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Itamaraty passa a exigir 40h semanais e ponto eletrônico, e funcionários se queixam

Foto: Wikipedia

Funcionários do Ministério das Relações Exteriores (MRE) têm demonstrado incômodo com uma resolução recente do órgão: exigir o cumprimento de 40 horas de trabalho semanais e a assinatura de ponto eletrônico.

A cobrança do ponto começou em fevereiro deste ano e, desde então, gera críticas dos servidores, sobretudo diplomatas e chanceleres, segundo relatos de funcionários do Itamaraty ao UOL.

Em agosto, a Associação dos Diplomatas Brasileiros (ABD) convocou uma assembleia para avaliar uma “ação judicial para impugnar a Portaria nº 888/2017, que dispõe sobre o horário de funcionamento do Ministério das Relações Exteriores, a jornada de trabalho e o acompanhamento da frequência dos servidores”.

ABD / Reprodução

O salário inicial da carreira de diplomata, que exige nível superior, é de R$ 18 mil, conforme edital do concurso realizado este ano.

A presidente da associação, Vitoria Cleaver, explica o motivo das queixas. Segundo ela, o trabalho dos diplomatas tem “especificidades” que não são compreendidas pela portaria.

“Não é só o tempo de gabinete. Temos de ir a seminários, reuniões, jantares”, afirma a embaixadora. “O Itamaraty tem o que chamamos de terceiro expediente. Esses almoços e coquetéis não são para socializar… As pessoas acham que vamos lá nos divertir, mas estamos trabalhando.”

“Havia certa leniência, as pessoas se acostumaram a fazer sete horas, sete horas e meia… Mas muitas vezes faziam nove, dez horas e descontavam no dia seguinte. Agora, não há essa flexibilidade”, conta Ernando Neves, presidente do Sinditamaraty (Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores), . “Então incomoda, sim.”

Divisões

A reação dos diplomatas expõe também uma divisão interna no Itamaraty. Pouco menos de 50% dos 3.270 concursados do Itamaraty são diplomatas. O restante é formado por assistentes de chancelaria (de nível médio) e oficiais de chancelaria (de nível superior, mas que não integram a carreira diplomática) – categorias menos avessas aos controles estabelecidos.

Nos corredores, muitos servidores que não são diplomatas classificam de ‘esnobismo’ a recusa dos colegas em assinar o ponto.

Oficialmente, a representante da ABD, associação dos diplomatas, e do Sinditamaraty, que na prática se tornou uma agremiação para os demais profissionais, nega a divisão.

“Não há qualquer problema entre os colegas, ainda mais em uma instituição hierárquica como o Itamaraty, existe este respeito”, afirma a embaixadora Cleaver.

Funcionalismo público

A portaria que regulamenta os controles no Itamaraty tem como base a Lei número 1590 de 1995, que institui as 40 horas semanais, entre segunda e sexta-feira, a todos os funcionários públicos do país.

“A jornada de trabalho dos servidores do Ministério das Relações Exteriores é de oito horas diárias e quarenta horas semanais, ressalvados os casos disciplinados em legislação específica, devendo ser cumprida entre segunda e sexta, respeitando o horário de funcionamento”, diz a portaria do MRE de 2017.

“Legalmente é correto, a crítica não é ao decreto, mas [pelo MRE não] olhar mais para frente: como fazer um trabalho mais eficiente, que as pessoas gostem mais”, afirma o presidente do Sinditamaraty.

“Quantas vezes não tive de viajar, voltar no meio do final de semana, passar o domingo me preparando para uma reunião e ir para o gabinete na segunda-feira cedo?”, diz Cleaver.

Itamaraty se posiciona

Ao UOL, o Itamaraty confirmou que recebeu questionamentos formais por parte dos servidores, “como é natural que ocorra com novas e importantes diretrizes de gestão”. O ministério também diz que as horas trabalhadas a mais são compensadas:

“Todas as atividades realizadas fora do horário de funcionamento do Itamaraty são passíveis de abono pelo chefe imediato do funcionário. Em viagens realizadas no final de semana, é permitido o abono de 8 horas diárias, inclusive do período de deslocamento”, diz o MRE em nota.

“O Itamaraty continuará a dialogar com o Ministério do Planejamento e os representantes dos servidores para assegurar que o controle do ponto contribua da melhor forma possível para a gestão eficiente e eficaz da política exterior, como exige a sociedade brasileira, e respeite as leis e demais instrumentos normativos aplicáveis”, conclui.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Recebem os maiores salários do país e não querem trabalhar? Ora, vão arranjar uma lavagem de roupa.

  2. Nos territórios do Olimpo isso é comum.
    Servidores que, diferente de todos os mortais, não gostam de comprovar que trabalham a carga horária mínima.
    No Judiciário tem isso, com os médicos idem, e por aí vai.
    Noto que sempre dizem que trabalham até mais que as 08hs/dia, mas se fosse assim porque tamanha resistência?

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Senado prepara relatório com documentos de Tagliaferro sobre Moraes

Foto: reprodução/Instagram

A Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), deve finalizar até a próxima semana um relatório com informações e documentos apresentados pelo perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O material consolida depoimentos sobre a atuação do magistrado em investigações da 1ª Turma do STF sobre “fake news” e “milícias digitais”.

O perito apresentou prints de conversas com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que, segundo ele, teriam envolvimento fora do rito jurídico.

A comissão se reunirá novamente na próxima terça-feira, 9, para apreciar o relatório e decidir sobre o encaminhamento a órgãos de controle, como STF, TSE, CNJ, CNMP e OAB. Também será enviado ao governo dos Estados Unidos e a instituições internacionais com detalhes sobre a atuação de Moraes e de Gonet, possivelmente visando sanções.

O governo Donald Trump sancionou Moraes em julho de 2025, sob a Lei Global Magnitsky, que impõe restrições financeiras e bloqueia bens. Tagliaferro afirmou ter enviado provas digitalizadas aos EUA, já periciadas, para que não houvesse contestação sobre a veracidade do material.

O relatório também será disponibilizado às defesas dos réus do 8 de janeiro. A comissão discutiu ainda medidas de proteção para Tagliaferro e sua família, incluindo segurança na Itália e no Brasil.

Tagliaferro, que está na Itália, repetiu durante a audiência pública o que vem dizendo desde que o escândalo da Vaza Toga revelou a utilização da estrutura do TSE por Moraes para abastecer processos no STF mesmo depois do fim da eleição de 2022, por meio do monitoramento do discurso de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais.

Denunciado pela PGR

Em 22 de agosto, Gonet denunciou Tagliaferro ao STF pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ex-assessor é investigado pelo vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes no STF e no TSE. Segundo a denúncia, entre maio e agosto do ano passado, Tagliaferro “violou sigilo funcional e embaraçou as investigações ao revelar à imprensa e tornar públicos diálogos sobre assuntos sigilosos que manteve com servidores do STF e do TSE na condição de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação”.

O procurador-geral também aponta que Tagliaferro cometeu coação no curso do processo ao ameaçar, em julho deste ano, após deixar o Brasil, revelar no exterior novas informações funcionais sigilosas obtidas no exercício de seu cargo.

Para a PGR, o ex-assessor de Moraes aderiu às condutas da organização criminosa investigada nos inquéritos da suposta trama golpista, das fake news e das milícias digitais, e selecionou diálogos para tentar interferir na credibilidade das investigações.

O Antagonista

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Dois presos fogem do Complexo Penal Estadual Agrícola, em Mossoró

Foto: reprodução

Dois presos conseguiram fugir do Complexo Penal Estadual Agrícola Mário Negócio, em Mossoró.

A fuga foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap-RN), neste sábado (6).

Não faz três meses que outros dois detentos conseguiram fugir da Cadeia Pública de Mossoró, também administrada pelo Estado.

A fuga acontece no mesmo dia em que repercute a fala do Secretário de Administração Penitenciária do RN, Helton Edi, sobre a existência de apenas “duas moedas de troca na cadeia: cigarros e o cu”.

Com informações do Portal da Tropical

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VÍDEO: Após denúncia ao Conselho Tutelar, menino de 14 anos é proibido de vender pães para ajudar mãe

Conhecido como “Menino do Pão”, Kauan, de Itapeva (SP), foi impedido pelo Conselho Tutelar de continuar vendendo pães caseiros preparados por sua mãe, após uma denúncia anônima.

O adolescente de 14 anos realizava as vendas por prazer e pelo orgulho de contribuir em casa, sem que isso atrapalhasse seus estudos.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ele desabafou sobre a decisão e pediu apoio.

“Meu maior orgulho é poder ajudar minha mãe, porque não estou apenas colaborando com ela, estou crescendo como homem fazendo isso. Hoje mesmo ela fez os pãezinhos com todo carinho e amor, mas infelizmente não vou poder sair para vender”, declarou.

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Entidades que defendem direitos humanos silenciam sobre secretário de Administração Penitenciária do RN ter dito que ‘cigarro e cu são moedas de troca’ em presídios

Foto: reprodução

Tão presentes, atuantes e veementes em diversas situações envolvendo presidiários, entidades defensoras dos direitos humanos até agora ignoram e mantém silêncio em relação à fala do Secretário de Administração Penitenciária do RN, Helton Edi.

Mirando em tentar fazer gracinha com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Helton Edi acabou colocando dúvidas na própria atuação à frente da pasta que ocupa ao afirmar que “só existem duas moedas de troca na cadeia: cigarros e o cu. Bolsonaro não fuma”.

A fala ganha eco e já repercute em todo o Estado, menos entre as entidades defensoras dos direitos humanos que costumam ser muito rápidas em outros casos na hora de atuar a favor dos detentos.

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Cigarro e cu também são as moedas de troca usadas no sistema penitenciário do RN, como sugeriu o próprio secretário Helton Edi?

A publicação do Secretário de Administração Penitenciária do RN, Helton Edi, sobre a afirmação de que na cadeia só existem duas moedas de troca, cigarro e cu, e envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não é fumante, levanta uma série de questionamentos que vão além da postura reprovável de um ocupante de um cargo público:

O sistema prisional que ele administra funciona desta forma? Quem não fuma dá o cu?

Será que o secretário saberia informar se quando atual presidente Lula estava preso, também funcionava assim?

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TST tem contrato de R$ 8,6 milhões para “faz-tudo VIP” de ministros


Foto: Warley Andrade/TV Brasil

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) mantém um contrato de R$ 8,6 milhões anuais para manutenção predial da corte. Mas, ao contrário do que é praxe em Brasília, no TST a empresa terceirizada vai muito além da manutenção dos apartamentos funcionais do tribunal.

Trocar lâmpadas, instalar eletrodomésticos e até pendurar quadros na parede são alguns dos serviços feitos para os ministros do TST que ocupam apartamentos funcionais em áreas nobres de Brasília.Em pelo menos dois casos, a empresa Renovar Engenharia também enviou profissionais para realizar serviços de manutenção na casa de um ministro que não ocupa apartamento funcional: Alexandre Luiz Ramos. Ou seja, o serviço ocorreu em uma residência particular. Nas visitas, nos dias 24 e 25 de janeiro, a empresa reparou um cabo de rede danificado.

Procurado, o TST disse que todos esses serviços são considerados “manutenção” dos imóveis funcionais. A corte afirmou ainda que o serviço na residência particular se justifica por se tratar de “fornecimento de rede segura para acesso remoto aos sistemas do TST” na casa do ministro.

O TST acrescenta que não divulga qualquer informação sobre esses imóveis por razões de segurança.

Brasília tem cerca de 1.300 imóveis funcionais atualmente, disponibilizados a servidores de diferentes órgãos dos Três Poderes.

Geralmente, a manutenção paga pelo órgão cobre apenas questões estruturais dos imóveis, como problemas hidráulicos e elétricos. Todas as outras modificações são pagas pelos ocupantes, inclusive quando se trata de deputados e senadores.

Desde o começo de 2023, a Renovar Engenharia já recebeu R$ 15,7 milhões do TST. Em 2024, foram R$ 6,38 milhões e, até agora, em 2025, R$ 3,3 milhões.

O contrato com a Renovar começou a vigorar em abril de 2022, e tem validade até abril do ano que vem. Atualmente, está no 11º aditivo.

Atualmente, o TST mantém quinze imóveis funcionais, nas quadras 302, 313, 316, 210 e 215 da Asa Sul. Há também dois apartamentos funcionais nas quadras 105 e 108 da Asa Norte. Todos ficam em endereços valorizados da capital. Desde 2023, os pagamentos de taxas desses imóveis somam R$ 285,1 mil.

Dos 27 ministros do TST, apenas 15 moram nesses imóveis funcionais. Dos demais, apenas um recebe auxílio-moradia, limitado ao valor máximo de R$ 4,3 mil mensais, segundo o tribunal.

Recentemente, o TST se tornou alvo de críticas por ter contratado uma “sala VIP” no aeroporto de Brasília para uso exclusivo de seus ministros, ao custo de R$ 1,5 milhão anuais.

O espaço permitirá aos magistrados embarcar e desembarcar sem se misturar com os demais passageiros. No dia 29 de janeiro, técnicos da empresa Renovar foram à “sala VIP” no aeroporto para realizar uma vistoria técnica.

A corte, que se intitula “o tribunal da justiça social” em seus materiais institucionais, também gastou R$ 10,3 milhões na compra de sedãs híbridos de luxo da marca Lexus para seus ministros, ao custo de R$ 346,5 mil cada.

Ministros do TST pedem de troca de lâmpada a instalação de quadros

Na lista de ordens dos ministros à empresa Renovar há vários itens sem qualquer relação com a manutenção dos apartamentos. Eis alguns exemplos:

– No dia 15 de maio deste ano, o ministro Alexandre Agra Belmonte solicitou a visita de um marceneiro e dois estivadores para ajustar o pé de uma cama e mudá-la de quarto;

– O ministro Alberto Bastos Balazeiro pediu a troca das lâmpadas brancas de seu apartamento por amarelas;

– No dia 27 de junho, o ministro Hugo Carlos Scheuermann pediu para que ligassem o aquecedor de água em sua unidade;

– Balazeiro pediu a instalação de uma TV de 50 polegadas em janeiro e, em 21 de agosto, determinou que fosse instalada a máquina de lavar louças;

– No dia 7 de agosto, a empresa instalou quadros no apartamento do ministro Aloysio Corrêa da Veiga;

– No dia 16 de junho, a Renovar fez manutenção de luminárias e troca de lâmpadas no apartamento do ministro José Pimenta;

– No dia 21 de agosto, a empresa foi acionada para levar uma extensão elétrica “de 2,5 a 3 metros” ao apartamento da ministra Morgana de Almeida Richa;

– No dia 17 de julho, a empresa trocou lâmpadas no apartamento do ministro Breno Medeiros;

– No dia 8 de agosto, a empresa instalou um varal no apartamento do ministro Amaury Rodrigues Pinto Júnior;

– No dia 22 de janeiro, a empresa instalou aparelhos de TV no apartamento do ministro Alexandre Agra Belmonte.

TST: serviços são considerados manutenção

Procurado, o tribunal disse que os serviços acima são “considerados manutenções” dos imóveis. O TST também informou que os gastos da corte com os imóveis funcionais se limitam ao pagamento de “taxas extras, fundo de reserva e manutenções”.

Leia abaixo a íntegra das perguntas enviadas pela reportagem e das respostas do TST:

1) Quanto ao uso de uma empresa chamada Renovar para execução de tarefas pessoais para os ministros nesses imóveis.

Os serviços realizados pela empresa Renovar Engenharia Ltda. nas unidades funcionais são considerados manutenções dos imóveis ocupados e sob a responsabilidade do TST.

2) Pode a empresa Renovar fazer serviço em um imóvel que não pertence ao tribunal?

Sim, especificamente para manutenção e fornecimento de rede segura para acesso remoto aos sistemas do TST nas residências dos ministros.

3) Quantos imóveis funcionais o TST tem e quem são seus ocupantes? Não há informação nenhuma sobre esses imóveis ou seus ocupantes na página do tribunal.

O TST administra 15 (quinze) unidades funcionais.

Por motivo de segurança, as informações sobre essas unidades funcionais e seus ocupantes não podem constar na página do tribunal.

4) Quanto o tribunal gasta com esses imóveis funcionais por ano?

Os gastos anuais com as unidades funcionais se restringem a taxas extras, fundo de reserva e manutenções.

5) Os ministros que não moram nesses imóveis recebem auxílio-moradia?

Apenas um ministro recebe auxílio-moradia, previsto no art. 4º da Resolução CNJ 274/2018.

Andreza Matais – Metrópoles

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Distribuidora de combustível investigada por ligação com o PCC tem contrato com a Presidência da República e ministérios

Foto: Mariela Gumarães/O Tempo

A Rede Sol Fuel Distribuidora soma R$ 424 milhões em contratos públicos. Abastece veículos e aviões da Presidência da República a ministérios da Fazenda, Defesa e Saúde passando pela PM do Rio de Janeiro. No total, possui pelo menos 26 contratos ativos com prefeituras, estatais e forças de segurança, com vigências que variam entre um e cinco anos.

Só que a Rede Sol pertence ao empresário Valdemar de Bortoli Júnior, um dos alvos na semana passada da Operação Carbono Oculto, conduzida pelo MP-SP, PF e Receita Federal.

Segundo os promotores, Bortoli é uma “pessoa de sólidos vínculos com diversas entidades e indivíduos envolvidos nas fraudes e lavagem de capitais”.

A Rede Sol, ainda de acordo com as investigações, foi comprada pelo fundo Mabruk II, por R$ 30 milhões — o que a empresa nega. O fundo é um dos investigados na Carbono Oculto como um dos financiadores das aquisições do PCC no mercado de combustíveis.

Entre os contratos mais relevantes da Rede Sol, estão:

  • Presidência da República, no valor de R$ 3,1 milhões, para abastecimento de combustível dos veículos da presidência e das residências oficiais.
  • PM do Rio,  no valor de R$ 148 milhões, para fornecimento de gasolina comum à corporação.
  • Comando da Aeronáutica, no valor de R$ 154 milhões, para fornecimento de querosene de aviação.
  • Ministério da Fazenda, no valor de R$ 1,31 milhão, para fornecimento de combustível.
  • Ministério da Saúde, no valor de R$ 330 mil, para o fornecimento de óleo diesel.

A Rede Sol se pronunciou através da seguinte nota:

“A Rede Sol Fuel Distribuidora S.A. é uma companhia de grande porte com mais de 26 anos de história com aproximadamente 200 colaboradores diretos, com presença consolidada em todo território nacional por meio de filiais estratégicas em diversos Estados, reconhecida por sua idoneidade e rigoroso cumprimento das normas legais e regulatórias.

A Rede Sol Fuel Distribuidora S.A. reafirma seu compromisso com a conformidade legal, a ética corporativa e a integridade em todas as suas operações. A Companhia adota políticas rígidas de compliance e controles internos, alinhadas à Lei Anticorrupção, à Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e às diretrizes da ANP e demais órgãos reguladores.

No que diz respeito a operação (Carbono Oculto) deflagrada pelo Ministério Publico do Estado de São Paulo e a Polícia Federal, a Rede Sol, primeiramente, reafirma seu compromisso e respeito as instituições de persecução penal.

No mais, a empresa se coloca a disposição das investigações para colaborar com o que for necessário. Importante destacar que os advogados constituídos ainda não tiveram acesso aos autos da investigação, mas, desde já, a Rede Sol repudia qualquer ilação que vincule a companhia a qualquer fundo, empresa ou pessoas ligadas a eventuais atividades ilegais, restando nosso compromisso de que tudo será devidamente comprovado e esclarecido no tempo oportuno.”

Lauro Jardim – O Globo

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PRÊMIO RECORDE: Lotofácil da Independência sorteia R$ 220 milhões neste sábado (6); saiba como apostar

Imagem: Shutterstock | Sidney de Almeida

Com estimativa de prêmio recorde de R$ 220 milhões, a Lotofácil da Independência (Concurso nº 3.480) terá os números sorteados neste sábado (6) a partir das 20h, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 18h (horário de Brasília) do dia do sorteio nas casas lotéricas de todo o país e pela internet no portal Loterias Caixa e aplicativo Loterias Caixa. Para apostar, a pessoa precisa marcar entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis. A aposta simples custa R$ 3,50.

Prêmio não acumula

Como nos demais concursos especiais das Loterias Caixa, o prêmio principal não acumula. Se não houver apostas vencedoras com 15 números, ele será rateado entre os acertadores de 14 números e assim por diante, conforme regra da modalidade.

Mega-Sena

Também haverá sorteio da Mega-Sena (Concurso 2.911) neste sábado. Como nenhum apostador acertou os seis números sorteados na quinta-feira (4), o prêmio acumulou para R$ 40 milhões. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou pela internet (site ou aplicativo da Caixa).

Agência Brasil

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Brasil cai de 2º para 32° país com maior avanço do PIB; veja ranking

Foto: Getty Images

O avanço de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2025 coloca o Brasil em 32º lugar em um ranking com 55 países elaborado pela Austin Rating. No primeiro trimestre, o avanço do PIB brasileiro colocava o país em 2º lugar.

O resultado reflete o peso do agronegócio na economia brasileira, que teve o efeito da safra recorde concentrado nos resultados do primeiro trimestre, segundo Alex Agostini, economista-chefe na Austin Rating.

Indonésia, Taiwan e Malásia lideram o ranking de maiores avanços do PIB, com 4%, 3,1% e 2,1%, respectivamente.

A China está em 12º lugar, com crescimento de 1,1%, e os Estados Unidos estão em 15° lugar, com 0,8%.

Tiveram crescimento negativo a Itália (-0,1%), Alemanha (-0,3%), Finlândia e Canadá (-0,4% cada), Islândia (-0,7%) e Irlanda (-1%).

Armênia, Índia, Peru, Rússia, Uzbequistão e Vietnã não tiveram dados divulgados.

Ranking das economias mais cresceram no 2º trimestre

  1. Indonésia: 4,0%
  2. Taiwan: 3,1%
  3. Malásia: 2,1%
  4. Arábia Saudita: 2,1%
  5. Tunísia: 1,8%
  6. Turquia: 1,6%
  7. Filipinas: 1,5%
  8. Cingapura: 1,4%
  9. Dinamarca: 1,3%
  10. Croácia: 1,2%
  11. Romênia: 1,2%
  12. China: 1,1%
  13. Sérvia: 1,1%
  14. Israel: 0,9%
  15. Estados Unidos: 0,8%
  16. Polônia: 0,8%
  17. Noruega:0,8%
  18. Espanha:0,8%
  19. Bulgária: 0,7%
  20. Eslovênia: 0,7%
  21. Tailândia: 0,6%
  22. Portugal:0,6%
  23. Estônia0,6%
  24. Coréia0,6%
  25. México0,6%
  26. Chipre0,5%
  27. República Tcheca: 0,5%
  28. Colômbia: 0,5%
  29. Suécia: 0,5%
  30. Chile: 0,4%
  31. Hong Kong: 0,4%
  32. Brasil: 0,4%

10ª maior economia do mundo

Segundo a Austin, o Brasil deve fechar 2025 como a 10ª maior economia do mundo – abaixo da projeção do primeiro trimestre, quando estava em 8º lugar.

Lideram este ranking os Estados Unidos (1º), China (2º) e Alemanha (3º), seguidos por Índia (4º), Japão (5º) e Reino Unido (6º). França, Itália e Canadá ocupam a 7ª, 8ª e 9ª posição, respectivamente.

A agência usa projeções de crescimento feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e o volume estimado para o PIB de diferentes países em dólares. Pelas previsões do FMI, o PIB brasileiro cresceria 1,9% em 2025 e 1,8% em 2026.
InfoMoney

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Secretário de Administração Penitenciária do RN compartilha mensagem afirmando que “na cadeia só existem duas moedas de troca: cigarro e cu. Bolsonaro não fuma”

Imagem: reprodução

O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Helton Edi, compartilhou uma mensagem em tom ofensivo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em seu perfil no Instagram Helton publicou na sexta-feira (5) um print com uma insinuação em relação a Bolsonaro que diz: “Só existem duas moedas de troca na cadeia: cigarros e o cu. Bolsonaro não fuma”.

A imagem foi compartilhada a partir de um perfil também no Instagram chamado ‘Barbie petista do Brasil’.

Com informações do Blog de Gustavo Negreiros

Opinião dos leitores

  1. Por falar em bolsonaro, alguém já leu a PEC da IMPUNIDADE que tentam livrar não só a facção bolsknarista, mas tdas as facções criminosas? Quem redigiu o texto foi Marcola? Pq nela garante a impunidade de 2019 até 2026 para além de outros crimes no item b, III, do art 1° tem para além de outros crimes tem “:(…)INCITAÇÃO AO CRIME, APOLOGIA AO CRIME ou CRIMINOSO, ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA OU MILÍCIA PRIVADA.” E amanhã os bolsolóides vão pedir pra que o crime domine o país. Nem ler essa massa de zumbis sabe. Meu Jesus!

  2. Um secretário de Estado não pode se portar como militante de rede social.
    A publicação ofensiva feita por Helton Edi contra o ex-presidente Jair Bolsonaro não apenas fere a dignidade do debate democrático, como expõe a fragilidade institucional de quem ocupa um cargo de confiança ligado à segurança e ao sistema penitenciário.
    É inadmissível que um gestor público utilize linguagem chula e depreciativa para atacar adversários políticos. O cargo exige responsabilidade, equilíbrio e postura republicana. Quem deveria zelar pela disciplina e pelo respeito nas prisões não pode disseminar ofensas em ambiente público.
    O mínimo que a sociedade espera de autoridades é sobriedade. Quando isso não acontece, a credibilidade da própria instituição fica comprometida.

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