Judiciário

MPT/RN totaliza mais de duas mil autuações em 2016

O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN) fecha 2016 com 318 termos de ajustamento de conduta
(TACs) firmados por empregadores que, em audiências em Natal, Mossoró e Caicó, assumiram compromissos de cessar irregularidades trabalhistas, sob pena de multa. As ações ajuizadas perante a Justiça Trabalhista no período também resultaram em condenações importantes, em especial relacionadas à saúde e à segurança dos trabalhadores.
Ao todo, foram realizadas 2324 autuações, que envolvem 6392 trabalhadores no estado. Entre os números que refletem a atuação extrajudicial do MPT/RN, além dos 318 TACs, aconteceram aproximadamente 1500 audiências, com o objetivo de garantir o respeito aos direitos coletivos dos trabalhadores e 57 mediações, boa parte delas relacionadas à categoria dos vigilantes.
Para o procurador-chefe, Fábio Romero Aragão Cordeiro, o balanço demonstra
o importante papel conciliatório do órgão, que possui 12 procuradores do Trabalho no RN. “Diariamente, em nossas salas, buscamos pôr fim a conflitos trabalhistas de forma rápida e eficaz, e temos obtido bons resultados no âmbito do próprio MPT/RN”, conta.
O órgão sediou, ainda, audiências públicas e reuniões de fóruns sobre: Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, pelos 25 anos da Lei de Cotas; saúde e segurança do trabalhador, com programação especial no Abril Verde, mês que marca o combate aos acidentes de trabalho; trabalho infantil e aprendizagem; combate aos impactos dos agrotóxicos, entre outros eventos.

Vale destacar que os 63 procedimentos de
acompanhamento judicial autuados em 2016 se referem apenas à atuação
judicial da instituição como autora do processo, ou seja, como órgão
agente. Deste total, foram ajuizadas pelo MPT/RN 35 ações civis públicas, 9
ações de execução de TACs, além de outras medidas coletivas, como mandados
de segurança e ações anulatórias. “O ajuizamento de ação é nosso último
recurso, normalmente utilizado apenas quando a empresa se recusa a firmar
TAC ou descumpre obrigações de TACs já firmados”, explica o
procurador-chefe.
Já como órgão interveniente, o MPT/RN pode manifestar-se até mesmo em ações
individuais, com a emissão de pareceres, quando houver interesse público em
questão. Quanto a esse tipo de atuação judicial, foram recebidos 4.436
processos da Justiça do Trabalho em 2016, nos quais o MPT/RN emitiu
parecer, apresentou recurso ou se pronunciou, de forma fiscalizadora, na
defesa de direitos sob sua garantia.
A instituição teve destaque, ainda, na semana de conciliação promovida pelo TRT/RN, quando acordos firmados em processos do MPT em Natal
e Mossoró resultaram no pagamento de valores superiores a R$ 4 milhões e
700 mil, junto às demais obrigações fixadas. A maior quantia foi obtida em
acordo com o Walmart, que pagou mais de R$ 1,2 milhões, revertidos em
benefício de seis entidades filantrópicas de Natal.
Ao longo do ano, outros acordos foram celebrados, como a conciliação
decorrente de dois processos movidos pelo MPT de Mossoró: um contra a
Caern, motivado por acidente de trabalho que vitimou fatalmente um
empregado, na barragem de Pau dos Ferros (RN); outro contra o Estado,
devido às condições precárias da delegacia de Marcelino Vieira. O
compromisso garantiu R$ 450 mil para reformas de delegacias do alto oeste
potiguar.
As ações ajuizadas pelo MPT/RN em 2016 também resultaram em condenações
importantes, a exemplo da sentença de abrangência nacional que impede a
Confederação Brasileira de Futebol de marcar jogos entre 11h e 14h, exceto
sob certas condições, como o monitoramento para prevenir danos causados pelo estresse térmico.
Em ação de notório caráter preventivo, a empresa de segurança Prosegur, que
opera em 21 países, foi condenada ao pagamento de R$ 1 milhão por dano
moral coletivo em função de inúmeras irregularidades relacionadas à jornada
de trabalho de vigilantes, que chegaram a ser de até 18 horas diárias.
O MPT no Rio Grande do Norte ainda atuou de forma intensiva para coibir
práticas de assédio moral no ambiente de trabalho, a exemplo das ações
propostas contra a Traga Transportes e o Banco Bradesco. A primeira,
segundo largamente comprovado no processo, ofendia seus trabalhadores
sistematicamente utilizando palavras de baixo calão e agressões explícitas,
sendo condenada ao pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo. Já o
Bradesco, denunciado pelo Sindicato dos Bancários do RN por submeter
trabalhadores a situações vexatórias, teve condenação em R$ 1 milhão
reconhecida em segunda instância pelo TRT 21ª Região.

 

Opinião dos leitores

  1. Diz-se que a justiça do trabalho e o MPT são muito rigorosos.
    E acredito que muitas vezes sejam mesmo. Pelo menos é o que empresas no Estado alegam, conforme veiculado na imprensa.
    Uma vez ouvi um deputado de santa Catarina dizer que um pequeno proprietário criador de porcos, na época das crias, parto, passam a noite no chiqueiro.
    Se um funcionário passar a noite no chiqueiro, o ministério do trabalho (não MPT) vão multar como trabalho escravo. Um exagero.
    Em Natal é comum em postos de gasolina o combustível se espalhar no ar, prejudicando funcionários e clientes.
    Nunca vi solução para isso, um problema visível e notório.
    Já vi em outras cidades que há uma proteção no bocal dá mangueira para impedir a saída dos vapores. Medidas simples.
    Também não concordo com essa proibição de criança trabalhar. Antigamente trabalhava e dava certo.
    Hoje não trabalham e muitas acabam entrando para o mundo do crime.
    O estado proíbe de trabalhar, mas não consegue impedir que entre para a criminalidade.

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RN

RN aparece no fim da fila do crescimento no Nordeste e no Brasil em 2025


O Rio Grande do Norte aparece apenas na 21ª colocação entre os estados com maior projeção de crescimento do PIB em 2025, segundo levantamento da Resenha Regional do Banco do Brasil.

A previsão de 1,8% o coloca como o penúltimo do Nordeste, atrás até de estados historicamente mais frágeis economicamente.

O dado expõe fragilidades na gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), que enfrenta críticas por falta de desenvolvimento econômico e pouca atração de investimentos.

O desempenho abaixo da média nacional é um alerta sobre os rumos do futuro do estado potiguar.

Veja a projeção de crescimento do PIB: 

 

Fonte: Resenha Regional do Banco do Brasil de maio de 2025.

Blog do BG

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Brasil

Oposição critica falas de Lula e Janja sobre TikTok em reunião com presidente da China

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Líderes da oposição criticaram as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama Rosângela Lula da Silva sobre o TikTok durante reunião com o presidente da China, Xi Jinping.

Na noite de terça-feira (13), Lula afirmou que Janja pediu a palavra durante o encontro para levantar preocupações sobre ações contra mulheres e crianças ocorrendo na plataforma. A primeira-dama é defensora da regulamentação das redes sociais.

Lula também disse que pediu a Xi Jinping o envio de uma “pessoa de confiança” para discutir o tema no Brasil.

Em publicação no X na terça-feira, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a primeira-dama passou “vergonha internacional”.

“Janja foi para a China, tentou lacrar… e passou vergonha internacional. Criticou o TikTok bem na frente de Xi Jinping — num encontro diplomático! Irritou a comitiva chinesa e envergonhou o Brasil. Primeira-dama não é chanceler. Diplomacia não é palco de lacração”, escreveu no X.

“Quando o presidente da República busca inspiração nesse modelo para lidar com as redes sociais no Brasil, o que está sendo confessado ao mundo é o desejo de transformar nossa democracia em um simulacro autoritário”, escreveu.

Em publicação no X, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (RN), criticou as falas do presidente. “O ato falho de Lula revela, com clareza, a força da chamada ‘democracia relativa’ que a esquerda pretende implantar no Brasil. Para o PT, o modelo ideal de regulação das redes sociais é o chinês”, publicou.

O deputado Nikolas Ferrreira (PL-MG), repostou uma publicação do colega de Câmara André Fernandes (PL-CE): “o roteiro é sempre o mesmo. Perdem o debate nas redes sociais, ficam incomodados e começam a falar em regulação, com direito a pedido de ajuda a uma ditadura.”

Insatisfação

A conversa entre Lula, Janja e Xi Jinping foi divulgada pela imprensa na terça-feira e gerou críticas entre parlamentares e outras autoridades, que condenaram o comentário da primeira-dama.

Ainda em coletiva de imprensa na terça, Lula disse que o comentário de Janja não o incomodou, acrescentando que a primeira-dama teria mais conhecimento que ele sobre direito digital.

“O fato da minha mulher pedir a palavra é porque ela não é cidadã de segunda classe. Ela entende mais de direito digital do que eu e resolveu falar”, disse. Lula demonstrou insatisfação com vazamentos da reunião com Xi, que teria comportado apenas ministros e auxiliares próximos.

“Primeira coisa que eu acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá. Então, alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar — algo muito, muito confidencial e pessoal. E, depois, fui eu quem fez a pergunta, não foi a Janja”, disse Lula.

“Eu vi na matéria que um ministro estava incomodado. Se um ministro estivesse incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair. Eu autorizaria ele a sair de lá”, complementou o presidente.

CNN

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Brasil

INSS já registrou 480,6 mil pedidos de ressarcimento até esta quarta-feira

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu 480.660 pedidos de ressarcimento até as 16h desta quarta-feira (14/5), relacionados a descontos considerados indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller Jr., a maior parte das solicitações (473.940, ou 98,6%) é de pessoas que afirmam não reconhecer os valores descontados de seus pagamentos.

As informações foram divulgadas em entrevista coletiva concedida na sede do INSS, em Brasília, na tarde desta quarta-feira. Waller esteve acompanhado de Rodrigo Assunção, presidente da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), que atua na parte tecnológica da operação.

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Waller explicou que, se for necessário, o INSS oferecerá atendimento presencial para atender todas as pessoas atingididas pela fraude dos descontos:

“Se for necessário atender presencialmente nas agências ou por outras formas de busca, uma das coisas que nos comprometemos é com todos. Nenhuma comunidade será alijada ou retirada desse procedimento após um certo prazo. Faremos um balanço para verificar se alguma comunidade ou região não foi possível realizar esse tipo de pedido ao INSS”, adiantou.

Metrópoles

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Geral

Bolsonaro defende ter mesmo benefício de Ramagem em ação no STF

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu que também deveria valer para ele a decisão de retirar a acusação de golpe de Estado contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). A Câmara dos Deputados tenta, no Supremo Tribunal Federal (STF), reverter o resultado de julgamento que manteve as acusações contra o parlamentar.

“Eu até estou no Supremo por conta do Ramagem. Botaram o Ramagem lá para todo mundo ir atás e, agora, quando a Câmara decide, que ainda tem o recurso do Hugo Motta, decide tirar o Ramagem. A primeira resposta que eu tenho dessa turma [do STF] é que, se sair, sairia só o Ramagem”, afirmou Bolsonaro. As afirmações foram dadas em entrevista ao UOL News nesta quarta-feira (14/5).

Ao ser questionado se o benefício que pode alcançar Ramagem deveria ser estendido, Bolsonaro respondeu: “Manda suspender a ação penal. Eu estou no Supremo, juntamente com outros militares de alta patente, por causa do Ramagem”.

O ex-presidente ressaltou que a ação penal é uma só e que ele está sendo acusado por um crime continuado, o qual teria sido iniciado em 2021 e finalizado nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

No sábado (10/5), a Primeira Turma do STF derrubou parcialmente decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu ação penal contra o deputado. Enquanto os parlamentares aprovaram relatório que permitia a paralisação total da ação penal em que Ramagem é réu, o STF entendeu que a suspensão valia apenas para o deputado e quantos aos crimes supostamente praticados após da diplomação.

“Agora, o que diz o artigo 97, da Constituição, a decisão para tornar algo inconstitucional é do pleno. Eu acredito que o Supremo vai colher essa contestação, esse recurso do Hugo Motta. […] Quem deveria decidir se é inconstitucional o que a Câmara votou é o plenário [do STF], são os 11 ministros, e não cinco apenas”, alegou Bolsonaro na entrevista.

Câmara busca travar ação contra Ramagem no STF

Na terça-feira (13/5), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que entrou com ação no STF para tentar reverter o resultado de julgamento que manteve acusação de golpe de Estado contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Trata-se de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a ser julgada pelo plenário do STF. O presidente da Câmara dos Deputados diz esperar que, com a medida, “os votos dos 315 deputados sejam respeitados”.

“A harmonia entre Poderes só ocorre quando todos usam o mesmo diapasão e estão na mesma sintonia”, argumentou Motta em publicação no X.

No pedido desta terça, Motta pediu para que seja suspensa a decisão do STF na Primeira Turma, “garantindo a aplicabilidade integral da Resolução da Câmara dos Deputados nº 18/2025, suspendendo-se, por consequência, a tramitação da sobredita ação penal em relação ao deputado federal acusado até o julgamento final desta ADPF”.

Metrópoles 

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Brasil

Pressão da esquerda ajudou a manter descontos que levaram a fraudes no INSS

Foto: reprodução

O esquema de descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi viabilizado a partir de aprovações de mudanças na legislação feitas pelo Congresso.

A principal alteração foi feita em 2019 a partir de mudanças em uma medida provisória do governo de Jair Bolsonaro (PL). O objetivo da MP 871/2019 era estabelecer novas regras para identificar irregularidades e evitar fraudes em benefícios.

Relatada pelo então deputado Paulo Eduardo Martins (PR), a medida foi alvo de intensa negociação. Martins atualmente é vice-prefeito de Curitiba pelo PL.

O texto recebeu 578 emendas na comissão mista em que foi analisado. A maioria, apresentada por partidos de esquerda, que eram oposição ao governo na época. O PT foi a legenda que apresentou o maior número: 253.

Deputados de partidos da esquerda argumetaram, na época, que a proposta prejudicava os beneficiários ao afetar direitos, em especial trabalhadores da atividade rural.

Descontos associativos

No texto original da medida provisória, o governo Bolsonaro propôs que a revalidação dos descontos feitos por entidades e associações fosse feita anualmente.

O texto aprovado no Congresso, no entanto, ampliou esse prazo para a cada três anos, a partir de 31 de dezembro de 2021. Depois, em 2022, uma outra medida provisória (MP 1107/2022) revogou essa regra e acabou com a previsão de revisão.

Em 2019, a mudança sobre os descontos associativos foi proposta em ao menos 32 emendas na tramitação da MP 871, conforme levantamento da CNN.

Parlamentares dos seguintes partidos fizeram sugestões para ampliar o período de revalidação ou retirar do texto o prazo: PT (16), Solidariedade (3); PC do B (3); PSB (3); MDB (2); PR, nome anterior do PL (2); e PSDB (3).

Das sugestões, 16 propuseram acabar com a revalidação anual, conforme proposto no texto original do governo Bolsonaro; 14 sugeriam que a revalidação fosse feita a cada cinco ano (60 meses); e duas estabeleciam a revalidação a cada três anos (36 meses).

A articulação da MP, no entanto, não se restringiu a partidos da esquerda. Para o relator da MP, partidos de centro também apoiaram a mudança no prazo de revalidação dos descontos.

CNN

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Política

Dino diz que decisão sobre Ramagem não afeta pacto entre poderes

Foto: Antonio Augusto/STF

Durante sessão plenária nesta quarta-feira (14), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a análise feita pela Primeira Turma da Corte sobre a decisão da Câmara que havia travado a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) na suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

A afirmação foi feita durante julgamento que envolve as tarifas cobradas em cemitérios de São Paulo. O ministro disse que o julgamento do colegiado não fere a separação de Poderes, conforme o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), argumentou no recurso à decisão.

“Esses dias a Primeira Turma, presidida pelo ministro Zanin, em tema relatado pelo eminente ministro Alexandre de Moraes, se defrontou com esta ideia, de que a separação de Poderes impediria a Primeira Turma de se pronunciar sobre uma decisão da Câmara”, afirmou.

Para Dino, se um órgão do Supremo não puder analisar entendimento fixado pelo Congresso, haveria a dissolução da República.

“Ora, se assim fosse, nós teríamos uma dissolução da República. Porque aí cada Poder e cada ente federado faz a sua bandeira, o seu hino, emite a sua moeda e aí, supostamente, se atende a separação dos Poderes”, completou.

CNN

 

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Brasil

Fraude no INSS: ministro da Previdência será ouvido no Senado nesta quinta

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, será ouvido nesta quinta-feira (15), na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal. O ministro deverá prestar informações sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados nas contas de aposentados e pensionistas no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Além disso, o objetivo dos senadores é consultar Wolney sobre políticas adotadas pelo ministério no acompanhamento dos casos e na prestação de contas e de informações à população. Os convites foram feitos pelos senadores Sérgio Moro (União-PR), Dr. Hiran (PP-RR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Rogério (PL-RO).

Com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), em viagens internacionais, o Congresso Nacional está esvaziado. A maioria das sessões acontece de forma remota. O senador Dr. Hiran, durante a CPI das Bets, falou sobre a falta de quórum na Comissão e pediu uma presença maior dos parlamentares na Comissão que ouvirá o ministro.

“Amanhã nós teremos a presença na Comissão de Fiscalização, Controle e Transparência aqui da Casa do Ministério da Previdência, Wolney Queiroz. Já estou dando ciência aos senadores e senadoras que é uma presença importante. Vai ser uma discussão importante que vai esclarecer tudo em relação a essa roubalheira que aconteceu no INSS”, disse.

Crise da Previdência no Congresso

Parlamentares da oposição anunciaram na última segunda-feira (12) o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social e o desconto irregular na folha de aposentados.

Antes de ser exonerado do cargo de ministro da Previdência Social, Carlos Lupi participou de uma audiência na Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados. Na ocasião, Lupi se posicionou de forma contrária aos descontos feitos pelo INSS.

CNN

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Geral

VÍDEO: Minuto da Câmara Municipal de Natal – Programa de inserção de jovens no mercado de trabalho

Minuto da Câmara de Natal no ar trazendo os assuntos mais importantes debatidos na última semana, na Casa.

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Geral

VÍDEO: TCU abre nova frente de investigação no INSS; Auditoria revela pagamento indevido de mais de 1,3 milhão de abonos e seguros desemprego

O Tribuna de Contas da União abriu nova frente de investigação no INSS após auditoria revelar o pagamento de mais de 1,3 milhão de benefícios indevidos. De acordo com a apuração da jornalista Daniela Lima, da Globo News, a expectativa é que até a próxima semana, o TCU formalize uma decisão abrindo um novo processo.

Desta vez, são pagamentos indevidos já identificados em mais de 1,3 milhão de benefícios do abono salarial, o que representa quase 6% de quase todos os abonos salariais pagos pelo INSS. Também foi apontado pagamentos indevidos de seguro desemprego.

g1

Opinião dos leitores

  1. Se faz necessário a realização de uma auditoria séria em todos os benefícios pagos pelo INSS, o desmantelo é grande.

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Política

“Vou até o último segundo”, diz Bolsonaro sobre candidatura em 2026

Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quarta-feira (14), que vai “até o último segundo” com a candidatura nas eleições de 2026. Ele segue inelegível por oito anos, desde 2023, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante entrevista ao UOL, o ex-chefe do Executivo ainda pediu que os governadores de direita questionem a sua inelegibilidade.

“Eu vou até o último segundo. Eu gostaria até que os governadores, até o Michel Temer entrou nessa questão de unir a direita, é um direito do Michel Temer, ninguém que entrou na política um dia esquece. Eu gostaria que os governadores falassem: ‘O Bolsonaro está inelegível por quê?’. Se eu for condenado, acabou. Até pela minha idade, acabou. Espero que não aconteça”, disse Bolsonaro.

Em 2023, a Corte Eleitoral entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, além de atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

Posteriormente, Bolsonaro foi novamente condenado à inelegibilidade pelo TSE. Desta vez, por abuso de poder político e econômico durante o feriado de 7 de setembro de 2022, em meio à campanha eleitoral.

Candidatura de Tarcísio ao Planalto

Ao ser questionado sobre a possibilidade de tirar seu nome do leque de postulantes ao Planalto em 2026 e declarar apoio a uma candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente desconversou.

Segundo ele, embora acredite que uma eventual condenação na ação penal em que é réu por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2026 mudaria o cenário definitivamente, é preciso “esperar a condenação”.

“O que eu vejo são possíveis outros candidatos numa linha que, são direitos deles, agora temos a liderança do Michel Temer, que trata de unir a direita, sem o Bolsonaro e sem os radicais. Agora, o que o Tarcísio tem dito publicamente: ‘Sou candidato à reeleição. Tenho uma dívida de gratidão com o Bolsonaro’. Eu também tenho uma dívida com o Tarcísio. Ele foi excepcional ministro. Ele não tem essa experiência política, porque muitas vezes você tem que aprender a engolir sapo pela fosseta lacrimal”, afirmou o ex-presidente.

Em declarações públicas, o governador de São Paulo reitera que será candidato à reeleição.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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