Geral

Manifestações por anistia a presos pelo 8/1 acontecem hoje; entenda motivo e quem apoia

Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil

Lideranças de direita no Brasil vão às ruas neste domingo (16) para manifestações a fim de pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Às 10h, está previsto um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Às 14h, devem acontecer outras manifestações, sem o apoio de Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo, e em cerca de 200 cidades (leia mais abaixo).

Além da anistia, o ato convocado por Bolsonaro deve ter protestos em prol da liberdade de expressão e contra o julgamento na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a denúncia contra o ex-presidente pela suposta participação dele em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Deputados e senadores do PL, partido de Bolsonaro, foram convocados para a manifestação no Rio. Além disso, conforme apurou o R7, ao menos três governadores confirmaram presença: Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Jorginho Mello (PL-SC). O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), ainda avalia se vai.

O R7 procurou outros governadores considerados aliados de Bolsonaro. Ratinho Jr. (PSD-PR) informou que não vai à manifestação, apesar de dizer concordar com a anistia. “Não vou. Nunca fui a esses eventos. Acho que a anistia deve ser revista, tem gente injustiçada, mas não vou”, declarou. Romeu Zema (Novo-MG) não retornou até a publicação desta reportagem.

Segundo apurou o R7, o evento deve ter os discursos de Bolsonaro e das seguintes autoridades: os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP); os senadores Magno Malta (PL-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ); e os governadores Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas.

Neste domingo, devem comparecer ao ato no Rio:

  1. Jair Bolsonaro
  2. Valdemar Costa Neto, presidente do PL
  3. Governador Cláudio Castro
  4. Governador Tarcísio Freitas
  5. Governador Jorginho Melo
  6. Governador Mauro Mendes
  7. Senador Flávio Bolsonaro
  8. Senador Magno Malta
  9. Senador Portinho
  10. Senador Rogério Marinho
  11. Senador Bagatoli
  12. Senador Izalci Lucas
  13. Senador Wilder
  14. Senador Wellington Fagundes
  15. Senador Cleitinho
  16. Deputado Eduardo Bolsonaro
  17. Deputado Marcio Alvino
  18. Deputado Nikolas Ferreira
  19. Deputado Altineu Cortês
  20. Deputado Sostenes Cavalcante
  21. Deputado Gustavo Gayer
  22. Deputado Coronel Zucco
  23. Deputado Hélio Lopez
  24. Deputado Rodrigo Valadares
  25. Deputado Estadual Anderson Moraes
  26. Deputado Estadual Gualberto
  27. Presidente ALESP, André do Prado
  28. Deputada Chris Tonietto
  29. Vereador Carlos Bolsonaro
  30. Vereadora Priscila Costa
  31. Viúva de Clezão (preso do 8 de Janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília), com 2 filhas
  32. Prefeito de Cuiabá (MT) Abílio Brunini
  33. Deputado Distrital Thiago Manzoni
  34. Deputado Federal Capitão Alberto Neto
  35. Deputado Federal Carlos Jordy
  36. Deputado Federal Rodolfo Nogueira
  37. Deputado Federal Bibo Nunes
  38. Deputado Federal Maurício do Vôlei
  39. Deputado Estadual João Henrique (PL/MS)
  40. Deputado Federal Allan Garcez
  41. Deputado Estadual Carmelo (Pres PL Jovem)
  42. Vereadora Bella Carmelo
  43. Deputado Estadual Caporezzo (PL/MG)
  44. Deputado Estadual Rogério Barra (PL/BA)
  45. Deputado Federal Delegado Éder Mauro
  46. Deputado Federal Adilson Barroso
  47. Delegado Federal Delegado Caveira
  48. Deputado Federal Cherini
  49. Deputado Federal Paulo Bylinsky
  50. Deputado Federal Evair de Melo
  51. Ex-ministro João Roma
  52. Ex-ministro Marcelo Queiroga
  53. Deputado Federal Cabo Gilberto Silva
  54. Deputado Federal Maurício Carvalho
  55. Deputado Federal Capitão Alden
  56. Deputado Federal Sargento Fahur
  57. Deputado Federal Davi Soares
  58. Deputado Federal Coronel Chrisostomo
  59. Deputado Federal Reinold Stephanes
  60. Deputado Federal Sanderson
  61. Deputado Federal Roberto Monteiro
  62. Deputado Federal General Girao
  63. Deputado Federal Júnior Amaral
  64. Deputado Federal André Fernandes
  65. Deputado Federal Sargento Gonçalves
  66. Deputado Federal Gilvan da Federal
  67. Deputado Federal Pastor Jaziel
  68. Deputado Federal General Pazuelo
  69. Deputado Federal Pastor Eurico
  70. Deputado Federal Mario Frias
  71. Deputado Federal José Medeiros
  72. Deputada Federal Carol de Toni
  73. Deputado Federal Luiz Lima
  74. Deputado Federal Filipe Barros
  75. Deputado Federal Alexandre Ramagem
  76. Vereadora Moana Valadares
  77. Padre Kelmon
  78. Bolsonaro organiza outra manifestação em prol da anistia em 6 de abril, às 14h, na Avenida Paulista.

Manifestações paralelas

As manifestações marcadas para as 14h em outras cidades devem focar no impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também defender a anistia pelo 8 de Janeiro, conforme informou ao R7 Guilherme Sampaio, coordenador e fundador do movimento Reforma Brasil, que está organizando os atos. Algumas capitais que devem ter atos, além de São Paulo, são Brasília (DF), Maceió (AL), Macapá (AP) e Salvador (BA).

Até a publicação desta reportagem, Sampaio não soube informar quais autoridades compareceriam aos atos, mas explicou que deputados e senadores devem ir aos protestos. Em SP, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve marcar presença. Bolsonaro estava desestimulando mais manifestações neste domingo em outras cidades a fim de concentrar um grupo maior no Rio.

Um ato convocado para Belo Horizonte (MG), por exemplo, foi cancelado, apesar de ter o apoio do deputado federal Nikolas Ferreira, aliado de Bolsonaro. Há algumas semanas, o parlamentar informou que o protesto não iria mais acontecer.

PL da Anistia

Conforme mostrou o R7, a proposta de anistia aos presos pelo 8 de Janeiro pode ter uma versão mais “branda” a fim de ganhar celeridade e votos na Câmara. Deputados de oposição avaliam uma anistia parcial aos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na avaliação dos parlamentares, isso tornaria o texto menos radical. Ao todo, os condenados pelo 8 de Janeiro foram enquadrados em cinco crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

Conforme o STF, a maioria dos condenados teve as ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão.

A anistia estudada, em vez de total, perdoaria os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. A oposição acredita que tais condenações são injustas, pois considera que os atos não foram uma tentativa de golpe de Estado.

Assim, as penas poderiam ser reduzidas e enquadradas apenas em dano qualificado e deterioração de patrimônio. Os condenados pelos atos extremistas então poderiam cumprir as penas em regime semiaberto.

A proposta que livra os condenados pelo 8 de Janeiro tramita na Câmara dos Deputados em uma comissão especial, mas sem qualquer perspectiva de data para ser apreciada. A oposição alega ter votos para aprovar o texto, mas ainda precisa de conjuntura e vontade política para isso.

Desse modo, segundo relataram parlamentares ao R7, as manifestações da direita nas ruas poderiam “acelerar” a tramitação da matéria.

R7

Opinião dos leitores

  1. Não vi na lista os nomes de João Maia e Benes Leocádio, ambos eram de direita quando Bolsonaro era o Presidente.

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Brasil

Google se manifesta após STF apertar regulação das redes

Foto: reprodução

O Google se manifestou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quinta-feira (26/6), de responsabilizar as redes sociais por conteúdo ilícito publicado por usuários, em caso da não remoção de material ofensivo, mesmo sem ordem judicial. A empresa manifestou preocupação com as mudanças que, segundo nota divulgada após a sessão, “podem impactar a liberdade de expressão e a economia digital”.

“Ao longo dos últimos meses, o Google vem manifestando suas preocupações sobre mudanças que podem impactar a liberdade de expressão e a economia digital. Estamos analisando a tese aprovada, em especial a ampliação dos casos de remoção mediante notificação (previstos no Artigo 21), e os impactos em nossos produtos. Continuamos abertos ao diálogo”, afirmou a empresa por meio de uma nota distribuída para a imprensa.

Embora o STF tenha estabelecido a responsabilização das redes sociais em relação aos conteúdos ilícitos, ficou mantida a necessidade de decisão da Justiça quando se tratar de crime contra a honra. Este ponto foi previsto no voto do ministro Luís Roberto Barroso.

O placar do STF para determinar a responsabilização das redes sociais em relação aos conteúdos ilícitos foi de 8 votos a 3. A questão da responsabilização sobre conteúdos nas redes sociais foi discutida no âmbito do artigo 19 do Marco Civil da Internet. A decisão do STF abordou o ponto que limita a responsabilidade dos provedores de aplicações de internet por conteúdo de terceiros, além do que exige ordem judicial para remoção do conteúdo, com especificação do que deve ser removido.

Repercussão

A decisão do STF tem repercussão geral. Isto implica que ela será aplicada para outros casos similares que venham a ser deliberados pelo Judiciário brasileiro. “O Tribunal não está legislando. “O (STF) está decidindo dois casos concretos que surgiram. Está decidindo critérios até que o Legislativo defina critérios sobre essa questão”, disse o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.

Metrópoles

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Política

Em entrevista Eriko Jácome anuncia intensão de sua pré-candidatura a deputado federal e reforça ainda mais sua união com Paulinho Freire

Foto: reprodução

Na noite desta quinta-feira (26), o presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Eriko Jácome, revelou em entrevista à rádio 96FM sua intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026. Durante a conversa, Eriko afirmou que já vem se articulando e trabalhando em torno de uma pré-candidatura ao cargo de deputado federal em todo Rio Grande do Norte.

À frente da Federação das Câmaras Municipais, Eriko destacou que sua relação com parlamentares, incluindo presidentes de câmaras e vereadores, vem se fortalecendo, e afirmou que sua presença política já alcança cerca de 50 municípios do Rio Grande do Norte.

O vereador também ressaltou seu alinhamento com o grupo político liderado pelo prefeito Paulinho Freire. Ao ser questionado sobre a recente declaração da secretária municipal Nina Souza, Eriko declarou que conversou com Paulinho e que o mesmo disse que essa decisão será tomada em 2026 e que hoje nada foi decidido. O presidente afirmou que a secretaria Nina está preparada para qualquer tipo de cargo, inclusive o de federal, e que ambos mantêm uma relação de respeito mútuo e compartilham o compromisso de preservar a unidade e a harmonia dentro do grupo.

“Estamos construindo nossos projetos de forma independente neste primeiro momento, cada um avaliando seu espaço e conversando com as bases. Mas temos um entendimento muito claro: no momento certo, vamos sentar com o grupo político, hoje liderado pelo atual prefeito Paulinho Freire, e tomar uma decisão conjunta para as Eleições de 2026, com equilíbrio e respeito mútuo. O importante é que não haverá disputa entre eu e Nina para os mesmo cargos. Trabalhamos juntos, cada um com sua trajetória mas com o mesmo objetivo, o de fortalecer nosso grupo e representar bem o Rio Grande do Norte,” afirmou Eriko.

Durante a entrevista, o presidente também mencionou que sua pré-candidatura conta com o incentivo do prefeito Paulinho Freire. Segundo Eriko, o prefeito tem acompanhado de perto suas movimentações políticas e o encorajou a continuar seu trabalho, dialogando com as lideranças e fortalecendo sua presença nos municípios e que as decisões serão tomadas em 2026.

96 FM

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Política

Subprocurador aciona TCU sobre maquiadores no gabinete de Erika Hilton

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), Lucas Rocha Furtado, enviou na última quarta-feira (25) uma representação ao órgão pedindo a apuração da contratação de dois assessores do gabinete da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que atuariam como maquiadores.

“No caso em análise, verifica-se que os assessores em questão, a despeito de alegações em sentido contrário, foram contratados em razão de sua qualificação como maquiadores e, de fato, exercem essa atividade em benefício direto da deputada Érica Hilton”, diz a representação.

Para o subprocurador, a atuação dos dois caracteriza desvio de finalidade, já que eles aparecem nos registros oficiais como secretários parlamentares.

Furtado solicita ainda que, caso o desvio de função pública seja confirmado, o TCU adote as providências necessárias para ressarcir eventuais prejuízos aos cofres públicos.

Entenda o caso

Na terça-feira (24), parlamentares da oposição protocolaram na PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido de investigação contra Erika Hilton por possível ato de improbidade administrativa.

A deputada é acusada de empregar dois maquiadores com recursos da Câmara dos Deputados. Erika nega as acusações e afirma que os profissionais exercem funções típicas de assessores parlamentares.

CNN Brasil 

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Polícia

Schalk se pronuncia sobre Operação Amicis e nega envolvimento em irregularidades


A empresa Schalk divulgou uma nota oficial nesta semana para esclarecer os fatos relacionados à Operação Amicis, deflagrada pelas autoridades policiais. Segundo o comunicado, o empresário Marcelo Spyrides Cunha, fundador da marca, reconhece que está sendo investigado, mas nega veementemente qualquer envolvimento com práticas ilícitas.

Na nota, a empresa afirma que o foco da investigação é um franqueado da rede, cujas ações, se confirmadas, teriam ocorrido de forma autônoma, sem qualquer vínculo com a administração central da empresa. “A Schalk não compactua com nenhuma prática irregular”, diz a nota, ressaltando que todas as operações da marca seguem normalmente e dentro da legalidade.

A Operação Amicis, apura um esquema de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e fraudes estruturadas, com movimentação estimada em R$ 150 milhões.

Confira a nota de esclarecimento completa: 

*Nota de esclarecimento*

A Schalk vem a público manifestar-se sobre os fatos relacionados à Operação Amicis.

O empresário Marcelo Spyrides Cunha, fundador da empresa, tem conhecimento de que é objeto de investigação policial. Ele confia plenamente na Justiça brasileira e no devido processo legal para o esclarecimento da verdade.

Marcelo Spyrides Cunha nega veementemente qualquer prática de atividade ilícita. Ao longo de sua trajetória, tanto pessoal quanto profissional, sempre se pautou pelos mais rigorosos padrões éticos e legais. Desde o início das apurações, reafirma seu total compromisso com a transparência e assegura que sempre estará à disposição das autoridades para colaborar com a Justiça.

A investigação tem como foco um franqueado da rede, cujas eventuais condutas foram praticadas de forma autônoma e sem qualquer relação com a gestão administrativa da Schalk.

A empresa esclarece que não compactua com qualquer prática irregular e reitera que todas as suas operações estão funcionando normalmente e seguem estritamente a legislação vigente.

Em 20 anos de atuação no mercado, a Schalk nunca atuou como pessoa jurídica “fantasma”, nem, muito menos, com “rede de laranjas”. A empresa sempre prezou pela integridade e transparência em todas as suas atividades empresariais.

Reafirmando seu compromisso histórico com a legalidade e a transparência, Marcelo Spyrides Cunha mantém confiança absoluta de que a verdade será estabelecida por meio do sistema de Justiça.

A empresa segue aguardando serenamente o desenrolar dos procedimentos legais, certa de que a Justiça fará prevalecer a verdade e a inocência de seu fundador.

Atenciosamente,
Equipe Schalk

Blog do BG

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Geral

STF decide por responsabilizar redes sociais. Veja como ficam regras

 

Foto: Luis Nova/Especial Metrópoles

Após ampla discussão e polêmica, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as plataformas de internet devem ser responsabilizadas por conteúdo ilícito publicado por usuários, em caso da não remoção de material ofensivo, mesmo sem ordem judicial. Fica mantida a necessidade de decisão da Justiça, no entanto, para os casos de crime contra a honra, conforme previsto no voto do ministro Luís Roberto Barroso.

Por 8 votos a 3, os ministros decidiram pela necessidade de alteração no Marco Civil da Internet, após considerar o artigo 19 da lei parcialmente inconstitucional. Será alterado o ponto que limita a responsabilidade dos provedores de aplicações de internet por conteúdo de terceiros, além do que exige ordem judicial para remoção do conteúdo, com especificação do que deve ser removido.

Desde o retorno do julgamento, em 4 de junho, com o voto do ministro André Mendonça, foram seis sessões da Corte para se chegar ao resultado. Nesta quinta-feira (26/6), já havia maioria para a responsabilização das redes sociais, mas sem os parâmetros. O ministro Luís Roberto Barroso convidou os pares para um almoço no qual o tema foi tratado.

No início da sessão, o único ministro que ainda faltava votou. Nunes Marques opinou pela constitucionalidade do artigo 19, o que levou ao placar de 8 a 3. Em seguida, Dias Toffoli, relator de um dos recursos em análise, leu a tese fixada.

Confira:

O art. 19 da Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), que exige ordem judicial específica para a responsabilização civil de provedor de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, é parcialmente inconstitucional. Há um estado de omissão parcial que decorre do fato de que a regra geral do art. 19 não confere proteção suficiente a bens jurídicos constitucionais de alta relevância (proteção de direitos fundamentais e da democracia).

Enquanto não sobrevier nova legislação, o art. 19 do MCI deve ser interpretado de forma que os provedores de aplicação de internet estão sujeitos à responsabilização civil, ressalvada a aplicação das disposições específicas da legislação eleitoral e os atos normativos expedidos pelo TSE.

O provedor de aplicações de internet será responsabilizado civilmente, nos termos do art. 21 do MCI, pelos danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros em casos de crime ou atos ilícitos, sem prejuízo do dever de remoção do conteúdo. Aplica-se a mesma regra nos casos de contas denunciadas como inautênticas.

Nas hipóteses de crime contra a honra, aplica-se o art. 19 do MCI, sem prejuízo da possibilidade de remoção por notificação extrajudicial.

Em se tratando de sucessivas replicações do fato ofensivo já reconhecido por decisão judicial, todos os provedores de redes sociais deverão remover as publicações com idênticos conteúdos, independentemente de novas decisões judiciais, a partir de notificação judicial ou extrajudicial.

Os provedores de aplicações de internet com atuação no Brasil devem constituir e manter sede e representante no país, cuja identificação e informações para contato deverão ser disponibilizadas e estar facilmente acessíveis nos respectivos sítios. Essa representação deve conferir ao representante, necessariamente pessoa jurídica com sede no país, plenos poderes para responder perante as esferas administrativa e judicial;

prestar às autoridades competentes informações relativas ao funcionamento do provedor, às regras e aos procedimentos utilizados para moderação de conteúdo e para gestão das reclamações pelos sistemas internos.

O representante legal no país deve ainda responder pelos relatórios de transparência, pelo monitoramento e gestão dos riscos sistêmicos; pelas regras para o perfilamento de usuários (quando for o caso), pela veiculação de publicidade e pelo impulsionamento remunerado de conteúdos; (c) cumprir as determinações judiciais; e responder e cumprir eventuais penalizações, multas e afetações financeiras em que o representado incorrer, especialmente por descumprimento de obrigações legais e judiciais.
Serviços de mensagem privada

Para serviços de mensagem privada, como e-mails, WhatsApp, Telegram e outros, ainda fica valendo o previsto no artigo 19. Ou seja, há necessidade de decisão judicial.

Aplica-se o art. 19 do MCI ao provedor:

-de serviços de e-mail;
-de aplicações cuja finalidade primordial seja a realização de reuniões fechadas por vídeo ou voz;
-de serviços de mensageria instantânea (também chamadas de provedores de serviços de mensageria privada), exclusivamente no que diz respeito às comunicações interpessoais, resguardadas pelo sigilo das comunicações (art. 5º, inciso XII, da CF/88).
-Deveres adicionais

Além disso, os provedores de aplicações de internet deverão editar autorregulação que abranja, necessariamente, sistema de notificações, devido processo e relatórios anuais de transparência em relação a notificações extrajudiciais, anúncios e impulsionamentos.

Deverão ainda disponibilizar a usuários e a não usuários canais específicos de atendimento, preferencialmente eletrônicos, que sejam acessíveis e amplamente divulgados nas respectivas plataformas de maneira permanente. Tais regras deverão ser publicadas e revisadas periodicamente, de forma transparente e acessível ao público.

Repercussão

A decisão do STF tem repercussão geral. Ou seja, será aplicada para outros casos similares no Judiciário brasileiro. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, voltou a frisar que o STF julga dois casos específicos “O Tribunal não está legislando. Está decidindo dois casos concretos que surgiram. Está decidindo critérios até que o Legislativo defina critérios sobre essa questão”, disse.

Metrópoles 

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Polêmica

VÍDEO: ERROU FEIO: Funcionária pública denuncia que foi confundida com alvo de operação da polícia em Natal e teve casa invadida

Uma funcionária pública foi vítima de um erro de abordagem durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da Operação Amicis, realizada nesta quarta-feira (25), em Natal.

Moradora do bairro de Nova Descoberta, na zona leste de Natal, a vítima teve sua residência invadida por agentes da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), que entraram em sua casa à procura de uma suspeita que, na verdade, não morava no local.

TVPontaNegra

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RN

STTU cria linhas especiais após término de shows na Redinha e garante transporte para todas as regiões de Natal; veja horários

Foto: Reprodução

Para atendimento ao público após o termino dos shows, a STTU vai criar cinco linhas especiais interligando a Redinha a todas as regiões da cidade.

Haverá a cobrança da tarifa normal do sistema, no valor de R$ 4,90. A STTU orienta que os passageiros utilizem seus cartões NuBus ou levem dinheiro trocado, para facilitar o embarque.

Três dessas linhas já operaram no carnaval: SE2 (Redinha/Brasil Novo/Parque das Dunas/Pajuçara/Gramoré/Nova Natal), SE3 (Redinha/Santarém/Alvorada IV/Jardim Progresso/Vale Dourado/Parque dos Coqueiros) e SE10 (Expresso Zona Sul – Santos Reis/Rocas/Ribeira/Cidade Alta/Petrópolis/Lagoa Nova/Candelária/Ponta Negra).

Outras duas foram criadas para ampliar o atendimento: SE13 (Expresso Igapó – Av. Dr. João Medeiros Filho) e SE14 (Expresso Zona Oeste – Santos Reis/Ribeira/Cidade Alta/Alecrim/Dix-Sept Rosado/Nossa Senhora de Nazaré/Bom Pastor/KM-06/Felipe Camarão/Cidade da Esperança).

As linhas SE2 (Redinha/Nova Natal), SE3 (Redinha/Parque dos Coqueiros) e SE13 (Expresso Igapó) irão operar a partir das 16h00 até às 19h00, saindo dos bairros para a Redinha e das 22h00 até 30min após o término do show saindo da Redinha para os bairros.
O intervalo médio será de 30min entre um ônibus e outro, com a saída de três veículos ao mesmo tempo após o término do principal show do dia.

Já as linhas SE10 (Expresso Zona Sul) e SE14 (Expresso Zona Oeste) operarão das 22h00 até 30min após o término do show saindo da Redinha para os bairros. O intervalo médio será de 30min entre um ônibus e outro, com a saída de três veículos ao mesmo tempo após o término do principal show do dia.

Além das linhas SE2, SE3 e SE13, o público pode utilizar ainda as linhas N-08 (Redinha/Mirassol, via Rodoviária), N-25 (Redinha/Bairro Nordeste, via Alecrim), N-35 (Soledade/Candelária, via Av. Prudente de Morais), N-43 (Nova Natal/Morro Branco, via Midway Mall) e N-78 (Santarém/Nova Descoberta, via Av. Hermes da Fonseca) para chegar ao evento.

Veja intinerários

Veja horários 

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Política

VÍDEO: Chrisóstomo avisa governo: “O que enviar com mais impostos vai perder”

 

Relator do projeto de decreto legislativo (PDL) que sustou decreto do governo Lula que aumentava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Coronel Chrisóstomo (PL – RO) afirmou em entrevista ao Metrópoles que a derrota imposta ao Planalto é um recado do Congresso de que todas as medidas enviadas que aumentem impostos não serão aprovadas.

O parlamentar oposicionista avaliou que o governo “esqueceu” que ”estamos praticamente vivendo uma pré-campanha de 2026″ e fica difícil para os parlamentares, mesmo os de partidos da base, carimbarem propostas impopulares. “Mesmo os parlamentares de centro e centro-esquerda não votam de forma alguma em nada que venha aumentar o que o povo paga [de impostos].”

“Tudo que o governo enviar para a Câmara com mais impostos vai perder”, afirmou o parlamentar do PL.

O reajuste no IOF foi derrubado em votação com larga vantagem na Câmara dos Deputados: 383 votos a 98. Já no Senado, a aprovação da derrubada foi simbólica (sem registro de votos).

O relator na Câmara afirmou que, ao fazer o texto que foi aprovado, focou quem mais seria prejudicado, “que é o povo mais pobre. Esse sim seria prejudicado”.

“Um parlamentar falou que eu criei uma situação que prejudica os mais pobres, com o Minha Casa, Minha Vida. Não queremos mais impostos. Queremos livrar essas pessoas de mais impostos, do pão, do gás de cozinha. Meu foco foi atender à população e ao agro. O nosso povo não quer pagar mais impostos”, disse Chrisóstomo.

Chrisóstomo criticou duramente o governo Lula, afirmando que “perdeu o caminhar”.

“Isso tudo somado faz com que mesmo os parlamentares de centro e centro-esquerda não votem de forma alguma em nada que venha aumentar para que o povo pague. O governo, agora, tem de entender que tudo que enviar para a Câmara dos Deputados é necessário uma conversa anterior, conversar com os líderes, com o presidente da casa para saber se aquele projeto é cabível ao momento. Acho que o governo, embora o Lula tenha vários mandatos, esqueceu disso”, afirmou o parlamentar.

Chrisóstomo afirmou que, para fazer o relatório, conversou com o agronegócio, com o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, e que eles passaram informações cabíveis ao que já estava dentro do escopo do relatório e que eram pertinentes. “Foi cabível eu defender o agro, porque ele não tem mais condições de pagar impostos”, disse.

Metrópoles 

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Polícia

Operação “Amicis”: Casal é apontado como líder de esquema milionário no RN

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou nesta quarta-feira (25) a Operação Amicis, caiu como uma bomba e apura um esquema de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e fraudes estruturadas, com movimentação estimada em R$ 150 milhões.

De acordo com as investigações, os principais articuladores do esquema são os empresários João Eduardo Costa de Souza, conhecido como Duda, e sua esposa, Layana Soares da Costa.

O casal é acusado de usar CNPJs de terceiros, empresas em nome de “laranjas” e fraudes em cartas de crédito de consórcios para ocultar patrimônio e burlar o sistema fiscal. Entre os laranjas estariam personal trainer e sócio em loja de suplementos.

Duda é proprietário de três lojas da marca Schalk e já havia sido citado em outras apurações. Com o avanço das investigações, ele e Layana voltam ao centro de um escândalo que pode configurar um dos maiores esquemas de fraude financeira já registrados no estado.

A polícia informou que as investigações seguem em andamento e não estão descartadas novas fases da operação. Até o momento, os envolvidos são apenas alvos da apuração, sem qualquer condenação judicial.

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Geral

‘Lei Anti-Oruam’: Câmara aprova projeto que proíbe contratação de shows com apologia ao crime em Natal

Foto: reprodução

A Câmara Municipal de Natal aprovou, nesta quinta-feira (26), o projeto de lei que proíbe o uso de recursos públicos para custear apresentações artísticas que façam apologia ao crime organizado e ao uso de drogas em eventos públicos. Conhecida como ‘Lei Anti-Oruam‘, a proposta tem referência ao rapper carioca Oruam e foi aprovada no último dia de sessões ordinárias antes do recesso parlamentar.

O projeto proíbe a contratação pelo Poder Público Estadual de shows, artistas e eventos que incentivem o crime, o uso de drogas e práticas sexuais, especialmente aqueles acessíveis ao público infanto-juvenil.

A lei também prevê penalidades rigorosas para quem descumprir a norma, com rescisão imediata do contrato, aplicação de multa equivalente a 100% do valor contratado (destinada à Rede Estadual de Ensino do RN) e proibição de novas contratações pelo Poder Público por 5 anos.

Para o vereador Subtenente Eliabe (PL), autor do projeto, a proposta é um recado claro em defesa da infância e da juventude. “A aprovação desse projeto é uma vitória da sociedade que clama por limites. A arte precisa ser valorizada, mas não podemos permitir que, com dinheiro público, artistas incentivem jovens a admirar o tráfico, o crime e a violência. Isso é inaceitável. É uma questão de responsabilidade social”, disse.

A proposta segue agora para sanção do Poder Executivo. A iniciativa faz parte de um movimento nacional que vem ganhando força em diferentes cidades brasileiras, com projetos semelhantes já apresentados e discutidos em outras casas legislativas do país.

Tribuna do Norte

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