Por Dinarte Assunção
Um dos antigos pensamentos mais difíceis de ser praticado na atualidade é a capacidade de refletir sobre o argumento do outro, ainda que dele você discorde diametralmente. É através da capacidade dessa reflexão que se formam consensos e se evitam injustiças.
Os pensadores antigos deram a essa capacidade o nome de tolerância, cujo princípio oposto se aplacou sobre o Nuh Café, um célebre caso de intolerância em que o convite para refletir sobre os argumentos do outros é ignorado pela paixão cega de se agarrar e defender apenas as próprias convicções.
Mário Sérgio Cortella estava certo. Antes dele, Umberto Eco. As redes sociais nos imbecilizaram.
O episódio do Nuh Café é um Tratado sobre a Intolerância: expõe-se um insulto contra um alvo e se aguarda o efeito manada. Ninguém se dispõe a refletir sobre as posições do cliente que se ofendeu ou do empresário que teria ofendido.
Cada um e todos reforçam os argumentos alheios como forma de anabolizar as próprias convicções, num geral infladas de egoísmo pela evidente falta de inclinação para pensar sobre o outro.
Para entender: o Nuh Café se recusou a receber cliente que não atendeu às exigências preliminares de pagamento. Reforçou ao cliente que, se ele nao dava prioridade ao próprio evento, o estabelecimento não poderia dar.
Foi o pecado mortal: transgredir a regra segundo a qual o cliente tem razão sempre.
Arrisco dizer que o Nuh Café errou na forma, mas acertou no conteúdo: não é obrigado a receber quem não compartilha de seus valores, mas há a mensagem pode seguir de forma cordial.
Subverter a ideia de que quem paga manda tem tudo a ver com tolerância, razão pela qual decidi escrever sobre a contenda, pois obriga a quem se supõe detentor do poder amargar a frustração, semente de aprendizado para quem se dispuser, sendo sábio, a abrir mão das próprias convicções.
São ríspidos, mal educados, um absurdo. Não aceitam qualquer crítica, bloqueiam quem os critica nas redes sociais a exemplo de whatsapp e instagram. Somente têm respaldo na nossa terra, infelizmente… onde as pessoas costumam “se abaixar” para que lhes montemos às costas.
infelizmente tenho de concordar, e não dá pra aceitar o argumento de que é a 'casinha deles'…ora a partir do momento que recebem nosso dinheiro, é também nosso, afinal, a casinha estaria aberta sem o suporte financeiro alheio? bem ridículo, só tem regras…se acham no direito de fazerem do jeito que querem como se o cliente não tivesse direito a ter alguma vontade — eticamente não se justifica, pois uma regrinha básica da ética é a igual consideração dos interesses…
Eu e minha família sempre fomos suuuper bem recebidos/atendidos. Recebemos desde a abertura gentileza e carinho. Li um milhao de vezes essas mensagens e não encontrei até agora o grande delito que Rafael tenha cometido. Ele foi direto, ela não cumpriu o mínimo, uma exigência básica e quis cobrar o quê, afeto? Que saco essa internet que ninguém pode falar nada que é ruim oi invejoso, tido tem que ser floreado e enfetado, ela falou sobre intolerância e saiu publicando isso, respondendo com a mesma suposta intolerância. A quem fala sobre o mal atendimento, já presenciamos muitos clientes ruins também, antes de pintar vilão seria bom que as pessoas soubessem tds os lados da história.
Se o caso específico de que trata o texto fosse um caso isolado, concordaria sem reservas com o argumento de que a reação manada foi exagerada. Mas o que se vê é que os responsáveis pelo Nuh Café têm sérios problemas de convivência humana. Já estive por lá também, desavisado, e tive uma péssima experiência. Espero que a repercussão sirva para eles refletirem, pelo menos.
Gostei do texto. O problema é que você se fundamentou apenas a um caso específico, que foi este que você citou, do aniversário. Eu passei por uma situação extremamente desagradável e resolvi expor para que as pessoas tomassem conhecimento do que me aconteceu. Concordo que há pessoas que estão inflamando esse conteúdo, juntando argumentos que existem e são verdadeiros com um sentimento muito negativo do que nem lhes aconteceu. Talvez em “defesa” de seus entes, amigos, etc… É certo que ele está no seu direito, como proprietário, de seguir regras. Mas tratar as pessoas como ele tem feito, falar de “cozinha afetiva” sem demonstrar o mínimo de afeto, carinho e atenção, isso não dá. Ele é grosseiro e na minha concepção, inapto de manter um restaurante se não sabe tratar os clientes bem. É isso.
Acho um pouco demais, um ¨empresário¨ na atual conjuntura que atravessa nosso país se dar ao luxo de destratar ou desrespeitar seus clientes. A falta de educação e destempero deste rapaz é muito séria. O que ele pensa que é? Será simplesmente um louco desvairado que fala o que vem a boca sem pensar?
Me poupem!!! Meus queridos Nuh nunca mais, vão se profissionalizar, aprender um pouco sobre o que é gentileza, algo que pregam e não praticam. Para mim nada mais que um quintal de doidos e de Amor que tanto se prega por lá não há nada.
Meu querido amigo Bruno, discordo plenamente da sua colocação, o fornecedor não pode se negar a prestar o serviço, conforme prescreve a lei.
Poderia até se negar a prestar naquele instante, aonde não foi pago antecipadamente, porém, nunca se negar a prestar por falta de "empatia".
Engana-se redondamente o dono ao achar que está na sua casa, na realidade ele está em seu estabelecimento prestando serviço, estando sujeito ao CDC, a Lei 1521/51 que trata dos crimes contra a economia popular e a lei 8137/90 que trata dos crimes contra a ordem tributária.
Resultado: a pessoa que tratou com o cliente pelo whatzap (que desconheço quem seja) foi infeliz em seu comentário e em sua postura perante o cliente.
Destaco que que já fui algumas vezes ao referido café, achei bom sem ser ótimo, muito salamaleque para pouco resultado, poderia ate voltar a utilizar os servicos, mas diante da petulância do atendimento, pretendo nunca mais colocar meus pés lá.
Concordo que tudo tem dois lados, e muitas vezes há uma má interpretação dos fatos, porém, não só recebi vários comentários sobre o Nuh, como já presenciei gritos vindos da cozinha para clientes que aguardavam mesa e reclamaram da demora, um alto e sonoro: SE NÃO QUER, VÁ EMBORA DAQUI.
Serio???
Pelo que vejo, o nul café gosta de tratar seus clientes de forma hostil e até grosseira sim.
Um dia aconteceu comigo. Fui tratada de uma forma que fiquei enojada com esse restaurante e com a pessoa do Rafael (não sei qual dos dois). Aí pensei que ele tinha me tratado de forma mal educada porque devia estar num dia ruim, mas aí alguns dias depois uma amiga vem me relatar uma situação idêntica a dessa moça. Então, querido jornalista, não foi um caso isolado. Vc deve ser amigo pessoal do tal Rafael para estar fazendo uma matéria que dá a entender que a moça do caso é quem estava errada.
#NAOINDICONULCAFE
Parece que o jornalista pendeu para o lado dos arrogantes de forma passional e não racional.
A questão não é quem paga, manda. A questão é a prepotência, a falta de educação mesmo desse proprietário que deve certamente se achar a única cafeteria do Oriente Médio.
Mas se a vítima desse grosso fosse a única, se é preciso mesmo conquistar a empatia desse "empresário" para receber o favor de ir experimentar um café que sequer é mais ou menos, o do Mangai, para ficar num único exemplo, é muito melhor em tudo incluindo o atendimento, dê uma olhada nos comentários do Tripadvisor sobre a mesma "casa".
Várias reclamações que batem em tudo com o que foi dito pela mais recente vítima.
No mais é esperar a falência desse estabelecimento e que usem o caso como exemplo de péssimo profissional, péssimo empresário.
A soberba precede a ruína. Aguardemos.
Caríssimo Dinarte, com todo respeito à excelência do seu texto e à altitude de suas ideias, me permita divergir, e aqui já almejo não ser bloqueado pelo BG: O Nuh Café, em uma "aldeia" como a nossa, é um pedestal de chatice, arrogância, prepotência e péssimo serviço, pelo qual os desavisados pagam e os avisados se enganam. Aqui não quero entrar, nem vou, por falta de capacidade cognitiva, no mérito deste caso específico. Mas que o Nuh Café é uma "tragédia anunciada", disso não tenha dúvida. É só registrar, esperar e ver…
Eu concordo com o dono do estabelecimento e nem acho que ele tenha sido mal educado, ele foi direto, podia ter floreado a resposta, mas nao o fez. E olhe , o rapaz ainda foi sensato porque ofereceu a opção de pagamento via DOC. Ora, se a pessoa ia fazer uma TED e supostamente perdeu o horario porque nao poderia fazer o DOC??? Ai a pessoa veio com "historia" de que ia procurar alguem com conta no mesmo banco para fazer uma transferência (santa ignorância), mas parece historia de quem ta procurando desculpa… Falta de compromisso, por fim, Paciência tem limite.
Esse que si diz empresário a muito tempo distrata os clientes, já vi episódios dele nas redes sociais a praticamente um ano e por esse motivo nunca fui lá.