Brasil

Moraes usou TSE fora do rito para investigar bolsonaristas no Supremo, revelam mensagens

O gabinete de Alexandre de Moraes no STF ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal durante e após as eleições de 2022.

Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano.

Folha teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles o seu principal assessor no STF, que ocupa até hoje o posto de juiz instrutor (espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e outros integrantes da sua equipe no TSE e no Supremo.

Em alguns momentos das conversas, assessores relataram irritação de Moraes com a demora no atendimento às suas ordens. “Vocês querem que eu faça o laudo?”, consta em uma das reproduções de falas do ministro. “Ele cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, comentou um dos assessores. “Ele tá bravo agora”, disse outro.

O maior volume de mensagens com pedidos informais –todas no WhatsApp– envolveu o juiz instrutor Airton Vieira, assessor mais próximo de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, um perito criminal que à época chefiava a AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE.

Tagliaferro deixou o cargo no TSE em maio de 2023, após ser preso sob suspeita de violência doméstica contra a sua esposa, em Caieiras (SP).

Procurados por meio da assessoria do STF e informados sobre o teor da reportagem, Moraes e o juiz Airton Vieira não responderam. Tagliaferro afirmou que não se manifestará, mas que “cumpria todas as ordens que me eram dadas e não me recordo de ter cometido qualquer ilegalidade”.

O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro (de terno), e Airton Vieira, juiz instrutor de Alexandre de Moraes no STF – Reprodução/Reprodução

As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Bolsonaro. Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.

Em nenhum dos casos aos quais a Folha teve acesso havia informação oficial de que esses relatórios tinham sido produzidos a pedido do ministro ou do seu gabinete do STF. Em alguns, aparecia que o relatório era “de ordem” do juiz auxiliar do TSE. Em outros, uma denúncia anônima.

As mensagens abrangem o período de agosto de 2022, já durante a campanha eleitoral, e maio de 2023.

Folha obteve o material com fontes que tiveram acesso a dados de um telefone que contém as mensagens, não decorrendo de interceptação ilegal ou acesso hacker.

  • Ouça trechos de diálogos entre assessores de Moraes

O conjunto de diálogos mostra ao menos duas dezenas de casos em que o gabinete de Moraes no STF solicita de maneira extraoficial a produção de relatórios pelo TSE.

Ao menos parte desses documentos foi usada pelo ministro para embasar medidas criminais contra bolsonaristas, como cancelamento de passaportes, bloqueio de redes sociais e intimações para depoimento à Polícia Federal.

controverso inquérito das fake news, aberto em março de 2019, tornou-se um dos mais polêmicos em tramitação no Supremo, tendo sido usado por Moraes nos últimos anos para tomar decisões de ofício (sem provocação), sem participação do Ministério Público ou da Polícia Federal.

Dois pedidos de monitoramento e produção de relatórios sobre postagens do jornalista Rodrigo Constantino, apoiador de Jair Bolsonaro, mostram como se dava a dinâmica.

Um deles ocorreu em 28 de dezembro de 2022, a quatro dias da posse de Lula, quando, em tese, já não havia mais motivo para o TSE atuar.

O juiz auxiliar do gabinete de Moraes no STF pergunta a Tagliaferro, do TSE, se ele pode falar. “Posso sim, posso sim, é por acaso [o caso] do Constantino?”.

Depois desse áudio, os dois iniciam uma conversa sobre um pedido de Moraes para fazer relatórios a partir de publicações das redes de Constantino e do também bolsonarista Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, o último da ditadura militar.

À época, os dois entraram na mira de Moraes porque reverberaram em suas redes sociais ataques à lisura da eleição e a ministros do STF, além de incitar os militares contra o resultado das urnas.

Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE, e o ministro Alexandre de Moraes – Reprodução

Depois de Tagliaferro (TSE) encaminhar uma primeira versão do relatório sobre Constantino, Airton Vieira (STF) manda prints de postagens do jornalista e cobra a alteração do documento para inclusão de mais manifestações.

Pelas mensagens, fica claro que o pedido para produção do relatório partiu do próprio Moraes.

“Quem mandou isso aí, exatamente agora, foi o ministro e mandou dizendo: vocês querem que eu faça o laudo? Ele tá assim, ele cismou com isso aí. Como ele está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando”, diz Airton Vieira em áudio enviado a Tagliaferro às 23h59 daquele dia.

“É melhor por [as postagens], alterar mais uma vez, aí satisfaz sua excelência”, completa Vieira.

O assessor do TSE então responde, já na madrugada do dia 29 de dezembro, e afirma que o conteúdo do relatório enviado anteriormente já seria suficiente, mas que iria alterar o documento e incluir as postagens indicadas por Moraes por meio do juiz instrutor.

“Concordo com você, Eduardo [Tagliaferro]. Se for ficar procurando [postagens], vai encontrar, evidente. Mas como você disse, o que já tem é suficiente. Mas não adianta, ele [Moraes] cismou. Quando ele cisma, é uma tragédia”, responde o juiz Airton Vieira.

Dias depois dessa conversa, em 1º de janeiro de 2023, Airton Vieira manda para Tagliaferro cópia de duas decisões sigilosas de Moraes tomadas dentro do inquérito das fake news produzidas com base no relatório enviado de maneira supostamente espontânea.

“Trata-se de um ofício encaminhado pela Assessoria Especial de Desinformação Núcleo de Inteligência do Tribunal Superior Eleitoral”, diz o início da decisão, sem citar que o material havia sido encomendado em seu nome pelo auxiliar em uma conversa via WhatsApp.

Entre as postagens de Constantino que entraram na mira estavam duas: “O que se passava na cabeça de Gilmar Mendes na festa da impunidade ontem, festejando a nomeação de Lula pelo sistema? Que será o primeiro aqui a ganhar um habeas corpus?”. E a outra “é a primeira vez na história do crime organizado que as vítimas assistem, em tempo real, (sic) a quadrilha se preparando para lhes roubar, conhecem os criminosos, e não podem fazer nada porque a Justiça a quem poderiam recorrer faz parte da quadrilha.”

Nas decisões, Moraes ordena a quebra de sigilo bancário de Constantino e Figueiredo, bem como o cancelamento de seus passaportes, bloqueio de suas redes sociais e intimações para que fossem ouvidos pela Polícia Federal.

Cerca de um mês antes, em 22 de novembro de 2022, outro pedido de Moraes sobre Constantino mostra o próprio ministro efetuando as solicitações que chegaram ao órgão de combate à desinformação do TSE.

Naquele dia, às 22h49, Airton Vieira manda o print de uma conversa com Moraes em um grupo do WhatsApp chamado Inquéritos.

A mensagem mostra o ministro enviando postagens de Constantino, uma delas questionando o fato de o partido de Bolsonaro, o PL, não ter feito um questionamento ao TSE —não fica claro sobre qual tema.

“Peça para o Eduardo analisar as mensagens desse [Constantino] para vermos se dá para bloquear e prever multa”, diz a mensagem de Moraes, cujos prints foram enviados a Eduardo Tagliaferro. “Já recebi” e “Está para derrubada”, responde o assessor do TSE em duas mensagens.

 

Print de mensagem via WhatsApp em que Alexandre de Moraes faz pedido ao seu juiz instrutor Airton Vieira – Reprodução

Após pedir para Tagliaferro produzir um relatório “como de praxe”, Airton Vieira e o assessor do TSE discutem sobre se as decisões seriam pelo STF ou pelo TSE.

Em um primeiro momento, Airton Vieira diz que o bloqueio seria dado pelo TSE e a multa pelo STF. Em poucos minutos, no entanto, ele informa que tudo será pelo STF e pede para Tagliaferro caprichar.

“Eduardo, bloqueio e multa pelo STF (Rodrigo Constantino). Capriche no relatório, por favor. Rsrsrs. Aí, com ofício, via e-mail. Obrigado”, afirma.

Já na madrugada do dia 23, à 1h06, Tagliaferro envia o relatório atribuindo a informações recebidas de parceiros do setor de combate à desinformação.

“Através de nosso sistema de alertas e monitoramentos realizados por parceiros deste Tribunal, recebemos informações de frequentes postagens realizadas pelo perfil @Rconstantino, esse em uso na plataforma Twitter, no qual informam existir diversas postagens ofensivas contra as instituições, Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral”, diz o documento.

Em uma outra conversa, no dia 4 de dezembro de 2022, os próprios assessores de Moraes manifestam receio sobre o modo não convencional que vinha sendo usado.

Às 12h daquele dia, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE, pergunta a Tagliaferro: “Dr. Airton está te passando coisas no privado?”.

Após o chefe do órgão de combate à desinformação responder que sim, o juiz do TSE faz uma brincadeira sobre a possibilidade de o modelo implicar em nulidade das provas. “Falha na prova. Vou impugnar”, disse ele.

Tagliaferro então fala da sua apreensão com o modelo de envio de relatórios por meio do TSE a pedido de Airton Vieira. “Temos que tomar cuidado com essas coisas saindo pelo TSE. É seu nome”, diz ele. Em seguida, chega a sugerir um possível caminho para “aliviar isso”.

“Nem que crie um e-mail para enviar para nós uma denúncia.”

A atuação de Moraes à frente do TSE e dos inquéritos no STF rendeu críticas e elogios ao longo do tempo. Um dos períodos mais tensos para o ministro ocorreu recentemente, em abril, quando Elon Musk passou a contestar as decisões do magistrado brasileiro.

Neste contexto, uma comissão do Congresso dos EUA publicou uma série de decisões sigilosas de Moraes sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais.

Com base nesse material, a Folha revelou naquele mesmo mês de abril que o órgão do TSE de enfrentamento à desinformação havia ajudado a turbinar inquéritos do STF. O que não se sabia, no entanto, é que o grupo produzia esses relatórios a pedido do próprio gabinete de Moraes, o que agora é possível saber com base nas mensagens.

O inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, logo nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro (PL), por ordem do ministro Dias Toffoli, que indicou Moraes como relator.

O objetivo, divulgou o STF à época, era “apurar fatos e infrações relativas a notícias fraudulentas (fake news) e ameaças veiculadas na Internet que têm como alvo a Corte, seus ministros e familiares”.

Desde o início, quando censurou a revista Crusoé, o inquérito tem sido alvo de críticas por juristas, mas foi considerado constitucional pelo plenário do STF, em junho de 2020.

A PGR, ainda sob Raquel Dodge, pediu mais de uma vez o arquivamento do caso. Na gestão de Augusto Aras, a Procuradoria defendeu sua participação no inquérito, que deveria mirar apenas fatos relacionados a garantia da segurança dos integrantes do tribunal.

Fonte: Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Vi dois siris jogando bola lá no mar, vi dois siris bola jogar , lá no mar….
    Vai cair o careca , o careca vai cair lá lá ia…..
    Até cego e surdo tá vendo que é perseguição total contra Bolsonaro.
    Não existe nem um santo na política.
    Mas todo mundo tá vendo.
    Lula tá com o franzido que não passa um maruim ou vai ficar que passa uma jaca.
    Kkkkkkkkkkkk
    Vi dois siris jogando bola lá no mar, vi dois suris bola jogar , lá no mar

  2. Grande coisa…kkkkk
    Não muda nada nada nada…
    Moraes continua com o nosso máximo respeito e o Bozo continua candidato a uma vaga no sistema prisional…
    Moraes: herói democrata!

  3. Calo-me porque o silêncio é permitido, não só a mim, não conheço do processo, nem mesmo sou advogado, sou apenas um cidadão simples, e aí calo-me, mesmo que eu leia, veja ou escute, eu não li, eu não vi, eu não escutei. Celo-me!!

  4. Essas matérias da foice de São Paulo não vale na gadolandia, ainda mais quando mostra que Xandão usou métodos da lava jato que prendeu Lula né!?

  5. Morais tá certo, bando de bolsominion queriam fazer aqui o que maduro faz na Venezuela, espero que dê cadeia pesada a essa corja lixo

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Geral

Marinha confirma morte de potiguar que estava desaparecido

 Foto: Cedida/Arquivo familiar

A Marinha confirmou, em nota enviada à imprensa na tarde desta sexta-feira (20), que o corpo encontrado nessa quinta-feira (19) é do quinto tripulante, que morreu no naufrágio na costa de Pernambuco. Trata-se do potiguar Edriano Gomes de Miranda, de 47 anos. Ele era o último tripulante do navio de carga “Concórdia” que permanecia desaparecido.

“A Marinha do Brasil (MB) informa que foi confirmada a identificação do último
tripulante desaparecido no naufrágio do navio de transporte de carga “Concórdia”, que foi
localizado na tarde de ontem (19), sem vida. A MB se solidariza com os familiares dos cinco
tripulantes que vieram a óbito neste acidente”, disse por meio de nota.

Edriano Gomes era o comandante da embarcação que naufragou. De acordo com a sobrinha, Viviane Miranda, ele era o caçula de uma família de navegadores. Edriano era natural de Rio do Fogo e morava em Extremoz, na Grande Natal.

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo.

Outro potiguar que ficou entre os desaparecidos, o taifeiro Antônio Rafael Bezerra, de 64 anos, foi encontrado sem vida e teve o corpo velado por familiares na manhã de quarta-feira (18), em Ceará-Mirim. Outras três pessoas também foram encontradas mortas, enquanto quatro foram resgatadas com vida. Ao todo, havia nove pessoas na embarcação.

O naufrágio ocorreu em Ponta de Pedras, na cidade de Goiana, localizada no litoral de Pernambuco, no último domingo (15).

Fonte: Tribuna do Norte

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Geral

TRE/RN anuncia mudanças de local em seções eleitorais de Natal

Foto: TRE-RN/Divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte anunciou nesta sexta-feira (20) mudanças de local em seções eleitorais da capital.

O Juiz da 3ª Zona Eleitoral de Natal/RN, Dr. Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, comunicou aos eleitores que todas as seções que funcionavam na Universidade Potiguar (UNP), na Unidade Roberto Freire, foram transferidas para Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no setor de aulas V.

Também teve mudança na seção nº 497 da Escola José Fernandes Machado, que foi transferida para o CEI, da unidade localizada na Av. Roberto Freire.

As eleições municipais ocorrem no dia 6 de outubro. O eleitorado potiguar soma 2.649.282 pessoas aptas a ir às urnas. O crescimento em relação ao eleitorado das últimas eleições municipais, de 2020, foi de 8,2%, ou seja, 202.104 eleitoras e eleitores a mais.

Ponta Negra News

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Educação

MEC anuncia preparação de projeto de lei para vetar o uso de celulares em salas de aula em escolas públicas e privadas do Brasil

Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério da Educação (MEC) está finalizando os preparativos para divulgar, em outubro, um projeto de lei com o objetivo de para proibir uso de celulares em salas de aula de escolas públicas e privadas do Brasil.

Segundo a pasta, a iniciativa vai dar segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição.

A data de divulgação não foi confirmada.

Debate sobre a proibição

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em relatório divulgado em julho deste ano, faz uma leitura crítica da tecnologia nas salas de aula e afirma que seu uso não pode ser “soberano”.

A entidade chama a atenção para os possíveis prejuízos na concentração dos estudantes e chega a sugerir que os celulares sejam banidos das escolas.

Outro estudo, feito pela Universidade de Stavanger, na Noruega, em 2012, diz que apenas “scrollar” um site, em vez de virar a página de um livro físico, atrapalha a memória e prejudica a interpretação.

E a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que esse excesso de tecnologia leva a prejuízos na comunicação, problemas no sono e atrasos no desenvolvimento cognitivo.

Com informações de g1

Opinião dos leitores

  1. Na verdade, a esquerda detesta celular, com objetivo de ninguém ficar informado. Só pode nos presídios.

    1. “””Informado”””, tá serto(sic). Só bobagem os alunos absorvem por ele.

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Geral

VÍDEO: Deputado federal Glauber Braga é detido pela PM em desocupação na Uerj

O deputado Glauber Braga foi detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (20/9). Glauber estava no ato de ocupação da Uerj quando a PM invadiu o local.

Segundo informações obtidas pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado tentou impedir a tropa de choque da PMRJ de entrar na faculdade para acabar com um ato de ocupação feito por estudantes. Os policiais espirraram spray de pimenta contra os manifestantes, incluindo Glauber.

Glauber estava no local apoiando estudantes que protestam contra o corte de benefícios da universidade. A Uerj está ocupada desde julho e, na terça-feira (17/9), a Justiça do Rio de Janeiro determinou a desocupação do local.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro, portanto, foi ao local nesta sexta-feira para cumprir, com o uso da força, a ordem judicial.

A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP), esposa de Glauber Braga, disse à coluna que falou com o marido e ele está bem, apesar da ardência nos olhos. Bomfim afirmou que a prisão é inconstitucional:

“Uma prisão como essa foge completamente das possibilidades de prisão de um deputado”.

Em nota, o PSol do Rio de Janeiro disse que foram usados “bombas, caveirão e armas menos letais” contra o grupo de estudantes e que Glauber Braga estava no local para “proteção e defesa” e que foi detido e encaminhado para uma delegacia. O PSol fluminense informou que está indo ao encontro do deputado.

Com informações da Coluna de Guilherme Amado – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Esse vai perder o mandato, dá próxima ele é uma pessoa normal, aí vai ser na primeira instância.

  2. Esses são os representantes da esquerda. Será que vai puxar 17 anos de cadeia? Estava participando de invasão.

  3. Como se a PM tivesse obrigação de saber qual maconheiro é deputado e qual não é. Deve ser uma delícia jogar pimenta e meter bala de borracha na extrema-esquerda. Kkkkkkkkk

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Geral

VÍDEO: Bolsonaro rebate Marçal por comparar cadeirada de Datena com facada sofrida na campanha de 2018

O ex-presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo rebatendo a comparação feita por Pablo Marçal (PRTB) entre a cadeirada levada pelo ex-coach em um debate e a facada sofrida pelo ex-mandatário na campanha eleitoral de 2018.

No video, o ex-presidente chama a cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) em Marçal de “episódio lamentável” e condena tanto a atitude do candidato tucano quanto a “provocação” do ex-coach que motivou a agressão.

“Nos últimos dias, assistimos a um episódio lamentável por ocasião de um debate em São Paulo. Dois candidatos se desentenderam, um provocou o outro no limite. O provocado, não resistindo, foi para cima do outro e deu-lhe uma cadeirada. Condeno a cadeirada e condeno a provocação também, feita de forma vil. Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro do (ex-presidente americano Donald) Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018 lá em Juiz de Fora (MG)”, diz Bolsonaro no vídeo.

Ainda no vídeo, o ex-chefe do Palácio do Planalto ressalta que a facada foi uma tentativa de assassinato realizada sem provocação, diferentemente da cadeirada, que foi desferida após Marçal provocar Datena atacando a honra do tucano.

“Há uma diferença muito grande entre a facada e a cadeirada. Ele viu o possível agressor (…) Eu não conhecia o Adélio Bispo, nunca tinha ouvido falar dele. Ele se aproximou de mim e deu uma facada, que seria mortal, segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora. A facada feriu vários órgãos, perfurou o intestino.”, afirma o ex-presidente.

Bolsonaro também classificou como “lamentável” a tentativa de Marçal de comparar os dois episódios e alertou aos eleitores paulistanos para levarem em conta as atitudes do ex-coach na hora de decidir em em vai votar na eleição de outubro.

“Usar um episódio desse da cadeirada, que ele provocou, para buscar se comparar comigo com o Trump para conseguir o poder é lamentável. Nós podemos hoje em dia votar e errar. Agora, quando você já vota sabendo que vai errar, há uma diferença muito grande. São Paulo é capital mais importante do Brasil”, declara o ex-mandatário.

Igor Gadelha – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Meu presidente tá é com ciúmes, ele sabe que Marçal vai pro segundo turno segundo o veritá e já abraçou parcela grande do eleitorado de direita em São Paulo.
    É ruim pra ele e Tarcísio.
    É que Bolsonaro pensou que era dono dos votos, errou, a concepção do eleitorado da direita almeja liberdade, cabresto já mais.
    Outra coisa viu Bolsonaro, vc errou em apoiar o candidato do MDB de Michel Temer o cara que nomeou o xandão pro STF.
    Nunca que vc deveria ter colocado um vice na chapa, errou e errou feio.
    Mexeu errado nas peças do taboleiro de xadrez.

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Geral

VÍDEO: No SBT, Marçal adota versão light e pede perdão por postura em debates

Estagnado nas pesquisas eleitorais, o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, começou o debate do SBT nesta sexta-feira (20/9) com uma postura mais light em comparação ao comportamento adotado em debates anteriores, marcados por ofensas pessoais em série e pela cadeirada que ele recebeu de José Luiz Datena (PSDB) após ter chamado o tucano de estuprador.

O influenciador pediu perdão aos espectadores e disse que, daqui para frente, vai mostrar sua “melhor versão”.

“Aproveitando essa oportunidade eu quero pedir perdão para todo eleitor paulistano. A campanha começa agora. A minha tentativa até o último debate foi expor o caráter de cada um. Alguém que precisa de internação psiquiátrica, tem o perfil ditatorial, de alguém que tem boletim de ocorrência em relação a violência doméstica”, disse Marçal.

“Em todos os debates, eu nunca fui o palhaço. Eu sempre respondi aos palhaços. […] Alguém escrever sua proposta, ou chamar um marqueteiro para fazer você ficar parecendo um ‘Lulinha paz e amor’ não vai convencer ninguém. As pessoas querem saber qual é sua melhor versão e a pior. A minha pior eu já mostrei nos debates”, acrescentou.

Pablo Marçal vinha sendo acusado por adversários de usar os debates para espalhar informações falsas e fazer ataques pessoais. O influenciador chegou a dizer que precisava se comportar como “idiota” por causa da “mentalidade do eleitor”.

No debate da TV Cultura no último domingo (15/9), Marçal fez uma série de provocações a José Luiz Datena (PSDB), dizendo que o tucano seria “estuprador”, em referência a um processo por assédio sexual arquivado contra o candidato. Irritado, Datena atirou uma cadeira contra o influenciador.

O debate do SBT desta sexta-feira foi o sétimo encontro entre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. Participam Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSol), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo). Em um dos debates, organizado pela revista Veja, Nunes, Boulos e Datena não compareceram.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada nessa quinta-feira (19/9), Nunes aparece com 27% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Guilherme Boulos, com 26%. Na sequência estão Pablo Marçal (19%), Tabata Amaral (8%), Datena (6%) e Marina Helena (3%).

Mudança de postura

Na noite da última quarta-feira (18/9), Pablo Marçal admitiu, em um jantar com empresários em uma pizzaria no Jardim Europa, zona oeste de São Paulo, que precisava mudar seu discurso para atrair o eleitorado feminino. Ele disse que o tom “ríspido” adotado até aquele momento pode ter assustado mulheres.

Em vídeos publicados em seu Instagram nesta sexta, antes do debate, Marçal se dirigiu diretamente as mulheres, questionando o que poderia fazer para acabar com a rejeição ao eleitorado feminino.

Marçal ignorado

No primeiro bloco do debate do SBT, Pablo Marçal foi “escanteado” por seus adversários. O influenciador, principal alvo das perguntas em debates anteriores, foi o último a ser questionado e nos 20 minutos iniciais sequer foi citado pelos demais candidatos.

As regras estabeleciam nesse bloco que cada candidato poderia escolher para quem perguntar, sobre um tema sorteado pelo apresentador. Marçal foi questionado por Tabata Amaral (PSB), quando não havia outra opção para a candidata.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Quando a gente pensou que as eleições de SP tinham virado uma piada por conta de Tiririca eis que agora vem Boules, Datena, Marçal. Com essa turma da saudade de Tiririca.

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Geral

Após cadeirada e gritaria, eleição de SP tem primeiro debate sem tumulto entre candidatos

Foto: Reprodução/Youtube/SBT

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado na manhã desta sexta-feira (20) pelo SBT, portal Terra e Rádio Nova Brasil, foi marcado pela apresentação de propostas, com poucos ataques, diferente dos anteriores que registraram gritaria, acusações e cadeirada.

Participaram os candidatos que lideram a disputa na cidade: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

Durante o primeiro bloco, Pablo Marçal (PRTB) foi o último a ser escolhido para responder os questionamentos de outros candidatos. Ele chegou a perdir perdão aos eleitores pelos adversários, não usou apelidos como nos últimos e disse que agora terá postura de governante após mostrar sua pior versão nos outros debates.

“Eu quero pedir perdão pra todo eleitor paulistano, que a minha tentativa até o último debate, a campanha começa pra valer agora, foi expor o caráter de cada um, de alguém que precisa de internação psiquiátrica, de outro que tem um perfil ditatorial, de alguém que tem boletim de ocorrência em relação a violência doméstica, de alguém que demonstra, você viu. Não adianta ouvir propostas de 10 candidatos sendo que eles não são viáveis emocionalmente, espiritualmente, fisicamente”, afirmou.

E ressaltou: “Só pra vocês perceberem que em todos os debates eu nunca fui o palhaço, eu sempre respondi os palhaços. A Tabata, que parece a moça mais comportada de todas, ela acabou de ceder esse espaço. A grande verdade é que alguém escrever sua proposta ou chamar um marqueteiro pra fazer você ficar parecendo Lulinha paz e amor não vai convencer ninguém, as pessoas querem saber a sua pior versão e a sua melhor. A minha pior eu já mostrei nos debates. A partir de agora você vai ver alguém que tem postura de governante, que de fato gerou riqueza, gerou mais empregos”.

O encontro começou às 11h15 . As posições de cada candidato foram definidas em um sorteio feito com integrantes de todas as campanhas no dia 27 de agosto. Diferente do último debate realizado pela RedeTv!, logo após a cadeirada dada por Datena a Marçal, as cadeiras não foram parafusadas.

No estúdio houve a presença de seguranças da emissora e também dos seguranças dos candidatos. Também foi permitido ter plateia, mas apenas para convidados dos candidatos.

g1

Opinião dos leitores

    1. E com certeza o mais depravado é Boulos invasor de propriedade privada.

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Geral

“Olha a desculpa de quem não pode pisar na rua sem ser vaiado”, diz Bolsonaro sobre Lula após presidente alegar cansaço para não ir a comícios

Imagem: reprodução/Threads

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o presidente Lula dá desculpa para não ser vaiado nas ruas. Em publicação na rede social Threads, Bolsonaro compartilhou uma notícia na qual Lula alegava estar cansado e falta de segurança para faltar comícios nas eleições municipais.

“O eleito pelas urnas: olha a desculpa de quem não pode pisar na rua sem ser vaiado”, afirmou Bolsonaro em publicação no Threads.

Opinião dos leitores

  1. se brincar, BozoLadrão e Gustavo mafra são a mesma pessoa. não é possível que a pessoa babe tanto um político como esses dois! as duas peças raras têm até o mesmo modo de comentar kkkkkkkkkkkkkkkkk é muito amor envolvido por bolsonaro: o eterno amor de vocês da extrema esquerda!

  2. Mas ele é o Presidente e vai ser reeleito (pela 4a vez) enquanto o ladrão de joias vai passar uma temporada no xilindró…

    1. As joias foram entregues, mesmo não tendo valor documental ou artístico. Nem era obrigado. Agora se ele vai pra cadeia, acho que vão dar um jeito de mandar mesmo.

    2. Tenho dúvidas, será que vai dar para arrumar de novo? e o fato de ser presidente não significa nada, o filme dele está queimado.

  3. Cai fora inelegível parlapatão. O pior governo que o Brasil já teve na história, tão ruim que não conseguiu ser reeleito. Lula está bem aprovado em todas as pesquisas. Fanfarrão, esse aí gosta de reunir una gatos pingados para fazer uma patuscada.

    1. Aí é um LADRÃO iqual ao cachaceiro, vai babar ovo assim no inferno infeliz kkkkkkkk

    2. Deixe de pantomima, filhotinho.
      Lula levou por uma péinha de nada, com Globo batendo por quatro anos 24 h por dia, fora outras ações que a ditadura me impede de mencionar.

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Geral

Prefeitura de Assu comprova legalidade do cadastramento Programa Minha Casa Minha Vida

A Prefeitura Municipal de Assu, por meio da Secretaria de Assistência Social e Procuradoria Municipal, comprovou a legalidade e regularidade do processo de cadastramento para o Programa Minha Casa Minha Vida. A gestão municipal apresentou provas robustas de que o município está devidamente habilitado para a construção de unidades habitacionais dentro do programa federal.

O comunicado desmente falsas acusações feitas pela oposição. De acordo com a Prefeitura, o cadastramento de famílias interessadas faz parte das etapas do cronograma de implantação do programa e é fundamental para que a Caixa Econômica Federal possa iniciar o projeto em Assu. A gestão destacou ainda, que o município já teve a lei necessária aprovada na Câmara de Vereadores.

A habilitação oficial junto aos órgãos federais foi publicada no Diário Oficial da União. Além disso, foram disponibilizadas imagens do terreno doado destinado às construções, com uma placa instalada no local comprovando o início das providências. A gestão municipal também apresentou a documentação – disponível para consulta pública – que comprova todo o andamento do processo.

De acordo com o Procurador do Município, Frederico Bernardo, a promotora responsável pela ação que suspendeu o cadastramento não solicitou previamente as informações à Secretaria de Assistência Social, o que teria evitado a suspensão e a politização do fato.

“Se esses dados tivessem sido pedidos antes da ação, tudo teria sido esclarecido a tempo e a exploração política que estamos vendo agora não teria acontecido”, afirmou Bernardo, referindo-se à exploração político-partidária do episódio pela oposição.

A Prefeitura do Assu reforçou o compromisso com a transparência e a legalidade em todas as etapas e espera que o programa Minha Casa Minha Vida, que é essencial para atender à demanda habitacional do município, seja retomado o quanto antes.

Frederico Bernardo lamentou que a suspensão do cadastramento prejudique o andamento do programa. “Estamos seguindo todas as normas e agindo dentro da legalidade, com o único objetivo de garantir o direito à moradia para as famílias que mais precisam”, concluiu o procurador.

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Geral

Turista é presa em flagrante por injúria racial em Natal

Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução

Uma turista cearense de 62 anos foi presa por injúria racial na Praia de Ponta Negra, Zona Sul de Natal, na noite desta quinta-feira (19).

Segundo a polícia, a mulher teria agredido a vendedora de uma loja chamando a vítima de “negra macaca” durante uma discussão.

A Polícia Militar foi acionada ao local e levou a turista e a filha dela, de 28 anos, para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

A turista recebeu voz de prisão em flagrante, passou a noite detida e deverá passar por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (20).

Opinião dos leitores

  1. E quem quer dormir nas calçadas de lojas pode chamar de que?
    Não tenho advogado. Mas Pronta Negra está cheia, no calçadão.

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