Jornalismo

Operação do MP investiga esquema por meio de servidores fantasmas de desvio milionário na Assembleia do RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta segunda-feira (17) a operação Canastra Real, com o objetivo é investigar o desvio de R$ 2,4 milhões em recursos públicos na Assembleia Legislativa do estado envolvendo servidores fantasmas, em esquema iniciado em 2015. A ação conta com o apoio da Polícia Militar.

Participam da operação 28 promotores de Justiça, 26 servidores do MPRN e 70 policiais militares. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Natal, Espírito Santo, Ipanguaçu e Pedro Velho.

Opinião dos leitores

  1. Não …inventaram a RODA ???? Isso é mais velho que mijar pra frente ,se perguntar para uma criança de 4 anos ela saberá dizer que existe funcionários fantasmas em todo o canto ,terceirizados então !!! E a fonte ,na licitação pedem 400 ASGs ,pagam os 400 ,mas só trabalham 200 o restante é PF ( por fora) me diga se existe alguém para contar esse povo pela manhã na repartição pública????

  2. Omi, Gilmar num disse pra não fazer nada nessas eleições, tomara que não seja na ALRN nem no governo, porque acho que já descobriram todas a corrupções mas, os deputados, senadores e o governador, tão aí comprando tudo e todos com o dinheiro desviados dos cofres públicos, impunemente. E, tem gente ainda brigando por eles.

    1. E o moleza do Garibaldi e seu filho só aparecem nas eleições ,e os idiotas do povo potiguar acredita ,castigo para OTARIO É CHIBATA

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Geral

Confirmado primeiro caso de gripe aviária do ano no Estado de São Paulo

Foto: Foto: Dusko/Adobe Stock

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou o primeiro caso de gripe aviária no Estado, em 2025. Segundo a pasta, não há risco para a população, nem impacto à cadeia produtiva de aves e ovos. O foco ocorreu em uma marreca-caneleira, ave silvestre localizada na região central de Diadema, município da Grande São Paulo.

No Brasil, o primeiro caso de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade) em granjas comerciais foi registrado no dia 15 de maio, em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A ocorrência levou cerca de 20 países, entre eles China, África do Sul e México, a suspenderem as importações de carne de frango do Brasil.

O caso positivo de São Paulo foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP). Segundo a Secretaria de Agricultura, trata-se de um caso isolado, em ave silvestre migratória, sem qualquer relação com granjas comerciais ou produção de alimentos.

Segundo a pasta, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) fez o exame e colheita de amostras da ave. Ela foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava sinais clínicos, como dificuldade de voar, letargia e alterações respiratórias e neurológicas.

Este ano, o Estado de São Paulo teve 37 notificações para influenza aviária, mas nenhum caso havia sido confirmado. Em 2024, houve apenas um foco confirmado em 110 notificações. No ano anterior, São Paulo registrou 53 focos, todos em aves silvestres.

Sem embargo à carne ou risco à população

Conforme a CDA, em se tratando de foco de influenza aviária em ave silvestre, não ocorre embargo nas exportações de carnes e ovos, não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal. O governo de São Paulo garante não haver risco à população nem impacto na produção avícola, e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro.

Conforme a CDA, não há estabelecimentos avícolas comerciais no raio de 10 quilômetros da ocorrência do foco. Serão realizadas ações de vigilância na área para identificar a possível ocorrência de mortandade em aves ou a existência de sintomatologia compatível com a doença. Os moradores locais serão instruídos para identificar eventuais sinais da gripe.

Segundo o governo, a Defesa Agropecuária está em contato permanente com equipes técnicas da Secretaria da Saúde, Secretaria do Meio Ambiente e administrações de Parques Zoológicos do Estado, além de organizações não governamentais, para ações conjuntas de enfrentamento à gripe aviária.

O que a população deve saber

A Defesa Agropecuária reforça que o consumo de carne de aves e ovos não transmite a doença, mas as pessoas não devem tocar em aves que apresentarem sinais clínicos.

A infecção humana ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas, portanto aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção individual (luvas e máscaras).

O Estado de São Paulo não registrou, até o momento, nenhum caso da doença em humanos. A pasta da Agricultura elaborou um plano de contingência para coordenar ações para enfrentamento em caso de influenza aviária em humanos.

A secretaria realiza o monitoramento dos munícipes envolvidos na notificação do caso em Diadema.

Estadão

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Mundo

Trump diz que responderá com ‘força total’ caso Irã ataque os EUA: ‘Níveis nunca antes vistos’

Foto: Bloomberg

O presidente Donald Trump alertou o Irã neste domingo que o país enfrentaria o que seria a “força total” das Forças Armadas dos Estados Unidos caso atacasse o país e enfatizou que Washington “não tem nada a ver” com os ataques de Israel às instalações nucleares de Teerã.

“Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos Estados Unidos recairão sobre vocês em níveis nunca antes vistos”, disse Trump. Ele acrescentou que poderia “facilmente” chegar a um acordo entre Irã e Israel e “encerrar este conflito sangrento!”

A operação lançada por Israel na sexta-feira atingiu instalações nucleares e militares iranianas, matando dezenas de pessoas, incluindo comandantes militares de alto escalão e cientistas nucleares, segundo Teerã.

Irã lança mais de 100 mísseis balísticos, explosões atingem Tel Aviv, e Israel emite alerta à população

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu atacar “todos os alvos do regime dos aiatolás”, e o Irã respondeu com o lançamento de uma série de mísseis. Na sexta-feira, o presidente dos EUA instou Teerã a chegar a um acordo ou enfrentar ataques “ainda mais brutais” de Israel.

Durante seu primeiro mandato, um acordo nuclear histórico com o Irã, negociado pelo ex-presidente Barack Obama, foi suspenso em 2018, quando Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos e restabeleceu as sanções.

O Globo

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Tecnologia

Com 168 milhões de ameaças, Brasil está entre os países mais atacados por malwares em 2024

Foto: Divulgação/MTIC/Arquivo

O Brasil é o sexto país com o maior volume de ameaças de malware no mundo, segundo o relatório “Trend Micro Cyber Risk Report 2025″. Um malware é qualquer software projetado com a intenção de causar danos, roubar informações ou obter acesso não autorizado a sistemas digitais. Durante 2024, foram detectadas mais de 168 milhões de ameaças no país.

O Brasil ficou atrás de Japão, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Taiwan. Segundo Flávio Silva, diretor técnico da Trend Micro Brasil, plataforma de cibersegurança, o relatório mostra a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas.

Ele diz que a posição de destaque do Brasil no ranking global não é uma surpresa. “Historicamente, o Brasil tem sido um dos países mais visados por cibercriminosos, devido à sua grande população conectada e à rápida digitalização de serviços financeiros e governamentais”, explica.

Para o especialista, “a combinação de uma vasta superfície de ataque com lacunas na maturidade de segurança cibernética contribui para essa posição de destaque no ranking de países mais atacados”.

“O Brasil é um país que tende a adotar tecnologias emergentes de forma rápida, aumentando a superfície de ataques. Diante disso, o país tem sido alvo de ataques cibernéticos sofisticados que visam setores críticos, como transporte e manufatura“, completa Silva.

O estudo também identificou mudanças no perfil das ameaças. Conforme as informações, os ataques com ransomware aumentaram, e as “campanhas” de phishing tornaram-se mais sofisticadas.

Ransomware

Nesse tipo de ataque, os invasores sequestram dados corporativos por meio de criptografia e exigem o pagamento de resgates para restabelecer o acesso às informações.

Phishing

Consiste no envio de mensagens falsas, muitas vezes disfarçadas como comunicações legítimas, visando enganar usuários e obter credenciais, instalar malware ou acessar dados sensíveis.

Soluções

Quando o objetivo é mitigar riscos digitais, Flávio Silva alerta que a visibilidade dos ativos digitais também é essencial. “A visibilidade completa dos ativos digitais permite identificar pontos vulneráveis e priorizar ações de mitigação”, explica.

Segundo Flávio Silva, apesar dos desafios, há avanços. “Observamos uma evolução positiva, com mais empresas reconhecendo a importância da cibersegurança como parte estratégica do negócio. No entanto, ainda há um caminho a se percorrer, especialmente na adoção de práticas proativas e na integração de segurança desde o início dos projetos.”

R7

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Economia

Lula ouve cobrança por emendas em reunião com Motta e Lira sobre pacote de aumento de impostos

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu neste sábado (14) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) para tentar debelar a rebelião dos parlamentares contra o pacote de aumento de impostos apresentado pelo governo para reduzir o déficit nas contas públicas.

O recado dado ao presidente da República foi de que as insatisfações no Congresso com o governo são enormes por causa de acordos não cumpridos, da insistência em aumento da carga tributária sem corte de despesas e, principalmente, pela demora na execução das emendas parlamentares ao Orçamento.

A reunião foi convocada por Lula após a cúpula da Câmara indicar ao governo que a MP (medida provisória) de alta de impostos não deve avançar no Congresso se não houver uma mudança de rota do Palácio do Planalto com a apresentação de outras medidas de corte de despesas.

Motta pautou para segunda-feira (16) a votação do requerimento de urgência para acelerar o projeto que pode sustar a eficácia do decreto que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Também participaram do encontro deste sábado os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), mas Fernando Haddad (Fazenda) não foi chamado, embora o assunto fosse o pacote fiscal. Procurada, a Fazenda não comentou.

Na conversa, Lula buscou entender os motivos pelos quais Motta classificou como “histórica” uma reunião com Haddad no domingo à noite para discutir medidas alternativas à alta do IOF e, no dia seguinte, criticou as propostas e cobrou que o governo cortasse gastos.

O presidente da Câmara respondeu que atendeu a um pedido da maioria dos partidos, que representam mais de 300 deputados, para incluir a urgência na pauta e que alertava desde o início de sua gestão sobre o esgotamento do clima no Congresso e na sociedade para novas medidas de aumento de impostos.

Também haveria desconforto com a inclusão na MP de propostas que não estavam discutidas, como uma trava ao uso de compensações tributárias, e da falta de iniciativas mais estruturantes para redução de despesas no médio e longo prazo.

O que não seria viável, segundo o presidente da Câmara, é o Congresso enfrentar novo desgaste no ano pré-eleitoral para apenas tapar um buraco, sem atacar os problemas de crescimento das despesas. Ele lembrou da votação do pacote fiscal no fim do ano e destacou que “não dá para discutir um novo pacote a cada três meses”.

O presidente da Câmara, no entanto, teria afirmado que o governo terá quatro meses para negociar o conteúdo da MP e que parte das iniciativas pode ser aprovada, como mudanças no Atestmed, de liberação de auxílio-doença do INSS sem passar por perícia, e no seguro defeso para combater fraudes na concessão de benefícios assistenciais.

Para essas medidas prosperarem, no entanto, Motta e Lira cobraram que o governo acelere a execução e o pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento. Hoje, ressaltaram, os líderes dos partidos não têm condições de pedir apoio ao governo em suas bancadas porque o clima com o Executivo é péssimo.

Eles comentaram que estão na Câmara há 15 anos e que é a primeira vez que o governo chega ao meio do ano sem liberar praticamente nenhuma emenda parlamentar.

Até agora, o Executivo só empenhou (jargão técnico para a primeira etapa da execução orçamentária, com a reserva de dinheiro) R$ 85 milhões de R$ 50,4 bilhões previstos para 2025 –o que representa 0,1% do total.

Além disso, reclamam que os recursos das emendas de relator e de comissão continuam paralisados, mesmo após o Congresso aprovar atas com os nomes dos autores. Essas verbas foram criticadas pela falta de transparência sobre os padrinhos políticos e viraram alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), que só desbloqueou a execução em fevereiro.

Gleisi justificou na reunião que o próprio Congresso atrasou a votação do Orçamento, que só ocorreu em março, e que ainda é preciso adaptar as regras internas para liberação dos recursos às decisões do STF.

Antes, por exemplo, bastava fazer as transferências das chamadas emendas Pix direto para a conta das prefeituras. Agora, é necessário que o prefeito apresente um plano de trabalho, que será analisado pela União antes do repasse.

Outros pontos de desconforto do Congresso, contou a cúpula da Câmara ao presidente, são a demora para pagar as verbas extras prometidas para quem votasse a favor do pacote de ajuste fiscal em dezembro e a reclamação dos prefeitos com as obras paradas e cortes. Isso faz com que novas promessas sejam vistas com ceticismo.

Ao fim do encontro, Motta prometeu conversar com os líderes dos partidos nesta segunda para avaliar a situação e fazer um balanço das promessas do governo, mas não indicou que recuará de pautar a urgência ao projeto de decreto legislativo na segunda-feira.

Já Gleisi se comprometeu a agilizar a liberação das emendas parlamentares e empenhar pelo menos R$ 600 milhões neste fim de semana para melhorar o ambiente.

Procurados, Motta, Lira, Gleisi e o Planalto não comentaram. Lula saiu da reunião para o lançamento de um sistema de alertas da Defesa Civil para municípios da região Nordeste, mas não falou sobre o encontro ou as medidas de alta da arrecadação no discurso.

Folha de S.Paulo

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Mundo

Irã suspende negociação com os EUA sobre acordo nuclear

Foto: Reprodução

O Irã anunciou neste sábado (14) que as negociações sobre o acordo nuclear com Estados Unidos estão suspensas até que Israel cesse os ataques ao país. Uma nova rodada de negociações estava marcada para domingo (15) em Mascate, capital de Omã.

A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores omani, Badr Albusaidi, no X (antigo Twitter). “No entanto, a diplomacia e o diálogo continuam sendo o único caminho para uma paz duradoura”, disse.

Ofensiva israelense

A ofensiva de Israel começou na 5ª feira (12.jun.2025) –madrugada de 6ª feira (13.jun), no horário local, durante negociações diplomáticas entre EUA e Irã sobre o programa nuclear iraniano.

Tel Aviv alega que o país persa está avançando na construção de armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua existência.

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os ataques tinham como alvo instalações militares israelenses usadas para bombardear o território iraniano.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em mensagem gravada na 6ª feira (13.jun) que o país não permitirá que Israel “escape com segurança” do “grande crime” que cometeu.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud), prometeu que a campanha militar vai durar “o tempo que for necessário” e pediu que a população se prepare para um período difícil.

Em vídeo publicado na noite de 6ª feira (13.jun), Netanyahu declarou que o Irã “nunca esteve mais fraco” e que a operação Leão Ascendente tem como objetivo conter a ameaça iraniana à sobrevivência de Israel. Segundo o primeiro-ministro, os planos para o ataque foram traçados no ano passado, depois da morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado do Irã no Líbano. A ofensiva estava prevista para abril, mas foi adiada.

O confronto atual representa a escalada mais intensa em décadas nas relações entre Irã e Israel, elevando os temores de um conflito regional mais amplo, com possível envolvimento dos EUA e de outras potências globais.

Poder 360

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Geral

Em 8 idas ao G7, Lula reclamou do grupo e teve sugestões ignoradas

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa a partir de segunda-feira (16) da 51ª Cúpula do G7, grupo que reúne os 7 países mais industrializados do mundo. Essa será a 9ª participação em encontros do grupo nos 11 anos à frente do Palácio do Planalto.

Lula exalta os convites por entender ser um reconhecimento internacional de seu governo e da importância do Brasil no cenário global. Apesar disso, o presidente costuma vocalizar em reuniões do G7 propostas que nem sempre vão para frente. O Poder360 fez uma pesquisa sobre o tom dos discursos do petista e o que aconteceu na sequência.

Em 8 participações, Lula não fechou acordos bilaterais, o que não é foco da cúpula. O petista manteve reuniões com líderes dos 7 países do grupo –Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mas falhou em conseguir incluir sugestões nas declarações finais da cúpula.

A relação de Lula com o G7 foi marcada por frustrações e cobranças. Desde sua 1ª participação, em 2003, na França, o líder brasileiro criticou o que considera ser a exclusão de economias emergentes dos principais debates globais. Na ocasião, defendeu a criação de um fundo mundial de combate à fome, proposta que acabou não sendo acatada.

Foto: Poder 360

Em 2005, no Reino Unido, Lula voltou a insistir no combate à pobreza, destacando a urgência de aumentar a ajuda à África. Embora o grupo tenha prometido destinar US$ 50 bilhões até 2010, a promessa não foi cumprida integralmente e só um valor reduzido foi acordado posteriormente, na cúpula de 2009.

Nas duas últimas idas em sua 1ª passagem no Executivo, o petista intensificou sua campanha pela ampliação do grupo e alegou que o então G8 estava perdendo importância. Em 2008 cobrou mais diálogo entre os países industrializados e o G5, grupo de economias emergentes formado com África do Sul, China, Índia e México. No ano seguinte, disse que as discussões econômicas deveriam ser concentradas no G20, do qual o Brasil faz parte.

De resultado concreto nessas duas ocasiões, em 2008 foi possível obter algum consenso na defesa da eliminação dos subsídios agrícolas, uma pauta que Lula já levantava desde a reunião de 2005. Na cimeira de 2009, saiu mais otimista depois de uma reunião com o então presidente dos EUA, Barack Obama, que sinalizou avanços em negociações climáticas, embora o acordo só tenha se concretizado na COP21 de Paris em 2015.

Lula foi reeleito à Presidência da República em 2022. Já no 1º ano de volta ao governo, foi convidado pelo premiê japonês Fumio Kishida para a cúpula do G7 no país. Depois de 14 anos, o discurso crítico e o pedido de mudanças se manteve. Sem resultado.

No Japão, o presidente fez críticas aos “blocos antagônicos” e cobrou maior comprometimento dos países ricos no combate às mudanças climáticas. Além disso, defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e tentou promover uma reunião com Volodymyr Zelensky, líder da Ucrânia, que acabou não se concretizando.

Ano passado, na Itália, Lula voltou a defender que os diálogos pela paz na Ucrânia incluíssem a Rússia, algo que não foi acolhido pelo grupo, que manteve seu apoio a Kiev e incluiu a questão no documento final.

O presidente brasileiro também criticou o aumento dos gastos militares dos países mais ricos, mas a tendência global é de aumento. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), capitaneada pelos EUA, discute a possibilidade de os países integrantes elevarem os gastos em defesa de 2% para 5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Agora, em 2025, Lula chega contrariado à 51ª Cúpula do G7, com uma trajetória marcada por críticas constantes ao modelo de governança global representado pelo grupo. Apesar das divergências, sua presença sinaliza que, mesmo desconfortável, o Brasil segue buscando espaço nas grandes discussões multilaterais.

A reunião será realizada a partir deste domingo (15.jun) e termina na 3ª feira (17.jun) em Kananaskis, na província de Alberta (Canadá). Além do Brasil, foram convidados para a cúpula: África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia, México e Ucrânia. Segundo o governo brasileiro, os temas da reunião serão segurança energética e preservação de florestas.

Lula no Canadá

Lula embarca de Brasília para o Canadá na 2ª feira (16.jun), às 8h. Chega no fim da tarde no horário local. A agenda do 1º dia inclui apenas um jantar de boas-vindas. Na 3ª feira (17.jun), o chefe do Executivo brasileiro participa da foto oficial dos países integrantes e convidados e do debate geral. Lula deve retornar ao Brasil na noite do mesmo dia.

A única bilateral confirmada é com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney (Partido Liberal, centro-esquerda). Outras reuniões com chefes de governo, se houver, se darão depois do encerramento da cúpula.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , pediu um encontro particular com o petista, mas a reunião ainda não foi marcada. De acordo com o Itamaraty, Lula está disposto a encontrar o líder ucraniano. Os diplomatas dizem que tentam achar um tempo na agenda do presidente. Se for realizada, será a 2ª reunião privada entre Lula e Zelensky. A 1ª foi realizada em Nova York, em 2023.

O presidente brasileiro deve se avistar com Donald Trump somente na reunião ampliada do grupo. Não há previsão de reunião bilateral entre os 2.

Poder 360

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Geral

Lula vai tentar costurar neutralidade de aliados de centro e de direita em 2026

Foto: Olivier Chassignole/AFP

Diante da cada vez mais pública manifestação de insatisfação dos partidos de centro e de direita hoje no governo Lula (PT), petistas e integrantes do Palácio do Planalto afirmam que vão trabalhar para que União Brasil, PP, Republicanos, PSD e MDB fiquem neutros nas eleições de 2026, ou seja, não apoiem formalmente a candidatura do campo bolsonarista.

A ideia é também investir no apoio regional de lideranças desses partidos, caso alguns deles coliguem, formalmente, com um candidato adversário de Lula.

Esses cinco partidos controlam 11 ministérios e são cruciais para a manutenção da governabilidade de Lula no Congresso Nacional, tendo em vista o caráter minoritário da esquerda na Câmara e no Senado.

Até pouco tempo, havia uma movimentação de bastidores principalmente no MDB e no PSD para ocupar a vice na possível chapa de Lula à reeleição, mas hoje esse cenário é visto como pouco provável não só nessas siglas, mas no governo e no PT.

Os ventos mudaram, pelo menos por ora, em decorrência da deterioração da popularidade presidencial e do esgarçamento da relação com o Congresso em meio às crises do Pix, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, mais recentemente, do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12), mostrou que o movimento de recuperação na avaliação de Lula foi interrompido. Segundo o instituto, reprovam o petista 40%, ante 28% que o aprovam —mantendo, em relação ao índice de ruim ou péssimo, o pior patamar dos três mandatos do político.

De acordo com aliados do presidente, se não houver uma recuperação da popularidade, a neutralidade dos cinco partidos aliados, ou de parte deles, já será um bom resultado para o governo.

A ideia, nesse caso, é repetir em linhas gerais o que ocorreu no segundo turno da campanha de 2022, quando Lula enfrentou o então titular do cargo, Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, nenhuma das cinco legendas apoiou formalmente o PT —duas delas, PP e Republicanos, estavam, inclusive, na chapa de Bolsonaro—, mas Lula contou com o trabalho de alas das legendas.

Uma das mais simbólicas, por exemplo, foi a adesão da hoje ministra Simone Tebet (Planejamento), que disputou o primeiro turno pelo MDB e ficou em terceiro lugar, com 4,16% dos votos válidos.

Folha de S.Paulo

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Mundo

Número de mortos sobe para 13 em Israel em últimos ataques iranianos

Foto: CNN

O número de mortos em ataques noturnos (no horário local) do Irã em Israel subiu para 13, enquanto equipes de emergência em terra continuam as operações de busca e resgate.

Seis pessoas morreram na cidade costeira central de Bat Yam, onde um prédio foi atingido diretamente, de acordo com a organização israelense de busca e resgate ZAKA.

Outros quatro foram mortos na cidade de Tamra, no norte palestino-israelense, onde prédios também foram atingidos.

Os nomes e fotos das quatro pessoas mortas por ataques iranianos no norte de Israel durante a noite foram divulgados, com um morador descrevendo o terror de viver sem abrigo seguro.

Quatro pessoas foram mortas na cidade palestino-israelense de Tamra após um ataque atingir um prédio residencial, de acordo com equipes de emergência israelenses.

“As aldeias e cidades nos territórios palestinos dentro de Israel pagam o preço”, disse um morador de Tamra à CNN.

Esses lugares “não têm abrigos… Isso significa que foguetes são lançados e tentativas são feitas para desmantelá-los sobre as cabeças do nosso povo”.

Muitas cidades palestino-israelenses no norte do país “carecem de abrigos públicos, áreas protegidas e instalações de abrigo em instituições educacionais”, de acordo com a Associação pelos Direitos Civis em Israel.

Desde a escalada do conflito na sexta-feira (13), o número de mortos em Israel totaliza 13 pessoas.

CNN

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Geral

Bolsonaro convoca ato na Paulista em 29 de junho: “A luta continua”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou neste sábado (14.jun.2025) seus apoiadores para participarem de um ato na avenida Paulista, em São Paulo, marcado para 29 de junho, um domingo.

A manifestação é organizada pelo pastor Silas Malafaia e terá como tema “Justiça já”. Segundo o religioso, o protesto será uma reação ao julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal), no qual o ex-mandatário é acusado de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022.

Em vídeo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Telegram, o ex-presidente declarou que a “luta continua”.

“Mais uma vez, eu te convido: no próximo dia 29, domingo, às 14 horas, na [avenida] Paulista. A luta continua. Por democracia, por liberdade, por justiça. Compareça!”, declarou Bolsonaro.

O último ato bolsonarista foi realizado em 7 de maio, em Brasília, com o mote da “anistia humanitária” aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas.

Batizada de “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária”, a manifestação partiu da Torre de TV, no centro da capital federal. Os manifestantes se concentraram na sede da Funarte às 15h e seguiram em caminhada até a Esplanada dos Ministérios, onde chegaram por volta das 16h30.

Poder 360

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Geral

VÍDEO: Irã lança nova onda de mísseis contra Israel; sistemas de defesa israelenses operam para interceptar ofensiva

O exército de Israel afirmou ter identificado mísseis lançados do Irã em direção ao país neste sábado (14), e que sistemas estavam operando para interceptá-los.

“O público está instruído a entrar em um espaço protegido e permanecer lá até novo aviso”, afirmou o exército em um comunicado.

A TV estatal iraniana informou que a ofensiva contra o território israelense inclui lançamento de mísseis e drones.

Mais cedo neste sábado, Israel disparou uma nova onda de ataques contra diversos alvos no Irã, retaliação iraniana era esperada.

CNN Brasil

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