refletem um clima de certa frustração entre os opositores de Maduro, que esperavam uma atitude mais dura do Grupo de Lima no encontro de segunda-feira passada, em Bogotá.

— Vimos cenas de violência terríveis, e isso não foi bem entendido por muitos… não estamos propondo uma intervenção militar imediata, mas essa opção não pode ser descartada — frisou o representante de Guaidó na OEA.

No sábado, os confrontos nas fronteiras provocaram ao menos quatro mortes, de acordo com as ONGs de direitos humanos Foro Penal e Provea, e centenas de feridos.

Em Caracas, o deputado José Guerra e seus companheiros da AN aguardam com expectativa a volta de Guaidó. Enquanto esperam informações precisas sobre dia, hora e a logística do complicado retorno, os deputados, apontou Guerra, continuam trabalhando na “mobilização popular, nas pressões ao regime, na nomeação de novos funcionários do governo interino e em estratégias para que a ajuda humanitária possa entrar”.

Os planos da oposição para os próximos dias e semanas são, basicamente, insistir no que vem sendo feito desde que Guaidó assumiu a Presidência da Assembleia Nacional em 5 de janeiro passado: pedir mais sanções contra o governo de Maduro e seus aliados; assumir o controle de empresas estatais com operações no exterior; obter maior reconhecimento internacional, por exemplo, de países como México e Uruguai, que ainda não reconheceram o “presidente interino”; e ocupar espaços em organismos internacionais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

— No caso dos organismos, são processos lentos. Não podemos esperar Maduro cair para bater na porta do FMI e pedir ajuda. Já estamos en negociações — confirmou Briceño.

Perguntado sobre a insistência de membros da oposição e do próprio Guaidó em falar numa eventual intervenção militar estrangeira, possibilidade descartada enfaticamente pelo Brasil e pelo Grupo de Lima como bloco, o representante da oposição na OEA afirmou que “ainda não estamos nesse ponto, mas isso deve estar sempre entre os caminhos possíveis”.

— Há um ano, a comunidade internacional rechaçava sanções e hoje pede mais. Neste processo vamos avançando aos poucos — explicou Briceño, sugerindo que a participação de militares estrangeiros numa eventual força internacional formada para forçar uma mudança de governo na Venezuela é algo que Guaidó e seus colaboradores imaginam que poderia acontecer em médio e longo prazo. — Não seremos um novo Panamá nem uma nova Líbia, se enganam os que cogitam ambas possibilidades. Líbia não seremos porque aqui não haverá guerra civil, aqui 90% da população quer a saída de Maduro.

Perguntado sobre a atuação da Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet (2006-2010 e 2014-2018), Briceño reforçou as críticas:

— Diante de tiranias que se vendem como esquerda, líderes da verdadeira esquerda olham para o lado. Aqui não interessa se é esquerda ou não, aqui o que interessa é que este é um regime que tortura e mata. No mínimo, Bachelet é excessivamente prudente.

O Globo

 

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Geral

Com crise dos Correios, governo Lula prevê déficit de R$ 9,2 bilhões em estatais em 2025

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Em meio à forte crise que atingiu os Correios, o governo ampliou a projeção de déficit nas empresas estatais este ano: de R$ 5 504 bilhões para R$ 9,208 bilhões. As informações constam do Relatório e Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º Bimestre, divulgado nesta sexta-feira (21) pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

“O aumento na projeção do déficit em R$ 3,704 bilhões decorre principalmente do impacto da reprogramação dos Correios”, diz o texto. A estimativa no déficit da empresa mais do que dobrou, passando de R$ 2,380 bilhões no relatório anterior para R$ 5,808 bilhões no de agora. Se confirmada a projeção, será o maior déficit entre todas as estatais.

A previsão para o déficit total das estatais já considera a dedução de R$ 4,248 bilhões em despesas relativas ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), autorizada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.

Com o rombo previsto nas estatais, a estimativa de déficit primário para o Programa de Dispêndios Globais (PDG) superou o limite previsto na LDO: um déficit primário de R$ 6,215 bilhões, já contando uma dedução de R$ 5,0 bilhões em gastos com o PAC. Assim, o governo teve de compensar a meta fiscal do PDG com o orçamento fiscal e da seguridade.

A compensação de R$ 2,993 bilhões levou a projeção de déficit primário a R$ 34,259 bilhões, já abaixo do limite inferior de tolerância, que aceita um rombo de até R$ 30,970 bilhões. O centro da meta fiscal é de déficit zero. Com isso, o Executivo foi obrigado a anunciar um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões em despesas.

R7

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Geral

Lula cobra debate franco sobre direitos reprodutivos na África do Sul

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante a cúpula do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas), realizada neste domingo (23) em Joanesburgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que os três países retomem um diálogo direto sobre direitos humanos, igualdade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos. O encontro ocorreu paralelamente à agenda do G20.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. Lula destacou que o Ibas, criado para aproximar grandes democracias do Sul Global, perdeu protagonismo com o fortalecimento de blocos como o G20 e os Brics. Para o presidente, porém, o fórum ainda tem papel estratégico por unir países que combinam defesa da soberania, desenvolvimento e democracia.

Segundo Lula, há confiança suficiente entre Índia, Brasil e África do Sul para tratar de pautas sensíveis, como acesso a medicamentos e vacinas, combate ao extremismo e fortalecimento de políticas de direitos humanos. Ele também citou a saúde global e a agenda multilateral como áreas em que o grupo pode atuar de forma conjunta.

O presidente afirmou ainda que os três países têm capacidade para assumir liderança no debate internacional sobre Inteligência Artificial. Lula classificou a reunião em Joanesburgo como um passo importante para revitalizar a coordenação trilateral do Ibas.

Com informações do Metrópoles

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Política

Defesa pede que Moraes libere visitas da família a Bolsonaro na PF

Foto: REUTERS/Mateus Bonomi

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que Michelle Bolsonaro e os filhos possam visitá-lo na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso preventivamente. O pedido foi protocolado após Bolsonaro ser levado para uma cela na PF neste sábado (22), depois de tentar danificar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.

Na petição, os advogados solicitam autorização formal para as visitas familiares, cumprindo exigência estabelecida na decisão que determinou a prisão preventiva. Michelle Bolsonaro cancelou compromissos do PL Mulher em Fortaleza e retornou imediatamente a Brasília. Os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também se encontram na capital federal.

A prisão preventiva não está ligada diretamente à condenação de 27 anos pela tentativa de golpe de Estado, cujo processo ainda permite recursos. Mesmo assim, Moraes determinou o cancelamento de todas as visitas anteriormente autorizadas no período em que Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, afetando agendas de governadores e parlamentares.

Em despachos recentes, o ministro também rejeitou novos pedidos de encontro, além de recusar a solicitação da defesa para que o ex-presidente voltasse ao regime domiciliar por razões humanitárias. Entre os nomes barrados estavam Onyx Lorenzoni, Padre Kelmon, Bia Kicis e Carlos Portinho.

Com informações da CNN

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Geral

Após críticas a Belém, chanceler alemão encontra Lula no G20 e fala em nova visita ao Brasil

Foto: Ricardo Stuckert / PR / Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu neste sábado (22) com o chanceler alemão Friedrich Merz (União Democrática Cristã), em Joanesburgo, na África do Sul, durante a agenda do G20. O encontro ocorreu dias após repercutirem no Brasil as críticas feitas por Merz à cidade de Belém, no Pará, onde ele esteve para a COP-30.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que a conversa focou no fortalecimento das relações comerciais, sociais, culturais e tecnológicas entre Brasil e Alemanha, além do compromisso conjunto com o multilateralismo e com o papel da Organização Mundial do Comércio. O comunicado não menciona pedido de desculpas ou retratação do chanceler sobre as declarações envolvendo Belém.

Lula confirmou presença em Hannover, em abril de 2026, atendendo a convite de Merz para participar da abertura da maior feira de tecnologia industrial do mundo, que terá o Brasil como país parceiro. O chanceler também destacou o aporte de 1 bilhão de euros ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), anunciado durante a COP-30.

Ao final da reunião, o presidente reuniu assessores e ministros presentes, entre eles Fernando Haddad (PT), para um cumprimento coletivo. Lula encerrou o encontro afirmando: “Brasil e Alemanha: unidos para sempre”.

Com informações do Estadão

Opinião dos leitores

  1. Quero ver esse chanceler voltar a Belém do Pará, passar uma semana na cidade e emitir sua opinião, desde já digo que será a mesma, Belém é uma cidade sem saneamento, com esgoto a céu aberto, consequentemente FEDIDA.

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Política

Bolsonaro será submetido a audiência de custódia neste domingo (23)

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participará neste domingo (23) de audiência de custódia, um dia após ser detido preventivamente por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O procedimento, obrigatório em prisões ordenadas pela Corte, serve para avaliar a legalidade da detenção e garantir que não houve violação de direitos.

A prisão ocorreu em caráter preventivo — sem prazo definido — justificada por Moraes diante da convocação de uma vigília no condomínio do ex-presidente, que, segundo o ministro, buscaria impedir o cumprimento da ordem judicial. Apesar de Bolsonaro ter sido condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe, sua prisão atual não deriva dessa sentença, já que os prazos de recurso ainda estão em curso.

Com a condenação superior a oito anos, Bolsonaro deverá iniciar a execução da pena em regime fechado quando a decisão transitar em julgado. Assim, sua prisão preventiva tende a ser seguida imediatamente pela prisão decorrente da condenação.

Após determinar a detenção, Alexandre de Moraes pediu que o STF se reúna para analisar sua própria decisão, cabendo ao plenário decidir se manterá ou não a prisão preventiva.

Com informações do G1

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Geral

Ronaldo Caiado é internado após arritmia e deve passar por procedimento médico

Foto: Reprodução

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi internado na tarde deste sábado (22) no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, depois de apresentar um episódio de arritmia cardíaca. A equipe médica avaliou o quadro e informou que ele permanece estável.

Após os primeiros exames, os médicos concluíram que será necessária uma ablação — procedimento utilizado para corrigir falhas no ritmo cardíaco e evitar novas crises. A intervenção está prevista para ocorrer nas próximas 48 horas, conforme boletim assinado pela cardiologista Ludhmilla Hajjar.

A nota informa ainda que Caiado apresenta boa evolução clínica desde que deu entrada na unidade hospitalar. Ele permanecerá em observação e sob cuidados especializados até o momento do procedimento.

A assessoria do governador reforçou que seu estado é considerado controlado e que novas atualizações serão divulgadas conforme a evolução do tratamento.

Com informações da CNN

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Geral

VÍDEO: Noite de pânico em Mãe Luiza após nova troca de tiros entre facções

 

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Vídeo: Via Certa Natal

Moradores de Mãe Luiza enfrentaram mais uma madrugada de pavor neste fim de semana. A sequência de disparos começou por volta das 23h de sábado (22) e se estendeu até a madrugada de domingo (23), quebrando o silêncio do bairro e deixando famílias inteiras escondidas dentro de casa.

Diante da intensidade dos tiros, a Polícia Militar realizou uma ação reforçada na região durante a madrugada, na tentativa de conter o confronto e estabilizar a área. Segundo moradores, a tensão tomou conta das ruas desde os primeiros estampidos.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento dos disparos, revelando um novo capítulo do conflito armado entre duas facções criminosas que disputam o controle do território. A população, mais uma vez, ficou no meio do fogo cruzado.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto o governo do Estado do Rio Grande do Norte for administrado pela extrema esquerda, essas facções criminosas continuaram dominando o estado.

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Política

Prisão de Bolsonaro acirra clima no Senado e eleva pressão em indicação de Messias ao STF

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, cumprida pela Polícia Federal neste sábado (22) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, adicionou tensão imediata ao ambiente político em Brasília e deve repercutir diretamente na análise da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal. No governo, já há a avaliação de que o episódio ampliará a pressão sobre o chefe da AGU durante a sabatina no Senado.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. O alerta sobre dificuldades, porém, não começou agora. Mesmo antes da prisão, senadores haviam sinalizado ao Planalto que Messias não tinha votos suficientes para garantir aprovação. O recado mais claro veio na recondução do procurador-geral Paulo Gonet, confirmada por apenas 45 a 26 — o placar mais apertado para um PGR desde a redemocratização. Agora, aliados reconhecem que a tendência é de que parlamentares tragam o impacto político da prisão de Bolsonaro para o centro dos questionamentos.

A oposição já prepara uma ofensiva para desgastar o indicado de Lula, associando o cenário pós-prisão a outros pontos sensíveis do governo. Um dos focos será o caso da “farra do INSS”. Senadores contrários ao Planalto pretendem sustentar que a AGU tinha conhecimento prévio dos problemas e não agiu, argumento que também embasa o pedido para que Messias seja convocado a depor na CPMI do INSS.

Com a necessidade de 41 votos para ser aprovado, Jorge Messias entra em um dos momentos mais delicados da articulação política do governo no Senado. A prisão de Bolsonaro, somada às recentes derrotas e ao desgaste interno, transforma a sabatina do AGU em um termômetro decisivo sobre a real força da base governista na Casa.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

COP30 encerra com metas de países definidas e nova sede oficializada

Foto: Sergio Moraes/COP30

A COP30 terminou em Belém com a confirmação de 122 NDCs atualizadas — aumento significativo em relação às 94 registradas no início do evento. O número representa o compromisso dos países em atualizar suas metas nacionais dentro do Acordo de Paris. Ao final da plenária, também foi oficializado que a próxima conferência será realizada na Turquia, sob organização da Austrália.

Mesmo após o encerramento, o Brasil permanece na presidência da COP pelos próximos 11 meses, período em que deverá conduzir a elaboração de um “mapa do caminho” para acelerar a transição dos combustíveis fósseis. Segundo o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, a gestão brasileira vai reunir entidades internacionais de energia para produzir um documento técnico que sistematize dados e orientações sobre o tema.

No total, 29 textos foram aprovados por consenso entre 129 países, incluindo decisões sobre adaptação, mitigação, financiamento climático e implementação. A Agenda de Ação também registrou 120 planos de aceleração enviados pelos países, que servirão de base para políticas climáticas e estratégias de redução de emissões.

Entre os pontos validados, estão o programa de Transição Justa, novas diretrizes do Fundo de Perdas e Danos — que deverá operar a partir de 2025 —, o reforço do Fundo de Adaptação com aumento do teto por país e a definição da primeira estrutura global de indicadores para monitorar vulnerabilidades climáticas. A ministra Marina Silva avaliou que, embora haja avanços, a ambição ainda fica aquém do necessário diante da pressão climática atual.

Com informações da CNN

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Geral

”Não há nada mais perigoso para a democracia do que um juiz que não conhece limites para seu poder’, dizem EUA que classificam prisão de Bolsonaro como provocativa e desnecessária

O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, criticou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A medida foi classificada como “provocativa e desnecessária”.

A prisão ocorreu após a Polícia Federal apontar risco de fuga, tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e possibilidade de tumulto diante da vigília convocada por Flávio Bolsonaro.

Em publicação no X, Landau afirmou que os EUA estão “profundamente preocupados” com o que chamou de “ataque ao Estado de Direito” no Brasil. Segundo ele, Bolsonaro já estava em prisão domiciliar com vigilância rígida e comunicação limitada.

O diplomata disse ainda que a decisão “trouxe descrédito internacional” ao STF e classificou Moraes como “violador de direitos humanos”, em referência às sanções da Lei Magnitsky aplicadas contra o ministro e sua esposa, Viviane Barci de Moraes.

Com informações de Poder 360

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