Novo desdobramento no caso da ocupação do pátio externo da Câmara Municipal de Natal. Ontem, o Corpo Jurídico Voluntário (CJV) do Movimento Social de Defesa do Direito à Liberdade (MSDDL) solicitou a abertura de procedimento de investigação criminal contra o presidente do Poder Legislativo Municipal, vereador Albert Dickson. De acordo com a denúncia apresentada no Ministério Público Estadual (MPE), Albert teria cometido o crime de denunciação caluniosa contra os 19 manifestantes que assinaram o pedido de Habeas Corpus preventivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Quem assinou o pedido de abertura de procedimento de investigação criminal foi o bacharel em Direito, Dayvson Marques de Moura. Ele faz parte do CJV e está relacionado na lista entregue pelo vereador à 1ª Delegacia de Polícia para abertura de inquérito que investiga as depredações no Palácio Padre Miguelinho. “As pessoas envolvidas são inocentes e não tem nada a ver com a ocupação. Nós assinamos o documento porque o objetivo do CJV é esse: prestar assessoria aos movimentos sociais”, disse Dayvson.
No documento apresentado ontem à tarde na sede do MPE, o bacharel destaca uma série de fatos que, segundo ele, demonstram que houve um revanchismo político por parte do presidente da Câmara. “Nós tentamos fazer a mediação do conflito e agora somos acusados de sermos os causadores de possíveis prejuízos à Câmara”, colocou. “Há uma tentativa demagoga de moldar a opinião pública, utilizando o linchamento moral público como plataforma política”, completou.
O pedido de abertura de procedimento investigativo criminal contra Dickson é uma resposta do MSDDL ao inquérito instaurado na 1ª DP contra os 19 acusados pelo edil. Para o vereador, está claro que o grupo deve ser responsabilizado pelo prejuízo de cerca de R$ 35 mil na Câmara após o Movimento Passe Livre (MPL) deixar o local.
“Vamos prestar os esclarecimentos sobre a depredação que a Casa sofreu, os atos cometidos contra o patrimônio público e mostrar o orçamento do prejuízo que tivemos. Esperamos que os responsáveis paguem. Vamos dar o exemplo ao Brasil”, disse Albert Dickson na última quinta-feira. Ontem, a reportagem tentou novo contato com o vereador, porém, o celular do mesmo estava desligado.
Dayvson Moura acrescentou ainda que, na próxima segunda-feira, o CJV vai encaminhar ofício à Corregedoria da Polícia Civil pedindo o afastamento do delegado Elivaldo Jácome – titular da 1ª DP – da investigação do caso. Segundo o bacharel em Direito, o delegado fez declarações contra os investigados o que, para Dayvson, demonstram que há uma tendência na investigação. “O delegado disse que tem certeza que os 19 acusados estão envolvidos no caso. Isso não existe. Além disso, ele faz parte do mesmo grupo religioso do presidente da Câmara”, explicou. Albert Dickson é evangélico.
Elivaldo Jácome se defende das acusações e afirma estar consciente do seu trabalho. “Não condenei ninguém. O trabalho está apenas iniciando. Ainda vou ouvir as partes. Quanto à questão da religião, gostaria de dizer que sou católico”, colocou.
O titular da 1ª DP informou ainda que não recebeu os laudos técnicos do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep), que devem elucidar quem cometeu os atos de vandalismo na sede do Legislativo Municipal e não sabe quando vai ter os documentos em mãos.
Com informações da Tribuna do Norte
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Esse projeto de advogado está querendo holofotes, ou quem sabe, algum cargo comissionado em algum partido radical. Lembro que processados criminal já julgados não podem assumir cargos públicos. Ninguém o acusaria sem ter certeza, são muitas horas de filmagens, fotos, testemunhas públicas. Não creio que o vereador, toda a população que sempre presenciou e acompanhou esses atos de vandalismo pelos meios livres de jornalismo, estejam errados quanto o que a aconteceu na CMN. São fortes os indícios de vandalismo e de ligações dessas pessoas, segundo o delegado expôs na tv livre. Ao afirmar que os indícios são fortes, implica em provas já coletadas. O que estranho é o apoio financeiro desse grupo ainda não ter sido exposto. Não me parece um movimento social, é um ato político eleitoreiro para o ano que vem.
Deixa vê se entendi direito:
1) um bacharel impetrou um HC para garantir o "direito" de 19 pessoas continuarem acampadas na CMN.
2) com os nomes, fornecidos pelo próprio bacharel, o presidente da CMN decidiu ir até a delegacia a fim de responsabilizar os "estudantes" que acampavam;
3) depois da besteira feita e de ter entregue o ouro, o bacharel, quer dizer que aquelas pessoas constante no HC nao estavam lá? Quer dizer q nao foram elas? Bem, se for isso mesmo, de onde o bacharel tirou esses nomes???
Agora so falta esperar davyson se candidatar na próximas eleições…
4) depois da besteira feita vamos atacar até o delegado, vai que cola?! Totalmente irresponsável.
E sabe o que eu acho mais complicado?! MP, que adora aparecer, formalizar a denuncia! Se isso acontecer, parem o mundo que eu vou descer. (Espero que a rima nao tenha ficado muito brega)
SINTO VERGONHA DEUS TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS. UM BANDO DE VANDALOS DEPREDAM O PATRIMONIO PUBLICO A CASA DA CIDADANIA E AGORA APARECE ESSES GRUPOS ACUSANDO O PRESIDENTE DA CAMARA E TAMBÉM O DELEGADO COMO DENUCIAÇÃO CALUNIOSA. PREOCUPO ME COMO ESTÃO DESMORALIZANDO OS CIDADÃOS DE BEM. SENTIMENTO DE VERGONHA E REPUDIO.
Esse bacharel cada vez mais deixa claro porque não consegue a inscrição na OAB. Não existem impedimentos que possam afastar o Presidente de um Inquérito Policial porque ele é uma peça informativa, um procedimento administrativo. Quem vai decidir se houve materialidade e autoria de um crime é o MP (estude mais o CPP).
Se a base do pedido é o fato de serem da mesma religião, isso não é argumento é fofoca, fuxico, futrica, menos argumento. Já imaginou quantos seriam tidos como suspeitos se o réu defendesse que o Delegado e o autor da denúncia são cristãos? Teríamos que esperar a nomeação de um muçulmano, budista ou quem sabe um xintoista? Faça-me o favor…
Quanto a denunciação caluniosa, se não estou muito enganado, já que minha área é outra, é preciso mostrar que ao tempo do pedido de abertura do inquérito o Presidente da CMN, sabia que os denunciados eram inocentes. Isso, meu caro, nem você acredita de verdade.
Sergio, sempre que eu penso em escrever alguma coisa, vc ja tem escrito!!! Temos um pensamento muito parecido.
Adoraria que tivesse um botão "curtir/gostei" aqui… 🙂
Calunioso foi a acusação do projeto de advogado de afirmar que a religião dos servidores públicos são provas da interferência tendenciosa contra os investigados. Já tinha visto todo tipo de acusado na tv comentar todo tipo de loucura, de sempre afirmar que é inocente, mas nunca ouvi alguém querer processar as testemunhas, o delegado por estar investigando e por terem religião. É formado na UFRN?
Dayvson quem pode comprova . que teve depredação ,no patrimônio é o ITEP DR Elivaldo é um homem serio.