Por: Ciro Marques no Jornal de Hoje
“Natal amanheceu com um punhal nas costas”. A declaração referente ao aumento da passagem de ônibus de R$ 2,20 para R$ 2,40, parece até ser de algum vereador de oposição de Natal, criticando o reajuste “inesperado” concedido pela Prefeitura de Natal, mas não é. É do próprio prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT, e foi proferida no dia 31 de agosto do ano passado, diante de um aumento anunciado pela gestão municipal com, exatamente, os mesmos valores agora apresentados. A diferença nesse contexto era apenas uma: na época, Carlos Eduardo era ainda candidato a prefeito e o principal opositor da administração da então prefeita Micarla de Sousa, que aprovou o reajuste.
Para quem não lembra, a declaração foi proferida por Carlos Eduardo durante a campanha eleitoral, em um evento político no bairro de Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. Carlos Eduardo criticou a administração Micarla por determinar o aumento das passagens de ônibus sem discutir com a população. “Natal foi dormir e amanheceu com um punhal enfiado nas costas”, afirmou ele, declarando que, com o reajuste estabelecido pela Prefeitura, a tarifa do transporte público na cidade passou a ser a segunda mais cara do Nordeste, atrás apenas de Salvador, e à frente de capitais maiores que Natal em território, como Recife e Fortaleza.
Ainda ao ser abordado sobre o aumento da tarifa, que passou de R$ 2,20 para R$ 2,40, Carlos Eduardo disse não ter prazer em fazer críticas, mas explicou que não poderia agir de outra forma, diante do “quadro de abandono” da cidade. “Às vezes, precisamos ser firmes porque Natal nunca foi assim, como está hoje. Para alguns, o povo parece ser só um detalhe, e isso não se faz”, lamentou.
O fato curioso é que passados menos de nove meses das declarações “firmes” do prefeito, o aumento da passagem também pegou muitos usuários do transporte coletivo de surpresa. Afinal, há um mês, ninguém comentava a medida. Alias, para ser mais exato, a divulgação do aumento da passagem só foi feito pela Prefeitura de Natal na última sexta-feira, no mesmo dia que os usuários comemoravam o anúncio do Sindicato dos Rodoviários (Sintro) de que a greve prevista no transporte coletivo, não seria mais feita.
Segundo a Prefeitura, ao anunciar o reajuste, afirmou que o aumento seria sentido a partir do dia 18, ou seja, oito dias depois da revelação da majoração. E, se na época da prefeita Micarla de Sousa, a gestão municipal afirmou que era o primeiro aumento em 18 meses, e consequência dos reajustes salariais dos trabalhadores antecedidos por dois aumentos de salário-mínimo e, ainda, dois aumentos no preço do óleo diesel, e mesmo assim foi criticado por Carlos Eduardo, desta vez, o prefeito baseou sua justificativa, principalmente, na aprovação do aumento pelo Conselho Municipal de Mobilidade, uma comissão criada pelo município para avaliar o transporte coletivo e que seria constituída por representantes de diversas classes sociais.
Por sinal, essa comissão foi uma dos principais alvos de crítica dos estudantes durante a manifestação ocorrida nesta terça-feira, em Natal, contra o aumento das passagens. Eles afirmaram que era uma “falsa representatividade estudantil” no Conselho. “Os dois estudantes que estavam nessa reunião são aliados do prefeito e não foram escolhidos por nós”, reclamou um dos manifestantes da União Metropolitana dos Estudantes (Umes), que organizou o protesto.
SEGUIDOS REAJUSTES
É importante lembrar, também, que no ano passado, O Jornal de Hoje também mostrou com exclusividade que o prefeito Carlos Eduardo Alves, quando foi prefeito de 2002 a 2008, também concedeu importantes aumentos. Ao todo, o ex-prefeito Carlos Eduardo aumentou a tarifa de ônibus durante o seu governo em quase 100%. Ele recebeu de Wilma de Faria (do PSB, atualmente vice-prefeita de Natal) a tarifa com o valor de R$ 0,95 e entregou a Micarla de Sousa com R$ 1,85. Na soma de todos os reajustes, concedeu R$ 0,90. No primeiro aumento, o ex-prefeito ampliou R$ 0,15; no segundo, R$ 0,20; no terceiro, R$ 0,15; no quarto, R$ 0,15; no quinto, R$ 0,15; e, no sexto, R$ 0,10.
Já a prefeita Micarla de Sousa passou nove meses para dar seu primeiro aumento de ônibus, de R$ 0,15. Em setembro de 2009 o valor da tarifa estava em R$ 1,85. Ela ampliou para R$ 2,00, ou 8,10%. Durante todo o ano de 2010, segundo exercício financeiro da gestão verde, não houve reajuste no preço das passagens. Em janeiro de 2011, apenas no terceiro ano da sua gestão, a prefeita concedeu o segundo reajuste de tarifa, passando de R$ 2,00 para R$ 2,20, majoração de 10%.
Foto: Divulgação
Querer comparar a administração de C. Eduardo com a de Micarla é coisa pra quem não tem juízo, basta sair de casa e observar que nossa cidade foi resgatada e em apenas quatro meses.
Depois a administração de Micarla não pode ser comparada com nada, porque nada é muito mais do que ela fez.
Somente tolos acreditam que embusteiros profissionais cumpriram promessas de campanha. Da impressão que gostam mesmo de ser enganados. Não aprendem. É uma pena mesmo.
Este tipo de reclamação eu não quero, não devo e nem posso fazer. Aliás, inclusive, fiz oposição declarada a este sujeito. Lembro, na campanha pelo candidato opositor, que jamais deixei de apontar os erros e os crimes cometidos tanto pelo então candidato a prefeito, quanto pela candidata a vice-prefeita, ambos envolvidos em ruidosos escândalos de corrupção e de improbidade administrativa. O eleitor iludiu-se porque quis. Ninguém elegeu esse casal de corruptos sob pressão. Todo mundo votou porque quiz. Todo mundo acreditou na lábia dos dois por vontade própria. Portanto, não tem o que reclamar. Os, caso queira reclamar, que seja, exatamente pelo não cumprimento das promessas ELEITOREIRAS. Pela falta de saúde, de educação, de segurança publica, de transporte, de saneamento básico, de tudo, até de vergonha no focinho dos políticos. No mais, só me resta dizer: estão satisfeitos?! Eu não disse?! Acho é pouco! Aora, agüentem o prefeito das mudanças. O prefeito que já fez uma vez e fará de novo. Se roubaram uma vez, vão roubar de novo. Se corromperam uma vez, corromperão de novo. Agora, companheiros, segurem o tranco. Afinal, são só mais 3 aninhos.
O prefeito por certo deve estar achando que o punhal mudou de endereço, ou seja, das costas para o furi…………… dos natalenses. Vai ai prefeito. Confirme se estamos certos!
…co!!! ai Mauricio queria nem rir!!!
Ele deve ter extraído o mesmo punhal de outrora (evento político realizado no bairro de Felipe camarão) e o enfiou com mais força ainda nas costas dos sofridos contribuíntes natalenses. É o que eu costumo dizer: Muda só o nome do cabaré, mas as P….. são as mesmas.