Brasil

Moraes usou TSE fora do rito para investigar bolsonaristas no Supremo, revelam mensagens

O gabinete de Alexandre de Moraes no STF ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal durante e após as eleições de 2022.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano.

Folha teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles o seu principal assessor no STF, que ocupa até hoje o posto de juiz instrutor (espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e outros integrantes da sua equipe no TSE e no Supremo.

Em alguns momentos das conversas, assessores relataram irritação de Moraes com a demora no atendimento às suas ordens. “Vocês querem que eu faça o laudo?”, consta em uma das reproduções de falas do ministro. “Ele cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, comentou um dos assessores. “Ele tá bravo agora”, disse outro.

O maior volume de mensagens com pedidos informais –todas no WhatsApp– envolveu o juiz instrutor Airton Vieira, assessor mais próximo de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, um perito criminal que à época chefiava a AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE.

Tagliaferro deixou o cargo no TSE em maio de 2023, após ser preso sob suspeita de violência doméstica contra a sua esposa, em Caieiras (SP).

Procurados por meio da assessoria do STF e informados sobre o teor da reportagem, Moraes e o juiz Airton Vieira não responderam. Tagliaferro afirmou que não se manifestará, mas que “cumpria todas as ordens que me eram dadas e não me recordo de ter cometido qualquer ilegalidade”.

O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro (de terno), e Airton Vieira, juiz instrutor de Alexandre de Moraes no STF – Reprodução/Reprodução

As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Bolsonaro. Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.

Em nenhum dos casos aos quais a Folha teve acesso havia informação oficial de que esses relatórios tinham sido produzidos a pedido do ministro ou do seu gabinete do STF. Em alguns, aparecia que o relatório era “de ordem” do juiz auxiliar do TSE. Em outros, uma denúncia anônima.

As mensagens abrangem o período de agosto de 2022, já durante a campanha eleitoral, e maio de 2023.

Folha obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker.

  • Ouça trechos de diálogos entre assessores de Moraes

O conjunto de diálogos mostra ao menos duas dezenas de casos em que o gabinete de Moraes no STF solicita de maneira extraoficial a produção de relatórios pelo TSE.

Ao menos parte desses documentos foi usada pelo ministro para embasar medidas criminais contra bolsonaristas, como cancelamento de passaportes, bloqueio de redes sociais e intimações para depoimento à Polícia Federal.

controverso inquérito das fake news, aberto em março de 2019, tornou-se um dos mais polêmicos em tramitação no Supremo, tendo sido usado por Moraes nos últimos anos para tomar decisões de ofício (sem provocação), sem participação do Ministério Público ou da Polícia Federal.

Dois pedidos de monitoramento e produção de relatórios sobre postagens do jornalista Rodrigo Constantino, apoiador de Jair Bolsonaro, mostram como se dava a dinâmica.

Um deles ocorreu em 28 de dezembro de 2022, a quatro dias da posse de Lula, quando, em tese, já não havia mais motivo para o TSE atuar.

O juiz auxiliar do gabinete de Moraes no STF pergunta a Tagliaferro, do TSE, se ele pode falar. “Posso sim, posso sim, é por acaso [o caso] do Constantino?”.

Depois desse áudio, os dois iniciam uma conversa sobre um pedido de Moraes para fazer relatórios a partir de publicações das redes de Constantino e do também bolsonarista Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, o último da ditadura militar.

À época, os dois entraram na mira de Moraes porque reverberaram em suas redes sociais ataques à lisura da eleição e a ministros do STF, além de incitar os militares contra o resultado das urnas.

Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE, e o ministro Alexandre de Moraes – Reprodução

Depois de Tagliaferro (TSE) encaminhar uma primeira versão do relatório sobre Constantino, Airton Vieira (STF) manda prints de postagens do jornalista e cobra a alteração do documento para inclusão de mais manifestações.

Pelas mensagens, fica claro que o pedido para produção do relatório partiu do próprio Moraes.

“Quem mandou isso aí, exatamente agora, foi o ministro e mandou dizendo: vocês querem que eu faça o laudo? Ele tá assim, ele cismou com isso aí. Como ele está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando”, diz Airton Vieira em áudio enviado a Tagliaferro às 23h59 daquele dia.

“É melhor por [as postagens], alterar mais uma vez, aí satisfaz sua excelência”, completa Vieira.

O assessor do TSE então responde, já na madrugada do dia 29 de dezembro, e afirma que o conteúdo do relatório enviado anteriormente já seria suficiente, mas que iria alterar o documento e incluir as postagens indicadas por Moraes por meio do juiz instrutor.

“Concordo com você, Eduardo [Tagliaferro]. Se for ficar procurando [postagens], vai encontrar, evidente. Mas como você disse, o que já tem é suficiente. Mas não adianta, ele [Moraes] cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, responde o juiz Airton Vieira.

Dias depois dessa conversa, em 1º de janeiro de 2023, Airton Vieira manda para Tagliaferro cópia de duas decisões sigilosas de Moraes tomadas dentro do inquérito das fake news produzidas com base no relatório enviado de maneira supostamente espontânea.

“Trata-se de um ofício encaminhado pela Assessoria Especial de Desinformação Núcleo de Inteligência do Tribunal Superior Eleitoral”, diz o início da decisão, sem citar que o material havia sido encomendado em seu nome pelo auxiliar em uma conversa via WhatsApp.

Entre as postagens de Constantino que entraram na mira estavam duas: “O que se passava na cabeça de Gilmar Mendes na festa da impunidade ontem, festejando a nomeação de Lula pelo sistema? Que será o primeiro aqui a ganhar um habeas corpus?”. E a outra “é a primeira vez na história do crime organizado que as vítimas assistem, em tempo real, (sic) a quadrilha se preparando para lhes roubar, conhecem os criminosos, e não podem fazer nada porque a Justiça a quem poderiam recorrer faz parte da quadrilha.”

Nas decisões, Moraes ordena a quebra de sigilo bancário de Constantino e Figueiredo, bem como o cancelamento de seus passaportes, bloqueio de suas redes sociais e intimações para que fossem ouvidos pela Polícia Federal.

Cerca de um mês antes, em 22 de novembro de 2022, outro pedido de Moraes sobre Constantino mostra o próprio ministro efetuando as solicitações que chegaram ao órgão de combate à desinformação do TSE.

Naquele dia, às 22h49, Airton Vieira manda o print de uma conversa com Moraes em um grupo do WhatsApp chamado Inquéritos.

A mensagem mostra o ministro enviando postagens de Constantino, uma delas questionando o fato de o partido de Bolsonaro, o PL, não ter feito um questionamento ao TSE —não fica claro sobre qual tema.

“Peça para o Eduardo analisar as mensagens desse [Constantino] para vermos se dá para bloquear e prever multa”, diz a mensagem de Moraes, cujos prints foram enviados a Eduardo Tagliaferro. “Já recebi” e “Está para derrubada”, responde o assessor do TSE em duas mensagens.

 

Print de mensagem via WhatsApp em que Alexandre de Moraes faz pedido ao seu juiz instrutor Airton Vieira – Reprodução

Após pedir para Tagliaferro produzir um relatório “como de praxe”, Airton Vieira e o assessor do TSE discutem sobre se as decisões seriam pelo STF ou pelo TSE.

Em um primeiro momento, Airton Vieira diz que o bloqueio seria dado pelo TSE e a multa pelo STF. Em poucos minutos, no entanto, ele informa que tudo será pelo STF e pede para Tagliaferro caprichar.

“Eduardo, bloqueio e multa pelo STF (Rodrigo Constantino). Capriche no relatório, por favor. Rsrsrs. Aí, com ofício, via e-mail. Obrigado”, afirma.

Já na madrugada do dia 23, à 1h06, Tagliaferro envia o relatório atribuindo a informações recebidas de parceiros do setor de combate à desinformação.

“Através de nosso sistema de alertas e monitoramentos realizados por parceiros deste Tribunal, recebemos informações de frequentes postagens realizadas pelo perfil @Rconstantino, esse em uso na plataforma Twitter, no qual informam existir diversas postagens ofensivas contra as instituições, Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral”, diz o documento.

Em uma outra conversa, no dia 4 de dezembro de 2022, os próprios assessores de Moraes manifestam receio sobre o modo não convencional que vinha sendo usado.

Às 12h daquele dia, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE, pergunta a Tagliaferro: “Dr. Airton está te passando coisas no privado?”.

Após o chefe do órgão de combate à desinformação responder que sim, o juiz do TSE faz uma brincadeira sobre a possibilidade de o modelo implicar em nulidade das provas. “Falha na prova. Vou impugnar”, disse ele.

Tagliaferro então fala da sua apreensão com o modelo de envio de relatórios por meio do TSE a pedido de Airton Vieira. “Temos que tomar cuidado com essas coisas saindo pelo TSE. É seu nome”, diz ele. Em seguida, chega a sugerir um possível caminho para “aliviar isso”.

“Nem que crie um e-mail para enviar para nós uma denúncia.”

A atuação de Moraes à frente do TSE e dos inquéritos no STF rendeu críticas e elogios ao longo do tempo. Um dos períodos mais tensos para o ministro ocorreu recentemente, em abril, quando Elon Musk passou a contestar as decisões do magistrado brasileiro.

Neste contexto, uma comissão do Congresso dos EUA publicou uma série de decisões sigilosas de Moraes sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais.

Com base nesse material, a Folha revelou naquele mesmo mês de abril que o órgão do TSE de enfrentamento à desinformação havia ajudado a turbinar inquéritos do STF. O que não se sabia, no entanto, é que o grupo produzia esses relatórios a pedido do próprio gabinete de Moraes, o que agora é possível saber com base nas mensagens.

O inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, logo nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro (PL), por ordem do ministro Dias Toffoli, que indicou Moraes como relator.

O objetivo, divulgou o STF à época, era “apurar fatos e infrações relativas a notícias fraudulentas (fake news) e ameaças veiculadas na Internet que têm como alvo a Corte, seus ministros e familiares”.

Desde o início, quando censurou a revista Crusoé, o inquérito tem sido alvo de críticas por juristas, mas foi considerado constitucional pelo plenário do STF, em junho de 2020.

A PGR, ainda sob Raquel Dodge, pediu mais de uma vez o arquivamento do caso. Na gestão de Augusto Aras, a Procuradoria defendeu sua participação no inquérito, que deveria mirar apenas fatos relacionados a garantia da segurança dos integrantes do tribunal.

Fonte: Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Vi dois siris jogando bola lá no mar, vi dois siris bola jogar , lá no mar….
    Vai cair o careca , o careca vai cair lá lá ia…..
    Até cego e surdo tá vendo que é perseguição total contra Bolsonaro.
    Não existe nem um santo na política.
    Mas todo mundo tá vendo.
    Lula tá com o franzido que não passa um maruim ou vai ficar que passa uma jaca.
    Kkkkkkkkkkkk
    Vi dois siris jogando bola lá no mar, vi dois suris bola jogar , lá no mar

  2. Grande coisa…kkkkk
    Não muda nada nada nada…
    Moraes continua com o nosso máximo respeito e o Bozo continua candidato a uma vaga no sistema prisional…
    Moraes: herói democrata!

  3. Calo-me porque o silêncio é permitido, não só a mim, não conheço do processo, nem mesmo sou advogado, sou apenas um cidadão simples, e aí calo-me, mesmo que eu leia, veja ou escute, eu não li, eu não vi, eu não escutei. Celo-me!!

  4. Essas matérias da foice de São Paulo não vale na gadolandia, ainda mais quando mostra que Xandão usou métodos da lava jato que prendeu Lula né!?

  5. Morais tá certo, bando de bolsominion queriam fazer aqui o que maduro faz na Venezuela, espero que dê cadeia pesada a essa corja lixo

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Brasil

Defesa de Cid acusa PGR de “deslealdade” e pede perdão judicial ao militar

Foto: Ton Molina/STF

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid reiterou a integridade da delação premiada e pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o perdão judicial para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) no processo de tentativa de golpe de Estado.

Ao apresentar as alegações finais na trama golpista, nesta terça-feira (29), os advogados de Mauro Cid acusam de “deslealdade” a PGR (Procuradoria-Geral da República) e de abandonar “à própria sorte” o delator depois de usar todas as informações compartilhadas por ele.

Em sua manifestação, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu à Corte que Cid receba apenas a redução de 1/3 da pena por sua contribuição, mas não o benefício integral. Gonet argumentou que o ex-ajudante de ordens omitiu informações relevantes e resistiu ao cumprimento integral do acordo.

A defesa de Cid afirma que a PGR usou todas as informações fornecidas pelo ex-ajudante de ordens e depois quis puni-lo por supostas omissões.

“Tal atitude, além de ferir frontalmente o princípio da segurança jurídica, sucumbe ao dever de boa-fé objetiva e configura-se como verdadeira deslealdade processual por parte do órgão acusador, que se valeu da colaboração de Mauro Cid ao longo de extensas 517 páginas de manifestação, explorando seu conteúdo probatório de maneira sistemática — mas que, ao final, abandona o colaborador à própria sorte, desqualificando não apenas sua pessoa, mas a própria ideia de Justiça.”

Os advogados argumentam que a PGR reconhece que as informações reveladas por Cid contribuíram para os esclarecimentos dos fatos e que, portanto, é “incompatível” o pedido de redução do benefício do acordo.

“Não tivesse imensa importância os fatos esclarecidos na colaboração premiada, certamente não haveria tantos pedidos de nulidade das provas produzidas a partir dela, circunstâncias que, lamentavelmente, parecem reavivadas nas palavras distorcidas e confusas da acusação quando trata do Acordo de Colaboração Premiada e dos benefícios ajustados”, cita.

No documento de 78 páginas, a defesa afirma que Cid não relatou fatos, como detalhes do chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, porque não tinha conhecimento.

“Imaginar que, no contrapasso, tivesse o colaborador que ‘falar o que não sabe’ para ter seus benefícios confirmados seria, certamente, uma grande aberração jurídica e causa absoluta de nulidade do acordo”, rebate a defesa.

A defesa expõe ainda que Cid, ao firmar o acordo de colaboração premiada, ficou em “posição de extrema vulnerabilidade”, mesmo sabendo que enfrentaria “forte resistência, represálias e, de certa forma, coação por parte de seus antigos aliados, superiores e demais corréus — especialmente os ligados ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.”

“No entanto, mesmo diante de cenário inóspito, o colaborador rompeu esse ciclo de obediência hierárquica, institucional e pessoal que historicamente caracteriza a lealdade cega entre subordinados militares e figuras centrais do poder político”, destaca.

Ao reafirmar a importância da delação, a defesa destaca que a natureza das informações compartilhadas, como a tentativa de golpe de Estado e os atentados contra autoridades, “constitui uma das mais graves agressões já registradas contra a ordem constitucional desde a redemocratização”.

Nas alegações finais, os advogados Cezar Roberto Bittencourt, Vania Adorno Bittencourt e Jair Alves Pereira destacam ainda que Mauro Cid atuava como assessor, sem qualquer papel decisório em atos de golpe de Estado.

“O que está verdadeiramente comprovado nos autos, por sua função, documentos, mensagens e testemunhas, é que Mauro Cid atuava como assessor e Ajudante de Ordens, sendo, por natureza, subordinado hierárquico, sem qualquer poder de comando, iniciativa ou liderança autônoma. Suas ações, ainda que administrativamente relevantes, não se confundem com atos típicos de golpe de Estado”, afirma a defesa.

Na sua última manifestação, a defesa de Cid diz ainda que o ex-ajudante de ordens detalhou tudo o que sabia dentro de suas funções, confirmando que o ex-presidente defendia a tese da fraude eleitoral e que foram discutidas medidas como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de sítio e novas eleições. Porém, reiterou que o militar sempre disse que não acreditava que Bolsonaro assinaria uma minuta golpista.

Em outro trecho, a defesa cita que Mauro Cid estava alinhado com o então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, que, segundo a investigação, rechaçou qualquer plano golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Ao reconhecer, de forma objetiva e direta, que não havia qualquer elemento comprobatório de fraude, Mauro Cid reafirma sua postura de alinhamento com a verdade e com a legalidade democrática que, ao final, após acalmados os ânimos, conversou com o General Freire Gomes”, diz o documento.

CNN

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Política

Reunião de Alckmin com governadores sobre tarifaço é cancelada

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

A reunião do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com governadores, prevista para esta quarta-feira (30/7), foi cancelada. O encontro seria para discutir o tarifaço de 50% a produtos brasileiros, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A taxação extra passará a valer a partir desta sexta-feira (1°/8).

Diversos governadores, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Romeu Zema (Novo-MG), avisaram que não participariam e enviariam seus vices, como mostrou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Até aliados, como a governadora Raquel Lyra (PSD-PE), não compareceriam.

O encontro foi convocado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), presidente do Fórum dos Governadores, e ocorreria na vice-presidência. Ele esteve com Alckmin na segunda (28/7) e pediu que a reunião de emergência ocorresse antes do dia 1º de agosto, quando efetivamente começam a valer as tarifas impostas por Trump ao Brasil.

Alckmin acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para coordenar o esforço do governo para contornar a crise. Até o momento, porém, o Brasil não encontrou interlocutores no governo Trump, que citou motivos políticos, como o cerco judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como motivação para o embargo.

Governadores, especialmente de direita, tem encontrado dificuldades para se posicionar sobre o tarifaço. Tarcísio de Freitas, que governa um estado que deve ser atingido profundamente pela medida de Trump, precisou se equilibrar entre a agenda política do ex-chefe e apelo econômico para que a taxação não entre em vigor.

Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), estados do Sudeste devem ser os mais impactados pelo tarifaço. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estão no topo de ranking de exportações para o país norte-americano.

Metrópoles 

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Política

Zambelli será submetida a processo de extradição, diz Ministério da Justiça

Foto: Estadão

Presa na Itália, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) será submetida à extradição, afirmou o Ministério da Justiça nesta terça-feira (29). A extradição é um processo coletivo entre autoridades dos países para entregar uma pessoa condenada ou investigada.

A pasta confirmou que a parlamentar foi presa por autoridades italianas em Roma como resultado de cooperação policial internacional entre a polícia brasileira, a Interpol e agências da Itália.

“A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário”, continua a nota.

Presa na Itália

Carla Zambelli foi presa após se entregar a autoridades italianas. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça e pela PF (Polícia Federal).

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos, em 2023.

A parlamentar foi incluída na lista de procurados da Interpol em 5 de junho.

CNN 

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Educação

Parnamirim: “Se Liga Enem” promete mobilizar estudantes rumo ao exame nacional

Em Parnamirim (RN), a partir do dia 2 de agosto, os estudantes que vão prestar o Enem terão à disposição mais uma edição do Se Liga Enem, projeto consolidado idealizado pelo professor Ítalo Siqueira. Com início marcado para sábado, o curso gratuito acontece todos os sábados, das 8h ao meio-dia, e se estende até o dia 1º de novembro, com um grande aulão de véspera para reforçar a preparação. Ao longo de dez anos, cerca de três mil alunos já foram atendidos pela iniciativa, que mobiliza um time de professores renomados da cidade e da região.

Nesta edição, mais de 150 estudantes de Parnamirim são esperados para participar das aulas presenciais, totalmente gratuitas. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas via Instagram, tanto no perfil do vereador @professor_italo quanto no do projeto @seliga.enem. Os inscritos terão direito a material didático completo e brindes exclusivos, além de lanche durante o intervalo.

O objetivo central do Se Liga Enem é ampliar as chances de sucesso dos alunos no exame, possibilitando acesso por meio de uma preparação focada, acolhedora e de qualidade. Como destaca o autor do projeto, “Esse é um projeto do meu coração. Faço questão de oferecer aos nossos alunos o melhor; seja em relação ao material didático de suporte, lanche, estrutura em sala de aula e tudo isso sem nenhum custo para eles. Nossa equipe tem trabalhado com afinco para que nossos alunos sejam vitoriosos”, disse Ítalo Siqueira.

Ainda segundo ele, a iniciativa representa o compromisso de democratizar o acesso à educação preparatória. “Queremos democratizar o acesso a uma educação de qualidade, garantindo que cada aluno tenha suporte para alcançar uma boa nota no Enem e conquistar seu lugar na universidade”, concluiu.

Aulas presenciais, conteúdo didático estruturado e uma equipe especializada compõem o diferencial do Se Liga Enem. Os estudantes participam de simulados, resolvem questões específicas das provas anteriores e recebem dicas estratégicas sobre cada área do conhecimento — tudo em um ambiente motivador e sem nenhum custo financeiro.

Com inscrições gratuitas abertas via Instagram, os interessados devem garantir sua vaga rapidamente — pois o número de vagas é limitado, e a procura costuma ser alta. A participação assegura não apenas acesso ao curso, mas também suporte pedagógico, lanche, material de qualidade e brindes.

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Geral

Deputada Carla Zambelli é presa na Itália

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29/7) na Itália. A informação foi anunciada pelo deputado italiano Angelo Bonelli e confirmada pelo Ministério da Justiça.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Informei o endereço à polícia e, neste momento, os policiais estão identificando Zambelli”, escreveu o parlamentar italiano em sua conta no X.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato parlamentar por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com Delgatti.

Após ser condenada, a deputada bolsonarista fugiu no início de junho para a Itália, país onde tem cidadania. O governo brasileiro tentava a extradição da parlamentar, até então sem sucesso.

Metrópoles

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Geral

Dentista conhecido de Natal é denunciado pela ex-namorada por agressão física


Um dentista conhecido em Natal, identificado como Dr. Alessandro Bicca, foi denunciado pela ex-namorada por agressões físicas, tortura e ameaças durante o relacionamento. A jovem, que só agora tornou o caso público, revelou que viveu episódios constantes de violência doméstica e que, por medo e vergonha, demorou a denunciar.

Em um dos relatos, ela afirma ter sido agredida por mais de 10 horas seguidas, sendo espancada com um cabo de vassoura, arrastada, trancada em casa e obrigada a tomar banhos gelados enquanto ele cronometrou os intervalos das agressões.

O fato teria ocorrido em 2024, sem poder pedir ajuda, ela precisou deixar tudo para trás e recomeçar sozinha em outro país, na França.

Ao ver o caso de Juliana Garcia, que sofreu uma sequência de agressões dentro de um elevador em Natal, decidiu tornar o caso público, para encorajar outras mulheres.

Nos stories publicados em seu perfil, a vítima contou que os sinais de abuso começaram com controle disfarçado de cuidado, passando por ciúmes, manipulação e isolamento social. Ela diz que chegou a se afastar da família e amigos e foi convencida a parar de trabalhar. A situação teria se agravado com o tempo, culminando em episódios de violência física extrema, especialmente quando o agressor consumia álcool.

A ex-namorada relatou que, após o episódio mais grave, o dentista tentou se redimir com flores e pedidos de desculpas, alegando arrependimento e pedindo que ela não denunciasse para não “destruir” sua carreira. Ela afirma que, mesmo vivendo sob ameaças, decidiu fugir do país com apoio da família, indo para a Europa. Lá, longe do agressor, finalmente conseguiu denunciá-lo oficialmente à justiça.

O caso já tramita no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e a vítima conseguiu medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha. Documentos oficiais, fotos das lesões e prints de ameaças foram divulgados por ela nas redes sociais, reforçando o conteúdo da denúncia. A publicação gerou comoção e repercussão imediata entre os internautas.

“Monstros nem sempre rugem. Às vezes, pedem desculpas”, escreveu a jovem em um dos trechos. Ela encerra o relato dizendo que sobreviveu, mas carrega marcas físicas e emocionais, e que só decidiu expor tudo agora para que outras mulheres se sintam encorajadas a romper o ciclo da violência.

Blog do BG com informações do Celebs Potiguar

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Geral

Lula cogita ligar para Trump, mas quer ter certeza que americano vai atender e focar em comércio

Foto: Wilton Junior/Estadão

A três dias da entrada em vigor de tarifas de 50% contra exportações brasileiras, interlocutores do governo Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que não há previsão de ocorrer agora um telefonema entre o petista e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Embora a chamada esteja fora do radar no momento, a possibilidade de contato direto à distância existe e vem sendo cogitada por aliados políticos de Lula, membros da diplomacia e conselheiros presidenciais.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira, 29, que uma conversa entre os dois “não é um telemarketing” e precisa de preparação prévia. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não pode haver um sentimento de “vira-latismo” no diálogo entre Lula e Trump.

Algumas alas governistas e executivos de empresas mais afetadas pelo tarifaço defendem que o presidente tome a iniciativa de tentar o telefonema, passo que não foi decidido ainda.

O governo brasileiro gostaria de ter a certeza de que Trump não somente atenderia Lula como estaria disposto a centrar a discussão na relação econômico-comercial e negociar as tarifas, para evitar constrangimentos políticos.

Por outro lado, impera no governo Lula a visão de que Trump busca uma concessão de viés político-institucional, para reabilitar eleitoralmente o aliado Jair Bolsonaro. Nas palavras de integrantes do governo, Trump quer o “inegociável”.

Desde a posse do republicano, as interações dele com chefes de Estado e de governo estrangeiro chocaram o Planalto, que considerou ter havido “humilhações” em série a governantes estrangeiros, entre eles os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante visitas no Salão Oval da Casa Branca.

A repetição de diálogos ríspidos, acusações e hostilidades é algo a ser evitado em possível interação com Lula. Por isso, eventual contato é cercado de cuidados e deve ser preparado pelas burocracias estatais — “sem improviso”, como destaca um embaixador.

Não é a primeira vez que um telefonema entre eles é cogitado, mas não se materializa. Quando Trump foi eleito, em novembro de 2024, o governo brasileiro passou a considerar a possibilidade de uma chamada.

Lula fez uma rápida publicação nas redes sociais reconhecendo a vitória de Trump como sinal de abertura nesse sentido, mas as divergências políticas prevaleceram. Trump e Lula são de campos ideológicos opostos e fizeram campanha para seus principais adversários eleitorais um do outro. Além disso, têm um histórico de provocações e críticas mútuas.

Eles se desencontraram na Cúpula do G-7, no Canadá, em junho, e jamais interagiram.

O contato virtual voltou a ser debatido após o anúncio do tarifaço de Trump contra o Brasil, por meio de uma carta assinada e divulgada por ele nas redes sociais — documento que o Itamarty mandou devolver.

Questionado em entrevistas, Lula chegou a dizer somente telefonaria para Trump quando tivesse o que falar com ele, mas depois mudou o tom e disse que o Brasil estava disposto ao diálogo quando o republicano quisesse conversar.

O americano também já admitiu que pode conversar com Lula, em algum momento, sem nunca marcar nem tomar a iniciativa de reunião. Ao contrário, os sinais recebidos são silêncio e canais bloqueados.

Por isso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez chegar ao governo Trump sua disposição de ir a Washington nesta semana, caso pudesse ser recebido em alto nível para debater a questão tarifária.

O chanceler de Lula participou de reuniões nas Nações Unidas, nesta segunda-feira, 28, e permanece em Nova York, nesta terça-feira, 29, em articulações de bastidor, mas sem ter recebido qualquer sinal verde.

Um contato frutífero de Vieira com representante de Trump seria parte do protocolo prévio para o diálogo direto entre os presidentes.

Estadão Conteúdo

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Geral

Chanceler Mauro Vieira retorna ao Brasil sem reunião sobre tarifaço em Washington

Foto: Mauro Pimentel/Pool via REUTERS

O chanceler brasileiro Mauro Vieira encerrou a agenda nos Estados Unidos e deve retornar ao Brasil ainda nesta terça-feira (29), segundo fontes diplomáticas.

O ministro participou, nos últimos dois dias, da conferência que discute a solução de dois Estados na sede da ONU em Nova York.

Vieira havia feito um gesto ao governo americano, avisando que estaria nos Estados Unidos e disposto a ir a Washington caso a Casa Branca habilitasse algum negociador de alto nível para tratar da retomada das negociações sobre as tarifas. Mas não houve uma resposta positiva do governo Trump.

Fontes do governo americano afirmaram à CNN na tarde desta terça-feira (29) que não há nenhuma reunião prevista com o chanceler, confirmando que a tentativa do Brasil foi frustrada.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Geral

Fora do Mapa da Fome, Brasil ainda tem 50 milhões de pessoas sem alimentação saudável

Foto: Itawi Albuquerque/Folhapress

O Brasil tem 50,2 milhões de pessoas que não podem pagar por uma alimentação saudável —23,7% da população—, de acordo com dados divulgados na segunda-feira (28) pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

Ao mesmo tempo, o país deixou o Mapa da Fome da ONU, após ter saído pela primeira vez em 2014 e retornado à lista entre 2019 e 2021. O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo” mostra que, entre 2022 e 2024, menos de 2,5% da população brasileira estava em situação de subnutrição ou com acesso insuficiente a alimentos.

Para especialistas, o resultado representa um avanço, mas persistem desafios. “A batalha contra a fome não se encerra quando o país deixa o indicador. Ela continua existindo, mas não na proporção de antes”, afirma José Graziano, ex-diretor da FAO e idealizador do programa Fome Zero.

“O problema não é falta de alimento, é falta de poder de compra. O Brasil tem excedentes alimentares, tanto que exporta para o mundo inteiro. A melhora da qualidade alimentar só se resolve com aumento de emprego e de salários.”

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que, no último trimestre de 2023, 27,6% dos domicílios particulares no Brasil —o equivalente a 21,6 milhões de lares— enfrentavam algum grau de insegurança alimentar.

Desse total, 18,2% (14,3 milhões) estavam em nível leve, 5,3% (4,2 milhões) em nível moderado e 4,1% (3,2 milhões) em nível grave.

Com informações de Folhapress

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  1. Queria saber que mágica é essa, preço dos alimentos por cima da cabeça, comércio parado sem movimento, corte no bolsa família, e o Brasil saiu do mapa da fome!!! Essa conta tá certa?

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Geral

EUA podem voltar atrás e isentar café, cacau e alguns recursos naturais de tarifas, diz Secretário do Comércio americano

Foto: Brian Kaiser/Bloomberg

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que produtos que não são produzidos internamente pelos EUA poderiam entrar no país com tarifa zero. Em entrevista à CNBC Internacional, Lutnick citou produtos como manga, café, cacau e alguns recursos naturais, sem, no entanto, mencionar o Brasil, principal fornecedor de café para os EUA, e que outros países poderiam se beneficiar com tais isenções.

— Os Estados Unidos não produzem esses produtos. Então, poderiam entrar com tarifa zero.

O café brasileiro mantém-se como o principal produto exportado para os EUA, representando cerca de 33% do consumo americano. Entre janeiro e maio deste ano, os EUA compraram 17% de todo o café brasileiro exportado. Já de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), foram enviadas aos Estados Unidos 3,3 milhões de sacas de janeiro a junho deste ano. Em 2024, o país exportou mais de 8 milhões de sacas de café para a maior economia do mundo, reforçando sua posição de liderança no setor.

Quanto ao cacau, segundo dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), entre 2020 e 2024, os EUA responderam, em média, por 18% do valor total exportado pelo Brasil de derivados do fruto. Em 2024, esse valor atingiu US$ 72,7 milhões, com um volume de 8,1 mil toneladas.

Segundo fontes, nas conversas que mantém com representantes de comércio dos EUA, o governo vai propor aos EUA a exclusão de alguns itens do tarifaço de 50%, como suco de laranja, café e Embraer.

A declaração do secretário americano foi feita no segundo dia de negociações comerciais entre EUA e China, que acontecem em Estocolmo. Segundo Lutnick, as conversas têm como foco a revisão de tarifas impostas anteriormente, que chegaram a 125% de ambas as partes.

Falando a repórteres em Estocolmo, o negociador comercial chinês Li Chenggang informou que China e EUA concordaram em estender a trégua tarifária. Ele no entanto, não forneceu detalhes sobre a extensão da medida.

— As negociações foram francas e aprofundadas. Ambos os lados continuarão mantendo uma comunicação próxima daqui para frente — afirmou Li.

A negociação com a União Europeia também foi abordada por Lutnick. Ele afirmou que muitas das questões em torno do acordo comercial entre os EUA e o bloco europeu ainda estão em aberto, e que ainda há “muita negociação pela frente”.

— Eu espero continuar conversando com o pessoal de comércio da Comissão Europeia? Sim, eles me ligaram esta manhã para falar sobre outros assuntos, como serviços digitais, impostos e o ataque às nossas empresas de tecnologia — isso vai estar na mesa —disse Lutnick à CNBC, acrescentando:

— Há outras coisas que eles gostariam, como aço e alumínio, que não foram incluídas neste acordo e que também estarão na mesa.

O presidente Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concordaram no fim de semana com um acordo parcial que imporá tarifas de 15% sobre a maioria das exportações do bloco, além do compromisso de comprar US$ 750 bilhões em produtos energéticos americanos e investir US$ 600 bilhões nos EUA. Segundo o acordo, a tarifa média do bloco sobre produtos americanos deverá cair para menos de 1%.

Embora o pacto tenha reduzido o risco de uma guerra comercial que poderia causar um golpe severo na economia global, investidores e alguns líderes da União Europeia expressaram preocupações quanto aos termos do acordo e se ele trará estabilidade às relações transatlânticas.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Isso se o Eduardo Bolsonaro permitir né? Afinal, tudo que está ocorrendo é culpa dele. E ele não faz a menor questão de esconder, quem esconde é a mídia extremista da direita.

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