Foto: Rafael Bello/COB
A surpresa pela conquista da medalha de bronze pelas tenistas da dupla Luisa Stefani e Laura Pigossi começou muito antes da primeira partida. E havia um motivo forte para isso: nem elas sabiam que estavam inscritas para competir nos Jogos de Tóquio.
Por iniciativa própria, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) inscreveu as duas no último dia permitido, 22 de junho, por acreditar que as eventuais desistências na chave poderiam abrir caminho para uma nova chance de medalha para o Brasil na modalidade.
A cerimônia de abertura aconteceu no dia 23. “No último dia, faltando quatro horas para encerrar o prazo, a ITF (Federação Internacional de Tênis, sigla em inglês) entrou em contato comigo, dizendo que as meninas haviam entrado nos Jogos”, afirmou o gerente esportivo da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) Eduardo Frick.
A surpresa foi grande também porque, curiosamente, Stefani e Pigossi só haviam jogado juntas duas vezes antes da Olimpíada. Elas fizeram história.
Correria para juntar a dupla
A partir daí, foi uma correria por parte das tenistas e da CBT para organizar as viagens e readequar seus calendários. Stefani estava nos EUA, enquanto Pigossi jogava no Casaquistão. “A Laura estava jogando o torneio e não queria atender o telefone porque estava se preparando para disputar a semifinal. Aí eu falei: ‘atende o telefone agora, pô. É urgente’. Ela atendeu e perguntou o que houve. Eu respondi: você entrou na Olimpíada!”, lembrou Frick.
Stefani também foi pega no susto. “Eu ligava, ligava e ligava. Ela não atendia porque estava dormindo. O horário lá nos EUA era mais cedo. Quando me atendeu, ficou muito surpresa e muito contente”, disse Frick. A surpresa foi maior para Laura Pigossi por causa do seu ranking. No momento da inscrição, ela figurava no 190º lugar na lista de duplas da WTA. E, até então, nunca tinha disputado torneios maiores no circuito.
Com informações de Estadão Conteúdo
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