Nacional

Ministério Público rejeita intolerância e está preocupado com situação do País, diz Aras


Foto: Dida Sampaio/Estadão

O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), Fabiano Dallazen, informaram em nota obtida pelo Estadão/Broadcast que o Ministério Público rejeita a intolerância e está preocupado com a situação do País, mas que “cumprirá com os seus deveres constitucionais na salvaguarda da ordem jurídica que sustenta as instituições do País”.

“A estabilidade da nação depende do respeito à Constituição Federal por todos, especialmente pelos poderes constituídos”, diz a nota, assinada por Aras e Dallazen.

“Nosso compromisso é com Estado Democrático de Direito e repudiamos atos que possam afetar o ambiente de normalidade institucional preservado desde a Lei Maior de 1988. Por isso, rejeitamos a intolerância, especialmente as fakes news que criam estados artificiais de animosidade entre as pessoas, causando comoção social em meio a uma calamidade pública, com riscos de trágicas consequências para a povo”, prossegue a manifestação.

De acordo com o procurador-geral da República e o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), o Ministério Público brasileiro “está preocupado com este estado de coisas e cumprirá com os seus deveres constitucionais na salvaguarda da ordem jurídica que sustenta as instituições do País”.

A manifestação vem a público depois da ocorrência de uma série de protestos em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em Brasília, o grupo bolsonarista “300 pelo Brasil”, liderado pela ativista Sara Winter, fez um protesto na noite do último sábado em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O grupo carregava tochas acesas, e algumas pessoas usavam máscaras de personagens de filmes de terror cobrindo todo o rosto.

Neste domingo, pela manhã, Bolsonaro participou de outro protesto, na Praça dos Três Poderes, com faixas contra o Supremo e a favor de uma intervenção militar.

Em São Paulo, um ato pró-democracia e antifascista organizado por grupos ligados a torcidas de futebol na Avenida Paulista terminou em confronto neste domingo, entre manifestantes e apoiadores de Bolsonaro e também com a Polícia Militar, que interveio e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o início de uma briga em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp)

Neste final de semana, um painel colocado no edifício-sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, foi alvo de pichação. Onde se lia “Procuradoria-Geral da República”, foi escrito “do Bolsonaro” em cima de “da República”, para que se leia “Procuradoria-Geral do Bolsonaro”. Após o episódio, a PGR informou que vai reforçar a segurança nas unidades do Ministério Público Federal (MPF) de todo o País.

O ato de vandalismo ocorre em meio às críticas à atuação de Aras, alvo de crescente pressão interna no MPF e de setores da oposição por, na visão deles, agir alinhado aos interesses do presidente Jair Bolsonaro.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Delano, o presidente é o único que estar preocupado com a instalação do comunismo no país do qual vc é admirador.

  2. De todos brasileiros, Bolsonaro é o único que tem provocado desordens e instabilidade políticas, com seus atos e declarações que beiram alucinações e devaneios, isso diariamente.

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Cúpula de líderes abre hoje a COP30 e define tom das negociações climáticas em Belém

Foto: AP Photo/Eraldo Peres

Os líderes globais começam a se reunir nesta quinta-feira (6), em Belém (PA), para a cúpula que marca o pontapé político da COP30. O encontro, que segue até sexta (7), deve definir o tom das negociações sobre clima e meio ambiente que ocorrerão nas próximas duas semanas. As delegações chegam entre 7h e 10h à chamada “zona azul”, área diplomática e restrita onde acontecem as reuniões.

A sessão de abertura está marcada para as 10h30, com discursos dos chefes de Estado — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o primeiro a falar. Ainda pela manhã, os líderes seguem uma ordem pré-definida de pronunciamentos na plenária principal. Às 13h30, ocorre o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), idealizado por Lula para financiar ações de preservação e desenvolvimento sustentável em países com grandes áreas de floresta.

Após o almoço reservado aos líderes, a programação prevê, à tarde, uma sessão temática sobre “Clima, natureza, florestas e oceanos”, além da tradicional foto oficial. O encerramento do primeiro dia está previsto para as 17h30, com uma foto de família e um coquetel oferecido por Lula no centro de convenções da capital paraense.

Segundo o analista político Caio Junqueira, a antecipação da cúpula antes da abertura oficial da COP foi uma estratégia do governo brasileiro para reduzir o fluxo logístico em Belém e adiantar as discussões diplomáticas. A meta do Brasil é atrair recursos para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, previsto para começar com US$ 25 bilhões. Até agora, apenas o Brasil confirmou US$ 1 bilhão, com promessa de igual valor pela Indonésia.

Com informações da CNN Brasil

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Rogerio Marinho critica fala de Lula sobre operação policial no Rio

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (4), o senador Rogerio Marinho (PL-RN) criticou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a operação policial no Rio de Janeiro, durante entrevista em Belém. Segundo o parlamentar, o presidente desrespeitou as forças de segurança ao classificar como “matança” a ação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortos, entre eles quatro policiais.

— O Lula precisa agradar a sua base eleitoral, que glamoriza o crime, que relativiza o combate à marginalidade, que defende a descriminalização das drogas, que pretende fazer do bandido uma vítima da sociedade, e não o contrário. O presidente esquece que a maioria da nossa sociedade quer lei, quer ordem, quer disciplina, quer viver em paz, quer criar seus filhos e quer proteção contra o crime organizado. Não quer viver em territórios faccionados — afirmou.

O senador também criticou a aprovação da medida provisória que trata da política energética nacional (MP 1.304/2025). Ele disse que o texto foi votado sem discussão suficiente no Congresso e beneficia grupos privados do setor elétrico, enquanto transfere os custos ao consumidor.

— Nós estamos literalmente afogados e embriagados numa irresponsabilidade fiscal. Nós vamos ter que pagar essa conta. Estamos vendendo o almoço para pagar o jantar e, literalmente, rolando uma dívida que será paga pelas gerações futuras — declarou.

Com informações de Agência Senado

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Lula e Castro não se falam e acentuam distância na pauta de segurança

Foto: Guito Moreto

Mais de uma semana após a operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ainda não se falaram. O silêncio escancara o pior momento da relação entre os dois desde 2023 e simboliza a falta de coordenação entre os governos federal e estadual na área de segurança pública. A falta de diálogo também trava pautas conjuntas no Congresso e emperra ações integradas de combate à criminalidade.

O mal-estar cresceu depois que Lula classificou a operação como uma “matança”, em contraponto às reiteradas defesas de Castro à ação da polícia. A fala do presidente encerrou tentativas de aproximação articuladas por auxiliares de ambos, que tentavam tratar também de temas fiscais. Em resposta indireta, o governador afirmou a aliados ter “jogado Lula na lona” e organizou um encontro com outros governadores, anunciando a criação de um “Consórcio da Paz” — movimento visto mais como gesto político do que prático.

As divergências entre Lula e Castro não são novas. O petista já havia criticado uma ação policial que matou um adolescente na Cidade de Deus e defende maior presença da União na segurança, por meio da PEC da Segurança, medida rejeitada por governadores que enxergam invasão de competências estaduais. O embate mais recente envolve o projeto que equipara facções criminosas como CV e PCC a grupos terroristas — pauta apoiada por Castro e rechaçada pelo Planalto.

A tensão atual remete a uma longa tradição de choques entre presidentes e governadores do Rio, marcada por episódios de desconfiança e disputas políticas. De Brizola e Garotinho a Witzel, poucos conseguiram manter diálogo estável com o Planalto. Um dos raros momentos de cooperação ocorreu no governo Lula com Sérgio Cabral, quando foi criado o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Desde então, as relações voltaram a oscilar entre atritos e afastamentos — cenário que se repete agora, em meio à crise da segurança fluminense.

Com informações do O Globo

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VÍDEO: Helicóptero e tropas especiais reforçam ação da PM na operação “Mãe Luíza Segura”

Vídeo: Divulgação

O CIOPAER (Centro Integrado de Operações Aéreas) divulgou novas imagens da operação “Mãe Luíza Segura”, realizada na noite desta quarta-feira (5) no bairro de Mãe Luíza, Zona Leste de Natal. A ação contou com o apoio de equipes do Batalhão de Choque (BPChoque) e do Bope, e teve como foco o patrulhamento aéreo e terrestre em áreas dominadas por facções criminosas.

As forças de segurança intensificaram as ações após uma madrugada de tiroteios que espalhou pânico entre os moradores. Helicópteros sobrevoaram o bairro durante a tarde/noite, iluminando becos e vielas, enquanto tropas em solo faziam incursões em pontos estratégicos.

De acordo com informações da Polícia Militar, a operação busca conter a atuação de criminosos ligados ao Comando Vermelho e restabelecer a sensação de segurança na comunidade. Os confrontos recentes seriam resultado de disputas entre facções rivais pela área.

As imagens captadas pelo CIOPAER mostram a movimentação das equipes durante a operação, que segue com reforço policial na região.

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Discurso de Janja na COP30 é marcado por dados falsos sobre a Amazônia

 

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Vídeo: Reprodução/Instagram @janjalula

Durante participação em um evento paralelo da COP30, em Belém (PA), a primeira-dama Janja Lula da Silva fez um discurso marcado por imprecisões sobre a Amazônia. Em tom simbólico e político, Janja afirmou que a região seria o “coração do planeta”, com “quase 50 milhões de habitantes”, “400 povos indígenas” e “mais de 300 idiomas” — números que divergem dos dados oficiais.

Segundo o IBGE (2024), a Amazônia Legal reúne cerca de 30,1 milhões de habitantes, e não 50 milhões, como dito pela primeira-dama. Já o Censo 2022 aponta a existência de 305 etnias indígenas e 274 línguas em todo o território nacional — não apenas na região amazônica. O estado do Amazonas, por exemplo, tem população estimada em 4,3 milhões.

O discurso de Janja, feito em tom festivo, foi alvo de críticas de especialistas e ambientalistas, que apontaram uso político e falta de rigor técnico. Para analistas, o evento, que deveria ter foco nas políticas ambientais e na preservação da floresta, acabou sendo transformado em um ato de exaltação ao governo.

Durante a fala, a primeira-dama também destacou pautas de gênero e inclusão, defendendo maior participação de mulheres nas decisões ambientais. No entanto, o excesso de slogans e dados incorretos ofuscou a mensagem central, e o vídeo da fala rapidamente repercutiu nas redes sociais, gerando debates sobre a condução política da imagem do governo na COP30.

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Economia

Nenhum diretor indicado por Lula votou para cortar taxa Selic em 2025

Foto: Pablo Porciúncula/AFP

Nenhum dos sete diretores do Banco Central indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou pela redução da taxa básica de juros, a Selic, em 2025. Na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada nesta quarta-feira (5), o colegiado decidiu manter os juros em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva — decisão unânime entre os nove integrantes.

Desde o início do ano, o Copom se reuniu sete vezes, e em todas as ocasiões houve consenso entre os diretores para manter ou elevar o patamar da taxa. A Selic acumulou alta de 12,25% para 15% ao longo de 2025, mesmo após o governo Lula ter conquistado maioria nas cadeiras do BC em janeiro. O presidente indicou nomes como Gabriel Galípolo, Ailton Aquino, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, entre outros.

A posição firme do Copom contrasta com o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende espaço para cortes e considera os juros atuais “insustentáveis”. Haddad afirmou recentemente que, se integrasse o comitê, teria votado por reduzir a Selic. Mesmo assim, poupou críticas diretas a Galípolo, justificando que o novo presidente do BC ainda enfrenta reflexos da transição de gestão iniciada no fim de 2024.

Galípolo, por sua vez, tem defendido a manutenção da Selic elevada por um “período prolongado”, alegando necessidade de estabilidade e previsibilidade. Ele elogiou a convivência com o ex-presidente Roberto Campos Neto, classificando a troca de comando no BC como “exemplar”. Com mais duas indicações previstas para 2025, Lula completará a substituição dos diretores herdados do governo Jair Bolsonaro, consolidando a sua maioria na autoridade monetária.

Com informações do Poder 360

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Política

Vitória de socialista em Nova York inspira ala do PT que quer Lula mais à esquerda em 2026

Foto: Mark Schiefelbein/AP

A eleição de Zohran Mamdani como novo prefeito de Nova York empolgou setores do PT, que veem na vitória do socialista um sinal de que é possível reconquistar o eleitorado com pautas mais à esquerda. No partido, cresce a pressão para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adote, nas próximas disputas, um discurso mais ideológico e menos voltado ao centro político.

Mamdani venceu defendendo congelamento de aluguéis, passe livre no transporte municipal e creches universais — propostas consideradas radicais nos Estados Unidos. A estratégia, na avaliação de dirigentes petistas, mostrou que posições firmes podem mobilizar os jovens e setores populares, algo que o PT teria deixado de lado ao buscar moderação em eleições recentes.

O senador Humberto Costa, secretário de Relações Internacionais do partido, disse que o resultado reforça a importância de o PT “recuperar a utopia socialista”. Já o deputado Rui Falcão, ex-presidente da sigla, defende que o partido volte a falar abertamente de suas pautas históricas. “Se não se diferenciar, o PT perde a juventude e votos”, afirmou.

Petistas também querem estudar a estratégia de comunicação de Mamdani, que mesclou radicalismo programático com linguagem leve e empática. O novo prefeito, nascido em Uganda e de origem indiana, tornou-se o primeiro muçulmano a comandar Nova York e um dos mais jovens da história da cidade.

Com informações do Estadão

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Geral

Secretário de Segurança diz que facções não podem ser tratadas como terroristas: “Não têm viés político”

Foto: reprodução/Agência Brasil

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, afirmou nesta quarta-feira (5) que as facções criminosas brasileiras não se enquadram no conceito de terrorismo, por não possuírem motivação política, religiosa ou étnica. A declaração reforça o posicionamento do governo federal contra o projeto que busca equiparar facções a grupos terroristas.

Sarrubbo defendeu que o PL Antifacção, proposto pelo governo, não deve ser apensado ao texto do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que prevê essa equiparação. Segundo ele, além de não contribuir no combate ao crime, a medida poderia expor o Brasil a riscos diplomáticos, já que classificações desse tipo podem gerar sanções internacionais e embargos financeiros.

“Trabalhamos com cooperação internacional, e para isso não precisamos declarar as nossas facções como terroristas”, afirmou o secretário. “Isso só serve para nos deixar vulneráveis em relação a países estrangeiros e a organizações internacionais.”

Sarrubbo destacou ainda que o projeto do governo, que trata de novos tipos penais e medidas cautelares, foi elaborado com a participação da sociedade civil e das forças de segurança, e deve tramitar de forma independente. Ele também comentou a instalação da CPI do Crime Organizado, dizendo que a comissão pode ser positiva se ajudar a aperfeiçoar as estratégias contra facções e milícias.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Gleisi articula com Hugo Motta para frear projeto que classifica facções como terroristas

Foto: Gil Ferreira/SRI

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, iniciou uma ofensiva política para impedir o avanço do projeto de lei que pretende equiparar facções criminosas a organizações terroristas. A proposta vem ganhando força na Câmara dos Deputados, mas o governo tenta conter sua tramitação por considerar o texto excessivamente amplo e de risco político.

Segundo apuração da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles, Gleisi ligou na quarta-feira (5) para o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), e para outros dirigentes partidários, pedindo que o texto não fosse votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A movimentação surtiu efeito: Motta conversou com o presidente da Câmara e com o chefe da CCJ, Paulo Azi (União-BA), que concordou em adiar a análise da proposta.

Paulo Azi confirmou que, por enquanto, o projeto ficará parado. “Não podemos pautar nas próximas semanas, porque a Câmara vai funcionar de forma remota. E não dá para tratar desse assunto sem uma discussão”, disse o deputado. Segundo ele, o presidente da Câmara ainda avaliará o rito da proposta e se ela será apensada a outro texto de interesse do governo.

O governo federal já havia deixado claro seu posicionamento contrário. Em visita recente ao Congresso, Gleisi declarou que o Executivo é “terminantemente contra” a equiparação de facções a grupos terroristas, defendendo que o combate ao crime organizado ocorra dentro das leis já existentes e sem ampliar o conceito de terrorismo.

Com informações do Metrópoles

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Câmara acelera projeto que derruba resolução sobre aborto em casos de violência sexual

Foto: Wilton Junior/Estadão

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (5), regime de urgência para o projeto que susta uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). O texto do conselho trata do atendimento a vítimas de violência sexual e garante o acesso de crianças e adolescentes à informação sobre a possibilidade de aborto legal. A votação terminou com 313 votos a favor, 119 contrários e uma abstenção, permitindo que o projeto avance de forma acelerada.

A resolução do Conanda autoriza a realização do aborto sem a necessidade de boletim de ocorrência ou autorização judicial, além de considerar discriminatória a recusa de médicos em realizar o procedimento com base na descrença no relato da vítima. O projeto que busca anular a medida foi apresentado pela deputada Chris Tonietto (PL-RJ), conhecida por sua militância contra o aborto, e conta com forte apoio das bancadas evangélica e católica.

O relator da proposta, Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da Frente Parlamentar Católica, classificou a resolução como “uma afronta ao direito de acesso do nascituro ao Judiciário” e afirmou que o texto “protege o estuprador”. Para ele, o Conanda “extrapolou os limites legais e o bom senso” ao dispensar a autorização judicial. Deputados da bancada religiosa demonstraram preocupação com a possibilidade de hospitais confessionais serem obrigados a realizar o procedimento.

Por outro lado, parlamentares de esquerda criticaram duramente o projeto, afirmando que ele representa um retrocesso na proteção às vítimas. “É uma proposta cruel contra meninas que sofreram estupro”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Já o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Eli Borges (PL-TO), reforçou o discurso contrário ao aborto: “Se a mãe não quer, arrume um jeito de adotar, mas nunca assassinar criança no ventre da mãe”.

Com informações do Estadão

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